The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 12
Capítulo 12 - Irmãs


Notas iniciais do capítulo

Vocês são os melhores leitores EVER! E eu adoro ler os comentários de vocês. Então, continuem assim, comentando, interagindo comigo e etc. Quem é fantasminha: apareça! Quem não é: tá de parabéns, continua assim queridx ♥

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Ainda não decidi os dias da semana que vou postar, então quem ainda não comentou se decida e comente aí. Se você não sabe do que tô falando volte uma casinha (ou seja, vai no capítulo anterior e confere lá a pergunta sobre os dias e tal).



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Querido diário,

As coisas desandaram, eu admito. Cometi algumas falhas, mas veja só, eu sou uma gênia e já consertei tudo novamente. A verdade é que eu me deixei levar pelo entusiasmo. Quando descobri que Santana Lopez sabia parte de meu plano não hesitei em espalhar os rumores Faberry pelo McKinley, a culpa obviamente cairia sobre a latina e eu saí limpa disso tudo.

Por uma semana eu tive de depender da sorte, esta que, felizmente, anda sempre ao meu lado. Houve briga Faberry, uma transformação em Rachel, a briga com Finn. Tudo se encaixara tão perfeitamente bem que até soa como se fosse Deus quem estivesse no comando deste romance – considerando que minha posição não está muito longe de ser considerada uma Deusa não é errado afirmar isso.

Ah! Quantas histórias minhas garotinhas terão pra contar futuramente, quando finalmente deixarem-se levar pelo fogo da paixão, que arde quando seus olhares se encontram! O afeto que eu tenho por Faberry é tão imenso que nem ando praticando minhas habituais crueldades com o queixo de bunda e a senhora limpeza.

Ontem mesmo o cabelo de miojo me olhou com superioridade e me orgulho em dizer que o ignorei com sucesso. Ele é tão egocêntrico e acha mesmo que minha vida gira em torno dele e de seus potes de gel. Patético! Mal sabe que seu clubinho só está sendo mantido pela minha necessidade de Faberry, pois se dependesse do talento de seus alunos esquisitos a sala do coral já estaria sendo ocupada pelos Alcóolicos Anônimos.

De qualquer forma, ainda há muito trabalho para fazer. Entreguei um pen-drive com arquivos amigáveis à Hobbit, o que a fará admirar a Barbie mais ainda! Mas agora, Diário, tenho que ir. Há outra entrega que preciso fazer.

[...]

Quinn chegou em casa exausta, após um cansativo treino das Cheerios. Estava tudo meio esquisito, mas a loira não fez questão de averiguar. Sue não viera falar com ela em nenhum momento e Becky Jackson havia faltado. Tudo correu bem e Fabray tinha certeza que as Cheerios ganhariam às Nacionais neste ano... Mais uma vez.

Entrou na cozinha faminta, e antes que pudesse abrir a geladeira e pegar algo para comer sua mãe a chamou, a voz falhando, com certa preocupação. Quinn abandonou o cômodo, se encaminhando até a sala de jantar, onde na mesa estavam sentados seus pais e sua irmã mais velha, Kaitlin.

Sua irmã vivia em Nova Iorque, mas decidira fazer uma visita surpresa aos Fabray. Sua presença apenas deixou Quinn mais nervosa, sentindo as pernas bambas ameaçarem não sustentar o peso de seu corpo.

A barriga saliente de Kaitlin denunciava sua gravidez e em seu dedo anelar esquerdo um anel de ouro chamava atenção. Casada e morando em um dos mais luxuosos condomínios de Manhattan a jovem era o orgulho da família, e o pesadelo da Fabray mais nova.

A jornalista gabava-se sempre que podia pelas incríveis entrevistas, pelos famosos que conhecia, pela sua nova promoção ou por Peter, o marido que, segundo ela, era bem mais galã que qualquer estrela de cinema ou que qualquer príncipe de conto de fadas. Sempre tããão metida a dona do mundo!

Como se já não bastasse sua carreira impecável ela, ao contrário de Quinn, nunca tivera sua época “Lucy Canhão”, sendo, desde pequena, perfeita.

Quando menor fora extremamente magrinha e bonitinha, mas o Universo fora generoso quando ela se tornara adolescente, presenteando-lhe com curvas invejáveis, seios na medida certa e um quadril convidativo.Todos os garotos eram completamente apaixonados por ela, babavam feito bestas sempre que a viam; estes mesmos garotos eram os que debochavam de Lucy, o patinho feio da família.

Por este motivo Quinn nunca fora amiga da irmã, que sempre se negara a ter conversas com ela, a dar conselhos ou a ajuda-la. Nunca nem ao menos a defendeu, ignorando-a completamente quando elas cruzavam no corredor do antigo colégio em que estudavam.

Como a líder das Cheerios poderia estar feliz em ver Kaitlin? Nem ao menos forçar um mísero sorriso ela conseguia.

– Lucy! – Kaitlin exclamou quando a irmã adentrara na sala, não feliz, mas também não de forma inconveniente. Apenas acenou e fechou o sorrisinho falso.

– É Quinn. – Corrigiu, claramente incomodada.

– Para mim, você sempre será minha Lucy Fabray. Eu nunca gostei do nome Quinn. – Comentou.

Russell, sentado ao lado filha predileta, pigarreou e limpou a garganta, lhe cutucando com a ponta do dedo indicador.

– Kaitlin, você sabe porque estamos aqui. Temos algo a conversar com Quinnie, aquele assunto. – Repreendeu Rusell Fabray, sério como Quinn nunca vira. Um sentimento de negação em sua íris esverdeada. Aflição, raiva, nervosismo.

O que diabos estava acontecendo? Por que havia rastros de lágrimas no rosto da mãe? Por que todos a olhavam como se ela houvesse cometido o pior dos crimes?

– Desculpe, papai. Lucy, pode se sentar, por favor? – A irmã mais velha solicitou, ignorando o pedido da mais nova em ser chamada de Quinn. Kaitlin era a única que parecia estar controlada, uma clara frieza em seu tom de voz, como se fosse ausente a presença de qualquer tipo de emoção. E era. Kaitlin era um gelo, sempre fora.

Mesmo incômoda Quinn obedeceu, sentando-se na ponta da mesa, na cadeira mais longe dos familiares.

– Recebemos isso hoje. – Um envelope amarelo fora pousado sobre a mesa de madeira e Rusell empurrou o mesmo em direção a Kaitlin, que continuou o trajeto do papel até que este chegasse a irmã.

– O que é isso? – Questionou a loira, com o objeto em mãos.

– Nós que lhe perguntamos, Lucy. Abra você mesmo. – Falou Kaitlin, aquele mesmo jeitinho esnobe de quem estava sempre certo.

Quinn abriu o envelope com a ponta dos dedos e viu pelo canto dos olhos Judy segurando um guardanapo e enxugando uma lágrima discreta. Seu peito apertou, ainda com uma expressão desnorteada e confusa em seu rosto angelical.

Rainha do baile? Não mesmo! Quinn Fabray perdeu todas as chances de ganhar a coroa, quer saber por quê? Leia o artigo na página 13.

Aquele era um título recortado de uma matéria que saíra nesta mesma semana no Jornal do McKinley, da qual Quinn não fazia ideia. Grampeado ao papel havia outro recorte, agora se tratava da matéria em si.

Algumas partes do texto estavam destacadas com um marcador amarelo e a loira se desesperou ao ler.

“Quinn Fabray beija meninas!” “Rachel e Quinn foram vistas juntas” “Fabray, na verdade, é lésbica”.

Sua garganta ardeu e tudo parecia estar queimando dentro de si, o desespero tomou conta dela e seus olhos estavam marejados, aflição estampada em sua íris. Quinn mordia o lábio inferior copiosamente, desejando poder desaparecer dali, desejando morrer ou fugir para longe.

– Aonde erramos, Senhor? – Indagou Judy, não olhando para Quinn, mas para cima, como se estivesse suplicando à Deus por uma solução. – Por que você fez isso conosco, Quinnie? Nós sempre batalhamos tanto por você.

– Eu... Eu...

– Trabalhei tão duro para você sentir-se bem com o próprio corpo e agora sinto como se estivesse levando uma facada nas costas. – Disse Russell, levando a mão até a testa, massageando a têmpora . – Sempre te levamos à igreja e você... Você nos traiu.

– Papai, isso é mentira. – Defendeu-se.

– É mesmo? – Kaitlin perguntou, levantando as sobrancelhas. – Então veja s fotos dentro do envelope.

Quinn ficou olhando a irmã furiosamente, querendo pular em cima dela e estapeá-la até não poder mais. Alguns segundos se passaram e a Fabray mais nova passou os dedos pela parte interna do papel, encontrando lá mais alguma coisa.

Tratava-se de três fotos.

A primeira que pegou mostrava Quinn e Rachel dançando extremamente próximas, como se fossem um casal. A segunda aparecia as duas de mãos dadas na roda gigante, durante aquele momento de desespero. E a outra... Ah, a outra era a pior. Nela Quinn tirava as alças do vestido de Rachel, enquanto a morena lhe olhava intensamente.

– Isso... Isso não é verdade! – Exclamou.

– Como não, Lucy? Essas fotos são reais, extremamente reais. – Kaitlin disse.

– Elas são reais... Mas elas não significam isso! – Defendeu-se. – Eu juro.

– Me dói dizer isso, Quinnie, mas... Você não pode ficar nessa casa mais. – Judy decretou com a voz fraca e hesitante. Ela não queria fazer isso, mas sentia que era necessário. – Na bíblia... Há regras. Não podemos acolher uma pecadora nessa casa. – Completou, e à essa altura lágrimas já rolavam pela bochecha de Quinn.

– Papai... – Começou. – Por favor, eu preciso de você... Dê-me um abraço e diga que tudo vai ficar bem. – Suplicou e o homem negou com a cabeça, matando Quinn mais uma vez.

– Lucy, por que você não falou comigo? Eu podia ter te ajudado. Peter é psicólogo, ele poderia te curar e...

– CALA A BOCA, KAITLIN! – Vociferou, levantando-se da cadeira tão abruptamente a ponto de ela cair para trás. Rumou até a irmã e não hesitou em lhe atingir com um tapa na cara, fazendo que sua pele clara e bem cuidada ficasse agora avermelhada. – Você nunca me ajudaria! Você nunca me ajudou! Antes de nos mudarmos para Ohio Mark, aquele menino da minha classe, disse que foi você quem inventou o apelido Lucy Canhão!

– Eu era uma criança! – Argumentou.

– Uma criança maldosa! A pior irmã do mundo! – Continuou. – Eu te odeio tanto Kaitlin, odeio como você é esnobe e odeio como papai e mamãe sempre te amaram mais. Mas eu nunca ousaria te machucar, não como você fez comigo. Então, uma vez nessa sua vida cala a boca! Antes que eu perca ainda mais meu controle!

Antes que pudesse avançar na irmã mais velha Quinn sentiu as mãos serem puxadas para trás e ela ser impedida de se movimentar livremente. Seu pai a segurava, imobilizando seus braço. O homem a puxou com força até a sala, próximo às escadas que levavam ao segundo andar.

– Acabou com seu showzinho, Lucy Quinn Fabray? – Perguntou rispidamente, próximo ao rosto da filha, a veia saltando na testa.

– Papai... – Murmurou.

– Sua irmã arrumou suas malas, estão no seu quarto. Por favor... Saia dessa casa. – Ordenou e então, o mundo da perfeita Quinn Fabray desabou.


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Notas finais do capítulo

Muita gente elogiou a Sue (e com razão!) no capítulo passado, afinal, a gente quer ver Faberry mas bom, ela f*deu com a vida da Quinnie dessa vez. Agora, para onde nossa líder de torcida favorita vai? Para casa da Santie? Da Britt? Da Rachel? Da própria Sue?
Não esqueçam de comentar, favoritar, mostrar pros colegas ~Faberry shippers~ e etc. Beijos e até sábado! ♥