The Beauty and The Beast escrita por Olicity forever


Capítulo 13
Decisões difíceis são necessárias




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Ver Felicity cercada por aquele bandido trouxe a mente de Oliver o pior momento da sua vida: o momento em que toda a sua família foi morta por sua culpa, afinal, se Oliver não tivesse se alistado no exército sua família não teria que buscá-lo no aeroporto e não ficariam tão exposto ao perigo. Da mesma forma estava Felicity, se ele não tivesse aceitado sua proposta de substituir o pai, ela não estaria correndo perigo e todas aquelas barreiras que dificilmente caíram durante esses dias, se reergueram com facilidade: enquanto corria por trás das cortinas Oliver prometeu a si mesmo que tirará Felicity de uma vez por todas de todo e qualquer perigo que a companhia dele possa trazer.

Sem que percebessem, Jonh e mais alguns seguranças particulares que estavam disfarçados se encontraram com Oliver nos bastidores para juntos organizarem uma forma de salvar Felicity e acabar com esse atentado. Jonh destinou um segurança para surpreender cada bandido em um ataque em conjunto enquanto Oliver deixou bem específico que ele era o responsável pelo resgate de Felicity. Jonh sentiu toda a escuridão voltar através do olhar e da forma como Oliver falava, ele tentou argumentar mas preferiu deixar aquilo para depois, ele sabia da capacidade de Oliver afinal, ele mesmo praticava vários tipos de luta com seu amigo e patrão.

O ataque foi rápido e eficiente e em poucos minutos os bandidos já estavam rendidos pelos seguranças, o que só deixou o líder do bando ainda mais nervoso ameaçando constantemente usar Felicity com escudo humano. Enquanto alguns seguranças cercavam-o pela frente, ele não notou a chegada de Oliver por trás. Rapidamente, Oliver deu uma chave de braço no bandido que largou Felicity, em seguida Oliver deu um golpe em sua mão fazendo a arma escorregar para longe. Enquanto entrava em uma luta corporal com o bandido, Oliver gritou várias vezes para Felicity correr para Jonh mas a mesma ficou congelada temendo pela vida dele.

Quando o bandido conseguiu prender Oliver em uma chave de pescoço, Felicity entrou em pânico e ao ver a arma aos seus pés, ela não pensou duas vezes, pegou a arma da forma que deu, fechou um olho e o outro usou para mirar no bandido ignorando o grito de Jonh pedindo para que não atirasse.O som do disparo ecoou por todo o salão assustando a todos que assistiam a luta do herdeiro, até então desaparecido, incluindo o bandido que ao olhar para a moça corajosa, permitiu ser capturado por Jonh e amarrado junto aos seus capangas. Felicity ainda estava no chão quando Oliver se agachou ao seu lado e levantou sua cabeça segurando em seu queixo, ele analisava cada centímetro do seu rosto em busca de qualquer ferimento.

— Você está bem?

E com apenas um balançar de cabeça positivo, Oliver relaxou o aperto que fazia no ombro dela, foi quando Felicity notou o sangue que escorria no braço dele.

— Meu Deus Oliver, eu atirei em você.

O olhar de Felicity era de puro pânico o que só deixou Oliver mais irritado e se sentindo culpado.

— Isso não é nada, vamos.

Os convidados começaram a se recuperar do susto e ficaram curiosos, muitos começaram a se aproximar do casal que ainda estava em cima do palco. Vendo isso, Jonh se aproximou de Oliver e sugeriu que era melhor sair pelos fundos, só quando Oliver notou todos aqueles olhares admirados foi que ele notou no meio deles o olhar acompanhado de um sorriso saudoso do seu amigo Tommy. Pediu a Jonh que cuidasse de Felicity, afinal, a polícia ía precisar dos depoimentos e se retirou sem mais espaço para olhares ou perguntas.

Após responder todo questionário da polícia, se desculpar com os convidados e deixar uma equipe responsável pela reorganização daquela bagunça, Felicity se dirigiu a Jonh suplicando para que a levasse o mais rápido possível a mansão pois seu coração estava apertado sem notícias de Oliver.Ao chegar a mansão foram recepcionados por uma Maria bastante assustada.

— Minha menina, você está bem? Está ferida? Precisa de alguma coisa?

Felicity sorriu com o cuidado de Maria e a abraçou, em seguida segurou seus braços e olhando fixo em seus olhos, respondeu:

— A única coisa que preciso é ver Oliver e ter certeza que ele está bem.

Maria mudou sua expressão de alívio para uma carranca enorme.

— Meu menino está no sofá desde que chegou, já bebeu várias doses de bebida, quebrou vários copos na lareira e não me deixou cuidar do seu ferimento.

Felicity soltou Maria, deu um olhar a Jonh que dizia "deixa que eu cuido dele" recebendo um aceno do positivo do mesmo e correu em direção ao salão para constar o que Maria havia dito: Oliver estava deitado de qualquer jeito sobre o sofá, com um copo na mão e o olhar fixo em algum canto do fogo que vinha da lareira. Felicity procurou o ferimento em seu braço mas este já estava coberto com um pedaço de pano amarrado e já encharcado de sangue.

Ela retirou as sandálias e caminhou até o sofá com naturalidade, fazendo um esforço enorme para disfarçar seu batimento cardíaco acelerado. Ela se aproximou e sentou no braço do sofá, bem ao lado de onde ele encostava a cabeça, deixando poucos centímetros de distância entre eles e começou.

— Oliver, por favor, me deixe cuidar do seu ferimento...

Ela suplicava enquanto ele apenas fingia não notar sua presença se mantendo na mesma posição.

— Oliver, me escute, eu sei que você está chateado porque me mandou correr e eu fiquei mas, por favor, entenda! Eu temia pela sua vida, eu não sabia que você lutava tão bem, não fazia a menor ideia das suas habilidades... mas o que você queria? Que eu não me importasse com você? Era isso que esperava de mim?

Ele se manteve em silêncio, bastante balançado por suas palavras e por todo sentimento que havia nelas mas ele sabia, sabia que não podia ceder, sabia que tinha que afastá-la.

— Já chega, Felicity! Será que você pode me deixar em paz? Não percebe que quero ficar sozinho? Não se cansa de ser tão teimosa?

— E você não se cansa de ser tão, tão, tão... teimoso também?

Oliver quis rir da falta de adjetivos dela mas se limitou a olha-la nos olhos e se perder por alguns segundos na imensidão daquele azul. Com um pigarro, ele se recuperou e apenas balançou a cabeça em negação, não, ele não pode continuar com ela.

— Vá dormir Felicity, já está tarde...

Sussurrou mas ela apenas negou sua ordem e falou séria mas com um tom de ousadia e brincadeira.

— Bem, “Sr. Queen”, eu não sei se notou mas eu já sou bem grandinha e não sou “mandada para cama” há muitos anos.

Oliver sabia que a intenção dela era aliviar o clima tenso mas manteve a cabeça baixa e o olhar distante. Com um bufo, Felicity se levantou, alisou a saia do vestido e saiu em passos fortes em direção as escadas. Por um momento Oliver sentiu um misto de tristeza por achar que ela havia desistido dele pois a grande verdade é que ele queria ela por perto, maior que a ardência que vinha da ferida no braço, era a dor que sentia no coração por perder mais uma vez a alegria que sentia ao lado de quem ama.

Perdido em tantos pensamentos e lembranças, ele se assustou ao sentir mãos delicadas retirando a bandagem improvisada que cobria o ferimento, Felicity havia se levantado e ido ao lado da escada onde Maria havia deixado um kit de primeiros socorros. Seu coração de encheu de alegria, sua pele se arrepiou ao contato mas algo nele gritava para afastá-la.Era necessário, ele prometeu que não perderia mais ninguém que amasse por atitudes egoístas, então ele manteve a carranca.

— Você é muito teimosa, sabia? 

— É e você precisa controlar melhor seus nervos, sabia?

Era o que ele precisava para explodir, definitivamente aquela garota estava provocando seu auto controle.

— Claro que preciso controlar meus nervos, principalmente quando eu lhe dou uma simples ordem de “corra” mas não, a Srta. Teimosa preferiu ficar e ainda atirar em mim!

— Pois é, porque o “Sr. EuSeiLutar” achou mesmo que daria conta daquele bandido sozinho, o “Sr. EuNãoPrecisoDeAjuda” só podia mesmo se virar sozinho, não era?

Ele se virou para encará-la enquanto ela apenas apertou o braço para que ele não se movesse enquanto ela finalizava o novo curativo e arqueou as sobrancelhas desafiando-o a uma contra resposta que veio apenas como um bufo. Felicity sabia que precisava insistir, ele não cederia fácil e Jonh já havia explicado que Oliver mantinha as pessoas que amava o mais distante possível pois acreditava que as colocava em perigo ao seu lado, lembrou-se de Tommy e da forma como os olhares de ambos transmitiam saudades.

— Prontinho, terminei! Doeu?

Oliver limitou-se a negar com a cabeça enquanto levantava o copo em direção a boca, ação que foi interrompida por uma pequena e atrevida mão e tomou o copo dele. Ele rapidamente seguiu o movimento e se assustou ao perceber que Felicity havia virado o conteúdo na boca de uma vez só.

— Que é? Eu tava precisando... essa noite foi inesquecível! O que me lembra que ela ainda não acabou e nós temos uma dívida em comum.

Disse isso se levantando e pegando a mão de Oliver fazendo-o se levantar e puxando em direção ao centro do salão. Oliver quis fazer corpo duro mas preferiu facilitar pois sua curiosidade venceu, ele precisava conhecer mais dessa garota que ele sempre tentava afastar enquanto se sentia cada vez mais atraído. Felicity mantinha um sorriso enorme no rosto enquanto Oliver aparentava confusão, ele realmente não fazia a menor ideia do que ela pretendia fazer.

Ao chegarem ao centro do salão bem a baixo do enorme lustre, Felicity pegou uma das mãos de Oliver e colocou em suas costas enquanto a outra segurava firme e alto, tentando lançar um olhar firme e sério e falhando miseravelmente, ela pediu.

—Conduza!

Ao fundo uma linda sinfonia tocava

(https://www.youtube.com/watch?v=ljvfi8qgs4s)

e só então Oliver se lembrou da dança que havia pedido e ela havia prometido, ele quis fugir mas ela apenas apertou a mão dele deixando claro que não desistiria, então ele fez o que ela pediu, conduziu da forma mais doce e firme uma linda valsa.Em momento algum eles desviaram o olhar um do outro, Oliver era um ótimo dançarino, muito bem treinado e Felicity não ficava por menos pois várias vezes seu pai a chamava pra dançar nos jantares em família.

Um turbilhão de pensamentos e emoções preenchiam os dois naquele momento, quem assistia esse momento sentia-se em um filme, o mais romântico possível. As luzes estavam dando um toque especial ao ambiente que era preenchido com a música que enchia os ouvidos com toda emoção, o casal girava e sorria sem parar, tudo parecia brilhar naquele momento.

Quando a canção encerrou Felicity sentiu-se triste, sentiu falta do calor da pele de Oliver que logo se afastou. Sem mais forças para insistir em fazê-lo ceder, ela caminhou da cabeça baixa em direção as escadas mas parou bruscamente ao ouvir o som que vinha do celular de Oliver.

Coração bate acelerado

Cores e promessas

Como ser corajoso

Como posso amar quando tenho medo de me apaixonar

Mas ao ver você na solidão

Toda a minha dúvida de repente se vai de alguma maneira

Um passo mais perto

Eu morri todos os dias esperando você

Um passo mais perto


Seus olhos se encheram de lágrimas e com a mesma velocidade de seus batimentos cardíacos, ela correu em direção a ele, pulou em seus braços e se beijaram como se fosse a última vez, um misto de paixão e amor, promessas silenciosas foram feitas em cada segundo que se beijavam, em cada palavra que aquela música tocava.

Oliver segurou firme em sua cintura e a girou várias vezes fazendo Felicity inclinar a cabeça para trás e abrir os braços com os olhos fechados e um sorriso enorme que iluminava todo o salão, toda a escuridão dele. Já sentindo um pouco de tontura, ele parou e firmou-a no chão, olhou fixo pra ela que ainda se recuperava da tontura e disse:

— Eu te amo, Felicity Smoak.

Amor, não tenha medo

Eu te amei por mil anos

Eu te amarei por mais mil

O tempo fica parado

Há beleza em tudo que ela é

Terei coragem

Não deixarei nada levar embora

O que está na minha frente

Cada suspiro

Cada momento trouxe a isso 


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