The Beauty and The Beast escrita por Olicity forever


Capítulo 3
Minha desgraça


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente!
Não vou nem comentar sobre aquela promo, eu ainda não consegui raciocinar direito sobre ela!
Então, mais um capítulo... longo!
Espero que gostem!
Agradecer pelos comentários, vocês sabem como incentivar!
Bjos e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/605268/chapter/3

Felicity mal conseguiu dormir com tanta ansiedade, pois insegurança ela já não sentia mais, estava preparada, se identificou com cada página e anotação lida, parecia que seu pai havia preparado para ela. Fez sua higiene matinal, usou um vestido que ia até o joelho na cor telha e prendeu os cabelos em um rabo de cavalo dando um ar casual, usou uma leve maquiagem. Se dirigiu a cozinha onde recebeu os desejos de boa sorte de Maria entre um abraço carinhoso e logo foi instruída por Jonh sobre todos os detalhes da viagem e como seria até a chegada à empresa. O único alívio de Felicity era saber que Jonh estaria o tempo inteiro com ela mesmo sabendo que aquilo era só uma medida provisória do Sr. Queen para garantir que ela não fugiria, e por falar nele, Felicity agradeceu por não ter mais um encontro amedrontador com seu mais novo patrão. Após o café, Jonh levou Felicity até o heliporto e juntos embarcaram no helicóptero da empresa, o homem se divertia à custa de uma moça pequena de cabelos castanhos e olhos fechados até a chegada à empresa.

A reunião consistia em um grupo de investidores do Japão acompanhados por um intérprete e alguns sócios da empresa, aos quais Felicity seria devidamente apresentada como nova representante do Sr. Queen. A função dela era convencer os investidores sobre a tecnologia desenvolvida pelo departamento de TI que auxiliava na busca rápida por empresas novas cuja análise indicava se eram ou não bons investimentos, em troca, a empresa Queen, receberia 10% do lucro arrecadado. Logo na chegada Felicity encantou todos aqueles senhores com seu sorriso caloroso e olhar receptivo embora tudo tivesse que ser traduzido, os japoneses se encantaram pelo projeto que por si já era bastante tentador e os resultados bastante convidativos. Com palmas, Felicity encerrou a reunião e entre apertos de mãos, papéis foram assinados e os senhores saíram com belos sorrisos nos rostos e promessas de um jantar com ela para apresentarem suas famílias, fato que pensou que seria algo passageiro, porém mais tarde perceberia que quando se tratam de ocidentais, eles levam as promessas ao pé da letra.

Felicity reunia a papelada sobre a mesa para se dirigir à Jonh e fazer aquele retorno para a Mansão sem perceber que era observada por dois pares de olhos: Um através de câmeras acompanhado por um sorriso de satisfação que ela jamais descobriria, o outro se tratava de alguém presente na sala, um sócio, Ray Palmer. Esse não perdeu tempo, com seu jeito galanteador se aproximou da moça novata:

– Olha, você está de parabéns! Esse era uma das negociações que julgávamos mais complicada e você conseguiu em menos de uma hora.

– Obrigada, Sr. Palmer!

– Ou não, por favor, me chame de Ray!

– Me desculpe, mas prefiro Sr. Palmer.

– Bem, como preferir. Então, o que acha de sairmos para comemorar? Não sei, um almoço, que tal?

– Ah, eu agradeço, mas prefiro voltar para Mansão. Tenho pessoas lá com quem desejo comemorar.

– Ou, claro... O Sr. Queen!

– Não. Mas acredito que o Sr. Queen ficará satisfeito como o senhor porém não perderá seu tempo me convidando para “comemorar”!

Sem mais, Felicity lançou um sorriso forçado e saiu da sala bufando diante do abuso desse homem que lhe parecia um convencido, abusado e ainda insinuou que ela era o tipo de garota que tinha caso com o chefe. Definitivamente, para Felicity, o Sr. Palmer será sempre alguém desagradável. Há alguns quilômetros de distância dali, alguém sorria satisfeito por saber que não era o único a ser vítima da confiança da Srta. Smoak. Assim que chegou a Mansão, Felicity correu para a cozinha e contou com detalhes como foi à reunião e o sucesso dela para Maria que a abraçou forte, ela almoçou e foi logo em seguida para seu quarto para estudar os detalhes da próxima reunião e fazer as anotações necessárias sobre a reunião passada.

E assim correu a semana, entre viagens que se tornaram mais fáceis e reuniões cada vez mais bem sucedidas, Felicity sentia a solidão e qualquer resquício de temor indo embora, as investidas do Sr. Palmer não cessaram, porém ela aprendeu a se divertir o respondendo cada vez mais ríspida e notando sua reação de derrota extremamente visível. Finalmente a sexta-feira chegou e era hora de saber se os resultados da semana eram agradáveis ao Sr. Queen, era hora da decisão do “juiz”. Felicity caminhou até o escritório de Oliver ao lado de Jonh que lhe contava as travessuras de sua filha Sara, enchendo Felicity de amor pela criança que ainda nem conhecia, ele abriu a porta e Oliver pôde ouvir a risada de Felicity que logo endureceu ao ver aquela cadeira virada de costa e aquela mão grande apoiada sobre o braço da cadeira.

– Sr. Queen, Boa tarde!

– Boa tarde, Srta. Smoak. Como combinado, hoje avaliei os resultados das reuniões das quais a senhorita participou e esses me são bons, vi que enfrentou com confiança cada um deles e sem mais comentários, eu aceito sua proposta: a senhorita poderá substituir seu pai nesse trabalho.

Felicity agarrou uma mão na outra e baixou a cabeça como se fizesse uma prece em um suspiro de alívio como alguém que prendia o ar por muito tempo deixando seus cabelos cobrirem suas lágrimas de emoção, para ela, aquilo era sem dúvida um elogio, embora o homem não quisesse que parecesse. Ela levantou a cabeça, limpou as lágrimas, lançou um sorriso à Jonh e agradeceu:

– Muito obrigada, Sr. Queen. Prometo que farei de tudo para melhorar ainda mais e não lhe decepcionar.

– Que assim seja, não espero menos da sucessora do Sr. Smoak.

Jonh lançou um olhar de reprovação a Oliver que preferiu ignorar.

– Bem, a senhorita não terá que ir trabalhar aos finais de semana. Fique a vontade, Maria lhe indicará quais partes da mansão lhe estão disponíveis, acredito que encontrará algo para se distrair.

– Sr. Queen, quanto ao jantar com os investidores eu...

– Você irá, é extremamente importante agradá-los.

– Bom, se o senhor está de acordo, eu não me oponho... posso me retirar?

– À vontade, Srta.

– Com licença.

Felicity saiu da sala extasiada de tanta alegria e correu para comemorar com Maria a decisão daquele homem, logo em seguida as duas foram escolher qual roupa Felicity usará mais tarde. Jonh sorria satisfeito em frente a Oliver que por mais que tentasse ignorá-lo, falhava. Antes que Jonh saísse da sala, Oliver questionou o amigo:

– Jonh?

– Sim, Oliver.

– Essa menina será minha desgraça, não é?

– Ao contrário, meu amigo. Ela será a luz que acabará com essa sua escuridão.

Sem mais, Jonh saiu deixando Oliver pensativo travando uma guerra interna. Felicity vestiu um vestido vermelho com um corte longo que ia do joelho até os pés, deixou os cabelos em ondas caindo sobre os ombros e uma maquiagem marcante, ainda com a cabeça baixa ela caminhava pelo corredor espaçoso da Mansão sem notar que era observada por uma figura masculina que vestia um capuz que escondia o rosto, quando já estava perigosamente próxima, o homem resolveu chamar sua atenção:

– Boa noite, Srta. Smoak.

– Nossa, que susto. Mas como você sabe o meu nom... Sr. Queen?

O homem se limitou a concordar com a cabeça e ela sorriu simpática:

– Boa noite, Sr. Queen.

– Jonh já está esperando, tenha um jantar agradável.

– Ou, Obrigada. É isso que eu pretendo, eu acho.

Felicity coçou a cabeça envergonhada enquanto o homem a sua frente observava com um sorriso no rosto e mãos nos bolsos. Vagarosamente ele se virou e começou a caminhar em direção ao seu quarto, enquanto uma nervosa Felicity se perdia por alguns segundos sem saber ao certo qual caminho devia seguir. Ao chegar ao restaurante, ela foi muito bem recepcionada pelos investidores, suas esposas e algumas filhas. A noite foi agradável e ela agradeceu pelo Sr. Palmer não ter aparecido, mal sabia ela e talvez nunca saiba que ele não estava lá, pois o Sr. Queen deu um jeito de mantê-lo longe o enviando em viagem a Central City à uma reunião que mais tarde se descobriria que nunca havia sido marcada, “erro de comunicação”.

Felicity voltou para a Mansão com um enorme sorriso com as lembranças da noite, só até se reparar com um Oliver sentado com as costas apoiadas em uma parede e um copo com wiskey na mão, porém o capuz ainda escondia sua face. Sem saber ao certo o que fazer, Felicity se virou na intenção de chamar Jonh que não deveria estar muito longe dali, mas foi parada pela voz embriagada do homem no chão:

– Felicity?

Ok, de fato ele só pode estar bêbado.

– Sr. Queen, posso fazer algo pelo senhor?

– Oh, por favor, me chame de Oliver. Eu estava louco pra te chamar de Felicity, Felicity... nome bonito!

– Ou, obrigada... eu acho. Então, Oliver... em que posso lhe ajudar?

– Você bebe?

– Oi?

– Você bebe, Felicity?

– Ou, não. Nunca bebi nem pretendo começar agora e você também não deveria.

– Você fica tão linda se preocupando comigo... ainda mais linda.

A esse ponto Felicity já não sabia mais se sentia medo ou pena daquele homem que estava extremamente embriagado, uma figura que ela em momento algum conseguia imaginar daquele homem tão sério e centrado.

– Ok, Oliver, o que acha de me entregar esse copo, nós sentamos naquele sofá e você me conta o porquê de ter bebido tanto?

– Eu aceito!

Com dificuldade, Felicity apoiou o braço musculoso de Oliver em seu ombro e o ajudou a se levantar o levando até um sofá que ficava no corredor. Caindo sobre o sofá, Oliver pendeu a cabeça sobre o ombro de Felicity a deixando completamente desconfortável, logo ela deu um jeito de carinhosamente o coloca-lo ereto e começou a conversar:

– Então, o que estava comemorando?

– E o que lhe faz pensar que eu estava comemorado, Felicity?

– Não sei, geralmente as pessoas bebem quando comemoram ou querem se manter acordadas e acredito não ser a segunda opção a mais viável no momento.

– Você é ingênua, sabia? Algumas pessoas bebem para esconder dor, tristeza, solidão...

Um silêncio se fez sobre o lugar e Felicity pôde notar que Oliver estava de cabeça baixa aparentemente adormecendo. Sem dizer mais nada, ela levantou junto a ele e começou a andar em direção aos quartos:

– Pra onde você está me levando, Felicity?

– Para meu quarto, porque?

– Nossa, não é certo se aproveitar de um homem embriagado, Felicity... por mais que ele também queira.

Felicity corou pela milésima vez, mas se manteve firme, ignorando com dificuldade esse novo homem ao seu lado que ria e ficava sério, totalmente embriagado. Chegando à cama, ela o jogou, tirou seus sapatos e puxou as cobertas para protegê-lo do frio.

– Não vai tirar minhas roupas também?

– Bem que você queria, mas não, você dormirá assim e amanhã estará com uma ressaca horrível e se arrependerá amargamente, Oliver.

– E finalmente você sorrirá satisfeita, não é? Por mim, está ótimo... adoro lhe ver sorrindo.

E com um sorriso no rosto, Oliver adormeceu deixando sua boca a amostra fazendo Felicity sentir-se tentada a acariciar aquela barba rala e aquele maxilar másculo embora só visse o lado direito do seu rosto. Com muito esforço ela não retirou o capuz, se afastou da cama, apagou a luz e se dirigiu até o quarto de Maria a informando a situação. Maria deu cobertas e a chave de um dos quartos de hóspedes para Felicity dormir naquela noite, ela voltou ao quarto apenas para pegar uma roupa mais confortável para dormir e pôde ouvir Oliver resmungar como se tivesse um pesadelo, ele chorava e se debatia, gritava “não” e “é mentira”, Felicity se aproximou temerosa e acariciou a cabeça de Oliver por cima do capuz o fazendo se acalmar e voltar a dormir tranquilo. Mal sabia ela que Jonh observava tudo e no outro dia fará questão de contar cada detalhe daquela noite ao seu amigo, ele já imaginava o misto de vergonha e espanto dele ao ser lembrado do que fez e disse e mais ainda, do carinho que recebeu da mulher que temia ser sua desgraça.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
E essa ressaca, vai ser torturante, hein???
kkkkkkkkkkkkkk
Mal posso esperar pela reação de Oliver e também a de Felicity após essa intimidade toda...

Esperar pra ver, galera! Por favor, não deixem de comentar!!

Bjos!