Roses escrita por LS Valentini


Capítulo 18
Entre Partidas e Turbulências


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI, desculpem mas as provas não me deixaram em paz!
Agradeço aos reviews, amei todos!
Boa leitura!



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Desde que se entendia por gente, ela estava fugindo de algo. Primeiro escapou do orfanato - ainda muito pequena -, porque queria uma família. Depois que a encontrou, fugiu por não aguentar tantas responsabilidades como filha. E agora, estava prestes a voltar para Boston, tentando se proteger de um dano futuro: Se apaixonar por Killian mais uma vez - ela só não sabia que há um ano atrás muitas coisas aconteceram.

“Sou uma covarde”, a loira pensou, “Mas eu posso estar certa. Ele com certeza trabalha para uma revista de fofocas e...”.

– Elizabeth, o cartão.

Ela balançou a cabeça de um lado para o outro na esperança de ignorar a si mesma, mas se deparou com um Robin confuso e uma recepcionista furiosa esperando que a conta do hotel fosse paga. Elizabeth apenas fez o que Robin pediu em “modo automático”, e encarou seus tênis surrados.

– Eu já volto. - Robin se afastou, indo até o outro lado do saguão. Em direção a Regina.

– O que está acontecendo, De Locksley? - a morena perguntou nervosa.

– O óbvio. - ele revirou os olhos - Estamos indo embora.

...

FLASHBACK ON

Milah bem que gostaria de ter mais alguns minutos para descansar os olhos naquela manhã, era seu dia de folga no Granny´s, e a morena realmente parecia cansada, mas Liam a acordou com vários beijinhos no rosto. Era impossível não ficar feliz com aquele gesto.

– Mamãe! - ele pulou da cama e correu para a janela, tentando ver as horas na torre do relógio, mas infelizmente ainda não sabia - MM vai me matar se eu chegar atrasado.

Ela não reclamou, muito menos resmungou sobre qualquer coisa, apenas foi se arrumar, mandando o filho fazer o mesmo. E o garoto era tão esperto que em menos de dez minutos estava pronto para ir à escola.

Ambos desceram para o estabelecimento - apesar de Killian ter deixado sua casa, Milah preferiu ficar com um dos quartos no Granny´s -, e como toda manhã, Liam ia cumprimentar sua “vovó”, que sempre lhe dava um pacotinho com rosquinhas de creme. A mãe agradecia, mas pedia para a senhora descontar de seu salário, mas Granny estava pronta para recusar. Milah agradecia novamente, e ia correndo até a escola com o filho. Era um ciclo que se repetia.

– Mamãe, é seu dia de folga? - ele franziu o cenho - Queria passar mais tempo com você.

– É sim. - sorriu - Depois da aula nós vamos passear, e você escolhe onde.

– Hum... A casa do papai, eu quero ver as rosas. - ele parou para se despedir.

– Então nós vamos ver as rosas. - Milah abaixou-se para ficar na mesma altura que o filho, e limpou seu rosto sujo com açúcar de rosquinhas - Até mais tarde.

Na volta ao Granny´s, a passos lentos, a morena notou que havia algo estranho na cidade. As pessoas estavam agitadas, correndo de um lugar para o outro e reclamando sobre tudo, indagando até qual roupa usar. Ela ignorou tal fato até ouvir o nome de Gold. Ele estava para chegar.

FLASHBACK OFF

...

Dezesseis horas haviam se passado sem Killian dar sinal de vida. Se ele ficou o tempo todo em casa? Isso Regina não sabia, mas torcia para que essa fosse sua única opção.

A morena bateu uma, duas, três vezes na porta do apartamento do irmão. Mas ele parecia ignorá-la, e Regina odiava aquilo. Começou então a tocar a campainha diversas vezes, atraindo os olhares curiosos dos vizinhos. Sabia como ser irritante.

– Killian?! - quase gritou - Eu sei o que aconteceu... Mas não posso te ajudar se não abrir essa maldita porta!

A autoridade dela falou mais alto, e quando pensou que o irmão não estava, a porta se abriu. Regina esboçou um sorriso que logo se desfez assim que o viu.

– Você está horrível. - entrou no apartamento.

Até poderia ser implicância dela, mas era a verdade: Seus olhos estavam cansados e vermelhos, e as olheiras eram extremamente visíveis, sem contar o desleixo com as roupas.

– Se veio até aqui pra me atrapalhar, a porta da rua é a serventia da casa. - o mau humor também estava impregnado nele - Estou ocupado com uma pesquisa, descobri que um tal de Dr. Hopper trata seus pacientes para perder a memória e...

– Hey, calma. - Regina o interrompeu - Eu tenho notícias da Emma.

Killian fez sinal para que ela continuasse.

– Ela está voltando para os Estados Unidos, vai pegar o vôo das 13 horas no aeroporto Charles de Gaulle.

– Emma está indo? - ele sussurou - E como você sabe disso?

– Não importa, você tem... - ela olhou no relógio de pulso - 58 minutos.

– 58 minutos pra quê? - Killian estava confuso.

Regina ergueu as mãos em direção ao teto, fingindo ser o “Céu” ou até mesmo o “Paraíso”.

– Pai, será que eu fui a única que herdou sua inteligência?

...

P.O.V EMMA

Não que eu estivesse com pressa, mas assim que o vôo para Boston foi anunciado, parti em direção ao portão de embarque. Só não entendi o porquê de Robin e os numerais ficarem para trás, alegando que queriam mais cinco minutos na “cidade luz”.

Assim que entrei no avião e encontrei o número da minha poltrona - 12 -, imediatamente me joguei no assento, fechando os olhos para que a terrível dor de cabeça passasse. Pouco depois senti que Robin sentou-se ao meu lado, e sem seguida 1 e 2.

Logo estávamos enfrentando uma turbulência, e fui obrigada a abrir meus olhos e encarar a janela por medo.

– Estou fazendo a escolha certa, Robin? - perguntei e precisava de uma resposta - Não devia ter te trazido, sei que gosta muito da Regina... Quer saber? Vou te dar “férias premium” por me aturar. Desculpe.

Ele nada respondeu. Será que já havia pegado no sono? Típico.

Desviei minha atenção da janela ainda com um pouco de desânimo, mas com coragem suficiente para atrapalhar o cochilo de Robin. Assim que virei para o lado oposto, minha respiração cessou imediatamente, e o desespero tomou conta.

– Respondendo a pergunta: O que pode ser certo pra você pode não ser certo pra mim. - sua voz ecoou - E se eu souber que Robin está se aproximando da minha irmã de novo, eu acabo com ele.

Eu estava vendo coisas? Ou ouvindo coisas? Nenhuma das hipóteses, eu sentia que aquelas órbitas azuis estavam realmente lá.

– K-Killian? - minha voz saiu mais aguda do que devia.

– Estou tentando ser ele novamente. - confessou.

– Olha, eu não sei o que você fez com o Robin, mas é melhor que ele esteja bem. - desatei o cinto de segurança e procurei por meu amigo. E nada dele.

– Não vou sair daqui enquanto você não me ouvir. - ele sorriu irônico.

Como se eu tivesse escolha.

"Sei que peguei o caminho

Que você nunca quis para mim

Sei que te decepcionei, não foi?

[…]

Agora, se lembra quando te falei

Que aquela seria a última vez que você me veria?

Se lembra quando te fiz cair em lágrimas?

Sei que peguei o caminho

Que você nunca quis para mim

[…]

Eu aposto minha vida em você”.

I Bet My Life - Imagine Dragons


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Notas finais do capítulo

O que estão achando?
Devo postar mais um capítulo no sábado?



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