E se fosse você? escrita por Raquelzinha


Capítulo 26
Capitulo 26


Notas iniciais do capítulo

Meninas, estamos aqui com um novo capítulo. Sabemos q estão ansiosas para q o Jacob descubra q ama a Bella, fale com ela, diga como se sente, tire suas dúvidas. Mas ele não é do tipo falador não, está acostumado a ser o que é, e viver sem problemas, agora, terá q enfrentar esse dilema q esta dentro dele (apesar de ser motivado por algo q vem de fora e q ele não compreende, pq não fala) Se a Bella abrir o jogo pra ele, vai ser muito simples, não acham? Agora agradecendo a todas as meninas, muito muito muito obrigada pelos reviews, nós adoramos todos e nos sentimos cada vez mais impulsionadas a continuar a fic. Amando, Fabielly, Gisa, Pocahontas, Vava, Lu e Evelyn valeuuuuuuuuuuuuuuuu mesmo! Obrigada!



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Depois do jantar eles se dirigiram à sala principal para tomar um café. Os homens preferiram licor. Jacob foi logo requisitado pela mãe. Fato muito surpreendente na mente do marquês, pois desde a chegada à residência materna que ele esperava o momento em que a mulher o atrairia para uma conversa íntima. Demorara até demais.

Parado ao lado de uma das janelas da sala íntima da mãe, ereto, as mãos cruzadas atrás do corpo, Jacob esperava pacientemente que a mulher desse início ao assunto que a fizera chama-lo ali. Sarah caminhou lentamente pelo ambiente até se sentar na cadeira que Ephraim costumava usar quando vinha àquela casa tratar de negócios com o filho mais velho.

– Como está La’Push House?

Ele quase riu ao pensar: dissimulada. Porém não se sentiu intimidado, pois sabia bem como jogar aquele jogo.

– Muito bem! Você sabe que Bertran é um homem extremamente eficiente...

– Ele deve estar muito velho! – ela continuou ao lembrar que o homem fora mordomo de seu sogro.

– Sim, mas isso não atrapalha em nada a eficiência dele como administrador. A casa, assim como as terras, está em perfeitas condições.

– É uma ótima notícia, fico satisfeita!

Sarah concluiu em tom ameno surpreendendo cada vez mais ao filho. Uma surpresa que só aumentou quando o assunto mudou de direção.

– Preciso agradecer por terem voltado tão prontamente.

Novamente o riso de deboche ficou travado dentro da boca.

– Você pediu, nós viemos... – Jacob retrucou salientando a palavra que sua mãe raramente usava.

A mulher não entendeu ou fingiu não entender o comentário do filho e novamente mudou de assunto:

– De alguma forma você não me pareceu surpreso quando seu irmão anunciou o provável noivado.

Voltando-se para a mãe Jacob foi sincero.

– É melhor a senhora não usar o termo “provável” novamente. Acredito que Edward não tem dúvidas quanto a esse pedido. E sim, ele já havia me confessado o interesse crescente pela filha do visconde.

Sarah não se mostrou irritada por ter sido corrigida, fato que fez Jacob imaginar o que estaria acontecendo com sua mãe.

– Você deve ter me considerado maluca ao ventilar a possibilidade de uma anulação... – finalmente ingressava no assunto.

– Não... apenas acreditei que a senhora estava tomando decisões baseada em assuntos que desconhece, simplesmente por dar atenção às fofocas da sociedade.

Desta vez a marquesa não ficou impassível.

– Nós vivemos nessa sociedade Jacob! E pelo bem de sua esposa será muito bom que você se comporte como deve... ou que seja o mais discreto possível!

Os olhos dos dois se encontraram. Ela estava mesmo sendo sincera? Jacob se perguntou. E se estava, porque a mãe imaginava que ele pretendia trair a esposa?

– Estou me comportando satisfatoriamente bem. – falou firme - Tenho me mantido afastado de lugares e pessoas que antes faziam parte da minha vida. – e estranhamente não sentia falta de nada disso – Não tenho a intenção de manter qualquer relação amorosa fora do meu casamento.

Sarah milagrosamente ficou calada. Não porque ela acreditasse totalmente no filho, mas porque simplesmente percebera que nada mais havia que ser feito para concretizar seus antigos planos de unir Edward e Isabella. O que restava agora era rezar para que Jacob cumprisse com a palavra dada.

*

Enquanto uma conversa amena se desenrolava na biblioteca entre mãe e filho, Edward ficou sozinho na sala com Bella quando Emily foi até o quarto buscar um bilhete de Eric para mostrar à cunhada. Isabella aproveitou o momento para parabenizar o rapaz e garantir que se sentia muito feliz pela prima e por ele.

– Fiquei receoso de ser recusado. – o rapaz anunciou sem vergonha o receio que acomete todos os homens em momentos assim.

Bella o compreendia bem.

– Minha prima demonstrava pouco interesse pelo casamento. Mas internamente sempre acreditei que quando ela encontrasse alguém que amasse, se renderia ao inevitável.

Ao ouvir isso Edward se recriminou por não ter tocado no assunto com a cunhada nas vezes em que conversaram na ausência do irmão. Se sentiria mais seguro se tivesse ouvido isso dos lábios da garota antes de falar com Leah. Mesmo assim, era bom ter um apoio tão próximo à família da futura noiva, pois ainda lhe faltava o pedido oficial.

– Espero contar com a boa vontade do visconde. – comentou passando as mãos para trás.

– Tudo o que titia deseja é ver Leah casada... – assim que fez o comentário Bella riu-se ao lembrar que isso era o que toda mãe desejava para as filhas, porém a prima era diferente e concluiu: - Principalmente depois de ter afastado tantos pretendentes.

Edward também riu e comentou:

– Ela é encantadora!

O cunhado estava apaixonado Isabella percebeu imediatamente e ficou feliz que aquela história estivesse naquele patamar. Ela apaixonada e casada com Jake e sua antiga paixonite apaixonado e prestes a casar com sua prima.

– Oh, sim ela é. – Bella concordou – Vocês formarão um belo casal.

– Obrigado pelo apoio, acredite, ele é muito importante... – o rapaz falou baixo enquanto segurava delicadamente a mão da garota para um beijo. – Depois desta noite me sinto mais seguro da missão que me espera.

A peça ficou cheia naquele momento. Jacob, Sarah e Emily entraram juntos a tempo de ver o gesto íntimo entre os dois. Três ideias distintas se formaram nas mentes dos membros da família Black no mesmo instante.

Sarah acreditou que o seu filho caçula estava sendo um cavalheiro como sempre. E que a nora com certeza ainda era apaixonada por ele. Ela sabia do interesse da garota pelo caçula através de Renée e também por comentários que Emily distraidamente fazia. Intimamente a mulher não a culpava, pois, como não se manter apaixonada por Edward tendo Jacob como marido?

Na mente de Jacob aquela era a prova básica de uma traição mental e sentimental. Ele não queria se sentir afetado por um simples gesto de delicadeza (Edward sempre fora propenso aos carinhos e gentilezas). Mas se sentia. E a prova disso era aquela sensação estranha que sempre o invadia quando via o irmão e a esposa juntos. Especialmente em situações como aquela.

Para Emily, ao contrário do irmão mais velho e da mãe, aquela era a prova final de que Isabella esquecera totalmente de Edward. Quem não perceberia a diferença na maneira como a cunhada olhava para um ou outro irmão?

Era de saltar aos olhos!

O olhar carinhoso dirigido a Edward era sereno, fraternal. O olhar dirigido a Jacob era apaixonado e completamente encantado.

*

A noite acabou depois disso. Jacob convidou a esposa para voltarem para casa. Sua voz estava firme e a expressão fechada. Mas ninguém estranhou essa mudança, afinal ele geralmente se comportava assim depois de conversar com Sarah.

Após os cumprimentos e agradecimentos, Bella sentou ao lado dele na carruagem e passou o braço pelo do marido, alheia aos pensamentos que o perturbavam. Jake não fez qualquer gesto de aproximação ou de recusa, apenas continuou a observar a rua pela vidraça levemente embaçada. Distante dela e do resto do mundo.

O que teria acontecido na conversa do marido com Sarah para que Jacob estivesse tão taciturno? Ela se perguntava. Independente do que fosse, o perturbara. Bella permaneceu calada, respeitando o silêncio, apenas recostou a cabeça no ombro dele precisando senti-lo perto, e foi então que Jacob teve seu primeiro movimento de aproximação.

Cruzou os dedos de ambos, e a puxou um pouco mais para junto de si. Bella suspirou sentindo-se feliz como sempre. A carruagem parou, estavam diante do portão. O condutor cruzou com cuidado pela entrada e introduziu os cavalos pela faixa estreita que levava ao acesso principal.

O marquês desceu sem esperar pelo cocheiro. Estendeu a mão e auxiliou a esposa a descer também. Bella passou o capuz sobre a cabeça, tentando escapar do frio da noite e logo ingressou no hall. Foram recebidos por Otto que imediatamente os atendeu garantindo que os quartos estavam em ordem e aquecidos.

Jacob agradeceu a presteza e convidou a esposa para subir.

Bella aceitou o convite apesar de considerar aquela insistente expressão séria no rosto do marido como algo com que se preocupar. Havia possibilidades possíveis para que ele estivesse de mau humor. A primeira se relacionava com a probabilidade de Sarah ter perturbado o filho com problemas bobos que o irritaram. A segunda, que também lhe parecia provável tinha a ver com o pedido que Edward pretendia fazer no dia seguinte. Com certeza não se relacionava com ela, eles estavam bem. Estava tudo bem agora que a relação deles se mostrava cada vez mais firme e próxima.

Inesperadamente Jacob parou diante da porta do próprio quarto sem fazer qualquer gesto indicando que a queria com ele. Bella sentiu o peito apertar imaginando se suas conjecturas estavam erradas. Isso queria dizer que Jake não iria dormir com ela como nas noites anteriores?

Indecisa não soube o que fazer. O marido esticou a mão para a maçaneta como se fosse ingressar na peça. Algo estava errado, ela pensou dando dois passos em direção ao próprio aposento, mas antes de atingi-lo parou, observou o rosto bronzeado que a analisava seriamente. Ia desejar uma boa noite quando Jake tomou a palavra:

– O que você acha de dormir no meu quarto hoje?

Dormir no quarto dele?

Era óbvio que sim!

– Se não for uma boa ideia... – ele começou quando a esposa demorou alguns segundos para responder, mas ela o interrompeu:

– É uma boa ideia... só preciso pegar uma camisola, Hanna já deve...

– Você não vai precisar da camisola.

Jake retrucou de maneira firme. Estava sério, mas o tom de voz demonstrava a mesma impressão que causara a esposa desde que estiveram juntos pela primeira vez, havia um calor incontido. Ele a observava de uma maneira que a fazia querer saltar em seus braços, e esquecer do mundo que os cercava.

Aceitar de pronto era a ideia mais acertada. Segundos se passaram em que eles se olharam detidamente, hipnotizados pela certeza do que viria a seguir. Jacob estendeu a mão livre e a chamou para perto, mas não a tocou de forma mais intima até que estivessem devidamente fechados dentro do quarto dele.

O aposento vazio logo foi preenchido por beijos, afagos, e roupas que se espalhavam pelo chão. O ar morno promovido pelo fogo vindo da lareira tornava o ambiente acolhedor. Sem falar no aroma que aquele quarto apresentava, um cheiro que apenas Jacob possuía e que ela amava tanto quanto amava o marido.

Apesar dos carinhos e beijos, Bella ainda o via de forma estranha, suas carícias eram urgentes e mais exigentes do que as que trocaram antes. Seus beijos profundos. As mãos possessivas. Não que ela estivesse reclamando, mas pouco havia nele naquele momento do homem gentil que a possuíra tantas vezes.

Ele se sentia estranho. Queria mais do que estava recebendo, mas sabia que Bella oferecia tudo. Seu corpo estava totalmente entregue ao que ele desejasse fazer. Ela não recusava nada, nenhum beijo, afago ou carícia. Mesmo assim não era suficiente, naquela noite ele queria mais. Ele queria tudo, mesmo que não soubesse o que era esse tudo.

Afastou-se para observá-la, sim havia luxuria em seus olhos. Eles brilhavam extasiados ante a expectativa de momentos de prazer que mal haviam começado. Jacob sabia que seria recebido e aceito sem qualquer medo, timidez ou retraimento.

Testou a si mesmo constatando que seu corpo a desejava como antes, como sempre. Sim, seus corpos se compreendiam mutuamente, era inegável a força atrativa que os unia... que os unia fisicamente. Ele pensou. Tudo o que havia entre eles era físico.

Bella gemeu jogando a cabeça para trás, mostrando o quanto era capaz de retribuir seus desejos. Como tantas outras mulheres, ela era capaz de satisfazê-lo, mas algo o travava naquela noite em especial. Talvez a certeza de que a esposa ainda se sentia inclinada emocionalmente pelo irmão dele.

E por que isso o incomodava agora se antes não fizera a menor diferença?

De repente as mãos grandes se afastaram de seu corpo. Ele a olhava sério como se estivesse perdido, distante. As faces, os olhos, os lábios eram o reflexo puro do desejo que seu marido sentia, mesmo assim, Jacob estava longe. Olhando-a como se a visse pela primeira vez.

O que o incomodava? Jacob se perguntava.

Tinha uma esposa. Uma boa amiga. Uma amante que o preenchia completamente. Uma companheira para qualquer momento. Mas não tinha uma mulher que o amava.

Isabella cumpria sua função com excepcional desenvoltura, satisfazendo-o como ele jamais imaginara que a garota seria capaz. Entretanto, satisfazer seu corpo como tantas vezes fizera, sem se importar com mais nada, não parecia possível naquela noite. A cada novo beijo era invadido pela lembrança do modo como a esposa observara seu irmão. No modo como eles pareciam chegados e completos juntos.

Era assim! Nas muitas vezes em que tivera a oportunidade de vê-los sozinhos num ambiente qualquer comprovara esse fato inegável.

Dando as costas à esposa lembrou, da noite de apresentação de Emily, meses atrás, afinal, foi depois daquela festa, quando a dupla conversou reservadamente por bastante tempo, que Sarah passou a insistir constantemente num pedido de casamento.

Por que diabos seu irmão não fizera o maldito pedido de casamento?

Por que diabos permitiu que aquela situação se estendesse até que o mal entendido do beijo o obrigasse a pedir Isabella em casamento?

Por que Edward ainda não percebera que Leah não tinha o temperamento certo para ser sua esposa?

Uma mão o tocou levemente no ombro, entre perdido e confuso se virou. Bella o observava sem compreender o que estava acontecendo. Os sentimentos imediatamente se alteraram , as perguntas mudas; o olhar perdido estampado no rosto da esposa o fizeram se sentir culpado. Ela não tinha culpa de nada. Nem mesmo de estar apaixonada pelo irmão do marido... menos ainda que o marido tivesse conhecimento disso.

– Desculpe... – ele começou baixo passando a mão no rosto delicado. – não estou bem...

Bella deu um passo em sua direção, os ombros estavam de fora, o vestido escaparia do corpo caso ele o puxasse, mas não era isso o que ele tinha em mente naquele momento.

– Foi alguma coisa que eu fiz? – ela já nem sabia o que pensar a respeito daquela situação.

Jacob foi rápido em responder:

– Não! Não... você não fez nada... – finalmente a puxou para perto. – são problemas..

Os braços grandes a envolveram carinhosamente amenizando a sensação ruim deixada pelo retraimento de Jake.

– Percebi que você não gostou dos acontecimentos do jantar...

Ela começou timidamente, esperando que o marido se abrisse com ela.

Jacob suspirou enquanto Isabella se aninhava cada vez mais em seu peito, apertando os braços no corpo masculino, recostando a cabeça no abdômen quente dele.

– Ultimamente, as visitas à casa de mamãe não tem sido agradáveis... - foi tudo o que Jake conseguiu dizer.

Bella fechou os olhos agradecendo por ser Sarah, Edward, Leah ou até o casamento dos dois últimos o causador das preocupações dele.

– Quer conversar sobre o que o perturba?

Conversar sobre o quê? Ele pensou. Como falar sobre algo que nem ele mesmo sabia o que era.

– Estamos cansados... você se incomoda em apenas deitar comigo hoje?

Seus olhos se encontraram, Bella não sabia o que incomodava o marido, mas parecia ser algo sério. Entretanto, mesmo que Jacob não quisesse falar no assunto naquele momento, ela jamais se recusaria a permanecer ao seu lado.

Ficaram abraçados, em silêncio, por vários minutos. Finalmente Jacob conduziu a esposa em direção a cama, tranquilo a ajudou a tirar o vestido, e esperou que a mulher o ajudasse a se despir. Finalmente eles se deitaram, pela primeira vez em dias a noite não foi recheada por sexo. Mesmo assim eles dormiram juntos, abraçados, como sempre faziam.


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Notas finais do capítulo

Meninas, não sabemos como vcs vão se sentir qanto a este capitulo, mas ele mostra o dilema do nosso libertino diante d sentimentos q ele não conhece. Bjssssssssss a todas vcs amamos a presença de cada uma. Mas um bj especial a quem deixa seu review. Próximo capítulo só na quinta feira, estamos com problema de tempo para conseguir escrever e revisar... mas, como sempre, se a coisa andar, vem antes. Bjs