The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 26
Capítulo 26 - Cannabis


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Mil perdões pela demora :( Mas relaxem que eu já tenho vários capítulos adiantados e vou programar pra eles saírem sem o risco de atraso ♥ Ah, btw, dois personagens irão ser importante no próximo capítulo (e não são Brittany e Santana), apostas?



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Quinn quase engasgou ao ver a progenitora sentada na poltrona florida da sala dos Lopez e, por breves segundos, seu pulmão esqueceu como funcionar corretamente. Tinha certeza que deveria estar com as bochechas ruborizadas e com os olhos extremamente arregalados, mas era como se seu corpo não quisesse cooperar.

– Quinn. Filha! – A mulher levantou-se repentinamente e em passos apressados se aproximou da loira mais jovem. Analisou seu rosto, rosto este que tanto sentia falta. Como conseguira perder sua filha por causa de motivos tão tolos?

Judy, mesmo tendo ideia do rancor que a filha – merecidamente – guardava por ela, lhe abraçou de supetão – e obviamente, sem ser correspondida. Quinn engoliu em seco enquanto sentia os braços finos da mais velha envolverem todo seu corpo.

– Desculpe, é só que... Eu senti tanto sua falta. – Disse com os olhos completamente marejados. – Quinnie... Eu me arrependo tanto. Tanto! Você não faz ideia. – Desabafou; claramente arrependida. – Eu enfrentei Russell e Kaitlin, filha! Se você quiser podemos alugar um quartinho num hotel e vivermos lá, só nós duas por uns dias. – Propôs. – Ou então irmos para sua Tia Anna.

– Eu estou bem aqui. – Respondeu friamente. – Eu... Eu estou melhor aqui.

– Mas... Mas... Por favor, Quinnie. Eu estou tão arrependida! Se eu pudesse eu voltaria no tempo e faria tudo diferente. Não estou mentindo, é só que... Eu sinto tanto sua falta! – Àquela altura uma lágrima discreta rolava pelas bochechas arredondadas da Fabray mais velha.

– Mas você não pode, mãe. Não pode voltar no tempo. – Lembrou. – As coisas não são tão simples assim. Você pode estar arrependida, isso não significa que eu esteja curada dos machucados que vocês fizeram em mim.

– Eu mudei, Q! – Insistiu. – Eu juro que sim.

– Eu não duvido. Mas eu ainda preciso de um tempo pra pensar nisso tudo. – Decretou, tentando não soar tão rude; ela podia ver a honestidade e o desespero instalados na íris clara da mulher. – Por favor, só mais um tempo.

– Você está certa. Eu não deveria ter vindo, depois de tudo que fiz você passar. – Admitiu, suspirando com exaustão, rumando em direção à porta e aceitando o fato de que Quinn não lhe aceitaria tão cedo.

Será que realmente poderia ser tarde demais?

– Judy, espera... – Quinn chamou antes que a progenitora saísse do local pra fora. – Use seu dinheiro e alugue um quarto de hotel pra você. Eu ainda estou tremendamente magoada, mas eu sei que você tem que aguentar Russell sendo sempre tão ríspido e injusto... Você está num relacionamento extremamente abusivo, mãe, e precisa sair antes que isso te destrua. – Aconselhou. - Digo isso pelo seu bem.

– Ele me mataria, Quinnie. Ele me mataria se eu o deixasse. – Queixou-se, negando com a cabeça tal possiblidade de modo relutante. Apreciava a preocupação da filha, mas ela não tinha opções.

– Por mim... Faça isso por mim. – Quinn pediu. – Se realmente quer que nós duas voltemos ao que costumávamos ser então arranje um lugar pra você ficar e então eu poderei te visitar e talvez... Talvez as coisas melhorem entre nós.

– Isso quer dizer que você aceita minhas desculpas? – Questionou, com os olhos brilhando.

– Isso quer dizer que eu posso tentar.

[...]

Quinn Fabray não saía da cabeça de Rachel Berry. Não que um dia tenha saído, mas pelo menos naquele momento era por motivos diferentes. Dessa vez a morena baixinha não rolava na cama pensando nos lábios dela ou em como era covarde de tê-la permitido ir embora de sua vida.

A razão, dessa vez, era sobre o porquê do repentino interesse de sua ex-melhor amiga pelo clube do coral. Quinn mal aparecia nos ensaios, raramente cantava ou falava alguma coisa e, então, de repente, ela aparece sendo a salvadora da pátria.

Ela sabia o quão egoísta estava sendo em ter um pensamento assim, mas a verdade era que estava irritada em como Fabray havia conseguido mostrar-se uma boa colega de time em apenas um dia. Era quase como se ela quisesse se passar de líder – e Rachel não aceitava outros líderes, além dela.

“Pare de ser assim, Rach. Pare de ser assim.” Suplicava mentalmente, fitando o celular no bidê ao lado da cama. Talvez ela devesse ligar para Quinn, talvez ela devesse parar com essas bobagens.

E ela o fez. Contudo precisou discar o número de Fabray; a verdade era que apesar de tudo seu nome ainda estava guardado nos contatos do celular, e ela negava tirá-lo de lá.

– Alô? – Aquela voz que Rachel tanto sentia falta atendeu. – Rachel?

– Oi. Hm... Tudo bem? – Se fazer amizades já era um trabalho demasiado árduo para a baixinha retomá-las conseguiam ser ainda mais difíceis. – Como anda... Hm... A coisa dos cupcakes?

– Não começamos ainda. Falta alguns ingredientes. – Explicou, sem delongas. Esperava que seu plano com Puck desse certo. Esperava que pudesse impressionar Rachel e então reconquistá-la.

– Que droga. Que ingrediente? Talvez eu tenha aqui em casa. – Ofereceu rapidamente.

– Não! É... Deixa pra lá, Rach. Já pedi para Santana ir comprar, mas muito obrigada pela intenção. – Engoliu em seco, era tão estranho ter conversas com Berry novamente. – Mas, então... Tudo bem com você?

– Sim, sim. Eu estou bem.

– E Finn?

– Bom, ele é leg... – Rachel fora interrompida por batidas ininterruptas na porta de seu quarto, e antes que pudesse perguntar quem era ou gritar um “pode entrar” ela viu Finn escancarando seu quarto e dando oi para a namorada. – Finn! O-O que você tá fazendo aqui? E essas horas? – Arregalou os olhos, tampando o celular com uma das mãos para que Quinn não a ouvisse.

– Surpresa! – Disse simplesmente.

– Só um minuto... Hm... Quinn? Ainda está aí? – Chamou, retomando o celular à orelha e desviando o olhar do namorado.

– Sim, o que houve? – Perguntou com um tom desapontado.

– Finn está aqui. Eu preciso desligar. – Avisou. – Boa sorte... Com os cupcakes. – E Quinn sorriu do outro lado da linha, pensando em como sentia falta de Berry.

A morena desligou o celular e o jogou no bidê de modo espalhafatoso. Falar com Fabray lhe deixava assim: trêmula, elétrica e completamente boba. Tentou desfaçar a afobação que percorria por todo seu corpo e sorriu fraco para o rapaz em sua frente.

– Sério, por que está aqui, Finn?

– Nossa, até parece que não gosta da minha presença. Tudo bem, eu vou embora então. – Levantou as mãos em rendição, sendo incrivelmente dramático e dando alguns passos em direção à porta. Rachel, de fato, gostaria que ele saísse de seu quarto (e de sua casa, se possível), no entanto achou que permiti-lo causaria certa má impressão.

– Não. Finn! Eu não quis dizer isso. – Negou. – Só fiquei curiosa com a visita. Nos vimos algumas horas atrás na aula e, bem, eu não estava esperando.

– É claro que não estava. Devia estar ocupada demais conversando com Quinn “babaca” Fabray. – Bufou Hudson, fazendo uma expressão emburrada logo em seguida.

– Ai meu Deus, Finn! Você não está com ciúmes, né?

– É só que... Quinn é teimosa. Eu namorei com ela, eu sei. E com esses rumores de ela... Hm... Jogar no outro time... Eu fico com medo que ela fique dando em cima de você. Não quero perder pra ela. – Explicou, meio sem jeito. – Ela é bonita e confiante, não me impressionaria se você me trocasse por ela.

Rachel sentiu o coração parar, pensando em como definitivamente trocaria Finn por Quinn.

Eu não sou lésbica. – Rachel afirmou com precisão, quase como se não quisesse confirmar aquilo para Finn, mas para si mesma. – Não há nada entre eu e Quinn, eu juro. Nem nunca vai haver. Eu sou a sua namorada, ok?

– Ok. – Suspirou. – Mas... Vocês estão voltando a se falar?

– Não sei. Foi uma conversinha rápida. Nada de mais. – Deu de ombros. – Fique tranquilo.

– Que bom. Digo, se você voltasse a ser a amiga de Quinn seria como se você estivesse assinando um pacto com o diabo e pedindo para ser derrubada. É óbvio que ela está querendo roubar seu posto de líder no clube do coral, dando ideias e fingido estar preocupada. Ela só quer mais alguma coisa pra se gabar.

– V-Você acha? – Rachel levantou os olhos para fitar o namorado, sinceramente insegura.

– Está na cara! Você deveria tomar cuidado, Rach... Mostrar que você também fará qualquer coisa para ajudar o clube. – Sugeriu. – Não deixe Quinn ganhar. Eu não suportaria cantar o dueto das Sectionals com ela e não com você.

– Mas... O que eu devo fazer?

– Não sei, na verdade. É só um conselho, faça o que quiser com ele.

[...]

Dois dias bastaram para que a barraquinha de cupcakes do New Directions fosse aberta, sendo liderada com um carisma extraordinário por Quinn Fabray – que era, de fato, ótima em persuadir os outros a comprarem, apesar de não ser mais tão popular quanto antes.

Além do mais, Quinn não trabalhava sozinha. Ela fazia sua parte, mas certo ingrediente também fazia com que os estudantes do WMHS comprassem desesperadamente os bolinhos de chocolate e baunilha.

– Sucesso! 100 dólares só nos últimos trinta minutos. – Artie comemorava, enquanto arrumava as notas na caixinha de sapato que usavam como uma espécie de caixa registradora improvisada. – Quinn, é melhor fecharmos a barraca logo e prepararmos mais cupcakes, eles estão praticamente voando da mesa.

– Sim, apenas mais cinco minutinhos. – Disse, enquanto vendia mais e mais. Do clube do coral apenas ela, Santana, Puck e Artie sabiam sobre a maconha nos cupcakes. Eles até pensaram em contar à Brittany, mas sabiam que a garota não era muito boa com segredos; e não podiam arriscar acabar na sala da diretor por aquilo.

– Dois cupcakes. – Rachel apareceu, saindo de repente da multidão. Jogou duas notas de um dólar em direção à loira e esperou ser atendida. Quinn sorriu fraco para a ex-amiga e lhe entregou dois bolinhos de chocolate. – Ouvi Artie falar sobre preparar mais cupcakes. Eu e Finn podemos cozinhar enquanto vocês vendem, se for melhor pra vocês. – Sugeriu.

– Hm... É complicado, Rach. É uma receita de família, sabe?

– Da sua família? Bom, Puck, Artie e Santana não são Fabrays e estão fazendo mesmo assim. É sério, pode contar com a nossa ajuda.

– Relaxe, está tudo sobre controle. Se precisarmos de ajuda extra com certeza chamaremos você e o Finnbecil... Digo, Hudson. Finn Hudson. – Mentiu. De forma alguma que o quarterback poderia saber sobre a maconha no cupcake, se o fizesse Quinn e o resto estariam certamente encrencados.

– Tudo bem. – Rachel sorriu amarelo e saiu do campo de visão de Quinn.

“É claro que eu não posso ajudar com os bolinhos. Finn estava certo: ela quer ser a líder e se eu ajuda-la ela não levará todo o crédito. É, Rachel, você estava enganada e por incrível que pareça seu namorado estava certo. Eu preciso de um plano contra Fabray. É preciso cortar o mal pela raíz.” Decretou a baixinha, enquanto andava furiosa pelo corredor.

[...]

Vamos, T. Você consegue! – Incentivava Mercedes Jones calorosamente enquanto Tina Cohen-Chang segurava um grande pote de metal com cadeado e tentava, aparentemente, abri-lo.

Naquele momento, Rachel Berry passava pelo corredor onde as duas estavam. Assim que pôs os olhos nas colegas de time estranhou a euforia das duas. O que estava acontecendo ali, afinal? Rumou em passos apressados até as garotas e não hesitou em bancar a intrometida – como o habitual.

– Oi, meninas. – Cumprimentou. – O que houve?

– Ah! C-Consegui! – A asiática comemorou, levantando o recipiente no ar como se fosse uma espécie de troféu e estampando um sorriso gigantesco no rosto. – Agora meus dez dólares, M.

– Toma. – Mercedes entregou algumas notas na mão da amiga e saiu cantarolando pelo corredor, degustando o que pareciam deliciosos e gordurosos Tots. – Obrigada, Deus, por colocar uma asiática nessa escola!

Rachel deu uma risadinha discreta enquanto a outra garota guardava o dinheiro dentro de sua bolsa tiracolo xadrez com certa pressa, ignorando a presença da menor ao seu lado.

– O que vocês estavam fazendo? – Voltou a perguntar Berry, curiosa.

– K-Kurt insistiu q-que Mercedes parasse de c-c-comer T-Tots, porque eles fazem mal p-pra saúde e p-pra pele. Ela p-pediu minha ajuda pra d-destrancar o cadeado que e-ele c-colocou em seu l-lanche. – Explicou a asiática em meio aos gaguejos ininterruptos.

– E você entende algo sobre invadir e destrancar coisas? – Rachel questionou com as sobrancelhas levantadas; verdadeiramente interessada na possível habilidade da amiga.

– M-mais do que a maioria d-das pessoas. Ano p-p-passado invadi o Wawa’s e roubei c-c-cinco pacotes d-de jujuba. – Contou, e pela primeira vez na vida Rachel viu Tina se gabando por algo.

– Sabe Tina, talvez eu precise da sua ajuda para algo, relacionado à esse seu... Talento. Mas depois eu te conto. – E quase no mesmo tempo a baixinha saiu do corredor, sorrindo bobamente como se tivesse acabado de ter uma ideia genial. E ela tivera.


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Notas finais do capítulo

E aí? Qual a ideia mirabolante de Rachel? Quem são os dois personagens que terão certo destaque no próximo capítulo? O que acharam do Finnbecil querendo fazer a Rachel sentir raiva da Quinnie? E será que irão descobrir sobre a maconha no cupcake?

Btw, confiram minha short-fic, eu fiquei desanimada sobre ela, porém vou voltar a postar: https://fanfiction.com.br/historia/639844/Perfect_Team/ ♥