The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 31
Capítulo 31 - Esperança


Notas iniciais do capítulo

ASDFGHJKLÇ OI PESSOAL.
Primeiro quero agradecer às mensagens positivas quanto ao concurso teatral, porque NÓS GANHAMOS (e o prêmio é ir pro Beto Carrero o/ )
Enfim, demorei um pouquinho pra postar por motivos de: assistir OUAT sem parar, mil trabalhos, teatro e hm... The Sims hehe. Sorry ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/605648/chapter/31

Sentada em sua cama Rachel Berry conseguia ver a árvore enorme em seu quintal pela janela e a luz do sol iluminando todas as suas folhas. O dia, apesar de estar ensolarado e claramente animador, não fazia nada dentro de seu peito melhorar.

Algumas horas atrás ela estava trancada com Quinn Fabray numa sala onde, de repente, o fato de não terem saída se tornou banal comparado aos dramas que vieram posteriormente. Assim que a Sra. Benes chegara – estranhamente grogue – as duas rumaram para casa em caminhos diferentes, sem proferirem uma palavra sequer.

Agora tudo que restava à morena baixinha era encolher-se em sua cama demasiada confortável e cobrir-se com o cobertor gigantesco até o topo de sua cabeça, como se só assim pudesse afastar toda a dor que insistia em lhe envolver.

Mas manter-se aquecida não parecia consertar seus problemas e suas dores, nem leva-los para longe. As lágrimas continuavam a cair pelo seu rosto até umedecerem o travesseiro sob ela e seu coração continuava apertado e dolorido.

Quando Quinn Fabray lhe beijou milhões de coisas se passaram por sua mente. Ao mesmo tempo em que seu coração – mesmo que quebrado – teimava que deveria correspondê-la e esquecer tudo que acontecera, sua mente dizia que ela ainda não estava curada pra entregar-se completamente.

E ela não estava.

Por mais que ousasse afirmar que amava a loira com quem compartilhou tantos bons momentos uma vozinha extremamente cautelosa e levemente paranoica permanecia sussurrando que ainda não havia grandes certezas referentes à redenção de Quinn.

Queria acreditar, mas ainda precisava de uma prova. Algo que lhe dissesse que Fabray não estava mais seguindo a personagem que Sue lhe impusera. Algo que pudesse curar e cicatrizar todos os machucados que ainda ardiam em seu peito.

Levantou-se gradativamente da cama, permitindo que os raios de sol de quatro da tarde lhe cegassem. Jogou para o lado o cobertor que usava como escudo – em vão – e, aos poucos, pousou os pés descalços no carpete.

Andou sem pressa até a escrivaninha do outro lado do cômodo e pôs em mãos o diário de Sue Sylvester. Era a vigésima vez que via-se com ele em sua frente, a vigésima vez que tentava lê-lo e achar um resquício de esperança para... Como Sue havia intitulado mesmo? Ah, sim... Faberry!

Antes de abri-lo e começar a ler novamente aquelas palavras tortuosas colocou o objeto sobre a escrivaninha e puxou para si a mochila que havia usado no dia da invasão. Lá ela guardara outros itens pessoais da treinadora das Cheerios, mesmo que todos parecessem inúteis.

Um bloco de notas com desenhos esquisitos e horrorosos de Will Shuester, o pessoal do coral e outros supostamente inimigos da mulher; cupons de lojas esportivas, notas fiscais de vários restaurantes e um gravador.

Pôs todos os objetos sobre a mesa e os observou por alguns segundos, procurando arduamente neles uma solução para seus problemas, algo que viesse a clarear seu caminho, algo que fosse curar todo aquele sofrimento.

Eram apenas objetos e mesmo tentando Rachel não conseguiu achar neles o que tanto procurava. Talvez devesse parar de achar que o 1% de possibilidade de as coisas darem certo fosse significar algo.

[...]

Uma hora depois.

Quinn estava sentada no sofá do quarto de Santana Lopez, este que agora também era seu quarto. Por enquanto ela viveria com a latina, talvez futuramente ela pudesse voltar a conviver com a mãe e ter uma amizade, dessa vez completamente genuína, com a progenitora.

Judy Fabray, nos últimos dias, fora um dos assuntos que mais causara tumulto dentro de sua mente, porém naquele sábado ensolarado tudo acerca da mulher ficara para segundo plano. Outra pessoa ocupava seu pensamento, mas ao contrário do que acontecia com a mãe Quinn não conseguia ver esperança naquele relacionamento.

Talvez houvesse esperança, mas não queria se agarrar naquela pequena faísca de otimismo dentro de seu peito. Estava cansada de lutar, estava cansada de chorar, estava cansada demais até pra estar cansada.

– Quinn? – Santana apareceu no quarto, apoiando-se no batente da porta com o telefone em mãos. – Tem alguém no telefone que quer falar com você. Alguém que você vai gostar. – Sorriu fraco e rumou até a loira, lhe entregando o aparelho logo em seguida.

– Quem é? – Sussurrou antes de levar o telefone aos ouvidos e Lopez a ignorou, saindo do cômodo e fechando a porta atrás de si. – H-Hm... Alô? – Sua voz saíra hesitante e ela se esforçava para que quem estivesse do outro lado da linha não percebesse o tom de choro impregnado nela.

– Alô, Quinn... – A loira sabia exatamente de quem era a dona daquela voz, sem saber se ficava extraordinariamente feliz por ouvi-la ou ainda mais aflita. – Preciso falar com você, urgente. – Fabray sentia que a baixinha não soava brava ou desapontada, e a ausência de tais sentimentos em sua voz fazia com que a líder de torcida ficasse levemente esperançosa.

– R-Rachel... – Murmurou desacreditada. – O que houve? – Indagou, tentando se concentrar ao máximo nas próximas palavras de Berry.

– Quinn, eu realmente preciso falar com você. Urgente! E pessoalmente, pra falar a verdade. – Disse sem delongas, apenas aumentando a afobação que a começava a se instalar no peito de da loira. – Será que poderia vir na minha casa?

– E-Eu... – Ela não sabia o que dizer; será possível que aquilo podia significar o indício de coisas boas acontecendo? -... É claro! Q-Que horas eu posso passar aí?

– Agora.

[...]

Uma hora atrás

Estava quase desistindo de analisar os objetos pessoais de Sue quando viu que, obviamente, não acharia nada em um deles – até porque seus olhos eram desnecessários na procura em questão. Como não havia feito isso antes? O gravador não lhe mostraria nada, mas talvez algo interessante estivesse armazenado nele.

Rachel o pegou e apertou no botão que ligaria o dispositivo, passando pelos arquivos nada interessantes que a treinadora guardava. Sucumbia à desistência quando a voz de Quinn Fabray saiu do gravador e entrou em seus ouvidos, fazendo seu peito apertar.

“– Tudo bem. Porque eu acho que estou apaixonada... Por R-Rachel. E eu me nego a quebrar seu coração ou destruir uma das coisas que ela mais gosta, o ND.

– Isso é um motivo plausível!

– Você tá querendo dizer que eu gostar de Rachel é algo... Bom? Quem é você e o que você fez com a treinadora Sylvester?

– Sim. É algo bom. O amor é algo bom. Você deveria estar feliz por estar apaixonada, Q.

– Eu deveria estar feliz por estar apaixonada se este alguém não é alguém complicado como Rachel, não é justamente a pessoa que eu já tentei quebrar o coração, a mando seu! Você disse que queria o clube do coral destruído, disse que só assim eu poderia me manter nas Cheerios, disse milhões de coisas e agora você está sorrindo de orelha porque estou gostando de Rachel Berry?”

A gravação terminou e Rachel a repetiu por mais três vezes, tentando processar as palavras direito.

Quinn então realmente gostava dela? Quinn realmente tinha sentimentos por ela? Apesar do plano e apesar das mentiras iniciais ela estava sendo verdadeira quando a beijou pela primeira vez? Ela... Ela realmente enfrentou Sue Sylvester por causa do que estava sentindo?

Isso mudava tudo, isso fazia com que tudo que Rachel estava acreditando tomasse novos rumos. Isso fazia com que o 1% de possibilidade de algo bom acontecer realmente significasse algo.

Aquilo era a prova que Rachel disse que estava precisando. Agora ela tinha uma prova e isso... Isso fazia toda a diferença. Não havia dúvidas: ouvir Quinn dizendo que gostava dela para Sue fazia toda a diferença.

Sentia-se extraordinariamente estúpida por não ter acredito nas palavras que a loira proferira mais cedo, e sentia, também, o ímpeto de querer consertar a situação o mais rápido possível. E era exatamente isso que faria, afinal, já havia perdido tempo demais.

Pegou o celular e discou para a casa de Santana Lopez que, atualmente, abrigava Fabray.

– Santana? – Seu coração pulou ao ouvir a voz da latina, quase não conseguindo conter seu entusiasmo. – Eu preciso falar com Quinn, urgente! Pode passar, por favor, pra ela?

– Olha Berry, eu sei que ela fez muitas merdas pra você mas ela também está machucada. Ela é louca por você, por mais que não acredite. Então não a machuque, okay? – Pediu a garota do outro lado da linha, um tom preocupado em sua voz como Berry nunca vira.

– Eu acredito, Lopez. Agora eu acredito! – Garantiu, sabendo que tais palavras eram a maior certeza que tinha naquele momento.

[...]

Uma hora depois

Quinn nunca usou tanto de sua velocidade como estava usando naquele momento, nem nos mais pesados treinos das Cheerios. Não importava se o vento bagunçava seu cabelo, se vez ou outra esbarrava em algum estranho, se suas pernas doíam como nunca. Ela apenas corria, sem parar nem por um segundo.

Santana lhe assegurou que Rachel não seria uma babaca, o que acalmou a loira – mesmo deixando-a extremamente ansiosa. A latina também pediu à garota que esperasse seu pai que logo chegaria do trabalho, lhe garantindo que o Sr. Lopez lhe daria uma carona – mas Quinn não fez, saindo em disparada da casa sem olhar para trás.

Virou a próxima curva e pôde ver, não muito longe, a casa de dois andares onde os Berry moravam e onde, semanas atrás, ela também morara. A cada passo que dava e via a residência se aproximar mais seu coração apertava.

Queria estar feliz, queria pensar em milhões de possibilidades alegres, mas não sabia se gostaria de acreditar em seu lado mais otimista. Contudo, bastou apenas chegar à casa e ser atendida por uma Rachel demasiada amigável que decidiu, por fim, levar-se pelo otimismo e pela pequena faísca de esperança que mantinha-se acesa em seu peito.

– Quinn. – A morena constatou animada ao ver aquela figura loira e convidativa em sua frente. – Algo aconteceu e... Precisamos conversar. – Anunciou, concedendo espaço para a garota entrar.

Subiram as escadas de forma apressada e quando chegaram ao segundo andar Fabray arfou alto, demostrando uma exaustão que era consequência de uma corrida relativamente longa e de uma subida de degraus repleta de afobação.

– Sem querer ser grossa ou algo assim, desembucha. – Pediu Quinn.

– Lembra que eu disse que precisava de uma prova? – Perguntou enquanto rumava até seu quarto, Fabray seguindo-a. – Bom, eu achei.

– Sério? – Quinn arregalou os olhos, claramente feliz e surpresa com a notícia. – Que prova? E... Hm... Isso q-quer dizer que...?

– Que eu acredito em você, Q. – Rachel completou. – Achei uma gravação nas coisas da treinadora e só a ouvi hoje e... Nela você admite que está gostando de mim, não pelo plano Faberry, mas por quem eu sou, apesar de tudo. – Explicou, deixando a loira feliz pela perversidade da mulher em gravar suas conversas. – Por favor, me diga que estou certa quanto ao que eu ouvi; me diga que você realmente estava falando a verdade para Sue Sylvester.

Suspirou, aliviada pelas coisas estarem se encaminhando corretamente.

– S-Sim! Era verdade, e continua sendo, Rachel. – Sorria de orelha a orelha, sentindo que nunca esteve tão feliz como naquele momento. – É a mais pura verdade, eu garanto.

Ela odiava o fato de ter sido manipulada por Sue Sylvester e por ter feito Rachel chorar mais de uma vez, mas ela amava o que aquele plano maldito acarretara. Ela amava loucamente sua aproximação com a morena, sua amizade com ela e todas aquelas borboletas que povoavam seu estômago sempre que seus olhares se encontravam.

Num ímpeto de entusiasmo puxou Rachel pela cintura, colando seus lábios nos dela.

– Eu quero tanto ficar com você, Rach. Não quero te largar, nunca mais. – Disse, sendo incrivelmente genuína. – Uma vadia popular e uma underdog do clube do coral... Berry, nós somos muito melhor do que qualquer clichê genérico do cinema. E bom, sei que a “vadia popular” geralmente não é muito confiável, mas me prometa que não vai duvidar de mim novamente quanto ao que eu sinto.

– Com você me olhando desse jeito eu não acho que eu vá duvidar de novo. – Sorriu, passando os braços ao redor da nuca da outra garota.

Quinn voltou a lhe beijar e a explorar cada pedacinho de sua boca, alternando a velocidade de sua língua entre a clara urgência e o sentimento de não querer que aquele momento acabasse. Rachel a correspondia como nunca havia o feito, sentia o coração bater velozmente e deixava-se ser guiada pela garota que amava.

Finn era um problema que a baixinha cuidaria depois, porque naquele momento tudo que ela mais queria era sentir Quinn Fabray sendo completamente sua pela primeira vez, sendo verdadeiramente sua, sem nenhuma mentira ou desonestidade.

A loira guiou Berry até a cama de casal da menina, fazendo ambas se sentarem sobre a colcha de forma gradativa - e sem se desgrudarem por um segundo sequer. A mão de Fabray passeava pelas costas da morena enquanto Rachel evitava qualquer afastamento entre elas.

Três meses atrás Quinn Fabray queria arrancar os suéteres de Rachel porque eles eram extremamente ridículos e bregas, hoje ela queria arrancar o suéter que Rachel trajava porque sentia uma enorme urgência de senti-la cada vez mais.

– Q-Quinn... – A morena a separou de repente assim que haviam se deitado juntas, Fabray sobre ela. – Eu n-nunca tive nada com Finn, nem com outra pessoa, quem dirá uma garota então... H-Hm... Você deve estar me achando uma pata, mas é qu-

– Rachel, eu também nunca transei com alguém. Tudo que você ouviu sobre mim não passavam de rumores, eu realmente levava o celibato a sério. – Garantiu, rindo fraco. – Eu também levava a sério minha heterossexualidade, mas vejamos... Nem tudo é como eu pensava ser.

Elas gargalharam e pausaram momentaneamente os carinhos que trocavam, fitando uma a outra com uma clara fascinação. Sentiam-se tão seguras e tão amadas, como se o mundo lá fora fosse um mero detalhe.

Tudo que importava estava ali, em seus campos de visão.

Então Quinn mordeu o lábio inferior e suspirou fraco, já não aguentando mais não sentir a textura dos lábios de Rachel Berry.

– Onde havíamos parado mesmo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Antes que reclamem que não vai ter altos sexos relatados na fanfic: não vai ter mesmo. Por motivos de 1) não sei escrever cenas assim 2) sério, não sei mesmo 3) não quero 4) na verdade, eu não quero porque eu não sei 5) não sou boa com isso 6) não reclamem porque a classificação é +13 ♥

MAS MESMO ASSIM, o que acharam dessa cena Faberry? Pegação até que enfim, g-zuis! E btw, o que vai acontecer com ~eca~ Finchel? Será que Rachel vai se separar logo do bonecão de posto? Será que agora vai ser tudo muito amor e rosas e fofuras?
COMENTEEEEEEEEEEEEEEM!

E pessoal, você têm Snapchat? Criei um essa semana e tô viciada ASDFGH