The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 3
Capítulo 3 - Amigas


Notas iniciais do capítulo

Então gente, mil desculpas pela demora! Eu tava cheia de trabalho de escola pra fazer e organizar, provas para estudar e uma cólica horrível D: Mas aqui estou eu e prometo tentar evitar ao máximo essas demoras =)



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– Estou seguindo o plano, treinadora. – Bufou Quinn, sentada em frente a uma Sue Sylvester nada satisfeita. – Não posso simplesmente me declarar para ela e beijá-la e... Eca, só de pensar meu almoço ameaça voltar.

– Esse plano está caminhando lento demais. – Retrucou a mulher loira, franzindo o cenho. – Eu quero ver paixão. Flertes. Troca de olhares. Beijinhos no ar. Eu quero ver Faberry, eu... Digo...

– Hã? – Quinn continha em seu rosto angelical uma expressão nada feliz, suas sobrancelhas arqueadas de forma furiosa. – Perdão, treinadora Sylvester, mas se você quer ver paixão, flertes e trocas de olhares assista a uma novela. E não fique tão entusiasmada, o que eu estou sendo obrigada a fazer é pura atuação. Por causa do maldito contrato!

– Desculpe, Q. Eu fiquei fora do controle... Apenas ignore o que eu acabei de dizer. O que eu realmente quero ver é o clube do coral ser destruído e... Ah, como eu almejo poder ver a cara de Will Schuester sem sua estrela principal, que no caso, estará com um coração quebrado.

– Sim, eu sei como vai funcionar o plano. Seduzir e destruir. – Disse convicta, balançando a cabeça num gesto positivo. – Mas eu realmente preciso beijá-la? Uh, é tão... Nojento!

– Eu faço questão! Essa é a melhor parte! – Sue exclamou, um brilho formando-se em seus olhos claros. – Digo, não a melhor parte. Mas a parte principal, porque será quando você engatará o romance com a pintora de rodapé para então magoá-la e... E... Enfim, você entendeu, Q. – Sylvester gaguejava, o que chegava a ser extremamente bizarro vindo de alguém com um ego e uma auto-estima tão gigantesca.

[...]

– Não acredito que Quinn está entrando no clube do coral! Ela nos odeia! – Mercedes exclamava para seu melhor amigo Kurt Hummel e para não-tão-sua-amiga Rachel Berry, que apenas revirava os olhos para os comentários maldosos da jovem.

– Não seja tão má. Ela se arrependeu, eu acho... E precisamos de novos membros. – Ponderou a baixinha.

– Vindo de você isso é extremamente anormal. Todo mundo sabe que você é uma vadia competitiva que odeia sangue novo! – Kurt alfinetou, levantando as sobrancelhas de forma audaciosa.

– Ei! – Berry protestou. – Quinn sabe cantar, mas não é uma ameaça. Ela sabe dançar, e ficará ótima fazendo “ooh” e “aah” de fundo para meu solo nas Sectionals!

Hell to the no! Serei eu quem ficará com o solo das Sectionals, Berry! – Mercedes exclamou, os olhos saltando para fora e o dedo indicador levantado no ar com superioridade.

– Podem se acalmar, meninas. Todo mundo sabe que sou eu quem vai brilhar e... – Kurt começara, mas antes que pudesse finalizar a frase a atenção das amigas fora desviada para outra pessoa.

– Quinn! – Rachel exclamou, assim que viu a loira estranhamente tímida adentrar naquela sala desconhecida para ela. Sua expressão não era das melhores, mas ela continuou andando em direção as cadeiras no fundo do cômodo, sentando-se ao lado de Rachel Berry (por mais que Finn estivesse do outro lado).

– Hey, Rachel... – Seu sorriso amigável iluminou o local inteiro, mas aquele sorriso era direcionado para certa morena baixinha, apenas para ela. Berry retribuiu, sua íris escura brilhando com a afetuosidade da loira.

De repente, uma panelinha fora criada. Mercedes, Kurt, Rachel e Quinn formavam uma pequena rodinha no meio dos assentos e era a estrela do coral que estava falando naquela hora. Com um sorriso entusiasmado e um olhar ameaçador a garota contava sua ideia genial de vencer o Vocal Adrenaline: invadir seu auditório e saber o que eles iriam fazer.

– Eu sou fabuloso, Rachel. Não vou descer a esse nível. – Kurt negou, sentindo-se ofendido pela proposta corrupta da amiga.

– Se formos pegas já era para o ND, Rachel. Não podemos arriscar. – Mercedes argumentava, enquanto Hummel lhe apoiava.

– Eu topo. – Quinn deu de ombros. – O ND precisa vencer, não precisa? Então temos que usar todas as armas possíveis. – Um sorrisinho malicioso formou-se no canto dos lábios da garota, que causara uma clara animação em Rachel.

– Exatamente, Quinn! – A morena disse, sorrindo de orelha a orelha.

Um segundo depois elas já estavam realizando um high five e selando um tipo de parceria, ainda que esta soasse estranhíssima para Mercedes e Kurt.

Bom, as coisas pareciam estar se encaminhando com mais facilidade para a loira, que conseguira com sorte armar uma situação e dar mais uns passinhos na maldita tortura, ou melhor, missão. Ou pelo menos, era o que aparentava. Pelo vidro da porta que separava o corredor do cômodo onde os ensaios ocorriam uma Sue Sylvester orgulhosa podia sentir seus olhos brilhando e seu estômago formigando ao ver sua grande meta se aproximar da realidade.

[...]

– Eles são... Bons demais! – Queixava-se a morena, assim que ela e Quinn haviam saído de Carmel High e iam em direção à uma lanchonete próxima. – Você viu aqueles movimentos, Quinn? E aquelas vozes potentes? Estamos ferrados!

– Mantenha a calma, Rachel. Nada que muito ensaio não resolva. – Assegurou Quinn, com certa positividade em sua voz. – E você canta bem melhor que aquela menina, é sério. - "Argh, é tão estranho elogiá-la", pensou.

– Obrigada.

Assim que elas chegaram ao destino desejado Quinn despejou sua bolsa das Cheerios na mesa de metal, sentando-se em frente a Rachel, que escolhia algo no cardápio de forma concentrada.

– Então, o que você vai querer? – Indagou a morena, sem olhar Quinn nos olhos um segundo sequer.

– Eu... Eu não quero nada. Não posso comer essas coisas ou a treinadora Sylvester cortará meu pescoço fora e me jogará na fogueira como se eu fosse uma bruxa na Idade Média. Tenho que manter o peso ideal ou meu lugar nas Cheerios estará comprometido. – Explicou Quinn num tom meio robótico. Era óbvio que ela estava morta de fome, e olhar aquelas comidas gostosas em pôsteres espalhados por todo o local não ajudava muito seu estômago faminto. Mas ela precisava manter o foco.

– Eu entendo. Digo, eu também tenho esses desafios dentro de mim sobre manter o peso certo, e inclusive, sigo uma dieta rigorosíssima. Mas sabe, você não precisa ser tão cruel consigo mesma, Quinn. Um lanche uma vez na vida não vai te matar. – Rachel deu de ombros, sorrindo. – Depois você pode recuperar com uma caminhada, ou algo do tipo.

Um silêncio constrangedor emanou entre elas porque Quinn estava ocupada demais se auto-criticando por estar prestes a aceitar um lanche extremamente gorduroso e nada saudável. Além de ainda ter aqueles pensamentos confusos em sua mente sobre se achava legal da parte de Berry dizer aquelas coisas ou se se odiava por estar num nível tão baixo a ponto de ouvir conselhos de alguém que achava que saia xadrez + suéter verde musgo de veado fosse uma boa combinação.

– Meninas gordinhas raramente ganham a coroa de Prom Queen. Não posso arriscar isso. - Disse, assim que lembrou-se deste fato.

– Primeiramente, você não está nem um pouco fora do peso, não será um hambúrguer que irá mudar isso. E segundo, eu ficaria muito feliz em ver uma coroa numa gordinha! Isso iria abrir portas... E de qualquer forma Quinn, você deveria se preocupar em ser mais do que um rosto bonito.

E por incrível que pareça a maldosa Quinn Fabray nem ao menos revirou os olhos para o comentário da morena.

– Tudo bem, Rachel. Já entendi que não há nada de errado em comer um fast-food. Você me convenceu! – Quinn riu fraco, levantando o braço em rendição e relaxando. – A última vez que vi um hambúrguer era Finn que estava comendo, e ele não era nada delicado. – A loira fez uma careta de nojo depois de dar uma tímida risada e Rachel deu a gargalhada mais gostosa que Fabray já ouvira em toda sua vida, por mais que não fosse admitir tal coisa.

– E ele não te deu nem um pedacinho? – Perguntou a morena, com um olhar piedoso enquanto ainda tinha em seu rosto um sorrisinho discreto.

– Não! Ele apenas comia, e me deixava olhando morta de água na boca! Às vezes eu apenas ficava fazendo as atividades de matemática para evitar olhar para comida. – As duas riram em uníssono. - Nunca lhe interessou muito minha "real situação", ele apenas se conformava com minhas dietas e me ignorava quando o sanduíche duplo de bacon chegava.

– Que babaca! – Berry exclamou, meio hesitante.

A loira abriu a boca, claramente surpresa por ouvir aquilo ser proferido pela estrela do ND. Era tão óbvio, afinal, a "crush" da baixinha pelo garoto mais popular do colégio.

– Isso é impressionante vindo de você, Rachel Berry. Pensei que era a maior fã de Finn Hudson. – Confessou Quinn, com um olhar levemente orgulhoso.

– Eu era... Mas acho que isso está mudando. – Explicou. – E esse lance do sanduíche? Rude.

– Bom, ele nunca foi muito bom com discursos motivacionais como você. – Defendeu Quinn, um risinho debochado nascendo no canto de seus lábios rosados.

– Devo dizer que é um dom. – Gabou-se. – Que esquisito, não? Passamos tanto tempo nos odiando por causa de Finn Hudson e aqui estamos nós, zoando a cara dele numa lanchonete de fast-food... Não me leve a mal, mas sabe, acho que funcionamos muito melhor quando estamos jogando no mesmo time.

– É... Eu também acho.

Quinn sentia-se mal pelas risadas, que haviam sido incrivelmente genuínas, e o fato de que agora Finn era o motivo de suas piadas com sua antiga rival era uma situação que se tornava mais cômica cada vez que a analisava.

Por mais que soubesse que Rachel acabaria destruída naquela história toda ela, por um minuto, deixou de pensar sobre suas usuais futilidades e sentiu que aquele poderia ser, de fato, um começo de amizade.

Faberry agora já não soava uma ideia tão extraordinariamente-terrível. Tinham que admitir, elas realmente funcionavam bem como amigas, talvez por serem mais parecidas do que pensavam.


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