The last love escrita por Ingrid Lins


Capítulo 19
Capítulo 17: viagem, neve e vinho


Notas iniciais do capítulo

Gente eu sei que demorei seculos, mas é que esse capítulo não existia na versão original, e por algum motivo eu não tava me conectando na história. Não tava conseguindo entrar no clima. Depois de mto persistir, saiu esse capítulo e eu espero que gostem. A música é All Of Me do John Legend, vou deixar o link nas notas finais.
Vamos ao capítulo!



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Eu estava no escritório do restaurante, quando ouvi a voz alta de Alaric. Estranhei o fato de ele estar de calça jeans e camiseta ao contrário do cotidiano terno. Um milagre estava acontecendo na terra.

—Quem morreu?

—Hã?

Ri:

—Você tá sem terno, cara.

Meu querido irmão, camarada levantou o dedo do meio, depois se jogou na poltrona rindo.

—Pois veja bem o que me aconteceu ontem. Tava correndo atrasado pro fórum porque Isobel ontem parecia que tava com o espirito de uma prostituta no corpo e me deixou cansado — nessa hora eu gargalhei. Isobel era o novo casinho dele, uma de suas estagiárias no escritório — e na hora que fui atravessar, uma louca quase me jogou pro alto.

—Tu foi atropelado?

—Não, ela freou a tempo, mas mano... nunca achei que fosse dizer isso mas você tava certo.

Eu não fazia ideia de onde ele queria chegar com esse papo, mas quando olhei novamente pro Ric, ele estava com um sorriso maior que a cara e um olhar perdido. Comecei a rir descontroladamente porque já sabia o que tinha acontecido, era a mesma cara de palhaço que eu ficava quando via Elena.

—Ah, não!

—Pois é. — concordou balançando a cabeça.

—Tu tá gamado, meu irmão! Eu sabia que um dia você ia engolir tudo que já falou de mim, seu canalha. Quem é essa santa que realizou esse milagre?

Um sorriso besta brotou naquela cara de sonso e nesse momento me orgulhei de ter vivido tempo suficiente pra ver esse evento. Alaric Saltman apaixonado.

—O nome dela é Jo, ela trabalha no Mystic Falls Geral Hospital. Me levou pra lá pra ter certeza que não tinha me quebrado, fez curativo...

—Ela deu beijinho no seu machucado? — gargalhei debochando.

—Vai a merda Damon!

Continuamos conversando — eu debochando, e ele sonhando com a tal médica — até que ele foi embora se queixando de estar com dor de cabeça e necessitar urgentemente de uma médica. Eu ainda estava incrédulo que Ric finalmente tivesse se apaixonado, mas esperava do fundo da minha alma que ele pagasse a língua esses anos todos que tinha debochado de mim.

Depois de uma cerveja e conversarmos por um tempo, fui pra casa. Assim que cheguei, após um lanche e um banho, fui pro escritório analisar a papelada que o contador do restaurante tinha largado pra que eu desse o ok. Eu estava perdido no meio daquele monte de número que eu odiava, enquanto Ray Charles cantava no sistema de som bem equipado que descansava na estante. Ouvi um clique na porta, mas não me preocupei, sabia bem quem era a única pessoa que teria coragem de ir me perturbar àquela hora da noite.

—Boa noite, dona Rose Marie. — cumprimentei alto, sem tirar os olhos dos papéis, antes que ela finalmente chegasse ao cômodo.

—Engraçado, não sei porque, notei um certo tom de ironia. — rolou os olhos verdes.

Ri, colocando os papéis de lado, e levantei pra abraçá-la. Apesar de ter a estatura mediana, toda vez que eu a abraçava, sua cabeça ainda batia no meu peito, e mesmo que eu fosse o irmão do meio, me agradava a sensação de proteção. Que eu poderia protegê-la de tudo e qualquer coisa.

Seguimos pra cozinha, onde Rose sem nenhuma cerimônia se serviu de um pedaço enorme de torta de amendoim. Ela me encarou com a boca cheia.

—Não me olha assim, eu tô furiosa!

—O que aconteceu? — perguntei depois que ele me ofereceu uma colher.

Outra colherada encheu sua boca, e ela mastigou raivosamente. Fosse o que fosse, tinha acabado com sua paciência. Enquanto eu ainda mastigava um pedaço da minha primeira colherada, ela já estava raspando o potinho.

—O Travis é um idiota. Um imbecil! Meses planejando essa droga de viagem, e agora o que ele me diz? Que não vai poder viajar no feriado. Pelo amor de Deus, Rebecka nunca esquiou, isso é muito injusto!

—Hum, e é por isso que você tá assim?

—Tem mais algum motivo? É Vermont, é neve, é tudo, e ele simplesmente... nem aí. Enfim, eu vim te oferecer a reserva, se quiser.

Ponderei. Tinha muito anos que eu não viajava, ainda mais pra ir esquiar. Invariavelmente lembrei da minha infância quando em algum feriado que tínhamos — geralmente natal, ou férias — sempre minha família toda viajava pra esquiar. Talvez aquela fosse uma boa maneira pra trazer de volta a tradição da família, e levar Jeremy pra passarmos um tempo juntos; ia ser legal.

—Pode ser, talvez eu leve Jeremy.

Rose concordou balançando a cabeça, e depois me encarou. Olhos pregados no fundo dos meus, uma mania de família. Ela me conhecia e sabia quando eu não estava bem, e em menos de um segundo, ela perguntaria o que estava se passando; era sempre assim.

—O que há de errado? — perguntou agora com um pote de sorvete. Eu tinha uma criança em casa, tinha doce em todos os lugares, mas se Rose continuasse daquele jeito, a ditadura do açúcar ia acabar na minha dispensa.

Suspirei, abaixando a cabeça, me tomando conta da realidade.

—Você sabe, o de sempre. Elena me enlouquecendo, mas olha... tô cansado, disso já. Meu limite tá no fim, já.

Dessa vez com suspirou foi ela. Pela primeira vez desde que chegou, Rose largou a colher, e então me olhou nos olhos. Aqueles olhos verdes eram transparentes demais, estava na cara o que ela pensava, e naquele momento, ela estava pensando que estava dividida. Não sabia que lado escolher.

—Eu te entendo, irmão, só acho que... você deve fazer o que for melhor pra você. Sei o quanto ama Elena, mas as vezes, certos amores não estão destinados a ficarem juntos.

Ponderei sinceramente o que Rose havia me dito, porque de verdade, eu precisava dar um rumo na minha vida.

Depois que minha irmãzinha foi embora — não antes de comer quase meu estoque de doce — liguei pra Elena, precisava falar da viagem. Demorei quase uma hora pra convencê-la de que a viagem pra esquiar seria muito válido, principalmente pra Jeremy que nunca tinha ido. Aquela viagem ia ser decisiva.

Uma semana depois....

Na sexta feira, era véspera do feriado, e o caminho de taxi até Richmond foi um caos. A estrada estava horrível, todo mundo querendo sair de Mystic Falls, e lá pelas seis da noite, ainda não tínhamos chegado ao aeroporto. Enquanto eu e Elena estávamos estressados com o trânsito — e a nossa situação e tudo mais —, Jeremy parecia pinto no lixo. Quando palpitei que ele nunca tinha ido esquiar, não tinha errado, e só a menção da palavra neve, fazia o garoto quicar igual pipoca.

—Pai, nós vamos pra neve? — perguntou com os olhos cintilando.

—Vamos sim, e esquiar e tomar chocolate quente.

De repente seus olhos entristeceram, e me perguntei porquê. Logo em seguida ele respondeu minha pergunta mental:

—É a primeira vez que não vou ficar com minha dinda.

Só então percebi o quanto eu tinha faltado na vida do meu moleque, mas tentei não ficar decepcionado, aquilo tudo não era culpa minha. Elena me deu um olhar compadecido, e então tomou a frente na conversa.

—Filho, a gente liga pra sua dinda do hotel, ok?

—Ela vai ficar sozinha, mãe?

—Não amor, ela foi viajar também, lembra? Foi ficar com a tia Liz.

Aquilo pareceu tranquilizá-lo um pouco, e então seguimos o resto do caminho quietos. Quando finalmente chegamos no aeroporto, Jeremy dormia no meus braços, e Elena foi registrar nosso check-in no balcão, enquanto eu fiquei sentado no banco com nosso filho adormecido. Em poucos minutos, nosso voo foi chamado, e seguimos viagem.

O voo foi tranquilo, estava tudo muito quieto, e logo eu dormi também. Fiquei feliz quando senti o braço de Elena se enroscando no meu, e logo sua cabeça descansando no meu ombro.

**********************************************

Quando enfim chegamos em Vermont, Jeremy parecia que ia explodir de felicidade. Seus olhos verdes pareciam bolas de gude tamanha felicidade e expectativa, tudo misturado. Ele corria de um lado pro outro, jogando neve pro alto, fazendo com que eu e Elena ríssemos olhando sua alegria. Parecia que o garoto estava vendo o mundo pela primeira vez, e realmente estava. Quando chegamos ao chalé, foi outra festa. Ele parecia que se não fizesse tudo ao mesmo tempo não ficaria bem. Cantava, pulava, jogava neve pro alto; parecia que pela primeira vez ele estava sendo um menino da idade dele.

—Achei que íamos pra um hotel. — Elena comentou estranhando o chalé.

—A reserva era de Rose, e eu não mudei. Gostei do chalé. — respondi dando de ombros. Chamei Jeremy e entramos no chalé; ele era lindo. As paredes eram de pedra rústica, mas o interior era todo revestido de madeira brilhante, deixando com um ar elegante. A sala tinha um sofá de frente pra uma lareira de pedra, uma mesinha de centro no meio do cômodo com um jarro de margaridas ornamentando. Havia uma televisão de plasma embutida na parede, e uma estante pequena encostada à uma das paredes. A cozinha era pequena mas tinha tudo que era necessário. Havia um corredor pequeno, com quadros que descreviam as paisagens de Vermont, logo ao fim do corredor tinham duas portas, uma de frente pra outra. Os quartos pareciam iguais, com uma cama de casal cada um e um armário pequeno. No lado oposto do corredor tinha um banheiro com um box e uma banheira meio pequena demais pra acomodar alguém do meu tamanho, mas o lugar em si era tão aconchegante que eu poderia me mudar pra lá.

Quando cheguei a sala novamente, Jeremy estava em pé encima de uma poltrona perto da janela, com as mãos espalmadas no vidro. Ele olhava a neve caindo tão admirado, e ele tinha razão. As poucas folhas amarelas de final de outono pintavam o chão branco e fofo de neve, fazendo o contraste natural mais lindo que eu já havia visto. Logo Elena tinha se juntado a nós, e estava tão encantada quanto nós, sorrindo vendo os flocos de neve caindo lentamente até desaparecer no chão.

Depois da nossa sessão de observar a natureza, fomos pro quarto e desfizemos as malas, pra logo depois dormir. A viagem tinha sido longa e cansativa, merecíamos algumas horas de descanso; mesmo que Jeremy não concordasse com isso.

*********************************************

—Jeremy sossega um pouco, nós já vamos.

O garoto estava pentelhado, não parava um segundo, parecia que se ficasse tempo demais dentro do chalé ia explodir tudo. Eu sabia que no momento que colocássemos o pé do lado de fora, ele sairia rolando pela neve. Terminei de arrumar algumas coisas, e deixei um bilhete pra Elena.

Fomos até a pista de esqui, Jeremy tava ansioso demais pra te esperar acordar. Tô no celular.

—DS

Deixei o papel encima da cama, no travesseiro ao lado. O travesseiro que eu queria ocupar ao lado dela o tempo todo, mas não mencionei isso no bilhete.

Elena Gilbert

Quando acordei, andei pelo chalé, mas não os encontrei. Havia um bilhete ao meu lado na minha cama, dizendo que Jeremy e Damon tinham ido esquiar. Sorri pensando no quanto Jeremy devia ter perturbado o pai pra irem tão depressa. Diferente da minha disposição que estava zero pra ir esquiar. Resolvi tomar um banho quente e depois fui pra cozinha. Fiz um chocolate quente com marshmalow, com brownie saboreando o gosto de chocolate.

Um filme bobo passava na televisão, quando ouvi a barulheira característica de meninos juntos. Assim que abriu a porta do chalé, Jeremy tagarelava sobre qualquer coisa que tinha acontecido na pista de esqui, e Damon ria do entusiasmo acelerado do meu menino. Realmente eu tinha duvidado se aquela viagem seria uma boa ideia — na minha mente, aquilo nunca daria certo, não tinha um jeito de dar — mas Damon era bom em me convencer das coisas, e daquela vez não foi diferente; ele me convenceu. Mas agora, vendo o brilho nos olhos de Jeremy, eu sentia que tinha tomado uma boa decisão.

—Filho, desacelera um pouco! — ri, pegando o celular — Você já falou com sua dinda?

—Não, mãe, eu fui esquiar!

Foi como se ele dissesse "desculpa mãe, eu estava fazendo algo mais importante". Se Caroline soubesse que tinha sido trocada pelo esqui, com certeza a terceira guerra mundial estouraria. Ela o amava demais pra aguentar uma afronta dessas.

Ainda rindo da resposta espetacular dele, peguei o celular na bolsa, e liguei pra Caroline. Madrinha e afilhado ficaram uma hora e vinte minutos pendurados, conversando e gargalhando, enquanto fui ver o que Damon fazia na cozinha. O cheiro doce e agradável fez meu estômago roncar de vontade. Quando o encontrei, meu coração deu uma meia vacilada; ele estava de frente pro fogão mexendo uma panela com uma mão, e provando o chocolate com a outra — aquilo era inacreditavelmente sexy, principalmente pra mim que estava muito tempo sem transar.

Comemos o funduo com frutas em meio a risadas e brincadeiras, e naquele momento, percebi que era a primeira vez em meses que eu me sentia aquecida — me sentia em casa. Era como se eu precisasse sair do meu hábitat, da minha bolha, sair de mim, pra ver o óbvio: aquela era minha família e eu queria aquela família comigo. E no segundo que percebi isso, foi como se o mundo parasse de girar por um minuto interminável. Como se tudo ao meu redor congelasse apenas pra que eu pudesse apreciar os dois homens que mais importava na minha vida.

A noite, fazer com que Jeremy conseguisse fechar os olhos foi uma tarefa difícil. O garoto não conseguia desligar de jeito nenhum, era como se a bateria estivesse carregado além da conta, o coelhinho da Duracel perdia feio do lado dele. Mas depois de muitas canções, histórias, carinhos, ele finalmente dormiu. Fechei a porta com cuidado, e fui caminhando lentamente até a sala; estava tudo no escuro, apenas a chama na lareira iluminava o ambiente. Damon estava sentado em cima de uma manta grossa escorado no sofá, de frente pra lareira, olhando a chama criptar. Havia uma garrafa de vinho tinto encima da mesinha de centro, e um pouco do funduo ainda. Encarei-o por um instante, e quando achava que estava oculta, Damon me pegou no flagra.

—Ele dormiu?

—Sim. Finalmente. — sorri.

—Vinho?

Concordei com a cabeça, então ele encheu uma taça pra mim, e me entregou quando sentei ao seu lado. Não falamos nada, apenas olhando a chama e sentindo o calor nos abraçando. Era como um sonho, um momento perfeito que eu não queria que acabasse.

—Elena?

—Sim.

Mas ele não falou nada, e diante do seu silêncio, me virei pra encará-lo. Seus olhos me fitavam com um sentimento que eu não sabia se poderia aguentar. Naquela escuridão com a luz alaranjada, seus olhos criavam uma tonalidade diferente, e por Deus, eu perdi o ar quando mergulhei naquela imensidão.

—Eu quero te beijar. Aqui e agora.

Meu coração batia meio estrangulado, a expectativa crescendo dentro de mim, fazendo meu estômago revirar em agonia. Eu queria que ele me beijasse, queria aquela emoção como se a qualquer momento eu pudesse parar de respirar.

—Me beije. Aqui e agora.

Coloquei a taça no chão, e esperei que ele chegasse até mim. Eu necessitava, ansiava pelo seu toque, seu calor, seus lábios, eu precisava dele. Foi o trajeto mais longo que um dia já tive que passar. Eu sentia meu coração batendo nas paredes da garganta quando finalmente tive o alento do meu desespero.

Os lábios quentes e macios de Damon pousaram contra os meus com calma, com delicadeza, um gosto inigualável de meu. Sua língua penetrou com suavidade na minha boca, saboreando cada pedaço. Era como um briga de titãs, um duelo de relâmpagos e trovoadas, um reconhecimento de território; línguas demarcando sua posse. Suas mãos encaixaram no meu rosto como se pegasse um vaso de cristal.

—Eu não sei se... vou conseguir parar, Elena. — arfou, quebrando o beijo. Eu também estava arfante, minha respiração era um sacrifício verdadeiro, como se a cada lufada de ar meus pulmões fossem explodir.

—Por favor, não pare. Faz amor comigo, Damon.

What would I do without your smart mouth
Drawing me in and you kicking me out
Got my head spinning, no kidding
I can't pin you down
What's going on in that beautiful mind
I'm on your magical mystery ride
And I'm so dizzy, don't know what hit me
But I'll be alright

Seus olho pegaram fogo, suas mãos desceram pela lateral do meu corpo até a barra do suéter que eu usava. Era como se meu corpo inteiro estivesse pegando fogo. Damon voltou a me beijar, enroscando a língua na minha num beijo possessivo, enquanto a mim só restava me segurar em seus ombros enquanto ele desbrava o caminho por debaixo da minha roupa. Peça por peça minhas roupas foram tiradas, até que então, me vi nua em frente aos dois holofotes azuis a minha frente. Eu sabia que apartir dali, não teria mais volta...

My head's under water
But I'm breathing fine
You're crazy and I'm out of my mind

Damon arrastou os lábios da minha bochecha até o dedo do pé. Sua língua frenética percorria todo meu corpo deixando um caminho de puro fogo por onde passava, me fazendo delirar. Choques atingiam meu corpo inteiro — talvez pelo choque térmico — fazendo arrepios intensos atingirem minha pele. Era como ser sacudida por um choque de dois mil volts. Damon me levou até o limite, mas ao invés de me pressionar a saltar no abismo, ele subiu as mãos até me cintura e me trouxe até seu colo; eu sabia o que aquilo queria dizer. Era a minha vez.

Tirei seu casaco, e a camisa juntos, lhe dei um beijo. Forte, agressivo, possessivo. Continuei meu caminho entre beijos, mordidas e lambidas, até chegar aos cós da calça. Deslizei pelas pernas bem torneadas, e encontrei meu objeto de desejo. Ele estava ereto apontado pro céu e duro como uma rocha; era o pedaço de carne que me levava ao céu. A primeira sucção foi tímida; um reconhecimento.

'Cause all of me
Loves all of you
Love your curves and all your edges
All your perfect imperfections
Give your all to me
I'll give my all to you
You're my end and my beginning
Even when I lose I'm winning
'Cause I give you all of me
And you give me all of you oh

Em seguida, sorrindo, Damon pesou o corpo contra o meu. Retribui o sorriso, passando os braços pelo seu pescoço, mergulhando num beijo ardente novamente. Assim que senti o chão duro batendo nas minhas costas, senti o choque percorrendo nossos corpos. O frio do chão e o calor da lareira — era como uma metáfora pra nós dois. Damon era meu fogo. Era a chama que incendiava meu corpo e fazia meu coração disparar.

Minhas pernas estavam ao redor de sua cintura, mas Damon insistia em adiar aquilo que eu tanto queria. Seus dedos contornavam de leve meu rosto, e então, ele sorriu. O sorriso mais lindo e sincero que eu havia visto desde que eu voltara de Washington.

—Você é tão linda. — sussurrou sorrindo.

—Não me torture. — choraminguei.

Seu sorriso cresceu:

—O que você quer, meu amor?

Você. Dentro de mim. Agora.

How many times do I have to tell you
Even when you're crying you're beautiful too
The world is beating you down
I'm around through every mood
You're my downfall, you're my muse
My worst distraction, my rhythm and blues
I can't stop singing
It's ringing, in my head for you

Damon me deu um beijo profundo, sua língua enrolando com a minha, e sua mão esquerda separando minhas pernas. Senti seu membro rígido roçando a parte interna da minha coxa, me fazendo agonizar e choramingar em seus lábios. O ar faltou quando o senti entrando lentamente dentro de mim. O mundo naquele momento parou, o ar escapou dos meus pulmões, e meu coração parecia querer decolar do meu peito. O universo estava começando a girar em harmonia.

My head's under water
But I'm breathing fine
You're crazy and I'm out of my mind

O vai e vem começou lento, nossos corpos se reconhecendo, se conectando, se encaixando. O arrepio corria disparado pela nossa pele, o sangue circulava rápido, me mantendo alerta e excitada. Minha intimidade molhada o fazia deslizar facilmente pra dentro de mim. Abracei-o forte, sentindo seus beijos molhados e mordidas arrepiantes no meu pescoço.

—Ah, Damon...

—Ai, eu senti tanto sua falta. Meu Deus, eu... aaahh...

Nossas intimidades se chocavam, eu podia sentir seu pênis chegando até meu útero, se aconchegando como se reconhecesse sua casa. O lugar de Damon era ali, comigo, fazendo amor no chão ou em qualquer outro lugar. O lugar dele era comigo.

'Cause all of me
Loves all of you
Love your curves and all your edges
All your perfect imperfections
Give your all to me
I'll give my all to you
You're my end and my beginning
Even when I lose I'm winning
'Cause I give you all of me
And you give me all of you
Give me all of you

Gemendo meu nome, as investidas de Damon começaram a ficar mais intensas e firmes, iam fundo até o limite. Era como se quisesse tomar a posse de mim, da sua terra dourada. O calor da chama da lareira podia invadir nossos corpos, e incendiava nossos corações. A sala parecia ficar mais apertado, o ar rarefeito, e aquele músculo pequeno do tamanho de um punho parecia querer fugir do meu peito. Minha intimidade derramava seu mel abundantemente, a glande de Damon estava inchada me causando uma sensação ainda melhor toda vez que entrava e saia de mim. Nossos gemidos se misturavam à medida que o calor aumentava, a pressão ia ainda mais alto fazendo nosso sangue inflamar. A forma como nos movíamos era alucinante, saia faísca de tão intenso estava; a necessidade de ir mais fundo, mais rápido, mais forte apertando a cada minuto. A necessidade de chegar aquele lugar mágico que nos fazia flutuar.

De repente, tudo parou. O ar parou diante dos nossos olhos, e então eu senti. Pernas tremendo, o coração batendo desesperado, minha intimidade o estrangulando, o ordenhando, entregando meu fluído mais precioso. Ao mesmo tempo senti o jato de Damon explodindo dentro de mim, e foi inevitável. Caí no precipício....

Cards on the table, we're both showing hearts
Risking it all, though it's hard

'Cause all of me
Loves all of you
Love your curves and all your edges
All your perfect imperfections
Give your all to me
I'll give my all to you
You're my end and my beginning
Even when I lose I'm winning
'Cause I give you all of me
And you give me all of you

I give you all of me
And you give me all of you oh


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Notas finais do capítulo

Eu sei que tô no furo, sei que tô toda errada, mas me deem um voto de confiança, eu não tava conseguindo entrar em sintonia com a história.
Agra mudando de assunto, o que vcs achariam de uma nova fic Delena? Com um pouco de tdo, drama, comédia, romance... uma morte certa e aprendizados sobre a vida. Uma fic adaptada Klaroline, agradaria? Tá prontinha, só adaptar e postar. Vcs decidem :)
O link é esse:
https://www.youtube.com/watch?v=450p7goxZqg



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