E se fosse você? escrita por Raquelzinha


Capítulo 24
Capitulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas. Sexta-feira chegou! Estamos aqui com um novo capítulo só para vcs. Um capítulo com um pouco mais do nosso casal. É preciso intensificar a relação deles... Agora os agradecimentos super especiais às leitoras que deixam seus reviews, Fabielly, Cainne, Gisa, Pocahontas, amando, vava, Lu, Mel e Evelyn, gente a gente ama ler os reviews de vcs. Amamos as opiniões de cada uma e levamos em consideração sempre. por isso, muito muito muito obrigada!.



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Em seu primeiro dia na casa, Jacob a levou para passear, caminhar pelo jardim no horário mais quente da tarde e conhecer melhor o lugar. De braços dados, o casal cruzou lentamente pelos canteiros enquanto o marquês mostrava e falava sobre seu lugar favorito enquanto criança. Quando eles, ele e os irmãos, passavam longos dias de verão naquela residência. Contou, com certa tristeza no olhar, que seu avô, de quem lembrava vagamente, jamais abandonara aquela casa para viver na cidade como Ephraim fizera.

Parando de caminhar Bella largou o braço do marido e deu uma boa olhada em volta. Encantada com o ambiente, com o aroma das plantas, com a amplitude e claridade do lugar.

– Não me incomodaria em viver aqui. Tem tanta paz e tranquilidade neste lugar! - ela mencionou voltando a se apoiar no braço de Jake.

Internamente ele sorriu antes de concordar com a esposa:

– Este é mesmo um lugar especial. Acho que gostaria de criar meus filhos aqui...

Assim que ouviu a palavra filhos Isabella sentiu o corpo arrepiar. Aquela era uma possibilidade bem real a medida que seu casamento avançava. E também uma possibilidade na qual ela gostava de pensar. Sim, seria muito bom ter filhos de Jacob, mas seria melhor ainda cria-los num lugar tão bonito. Tão cheio de vida e tão tranquilo.

– Seria muito difícil para você resolver os problemas referentes aos arrendatários morando aqui? – ela perguntou de repente, mostrando ao marido que levara a sério o comentário dele.

Jacob meneou a cabeça, como se estivesse ponderando sobre a pergunta dela antes de responder:

– Não creio que houvesse grande dificuldade, mas com certeza teríamos de ir à cidade com certa frequência... – voltando o rosto na direção da esposa observou a expressão que a moça faria quando ele continuasse a expor as dificuldades - O que me diz? Você gostaria de passar algumas horas incômodas dentro da carruagem de vez em quando?

Bella não se daria por vencida tão facilmente:

– Não... não creio que haveria problemas... ou incômodos.

Ele sorriu suavemente apertando suavemente a mão dela que descansava em seu braço.

– Fico muito satisfeito em saber.

Bella riu de maneira descontraída do jeito dele. Teria rido de qualquer coisa que dissesse, estava tão feliz que o riso escapava por seus lábios com extrema facilidade.

– Veja! – ele falou parando por um momento – Ali, perto daquela árvore, nós jogávamos críquete, mamãe ficava furiosa, porque algum canteiro sempre ficava danificado com uma bola.

De repente a garota percebeu que tudo o que Jacob contava vinha de anos atrás, nada era novo. Nenhum fato acontecido num período mais próximo de tempo.

– Há quanto tempo vocês não vem até aqui?

A resposta não surgiu imediatamente.

– Há muito tempo! Acho que há uns quatro ou cinco anos no mínimo.

– É muito tempo para deixar um lugar tão bonito vazio, desocupado de vida.

Jacob apertou os lábios levemente.

– Meus pais não se davam bem em muitas coisas, mas em uma concordavam, ambos preferiam a cidade. E Sarah sempre acreditou que bailes eram mais atraentes e divertidos do que reuniões ou piqueniques.

A resposta estava dada, era muito simples e compreensível.

Eles continuaram a caminhar pela estrada de pedras que contornava a casa e ladeava o jardim. Só retornaram para a residência quando o sol começou a se pôr e a temperatura a cair. Jantaram juntos, depois sentaram perto da lareia e conversaram um pouco mais. Finalmente se dirigiram aos quartos, mas, no final da noite, apenas um estava ocupado como vinha acontecendo normalmente entre eles.

*

O segundo dia começou com sol, mas durante a tarde lentamente o céu ficou nublado trazendo a promessa de chuva, o que atrapalhou o passeio que eles fariam a cavalo pela área em derredor. Em lugar de saírem, como planejado, tiveram que permanecer dentro da enorme residência. Jacob aproveitou para mostrar a esposa livros antigos que pertenceram ao seu avô e que tratavam de viagens que ele fizera.

Nesse momento Bella pensou em falar que o marido tinha o mesmo costume, a única diferença estava no ponto de que Jacob não mantinha diários, apenas fazia comentários nas passagens que lhe interessavam. Mas calou-se diante da impossibilidade de confessar uma indiscrição e ser mal interpretada.

– Tenho o mesmo hábito. – Jacob comentou resolvendo a situação enquanto observava um dos cadernos.

– Você tem diários de suas viagens? – perguntou achando que ele estava falando de cadernos que ela não vira.

– Não... apenas faço anotações nos livros.

Sim, disso ela já sabia.

– Gostaria de vê-las algum dia. – mencionou sorrindo.

– Assim que voltarmos mostro a você... não é nada detalhado, são apenas comentários sobre os lugares que mais gostei, para não esquecer... – parecendo distraído ele logo continuou a falar: - Caso voltasse, teria onde me basear e retornar especialmente aos lugares que mais me agradaram.

Então era para isso que serviriam todas aquelas anotações? Ela deveria ter imaginado.

– Você pensava em voltar a viajar?

Perguntou de repente sem saber o que motivara aquela pergunta, se a frase dele ou a maneira como ela foi dita.

– Sim. – Jacob respondeu automaticamente, e segundos depois, percebendo que dissera algo sem se explicar corretamente continuou – Pensei em viajar sim, há uns dois anos, mas papai precisava de mim, acabei por me desfazer da ideia...

Era a verdade, esperava que a esposa acreditasse que ele não abandonara um desejo apenas porque estava casado. Afinal eles poderiam muito bem fazer essas viagens juntos. Ele gostaria muito de apresentar à esposa os lugares que mais gostara de visitar.

A garota o observava detidamente, como se tentasse decifrar o que ele queria dizer com aquilo, mas logo seu rosto se iluminou novamente, a leve sombra se dissipou quando Isabella pediu a ele que lhe contasse sobre os seus lugares favoritos.

*

No terceiro dia, a manhã foi passada no jardim novamente. À tarde, cartas importantes chegaram, duas do advogado, uma do banco e outra de Edward passando o relatório dos dias em que o irmão estava fora. Estes expedientes exigiam atenção imediata de Jacob que por algumas horas afastou-se da esposa para responder essas cartas.

Tranquilamente deixou a garota livre para vistoriar lugares ainda não vistoriados, como o estábulo onde duas cadelas estavam com seus filhotes da raça Setter inglês. Um total de vinte e um cãezinhos lindos e muito agitados que imediatamente atraíram a atenção e o afeto de Isabella.

O final do dia trouxe um clima mais ameno, porém não menos úmido. Estavam sozinhos, e por isso poderiam aproveitar como desejassem. Foi especialmente nesses momentos que Bella descobriu o quanto seu marido poderia deseja-la. O quanto ele era capaz de diversificar seus momentos de intimidades. A qualquer hora do dia, em qualquer lugar da casa, de qualquer maneira possível. E se sentiu ainda mais feliz por isso.

O principal e melhor nessa situação era que eles pareciam livres das pressões sofridas na cidade. Vitória não foi mais mencionada, Jacob simplesmente esqueceu que a cortesã existia. Sarah e Renée eram raramente lembradas ou mencionadas. Os problemas anteriores totalmente deixados de lado. Apenas quando Jake precisava responder as correspondências de negócios Bella percebia que eles ainda viviam no mundo real e esse mundo exigia que certas tarefas fossem executadas.

No quinto dia, uma tempestade chegou, trazendo consigo ventos e muita chuva. Sentados na biblioteca, eles aproveitavam aquele momento trocando carinhos. A peça estava sem qualquer iluminação além da que vinha da lareira o que tornava o ambiente propício para o aconchego.

Sentada no colo do marido (uma coisa que ela nunca se imaginou fazendo) Bella se deixava acariciar enquanto observava a rua. Talvez ele a possuísse ali mesmo, e nenhum dos dois se incomodaria com o lugar, menos ainda com o clima. Aquele som forte de vento e trovões parecia completar a relação cada vez mais prazerosa deles.

Metade do seu corpo estava nu, o vestido estava enrolado na cintura. A mão de Jacob passeava lentamente sobre um dos seios enquanto a boca se encarregava do outro. Ela o afagava sedutoramente descendo as mãos pelo abdômen (descobrira naqueles dias que o marido gostava de ter seu membro acariciado e isso a surpreendeu duplamente, pois a deixou excitada).

– Com licença senhor... – era a voz angustiada do mordomo que logo ficou constrangida – Ah! Perdão...

O homem não sabia o que fazer, estava assustado e ao mesmo tempo constrangido por ter interrompido o patrão em um momento íntimo com a esposa.

Por sorte, Jake pensou, a poltrona onde eles se encontravam ficava numa posição que seria difícil ao homem parado na porta ter visto qualquer coisa. Mesmo assim, Jacob circulou o corpo seminu da esposa, escondendo-o ainda mais atrás do seu.

– O que aconteceu?

Jake perguntou agitado. Apesar de ser uma intromissão, o marquês sabia que para o homem vir procura-lo aquela hora só poderia ser porque acontecera algo sério.

Parado lateralmente para o ambiente e olhando para o chão, o mordomo disse:

– O vento senhor. Derrubou uma árvore antiga sobre a estufa... o zelador veio me avisar de que fez um grande estrago...

– Droga! – o marquês vociferou entre dentes. Que hora para acontecer um incidente assim.

E imediatamente sentiu as mãos de Isabella rodearem seus corpo e a cabeça dela repousar em seu ombro. Uma emoção estranha tomou conta dele, não era mais o desejo, era algo de aconchego e doçura, uma sensação que quase o distraiu da situação.

– Há alguma coisa que se possa fazer? – perguntou suspirando, sem desejar um afastamento.

– Talvez cobrir o local para que os estragos não sejam maiores.

Otto não resolveria esse problema sozinho. Jacob pensou desolado. E ordenou:

– Chame Daniel e George, e me encontre na saída para os estábulos.

– Sim senhor... com licença...

Rapidamente o mordomo saiu da peça para cumprir a ordem dada pelo patrão.

Jacob então pode voltar toda a atenção para a mulher que permanecia colada ao seu corpo. Bella afastou o rosto e o observou por alguns segundos, havia um sorriso curto brincando nos lábios inchados. As bochechas rosadas e os cabelos desalinhados davam claramente a visão do que eles estavam fazendo há alguns segundos.

Um beijo rápido foi tudo o que Jacob conseguiu dar, pois se voltasse a tocá-la como antes, não conseguiria sair dali para resolver o problema causado pela chuva. Com cuidado se afastou enquanto puxava o vestido para cima sem muita eficácia. Ele estava habituado a tirar as roupas dela e não a colocar.

Bella sorriu diante do atrapalhamento de seu marido.

– Deixe que eu faça isso... vá e veja o que aconteceu – soltou um beijo leve nos lábios do marquês antes de completar: - E volte logo.

Ele bufou baixo, mostrando a irritação.

– Vá para o quarto... tentarei não demorar.

Os olhos castanhos o encararam detidamente por alguns segundos.

– Me espere lá... – ele concluiu sério.

– Em qual dos quartos? – ela perguntou em tom de deboche.

– No que você quiser... vou encontrá-la mesmo!

Bella continuou a observá-lo, desta vez com um riso contraído nos lábios delicados. As mãos grandes contornaram o rosto dela erguendo-o até ficar bem próximo, com calma ele a beijou novamente, lenta e gradativamente mostrando o quanto a desejava.

– Se você não for, e continuar a me olhar desse jeito, não poderei resolver o problema...

Ela sorriu, passou as mãos pelo vestido colocando-o definitivamente no lugar, e tentando alisar o tecido correu em direção ao corredor. Assim que viu a esposa escapar pela porta, Jacob finalmente foi até onde o problema estava.


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Notas finais do capítulo

Então vamos aproveitar um momento de calmaria? Pq os problemas continuam esperando por eles, mas q tipo de problemas? Será q vcs imaginam o q pode ser? Beijos meninas a gente se vê outra vez na quarta-feira, mas se conseguirmos adiantar capítulos, pode ser antes.