Aliança pirata escrita por Pih Chan


Capítulo 1
Capítulo 1 - Segundas intenções


Notas iniciais do capítulo

Olá povo, vim encher o saco de vocês de novo õ/Bom, acho que no fim das contas, isso é como um auto-presente de aniversário atrasado para mim XD ~Ai que coisa tristeEu gostaria de dedicar essa fic para o Diz-chan, porque a ideia dessa fic fumada saiu no meio de uma conversa com ele, também queria dedicar para o Maitô-kun e a Dress por ficarem me aguentando o tempo todo com preguntas idiotas e pedindo opiniões. Aliás, a Bruna-senpai provavelmente não vai ler isso, mas vou dedicar para ela do mesmo jeito, porque ela merece ~Sabe, eu tenho um caderno com a capa que tem a Perona, o Mihawk e o Zoro sentados juntos, um dia, a minha professora de geografia viu meu caderno e me perguntou quem eram e eu ~do meu jeito shipper de ser~ expliquei que o Mihawk era mestre do Zoro e que eu considerava a Perona como par romântico do Mihawk (só que de um jeito confuso) e ela olhou para a sala em descrença e disse "CARAMBA! MAS QUE SURUBA", hoje eu imagino o que ela pensaria lendo essa fic XDBom, espero que gostem, foi uma ideia realmente muito fumada XD



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Segundo o dicionário, a palavra “Aliança” se refere aos laços que unem duas ou mais entidades com a promessa de auxilio mutuo entre elas, porém, quando se é um pirata, a palavra “traição” não pode deixar de fazer-se presente, sendo a aliança apenas mais um modo de usar seu parceiro até que não lhe tenha mais utilidade.

O fato é: Segundas intenções sempre aparecem.

Nami estava lá quando Trafalgar cogitou a ideia de uma união temporária entre as duas tripulações e mesmo com todos os protestos da garota, Luffy não pareceu repensar se havia mais de um motivo para a oferta do cirurgião.

E sem pensar uma vez sequer, ele apenas aceitou. Aquele idiota, francamente...

Robin lhe disse algumas vezes para confiar um pouco na habilidade do capitão de ler as pessoas como livros de páginas abertas e de fato o supernova não lhe parecia ruim em tudo, ao contrário de seus companheiros de tripulação, ele parecia ter algum senso e educação.

Talvez não fosse a pessoa mais simpática da Grand Line, porém certamente poderia levar um bom papo com o homem alguma hora.

Talvez a visão da ruiva do cara para quem o capitão abriu as portas do Sunny com um grande sorriso tenha se deturbado algumas noites atrás, quando estavam todos bêbados depois de uma festa organizada por seus companheiros sem motivo aparente.

Nami não fazia o tipo ciumenta, a menos que as palavras “dinheiro” e “laranjas” estivessem envolvidas de alguma forma no assunto, porém algo pareceu estalar no lugar de seu peito onde deveria residir o coração enquanto caminhava de volta para seu quarto passando pelos corpos adormecidos de seus amigos embriagados e acidentalmente tomou em vista Luffy dormindo sereno com a cabeça recostada sobre o colo do cirurgião que, pela primeira vez na visão da ruiva, deixou um sorriso esboçar-se sobre sua face.

O mais novo, de alguma forma, parecia apenas adorável encolhido daquela forma contra o corpo de Trafalgar com o rosto pacifico que, mesmo adormecido, parecia apreciar a forma como os dedos do supernova se enroscavam pelos fios negros de seu cabelo.

Law, ao contrário de Luffy, se encontrava bem acordado e sóbrio, sendo o único naquele navio responsável o suficiente para pensar nas consequências que poderiam vir caso todos ali se encontrassem bêbados, inclusive o refém, Caesar Crown. Oh, sério, o que havia de errado com essas pessoas?

Nami apenas abaixou a cabeça e seguiu para os aposentos femininos sem chamar a atenção do novo aliado que nem mesmo notara sua presença.

No começo, ela achava que as intenções de Trafalgar resumiam-se em puramente usar a força do garoto de chapéu de palha para derrotar o shichibukai (*) de capa extravagante cor-de-rosa e mais tarde um yonkou (*), apenas para no final traí-lo na primeira chance.

E provavelmente esse era o plano antes de tudo, porém com o passar dos dias, a ruiva percebeu que talvez tivesse mais alguma coisa que o médico queria.

Law era sério e parecia querer economizar suas palavras uma vez que somente as proferia quando necessário. Luffy não media esforços para dizer tudo que estava em sua cabeça.

Normalmente, Trafalgar estava apenas sentado sozinho pensativo e o capitão... Bem, ele estava atrapalhando a solidão do aliado com suas perguntas idiotas enquanto insistia para que o mais velho brincasse de esconde-esconde com ele.

Talvez o carisma do futuro rei dos piratas tenha, aos poucos, capturado o cirurgião ─ assim como fez com cada um dos membros daquele navio ─ uma vez que o mesmo parecia começar a mostrar suas emoções ao longo do tempo, quer dizer, quem esperaria ver o sempre frio Trafalgar Law sair de seu controle apenas porque lhe ofereceram pão?

Agora Nami presenciava uma cena que nunca pensou que veria, o shichibukai (*), de fato, se levantou de bom grado depois de alguns pedidos de Luffy e correu atrás dele quando o garoto fugiu o mais rápido que pôde no momento em que a partida de pega-pega havia se iniciado.

Law era bastante rápido para alguém que não parecia se importar em mover-se velozmente e estava quase por alcançar o mais novo quando o mesmo usou seus poderes da gomu gomu no mi (*) para agarrar o mastros do navio ganhando impulso.

─Room. (*) ─ O médico parou de imediato com a clara infração das “regras” por parte do capitão do chapéu de palha. ─ Scan! (*)

E assim Luffy foi arremessado contra o aliado por conta da habilidade próxima à um teletransporte usada por Trafalgar.

─Peguei. ─ Declarou por fim com os braços envoltos pelo corpo de Luffy.

─Assim não vale, Trao! ─ O menino protestou infantilmente.

─Foi você quem quebrou as regras em primeiro lugar, mugiwara-ya. ─ Law murmurou no ouvido do menor que não pareceu achar nada estranho em suas posições.

Cada vez mais Nami presenciava cenas como essa e cada vez se sentia pior, talvez estivesse agindo como uma criança, mas a ruiva tinha vontade de tornar o capitão para si e gritar bem alto que ele era única e exclusivamente propriedade dela.

Ela não admitiria em voz alta que estava se corroendo em ciúmes, principalmente considerando que por mais próximo que Trafalgar estivesse de seu inocente capitão, Luffy era apenas infantil e desinteressado demais para pensar em qualquer tipo de relacionamento, quer dizer, estamos falando do garoto que deu um fora na imperatriz pirata, não?

De certa forma, pensar que ele nunca olharia para ela de outra forma lhe quebrava o coração, mesmo que a ruiva não soubesse dizer exatamente o que sentia em relação ao garoto que por tantas vezes lhe salvara.

Ela o amava como um irmão, assim como tinha certeza que todos naquele navio faziam, mas não poderia dizer ao certo quando passou a vê-lo de outra forma, seja qual for o momento exato, Nami poderia ter certeza que tinha tido todos os motivos para isso.

Luffy era encantador. Mesmo se a inteligência não fosse seu maior ponto forte, seu coração era de ouro. E ele dizia não querer ser um herói, embora, sem perceber, se tornava um para cada pessoa que cruzasse seu caminho.

Talvez fosse demasiado infantil para seus 19 anos, porém de certa forma isso e sua teimosia em conjunto com sua inocência faziam parte de seu charme que cativava até a mais fria das pessoas.

O modo como era honesto com todo e qualquer pensamento que passasse por sua cabeça ou mesmo seu sorriso puro e gentil eram apenas mais algumas das muitas coisas que tanto amava no homem que chamava de capitão.

Mas mais uma vez ressaltando: Ela nunca diria isso em voz alta.

(...)

Era a noite de vigia de Luffy e, mordendo o lábio inferior, Nami se dirigiu ao ninho corvo depois de ter certeza de que todos dormiam no conforto de suas camas cuidadosamente projetadas por Franky.

Mesmo sem saber ao certo que tipo de assunto abordaria, a mente da ruiva se mantinha a mil ao subir cada um dos degraus do grande navio, apenas para sucumbir em frustração com a figura de Trafalgar jogando conversa fora com seu capitão.

─Oe, Nami! ─ Gritou o D. mais novo antes que a ruiva pudesse se retirar. ─ Não conseguiu dormir também? ─ E assim, sem perceber, ele entregou a desculpa usada pelo cirurgião para passar a noite ao lado do futuro rei dos piratas.

─Algo parecido com isso. ─ Ela não estava mentindo em tudo, certo?

─Yosh, quer sentar aqui com a gente então? ─ Nami ia dizer não, jurou para si mesma que iria e então conversaria com Luffy outra hora, mas, trocando olhares ferozes com Trafalgar, como dois leões disputando uma mesma presa, ela apenas assentiu com determinação no olhar.

(...)

Luffy estava sentado os dois, contando animadamente uma história qualquer sobre um besouro dourado que perseguira junto de Usopp no dia anterior, completamente alheio a qualquer segundo intenção que ambos presentes poderia ter sobre si.

Nami apenas não pôde deixar de sorrir para a animação do capitão com algo que lhe parecia tão idiota, mas ele era assim, sempre feliz e impressionado com qualquer coisa que lhe aparecia à frente.

As pessoas que costumam dizer “Os que menos sorriem, têm o sorriso mais bonito” certamente não conhecem Monkey D. Luffy.

Seu sorriso era apenas encantador, brilhante como o sol e puro como o de uma criança, mesmo assim, poderia vê-lo estampado do rosto do menino do chapéu de palha durante qualquer hora do dia.

Mesmo um simples pedaço de carne era capaz de fazê-lo mostrar seu rosto risonho cheio de dentes para você.

Isso só fazia Nami perceber o quanto era egoísta em querer ter aquele sorriso apenas para si, como ter um único raio de sol preso em um pote para si numa terra de escuridão e então trancá-lo em um pequeno quarto escuro onde ela seria o único a desfrutar de tal energia radiante.

Mas mesmo tal pensamento não lhe tirava a vontade de ter Luffy para si, poder estar ao seu lado do dia todo sem ter de inventar uma desculpa para isso, sem que os outros membros da tripulação achassem que ela estava estranha, poder arrebatar o garoto em seus braços e anunciar ao mundo que ele era, definitivamente, propriedade dela.

No entanto, talvez Trafalgar se sentisse da mesma forma, mas o amor sempre algo próximo de uma competição para Nami, uma competição que ela não pretendia perder.

─... Mas então o besouro-touro-da-casca-dourada saiu voando para o banheiro e você estava lá, Nami, e o Usopp ficou me mandando entrar para pegar, mas você tinha dito que iria bater no próximo que entrasse lá enquanto você tomava banho. ─ Ele terminou sua história com um bico.

Ela queria dizer algo para provocar Law, deixar claro que também estava no jogo, a ruiva poderia apenas ter dito ao garoto do chapéu de palha “Entre no banheiro quando quiser, Luffy, vamos tomar banho juntos um dia”, mas isso não lhe parecia uma boa ideia de forma que tudo que pôde sair de ser lábios fora apenas um mal-humorado:

─E você entrou mesmo assim. ─ Disse em conjunto de um belo suspiro em reprovação. Fazer o quê? Talvez esse fosse apenas o modo da navegadora de fazer as coisas.

Nami certamente era boa em flertar, mas isso com vendedores ou mesmo piratas pervertidos em busca de desconto ou favores, nunca com interesses reais naqueles idiotas, por isso, com Luffy era diferente, ela apenas não queria assustá-lo jogando-se encima dele como fazia com aqueles caras, ele pensaria que ela apenas queria alguma coisa material.

A conversa continuou sem muitos pontos importantes sendo Luffy o que mais falava, porém nem mesmo Trafalgar parecia tão frio quanto quando acabara de fazer a aliança, estava apenas relaxado ouvindo as besteiras do menor.

O capitão tinha esse efeito sobre as pessoas, estar ao lado dele com seu jeito despreocupado e feliz, como se o mundo fosse apenas um arco-íris brilhante e cheio de felicidade, costuma fazer com que você esqueça os problemas.

(...)

Algumas vezes os olhares de Trafalgar e de Nami se cruzavam durante a conversa, como uma batalha silenciosa que se desenrolava violentamente logo atrás de Luffy que se mantinha alheio.

O menino mal notava como os dois estavam cada vez mais perto de si desde o início da conversa ou como as frases de ambos para si pareciam conter malicia de alguma forma.

Ou talvez, Luffy apenas não se importasse o suficiente para dar alguma atenção ao desenrolar de tais ações estranhas em relação a ele.

─Mugiwara-ya, parece que o remendo no seu chapéu está se desfazendo... ─ Law comentou trazendo em mãos o tesouro de seu aliado enquanto sorria sarcástico para a navegadora.

Luffy não fizera nada para impedir que Trafalgar retirasse o chapéu de sua cabeça ou que o examinasse de perto, apenas tomara uma expressão preocupada em sua face enquanto acompanhava os movimentos dos cirurgião.

O fato aborrecera Nami que por muitas vezes pensara que era a única a qual o capitão poderia confiar seu chapéu, porém ele parecia disposto a deixa-lo com qualquer um de seus companheiros e agora... Law.

Ela sabia que era uma provocação e se Trafalgar estava tão disposto a tornar aquilo um jogo, Nami aceitaria o desafio, afinal, no fim das contas, era num tanto competitiva também.

Estava bastante claro que ambos nutriam o mesmo tipo de sentimento pelo capitão e que o arrebatariam na primeira chance, não era como culpassem um ao outro por estarem igualmente apaixonados, fora apenas uma breve coincidência.

Isso não significava que desistiriam, no entanto. Não parariam apenas para pouparem ambos os sentimentos quando os dois nutriam o mesmo desejo de terem Luffy para si e, por isso, estavam ali, mesmo depois que todos foram dormir.

─Ei, Luffy... ─ Nami murmurou com o sorriso sedutor que normalmente retinha em seus lábios quando estava por tentar manipular alguém. O que poderia ser interpretado como um mal sinal pelo capitão quando o mesmo virou sua cabeça para encarar sua companheira.

Ela poderia ter caído na gargalhada com a expressão tanto de Luffy quanto de Law quando sem mais nem menos, agarrara-se a ambos os lados do cardigã vermelho que ele trajava e esmagara seus lábios contra os dele.

O capitão recuou com o susto, mas isso não impediu Nami se aproximar-se mais e mais, até que ele estivesse encurralado entre ela e Trafalgar que olhava a cena com uma expressão que fugia de sua personalidade calma e desinteressada.

O corpo de Luffy paralisou e ele não pode deixar de arregalar os olhos para o ato, não que houvesse algum motivo real uma vez que fora apenas um selinho demora no fim das contas.

Ela não se importaria de continuar, no entanto não parecia justo roubar o que ela deduzia ser o primeiro beijo de verdade de seu companheiro. Estava pensando em Luffy quando controlara a si mesma para parar por ali.

Nami soltou o garoto e lambeu os próprios lábios apenas para limpar sua saliva com as costas da mão logo em seguida e então deixou um sorriso desafiador espalhar-se por sua face quando encarou Law.

Luffy estava pronto para perguntar o motivo daquilo, quando sentiu sua camisa novamente ser puxava com força, dessa vez pelo cirurgião que parecia bastante determinado a devolver o troco com a mesma moeda que a navegadora.

Ele trouxe seu rosto bastante próximo do dele antes de desviar rapidamente o olhar para Nami e então de volta para Luffy.

Law hesitou quando sentiu a respiração pesada do menor contra seus lábios, mas o beijou mesmo assim.

Baseado no que vira alguns segundos mais cedo, ele sabia que o garoto se surpreenderia quando fizesse isso, então não perdera tempo colocando a mão na nuca do mesmo para impedi-lo de se afastar por instinto como estaria por acontecer logo em seguida.

Os dedos de Law se enroscavam pelos fios negros do cabelo de Luffy quando decidiu que o levaria para o próximo nível e passara a empurrar a cabeça do aliado mais para frente, o que, em conjunto com sua língua que se empurrava contra os lábios do mesmo, o forçara a conceder passagem.

Luffy suspirou quando sentiu a língua de Trafalgar esfregar-se contra o céu de sua boca. Quando o som chegara a seus ouvidos, Law não poderia ter tido outra reação senão sorrir contra os lábios do mesmo e levantar o dedo do meio para a ruiva que apenas os assistia.

O corpo do mais novo parecia continuar tenso mesmo a medida que que o beijo e prolongava, mas ainda assim, Law poderia dizer que Luffy estava se comportando a maneira como ele queria.

E novamente livre, o capitão fora obrigada a inspirar e expirar grande quantidade de ar na tentativa de voltar sua respiração ao normal. Mais confuso do que nunca, ele não poderia sequer imaginar o que levara ambos a fazer aquilo consigo.

Estava longe de acabar, porém.

Nami estava determinada a não perder, ela havia respeitado o primeiro beijo de seu capitão e ficara para trás, agora estava disposta a ultrapassar aquela linha do espaço pessoal do mesmo.

Ela o beijou de novo, dessa vez, visando fazer o que não havia feito da última vez. Nami lambeu os lábios do mesmo esperando que ele houvesse aprendido algo depois do pequeno “treino” que Trafalgar lhe concedera.

Luffy, hesitante, separara seus lábios para ela que fez o máximo para conter-se e começar devagar. Esfregando sua língua em cada canto que poderia alcançar, da maneira mais lenta possível apenas para aumentar a velocidade aos poucos.

Mesmo que estivesse pensando se Luffy desfrutava da situação tanto quanto ela e fazendo seu máximo para que a resposta fosse sim, Nami também não poderia apenas segurar sua ganancia natural, o que a levara a morder o lábio inferior do companheiro algumas vezes, apenas porque adorava ouvir os gemidos que ele deixava escapar quando fazia isso.

Ela também não pudera resistir a provoca-lo um pouco ao sentir o corpo dele tão tenso contra o seu próprio. Nami deixara sua mão rolarem por baixo da camisa do garoto, traçando lentamente com seus dedos a linha por onde deveria passar a coluna vertebral de Luffy, apenas para senti-lo tremer com isso.

Era como se uma corrente elétrica percorresse as costas do mesmo quando ela fazia aquilo.

Quando o ar faltara para ambos, Nami fora obrigada a deixa-lo ir, porém fora a única que tivera chance de respirar, porque Law estava ali para continuar a brincadeira.

E então ela mesma dera sequência. E depois Law. E Nami novamente, num ciclo continuo que parecia infinito.

A cada vez, ambos tentava ser mais rápidos e ferozmente apaixonados que o beijo anterior. Como uma competição sem fim.

Melhor. Mais rápido. Mais feroz. Mais quente. Mais apaixonado. Mais. Mais. Mais.

De novo e de novo. Mais vez e outra.

As bochechas de Luffy tornavam-se cada vez mais quentes com as “inovações” de ambos os lados. Ele podia sentir seu coração bater mais rápido com uma sensação que nunca havia sentido antes.

Era uma situação realmente nova e ele estava atordoado quando tentava lembrar como chegara nela. Tão confuso...

Ambos os lados deixavam escapar barulhos misteriosos contra seus lábios e Luffy mal tinha consciência de que fazia o mesmo.

[...]

Luffy já estava completamente esgotado quando conseguiu forçar para impedir que qualquer um dos dois se aproximassem mais uma vez. O ar faltava e suas bochechas estavam carmesim. Sua cabeça girava, tonto ao pensar no que acontecera ali.

Depois de algumas longas lufadas de ar, finalmente se via capaz de falar mais uma vez. As perguntas estavam travadas em sua língua desde que tudo aquilo começara, mas quando erguei o olhar inocente para os dois, pronto para começar seu pequeno interrogatório, percebera um ambos os pares de olhos vidrados um pouco mais ao sul do que deveriam.

Novas questões se formaram na cabeça do garoto quando encarara a área elevada em suas calças onde Law e Nami tanto encaravam. Aquilo nunca havia consigo acontecido antes...

─Oow, parece que alguém está animado. ─ Nami comentou fora do azul com sua voz distorcida provocantemente.

─Acho que eu ganhei. ─ Declarou Law com um sorriso sarcástico.

─O quê? ─ Ela perguntou ofendida. ─ O que diabos te faz achar isso, idiota? Eu fui a última a beijá-lo!

Luffy inclinou a cabeça para o lado depois de fitar a área.

─O que...? ─ Ele começou, porém logo fora interrompido.

─Creio que esteja enganada, Nami-ya.

─Nami, Trao... ─ Luffy tentou novamente, porém fora totalmente ignorado.

─Eu não estou enganada!

─Claro, claro, Nami-ya.

─Na verdade, eu... ─ O garoto estava ficando realmente irritado com os dois que não pareciam sequer notar sua presença e continuaram a discussão por mais alguns minutos enquanto Luffy, por muitas vezes, tentara falar.

Ambos pareciam bastante irritados ao ver do capitão visto que suas vozes se tornaram cada vez mais altas até o ponto que estavam gritando.

─Gente, eu só queria perguntar o que...?! ─ Era a vez do próprio Luffy tentar levantar sua voz na tentativa desesperada de ser ouvido.

─CALA A BOCA, LUFFY/MUGIWARA-YA! ─ Law e Nami gritaram juntos, descontando a raiva acumulada encima do pobre garoto. ─ VOCÊ NÃO TEM NADA A VER COM ISSO!

Luffy se encolheu antes de piscar algumas vezes. Ele decidira que havia entendido que aquela era uma noite misteriosa e calças misteriosas.

No fim das contas, Luffy era inocente e provavelmente nunca entenderia o que havia acontecido naquela madrugada, não que fosse perder seu tempo pensando sobre isso, afinal, ele apenas esqueceria tudo dentro de algumas poucas horas.

Ou minutos se considerar o grande pedaço de carne que o aguardava na cozinha e que a hora de seu lanche noturno estava por se aproximar...


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Notas finais do capítulo

Hmmmm, quem vocês acham que deixou o Lu-chan "animadinho"?Yaaay, obviamente esse não é o tipo de fic que eu costumo escrever, mas foi divertido me manter imparcial em relação a casais (Eu prefiro LuNa XD), na verdade, essa fic era para ser apenas comédia e acabou virando um bagulho fumado, isso porque eu não pretendia postar, era só para passar o tempo XDSabe da onde a ideia surgiu? Isso aê, eu tava reclamando pro Diz-chan que eu não entendo o shipp LaNa (nada contra) e que eu não entendia o porquê de sempre fazer um triangulo onde o Law e o Luffy disputam a Nami, ai eu fiz... Algo diferente~!Espero que tenham gostado ^^Shichibukais - Significa "Sete lordes do mar", eles são piratas aceitos pelo governo, como os corsários na vida real.Yonkou - Significa "Quatro imperadores", são os piratas mais fortes de One Piece.Gomu Gomu no Mi - Significa "Fruta da Borracha", foi a fruta que deu as habilidades do Luffy.Room - Habilidade do Law de criar um campo de energia onde ele controla tudoScan - Habilidade do Law de mudar as coisas de lugar dentro do room.