Deusa de Pedra escrita por RaiscaCullen


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi galera! Espero que gostem...



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Havia uma mesinha arrumada para o lanche, próxima a grande janela que dava para o jardim. As portas estavam fechadas porque era inicio de primavera e ainda soprava um ventinho frio.

Edward Cullen levou Isabella ate uma das cadeiras e, para surpresa dela, começou a servi-la. Ela estranhou esse procedimento, já que ele deveria ter milhões de empregados para fazer isso. O espanto deve ter sido notado, pois logo ele explicou:

– Normalmente tomo um lanche leve há essa hora e acho mais fácil e rápido eu mesmo me servir. – Ele se sentou em frente a ela e colocou vinho nos dois copos.

– Espero que goste do vinho – Edward comentou.

– Maravilhoso! O melhor que já experimentei; é melhor ainda do que eu podia imaginar.

– Conhece vinhos? – Edward parecia interessado.

– Todas as comissárias de bordo tem que fazer um curso sobre comidas e bebidas, antes de serem admitidas para trabalhar em rotas internacionais.

– Espero então que também aprove a escolha que fiz para comida.

Começaram a almoçar, primeira em silencio; depois Edward iniciou a coversa.

– Seu irmão conseguiu emprego na minha organização porque podia falar tanto Frances como grego. Você também domina o grego?

– Sim; moramos em Atenas durante quase três anos.

Edward Cullen olhou-a com expressão interrogativa e Bella achou melhor lhe contar a respeito do pai e dos vários lugares do mundo onde tinha vivido. Ele parecia muito interessado no que ela dizia.

– Gosta de trabalhar como aeromoça?

– Adoro! – Bella respondeu, não escondendo o entusiasmo que tinha por sua profissão. – Sinto-me muito bem, tenho uma incrível sensação de liberdade! Parece que quebro todas as leis da gravidade e do tempo!

Ela teria continuado a falar, pois realmente sentia-se muito feliz com a profissão, mas notou que Edward franziu as sobrancelhas; será que o tinha aborrecido? Achou melhor mudar de assunto.

– Disse que poderíamos aproveitar a hora do almoço para falar sobre Jasper... – Bella começou um pouco nervosa.

– É muito persistente, mademoiselle.

Seu tom de voz era frio, mas mesmo assim Bella sentiu-se encorajada a prosseguir. Contou-lhe como tudo tinha acontecido. Quando terminou, já haviam tomado o café e Edward acendera um cigarro. Durante alguns instantes ele ficou quieto, sem olhar para ela.

Mademoiselle Swan, sabe qual a quantia que seu irmão... “emprestou”?

– Não. Eu tinha tanta coisa para saber, que acabei esquecendo-se de perguntar a Jasper. Mas tenho economias e posso muito bem...

Edward interrompeu bruscamente:

– Foram cem mil francos... Ou seja, dez mil libras!

Bella ficou tonta, como se tivesse levado um golpe na cabeça; seu coração começou a bater mais depressa e seu sangue parecia ter congelado nas veias. Ela não fazia ideia de que fosse uma quantia tão grande! Pensou que fossem apenas algumas centenas de libras!

– Pensei que fosse uma quantia bem menor! – ela conseguiu falar

– Acho que seu irmão não da muito valor para o dinheiro! Pelo jeito, você não dispõe dessa quantia para repor, não é?

– Tem razão. Não tenho mesmo. – Bella baixou os olhos, sem saber o que dizer.

– Disse que seu irmão é tudo o que tem no mundo... Não existe, então, mais ninguém a quem possa pedir essa quantia emprestada? Um parente? Um amigo?

– Acho que não tenho ninguém a quem pudesse pedir.

– Talvez seu namorado? Ou noivo?

Bella ficou pensando em Paul; mas como poderia pedir a ele, se o conhecia ha tão pouco tempo? Com tristeza, acenou com a cabeça, negando.

– Neste caso, mademoiselle acho que me fez perder tempo. Não pode esperar que eu retirasse a queixa contra seu irmão, quando não existe nenhuma possibilidade dessa soma ser devolvida, não é?

Bella virou-se para ele com suplica no olhar.

– Se me der um pouco de tempo, prometo que lhe pagarei tudo! – Mas ela podia notar que o olhar de Edward estava duro novamente. Meu deus. Será que esse homem é insensível e não se emociona com o desespero dos outros? – Por favor, Sr. Cullen, não deixe que meu irmão fique preso. Por favo!

– Há talvez um jeito...

– Mesmo? – Bella já estava animada de novo, vislumbrando uma possibilidade de salvar seu irmão.

– Essa quantia poderia ser-me devolvida dentro de um determinado espaço de tempo – Edward disse misteriosamente.

– Quer dizer que vai permitir que Jasper repusesse o dinheiro descontando-o do próprio salário? Isso seria maravilhoso! Oh Sr Cullen, nem sei como lhe agradecer...

– Não foi isso o que eu quis dizer, mademoiselle. Não pretendo conservar seu irmão como meu empregado; não seria justo para os outros, que nunca pensaram em “emprestar” dinheiro da firma. – Ele levantou-se, foi até o bar, serviu-se de conhaque e voltou para a mesa. – Não, mademoiselle Swan. O que pensei foi que você poderia pagar o que ele me deve; para isso ocuparia uma posição vaga na minha organização.

– Eu? Está me oferecendo um emprego? – Ela estava atônita. Sabia que Edward Cullen tinha negócios no mundo todo, mas não sabia que ele tinha uma companhia de aviação. Ou, talvez, ele tivesse um avião particular e quisesse utilizar seus serviços como comissária. – Precisa de uma aeromoça?

– Não exatamente. É melhor que eu me explique. – Ele recostou-se na cadeira e continuou: - Na minha posição, tenho que receber muito e meus convidados vêm de varias partes do mundo. Seria-me muito útil ter uma pessoa habilitada a recebê-los, que falasse varias línguas e que soubesse lidar com pessoas de gabarito. Pelo que me contou do seu passado, acho que esta capacitada para o cargo. Que tal, mademoiselle?

– Então eu teria que desistir... De voar?

– Claro! Preciso de uma pessoa que faça o papel da minha anfitriã.

– Eu seria uma espécie de secretaria social?

– Muito mais que isso mademoiselle – Edward falava em tom seco e indiferente. – A posição que estou lhe oferecendo é a de minha esposa.

Bella não podia acreditar-nos próprios ouvidos. Ficou olhando para a figura calma e fria sentada a sua frente.

– Poderia repetir o que disse, por favor?

– Pedi-lhe que seja minha esposa. – A voz continuava fria e sem emoção.

– Mas... Deve haver milhares de mulheres que dariam a vida para ser sua esposa! – Ela estava boba. Por que ele lhe propunha uma coisa tão absurda? – Você nem me conhece!

– Já sei o suficiente a seu respeito para saber que esta capacitada a exercer as funções que quero. – Ele olhou-a diretamente. – Tem razão quando diz que milhares de mulheres fariam tudo para casar comigo; sou constantemente procurado por mulheres de alta posição e prestigio e todas gostariam de ser minha esposa. Mas é para me livrar delas que preciso ter você como esposa. Não tenho tempo nem disposição para ficar atrás de uma esposa, levando-a a todos os lugares aonde quer ir, dando-lhe atenção, preocupando-me com ela. Preciso de alguém que cumpra todos os deveres de uma esposa, mas que, depois terminados, possa ficar fora do meu caminho. Pretendo apenas uma relação de negócios. Estou sendo bastante claro, mademoiselle?

– Está; claro demais, até.

– Espero que não tenha criado ilusões de que a quero para esposa porque me apaixonei perdidamente por você. – Havia tanto sarcasmo em sua voz, que Bella sentiu vontade de lhe dar um sonoro tapa na cara.

– Não! Claro que não! – Ela respondeu, procurando demonstrar calma. – Se quisesse apenas uma secretaria social, diria imediatamente que sim. Mas... Casamento? Não posso aceitar!

– Muito bem mademoiselle, a escolha é sua. Pensei que estivesse decidida a livrar seu irmão da cadeia.

– Mas estou decidida a livra-lo! Mas... Casamento? Deve haver outra saída para este caso!

Edward balançou a cabeça e fez com as mãos um gesto final.

– Não existe outra maneira de resolvê-lo.

Muito agitada e nervosa, Bella levantou-se e andou pela sala; depois, tremula e insegura, voltou para a cadeira.

– Preciso de algum tempo para pensar! Por favor, me de um pouco de tempo para decidir!

Durantes instantes, que para Bella pareceram horas, ele a ficou olhando, sem dizer nada. Depois, consultou o relógio e respondeu, no mesmo tom indiferente:

– Muito bem. Tenho que ir para uma reunião agora, mas devo estar de volta em duas horas. Quando voltar, quero sua decisão. Esta bem assim?

Edward levantou-se e foi em direção ao elevador. Por um segundo seus olhos se encontraram com os dela, mas ele se virou e as portas do elevador se fecharam.


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Notas finais do capítulo

Gente não custa nada comentar!
Bjs até o próximo cap!



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