The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 16
Capítulo 16 - Filha


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Capítulo novo e no dia certo dessa vez o/ Pra quem não sabe capítulo novo sai sempre sábado e quarta EM QUALQUER HORA DO DIA (mas geralmente você vai saber a hora que eu postar se me seguir no twitter, porque eu fico brisando por lá enquanto reviso, arrumo tudo, etc @in_LAmach1ne)



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Após os dramas exaustivos que a cirurgia do nariz acarretara Rachel Berry queria permitir-se dormir até mais tarde naquele fim de semana que havia acabado de chegar. Sentia-se levemente culpada por quebrar sua rotina de exercício, mas seu emocional ainda não era dos melhores.

Quinn, por outro lado, havia acordado relativamente cedo – antes que todos na casa, até mesmo antes que Hiram, um dos pais da amiga, e também o mais perfeccionista. Fabray tinha de admitir: o clima na casa dos Berry era incrivelmente mais leve e mais agradável que o de sua família.

Era até mesmo estranho não ser julgada toda hora, era estranho não ouvir a voz embriagada de Rusell discutindo com Judy, era estranho não ter milhões de regras e dogmas – agora o máximo que tinha de seguir era uma lista de cuidados com a louça de porcelana da cozinha.

Era estranho não estar num ambiente nocivo depois de ter sido criada num por 16 anos.

Quinn desceu as escadas apressadamente e apreciou o sol que adentrava na sala de jantar pelas frestas da cortina, ficando feliz por ver um dia tão bonito. Prendeu parte do cabelo com um grampo e se olhou no espelho de um dos corredores, checando a aparência.

Saiu abrindo todas as janelas do primeiro andar de forma animada e por um momento quase se sentiu como naquelas cenas dos desenhos da Disney, onde mesmo a princesa tendo acordado às sete da manhã escancarara as cortinas como se o mundo dependesse disso.

Depois regou todas as plantas da casa, uma vez que descobrira que Hiram se importava muito com elas. Armazenou com extrema cautela as louças dentro dos armários de madeira da cozinha, secando-as antes de guarda-las e as organizando com perfeição.

Enquanto cantarolava alguma música aleatória da Lady Gaga arrumava a mesa do café da manhã, preparava o suco de morango e laranja que sabia que Rachel adorava e se dedicava em preparar uma torta de maçã para todos. Nem mesmo notava o tempo passando.

Assim que terminara de organizar a cozinha descera a varanda da casa para buscar a correspondência e o jornal local, com certa animação.

A áurea daquela casa a fazia definitivamente mais produtiva e perfeccionista.

– Quinn F-a-b-r-a-y, não acredito que fez tudo isso! – LeRoy exclamou assim que a loira adentrara novamente dentro da casa, admirando com espanto a mesa arrumada de forma minuciosa, a claridade matinal banhando os cômodos internos, os suéteres organizados metodicamente e todos os outros detalhes que lhe causavam extremo prazer apenas de olhar.

– É o máximo que posso fazer por me deixarem ficar aqui. – Quinn sorriu tímida. - Eu costumava fazer isso em casa, mas não com tamanha dedicação. Apenas porque sabia que meu pai reclamaria de mim e de Judy. Hoje achei dobrar suéteres um tanto prazeroso.

– Querida, você sabe que pode ficar aqui o tempo que precisar. A única forma de eu te expulsar daqui é se quebrar uma de minhas louças importadas ou derrubar café em alguma das minhas roupas francesas... Mas sei que é cuidadosa. – O homem brincou e Quinn não pôde evitar uma leve gargalhada.

Ambos, então, encaminharam-se até a cozinha e se sentaram nos lugares de suas preferências, começando a se servir logo em seguida.

– Aqui é tão diferente da minha casa, Sr. Berry. – Confessou, suspirando de alivio. – É uma droga saber que meus pais não se orgulham de mim; e eu realmente espero que isso um dia passe, mas... Não é como se fosse de todo ruim ter sido expulsa. Aqui parece ser um tipo de férias. Férias de minha irmã nojenta, de meus pais conservadores, de todos aquelas pregações dos bons costumes que não passam de coisas estúpidas.

– Fico feliz que esteja bem aqui, Quinn. – Afirmou. – Rachel me disse que você não era uma pessoa muito agradável, mas que mudou muito de uns tempos para cá. Agora já sei porque você costumava ser difícil de lidar, ter sido criada numa família assim deve ser complicado.

Quinn acenou positivamente com a cabeça, concordando com LeRoy.

–... Mas mudar é bom. Continue assim, Quinnie! E logo iremos assinar a papelada para te adotar. – O pai de Rachel soltou uma risada e Fabray também o fez.

Sentia-se um tanto culpada.

É claro que ela estava mudando e se tornando algo melhor... Mas por causa do plano. Muita das coisas que falara de amigável era parte de algo maior, de uma encenação. Ou era o que costumava ser. Estava tão claro que LeRoy e Hiram gostavam dela que sentia-se mal por saber que num futuro próximo eles a odiariam por quebrar o coração de Rachel.

Rachel. Rachel era outro problema. Aprendera a gostar dela de forma genuína, aprendera a lidar com suas esquisitices.

– Me desculpe falar isso, Quinn. Mas ficaria feliz se você fosse realmente... Lésbica. – Confessou, enquanto bebericava o café em sua xícara. Quinn engoliu em seco e arregalou os olhos, surpresa com o comentário. – Sei que é meio inconveniente da minha parte, mas veja só: eu sou pai de uma garotinha linda e eu desejo o melhor para ela. No Ensino Médio há tantos rapaz de má índole que quando vejo uma pessoa como você apenas fico pensando o quão seguro eu me sentiria se minha estrelinha namorasse com alguém assim.

A loira limpou a garganta, pousando o copo de suco na mesa enquanto tentava não ruborizar. “Se ele soubesse...”.

– Rachel então precisaria ser lésbica também. – A loira lembrou. E então LeRoy deu uma risada irônica, como se zombasse da filha ou de sua heterossexualidade.

E Quinn ficou tentando analisar o que aquela risadinha, mesmo que discreta, significava. LeRoy achava que a filha era... Lésbica? Porque se ele estivesse certo aquilo abria novos caminhos para completar sua missão, aquilo mudava muita coisa.

A morena baixinha apareceu de repente descendo as escadas, com um olhar sonolento e desanimado. Avistou a amiga e o pai e cumprimentou-os com um bom dia fraco e preguiçoso. Rumou até a mesa e nem notou a troca suspeita de olhares entre Quinn e LeRoy.

– Enfim, docinho. Adorei o café da manhã e essa torta está dos deuses, mas o dia é longo e preciso acordar meu marido para irmos caminhar. – O homem avisou, dando um beijinho discreto na bochecha de Fabray e abraçando Rachel logo em seguida. – E Quinnie, saiba que estou amando sua presença nessa casa. Logo vou te chamar de filha!

– Parece que meu pai realmente te adora. – Berry comentou assim que LeRoy saíra do cômodo, tentando esconder o tom enciumado.

– Bom, e eu realmente o adoro também!

Rachel Berry amava os dois pais e adorava Quinn, mas não conseguia esconder a insatisfação diante daquilo. Ela era a estrela da casa!

[...]

– Quinn Fabray, já disse o quão bem esse uniforme das Cheerios cai em você? – Elogiava Hiram, enquanto segurava sua mão no alto e rodopiava a garota para analisar melhor a roupa. – Isso me faz ter uma louca vontade de ser uma garota no Ensino Médio. O uniforme dos garotos nunca era tão fabuloso quanto o das meninas. – Bufou e a loira gargalhou.

– Obrigada, sr. Berry.

– Querida, isso me fez me sentir tão velho! Meu nome é Hiram, e convenhamos, essa coisa de “Senhor” não combina aqui em casa, é muito confuso quando se há dois senhores.

– Perdão, Senh... Digo, Hiram. – Fabray sorriu tímida.

– Vamos meninas? – LeRoy chamou do lado de fora, segurando a chave do carro e acenando para as duas garotas que se despediam de Hiram.

– Estamos indo, papai! – Avisou Rachel com um olhar cabisbaixo; frustrada por não receber nenhum elogio.

No colégio Quinn já não se sentia tão envergonhada por andar com Rachel Berry. É claro que ela não passava uma imagem muito boa, ainda mais com os rumores de que as duas eram mais do que amigas, mas sabia que se não o fizesse Sue Sylvester faria algo pior para descontar nela.

Além do mais, todos já estavam pensando coisas ruins sobre Quinn mesmo. Sua vida esteve tão bagunçada ultimamente que a parte do seu cérebro que se importava com os comentários alheios parecia ter se ausentado por um tempo.

No terceiro período, entretanto, a estrela do clube do coral e a líder de torcida não tinham aulas juntas e Quinn se encontrava completamente sozinha nos corredores. Algumas pessoas até se esgueiravam e abriam passagem, mas boa parte já não ligava mais para sua existência ou já não perdia tempo venerando-a.

– Ei, Fabray. – Uma voz familiar chamou e não demorou muito para ela sentir um braço encaixar-se no seu. Olhou para as laterais e lá estava Santana Lopez andando lado a lado a ela.

– Santana? O que pensa que está fazendo? – Quinn falou num tom rude e a latina se segurou para não largar tudo para o alto e lhe encher de tapas bem merecidos.

– Sendo um ser-humano amigável. – Disse, sem desvencilhar-se dos braços da loira. – Odeio dizer isso, mas... Britt e eu sentimos sua falta. Éramos um ótimo trio.

– É claro que você sente minha falta, eu sou a abelha rainha dessa escola. – Quinn gabou-se com superioridade e Santana revirou os olhos.

– Espera, me deixa tentar não rir! Só de eu vir falar com você eu já arrisco meu filme. Seu posto já era. Mas mesmo assim eu estou aqui, não estou? Palmas para mim então, por ser essa amiga incrível apesar de você ser uma garota com problemas psicológicos sérios.

– Cala boca. – Fabray bufou. - A única maluca aqui é você.

– Quer que eu te lembre do dia que você começou a gritar no meio de todo mundo achando que eu espalhei algo sobre você mesmo sem provas? Ou do dia que começou a namorar Finn Hudson, vulgo saco de suor? Ou do dia que se aproximou de Rachel Berry? Ah! Tem o dia que você decidiu nascer também! Viu o quão louca você é? – Lopez riu sarcástica e então, respirou fundo. – Falando sério, Barbie. Não quero mais brigar por coisas tolas.

Quinn engoliu em seco, mantendo-se em silêncio como uma criança emburrada.

– Vem cá, você assinou um contrato para abrir a boca só pra falar besteiras ou é só impressão minha mesmo? Argh! – A latina retrucou e permaneceu algum tempo sem falar nada. – Ó, hoje eu e Brittany iremos fazer uma festa na minha casa. Os mais populares do McKinley estarão e essa é sua chance de se recompor. – Propôs. – Por favor, Q, pela primeira vez nessa sua vida tenta raciocinar um pouco, tá bom? E faz o favor de trazer a Rachel, precisaremos de alguém para limpar nosso vômito.

– Não sei se quero ir. – A loira deu de ombros. – Nem quero que Berry seja tratada mal.

– Eu estava brincando, pelo amor de Deus! Você pode trazer sua nova melhor amiga do mundo inteiro e eu juro que ela será tratada como uma princesa, ou pelo menos, como um ser-humano. Pode confiar de mim, quem vem de Lima Heights Adjacent nunca quebra suas promessas. – Garantiu.

Bom, talvez não fosse uma ideia ruim...


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Notas finais do capítulo

Uma festa na casa da Santana ou um plano Faberry camuflado de festa? Essa diaba sabe o que faz ♥
COMENTEM, COMENTEM, COMENTEM (eu aprecio muuuuito as ideias e as opiniões de vcs, sério)
COM-M-M-ENTEEEEEEEEEEEEM ♥ ♥ ♥
Twitter: @in_LAmach1ne
BEIJOSSSSSS!