Eyes of a Demon escrita por QueenOfVampires


Capítulo 18
De sonsa, só a cara.


Notas iniciais do capítulo

Oooi gente linda! Tudo bem?
Então, sorry a demora, não tive tempo mesmo... Mas... GOOD NEWS: Estarei de férias em breve! Terei mais tempo para escrever para vocês. Ah, se vocês, pessoas divas do meu heart, quiserem me passar seus números de celular para nós fazermos um grupinho no whatsapp para falar da fic, da série e sei lá mais o que vier na nossa cabeça, podem mandar nos comentários ou por MP!
Pois então, falando brevemente do capítulo, tem muito Dephie ( que estão diretamente relacionados ao título do capítulo), tem uma pequena DR Meghstiel, tem explicação sobre os Deuses, tem momentinho hot, tem mais Dephie e tem KEVIN!
Boa leitura...



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Retornamos ao bunker para formularmos uma maneira de ir até Caim e de como conversar com ele. Gabriel continuava a insistir que não era uma boa ideia, mas eu não poderia deixar de ir até lá, pois era a maior interessada na história... E confesso que estava bem curiosa sobre o tal do Caim. Como ele seria? Velho ou novo? Teria uma aparência de homem normal ou uma criatura?

Quando entramos em casa e descemos as escadas, Claire e Sophie estavam dormindo, debruçadas sobre a mesa e alguns livros. Aparentemente, Sophie estava trabalhado na tradução e Claire estava lendo algo sobre Tulpas.

– Devemos acordá-las? – Perguntei.

– São 2h, elas devem ter passado a noite aí... Talvez seja melhor levá-las para os quartos. – Sam sugeriu enquanto caminhava até o corredor com sua mochila.

Castiel pegou uma Claire completamente apagada e a levou para o quarto, aposto que ela nem sentiu que mexiam nela, uma vez que o anjo a levantava como quem levanta uma pena.

– Não vai levá-la? – Perguntei ao Dean, apontando para a loira.

– Eu não! Vou é acordá-la mesmo. – Ele fez menção de tocar o ombro dela e eu o impedi.

– Deanno! Ela deve estar morta de cansaço... Leve-a.

Ele parou, ficou me encarando enquanto eu o enviava uma carinha de “boa garota solidária” e por fim rolou os olhos e foi até a moça dorminhoca. Dean tentou pegá-la nos braços, mas ele estava todo desajeitado e tentava não acordá-la. Mas ela parecia estar num sono tão pesado que não acordou nem quando ele deixou que sua cabeça pendesse para o lado ao finalmente conseguir tirá-la da cadeira. E, inconscientemente, Sophie se acomodou contra o seu peito e exibiu um pequeno sorriso. Dean ficou visivelmente nervoso e me lançou um olhar como se dissesse “fique calada ou eu te mato”.

Ele seguiu para o corredor, eu comecei a arrumar os livros na mesa e as anotações, li alguns parágrafos e aquele desespero estava tomando conta de mim novamente, pois nada do que estava ali tinha alguma relação com o que se passava comigo, mesmo tendo algumas informações inéditas sobre receptáculos, nada era tão concreto... Talvez devesse aceitar a oferta do Cass de torturar Metatron.

Ou talvez fosse melhor parar de ficar surtando por aquilo, eu estava cansada, exausta e quase caindo para o lado de sono. Porém, ainda precisava conversar com um certo anjinho.

Depois de arrumar tudo, peguei minha minhas coisas e fui para o quarto, antes de entrar, vi o Castiel saindo do quarto da Claire no final do corredor e fechando a porta com cuidado para não fazer barulho. Ele ficou parado me olhando por alguns segundos, eu o chamei, indicando meu quarto com um movimento da cabeça e ele entrou logo depois de mim.

– Precisamos conversar... – Ele disse, fechando a porta atrás de si.

– Concordo plenamente. – Me virei para ele e me aproximei – Antes de falar algo, você pode escutar meu lado?

– Claro. – Ele concordou.

– Primeiro eu quero te dizer que eu não estou tramando nada com o Gabriel, ele apenas pediu minha ajuda com um problema... Pessoal. Por isso eu não posso te falar nada, é um problema dele! Ele que deve decidir quando contar para vocês lá do Céu.

– Meghan, mas esse “segredo” está afetando muitos anjos que dependem da orientação dele. – Castiel me interrompeu.

– É, mas antes de tudo, o Gabriel é meu melhor amigo e eu não vou prejudicá-lo! – Dei um passo em sua direção – Você tem que entender isso, eu não vou falar nada até que o Gabe abra a boca dele.

– Você é muito teimosa, sabe que posso ver suas memórias.

– Mas você não vai fazer isso... – Dei de ombros.

– Eu não gosto muito quando você está certa. – Ele estreitou os olhos e eu tentei segurar o riso.

– Eu normalmente estou. – Dei mais um passo até ele – Cass, por favor, entenda o meu lado nessa história... Eu só estou tentando ajudar ao Gabe, ele também nos ajudou com Caim...

– Tudo bem! Eu vou tentar entender. – Ele falou sem muita convicção – Até mesmo porque temos que nos preocupar com outras coisas.

– Sim, por exemplo, a Claire! – Eu disse, com toda a bagunça de Crowley e Abaddon, acabamos não a deixando na casa do Bobby – Devemos deixá-la no bunker?

– Parece a melhor opção... Agora que os Deuses também estão de olho em vocês.

– Oh! Seria bom se você me contasse direitinho o que rolou na reunião particular de vocês com as divindades. – Cruzei os braços e esperei que ele começasse a falar.

– Depois que vocês saíram, a Kali começou a entrar em combustão espontânea e Gabriel tentou acalmá-la. Ele explicou brevemente a situação e para quê precisávamos achar Caim. – Castiel deu uma pequena pausa antes de prosseguir – Ela pareceu muito interessada na morte de Abaddon também, não foi difícil convencê-la a nos dar a localização.

– E por que vocês demoraram tanto?

– Ela tinha algumas condições, não achava que podia confiar no Gabriel, com razão. Kali pegou o sangue dele.

– Como é que é?! – Exclamei.

– Kali tem o domínio das ações do Gabriel. Pelo o que entendi, os Deuses e Caim não tem uma boa história e ela quis ter certeza que não era uma armação.

– Ai meu Deus! Não acredito, temos que salvá-lo! – Eu me joguei de costas na cama e escondi meu rosto entre as mãos – Eu não queria envolver tanta gente nos meus problemas.

– Uma coisa de cada vez, Meghan. – Castiel veio até mim e sentou ao meu lado – Gabriel não está armando nada contra eles, então não tem motivos para se preocupar.

– São tantas coisas... Caim, Abaddon, Crowley, Deuses, bloqueio anti anjos... O que mais falta?

– Ah, tem muitas coisas...

– Foi uma pergunta retórica! – O impedi de continuar a falar.

– Desculpe... Acho que você deve descansar um pouco, amanhã vamos decidir o que fazer em relação a Caim. – Ele começou a acariciar meus cabelos – Eu retornarei ao bunker bem cedo.

– Não vai passar a noite comigo?

– Eu tenho que voltar ao Céu, estão precisando de mim por lá. - Castiel levantou-se – Tentarei estar aqui antes que você acorde.

– Tudo bem... – Me coloquei de pé também – Eu sinto sua falta...

– Eu também sinto, eu não gostei de estar chateado com você.

– Era só não ficar chateado. – Eu ri e joguei meus braços ao redor do pescoço dele.

– É difícil, você desperta meus piores sentimentos humanos. – Castiel sussurrou trazendo seu rosto mais próximo ao meu – Me sinto culpado por gostar de sentir a maioria deles.

– Achei que já tínhamos passado dessa fase da culpa há muito tempo. – Agarrei seus cabelos com força – Você não devia ter me dado um gelo durante esses dias, anjo.

– Eu já estou arrependido, eu prometo. – Castiel tentou me beijar e eu desviei de todas as tentativas apenas para provocá-lo – O que está fazendo?

– Acho que o Céu pode te esperar por mais algum tempinho. – Enrolei uma das minhas mãos em sua gravata e o puxei para perto – Na verdade, tenho que certeza que podem esperar.

– Megh... – O beijei para impedi-lo de continuar falando.

Ele estava parado, seus braços fixos ao lado do corpo... O pobre anjo estava tentando resistir, mas tão logo coloquei minhas mãos para trabalhar na missão de arrancar as roupas dele.

Castiel poderia ter me parado, poderia não ter retribuído o beijo, poderia não ter tirado minha roupa em um estalar de dedos e poderia não ter me jogado na cama... Mas ele não quis, então, digamos que tivemos uma breve, porém proveitosa, reconciliação. E depois de muita insistência, ele foi para o Céu.

Eu havia perdido o sono e decidi ir comer algo antes de dormir, pois a última vez que ingeri algum açúcar havia sido há, pelo menos, 48 horas antes. Naquela noite, eu cheguei à cozinha para tomar sorvete de menta com pedaços de chocolate às quatro da madrugada, quando uma Sophie entrou apressada.

– Olá. – A cumprimentei.

– Ai que susto, Meghan! – Ela exclamou dando um passo para o lado ao me notar ali. Só então percebi que seu rosto estava inteiramente vermelho e ela parecia um pouco... Ofegante.

– Calma, está fugindo de quem?

– De ninguém, só vim pegar uma água de copo... – Ela abriu o armário e percebeu o que tinha falado – Quer dizer, um copo de água.

– Está um pouco confusa, hein? – Eu sorri ao ver que ela abriu a geladeira e ficou pensando no que fora pegar.

Só então notei que ela estava com o pijama todo amassado e o cabelo bagunçado... Oh! Eu fazia uma leve ideia do que estava acontecendo.

– É que acabei de acordar, estou ainda atordoada e... Tá calor aqui, né? – Ela se abanou enquanto tomava um gole de água.

– É... Está. – Respondi tentando segurar a risada – Cadê o Dean?

– O quê? Dean?

– Sim... – Apoiei meu queixo nas duas mãos.

– Como eu vou saber? – Ela revirou os olhos e voltou a beber sua água.

– Sophie, eu acho que... – Dean entrou na cozinha vestindo nada mais que uma cueca boxer preta e um roupão cinza aberto. Assim que ele me viu, parou de falar no mesmo segundo, olhou para Sophie, que estava com os olhos arregalados, e depois para mim novamente – Boa noite, Meghan.

– Boa noite, Dean! – Dei um pequeno aceno para ele, levei minha tigela vazia até a pia e a larguei lá dentro, olhei de Sophie para Dean e decidi falar de uma vez por todas – Eu já sabia!

– Não aconteceu nada entre a gente! – A loira se defendeu – Ele tentou me agarrar novamente.

– Ah, pelo amor de Deus, você fica aí com essa sua carinha de... De sonsa! – Dean apontava para ela – Mas é só a cara!

– Como ousa? – Sophie deu um passo a frente com as mãos fechadas em punhos ao lado do corpo.

– É verdade! Eu estava vindo para a cozinha, comer minha torta da madrugada, e ela me jogou dentro do próprio quarto e tirou minha roupa! – Ele indicou o próprio corpo semi despido.

– Eu nunca fiz isso! Você entrou no quarto com a desculpa de que queria saber como eu estava e me agarrou!

– Ok, loiros! – Entrei no meio deles – Já sei como isso termina, então só quero pedir uma coisinha... Lembrem-se que nós comemos aqui. – Apontei o local ao meu redor – Então quando terminarem de brigar e decidirem quem vai agarrar quem, vão para o quarto, certo?

E dizendo isso, eu saí da cozinha deixando os dois lá. Eles voltaram a gritar um com o outro, mas era óbvio que logo iriam se calar e fazer algo mais interessante.

Quando me joguei de volta na cama, percebi que realmente estava exausta, creio que não demorou muito mais que alguns minutos para que eu caísse no sono.

–---

Acordei me sentindo mais cansada do que antes, estava com uma terrível dor de cabeça devido à noite mal dormida e regada de pesadelos, em especial envolvendo Abaddon e Crowley.

Peguei meu celular para verificar a hora, já passava das 11 da manhã e eu precisava levantar. Sentei e olhei ao redor, nem sinal de Castiel... Mas já era de se esperar que ele não aparecesse mesmo.

Peguei minhas roupas, toalha e fui me arrastando para o banheiro, passei pela Claire no meio do caminho e dei um leve aceno para ela. Depois de um banho quente, me arrumei e fui para a sala. Ao chegar lá, dei de cara com um nerd extra na mesa.

– Oi Meghan! – Kevin acenou para mim.

– Kevin! – Fui até ele e o abracei o mais forte que pude – Quanto tempo!

– Pois é... – Ele falou sem ar – Como você está?

– Com a corda no pescoço, como sempre! – O larguei e dei de ombros.

– Estranho seria se não estivesse. – Ele riu e voltou a se sentar.

Na mesa também estavam Sam, Castiel e Sophie.

– Bom dia para vocês também. – Acenei para os outro e me sentei ao lado do anjo – Dormiu bem, Sophie?

– Sim. – Ela respondeu sem nem olhar para mim.

– Imagino... Então, como estamos por aqui?

– Não muito bem... – Sam admitiu.

– Talvez seja hora de desistir desse livro, quer dizer, um bloqueio anti anjos não é tão ruim assim... Se eu chamar o Cas, ele ainda pode me achar.

– E se você não estiver em condições de me chamar? – Castiel se virou para mim.

Ele tinha razão, em virtude aos últimos acontecimentos, eu não podia sair de vista, era perigoso para todos nós.

– Tudo bem... Eu vou comer alguma coisa e deixar vocês trabalharem em paz.

Fui até a cozinha e preparei um sanduíche, só então notei que não havia visto o Dean naquela manhã. Saí pelo bunker atrás dele e fui localizá-lo na garagem, mexendo em alguma coisa no motor do Impala.

– Bom dia, loiro.

– Bom dia, ruiva. – Ele me cumprimentou sem parar o que estava fazendo – Achei que ficaria com a turminha inteligente lá dentro...

– Hum, não faz meu estilo... Eu ia acabar atrapalhando.

– Entendo. – Ele se voltou para mim e pegou um pano que estava na mesa que eu estava sentada – Você parece cansada...

– Estou.

– Por que não vai esfriar essa cabeça um pouco? Aproveite a oportunidade para dirigir uma dessas belezinhas. – Ele indicou os vários carros que havia ali.

– Eles ainda funcionam?

– Bom, eu dei uma geral neles, enchi os tanques... As chaves estão ali. – Ele apontou um quadro na parede com vários ganchos e chaves.

Larguei o sanduíche em cima da mesa e fui até lá. Por sorte, elas tinham chaveiros indicando qual o carro certo. Escolhi um Ford Fairlaine e entrei, ele estava quase novo em folha e os bancos eram confortáveis. Pedi ao Dean que não dissesse que eu saí para evitar preocupação desnecessária.

O carro era consideravelmente rápido e fácil de dirigir, peguei a estrada para fora da cidade e a segui por alguns quilômetros, ao chegar em uma ponte, decidi fazer o retorno. Já estava arriscando demais...

Foi então que parei para pensar no quanto minha vida estava girando em torno do Crowley e das escolhas dele. Eu não podia mais sair de casa sem me preocupar, não podia pensar em agir sem pesar as consequências das minhas escolhas... Não era a toa que eu estava entrando em pânico com toda aquela situação. Desde que fui curada, eu estava mais paranóica, com um certo medo que nunca tive. O que aquele demônio fez comigo no último ano acabou com meu bem estar psicológico e ele iria pagar por isso.

A antiga Meghan iria dar a cara à tapa e enfrentá-lo sem nem pensar duas vezes, ela sairia para ajudar o Gabriel sem ter medo de encontrar um exército de demônios no meio do caminho, ela tomaria o controle dos seus problemas e faria de tudo para deixar sua família fora daquilo... Mas e essa Meghan? Estava voltando para casa com medo, enquanto os outros procuram a solução para o seu problema e seu melhor amigo está com uma grande confusão nas costas... Ah não! Eu não poderia deixar aquilo acontecer.

– Gabe? – O chamei e alguns segundos depois ele surgiu no banco de carona.

– E aí, sweet pumpkin? – Ele olho ao redor, confuso – Carro legal...

– Eu vou te ajudar com o garoto, agora. – Eu fui bem direta.

– Hã? Sério? Agora?

– Sim. Me diga onde ele está...

– Meghan, temos mais com o que nos preocupar...

– Não, Gabriel! Eu tenho mais com o que me preocupar... Você tem apenas isso e eu vou te ajudar.

– Então tá... Vamos para Nova Jersey.


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Notas finais do capítulo

Então...
É, gente... No próximo tem o filhotinho do Trickster! Uhul!
O que acharam? Dean e Sophie? Cass e Megh?
E será que o Sam vai ligar para a Audrey?
Pois então, vamos lá, aguardo comentários! Beijos e até o próximo.



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