I want to understand you escrita por Sarahsensei


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Três dias para escrever essa oneshot, estou surpresa com a minha eficiência.Passei horas digitando, procurando inspiração, rascunhando no caderno, choramingando com os amigos, estou com um calo no dedo e estranhamente satisfeita. Peço desculpas antecipadamente, pois sei que não deve ter ficado muito legal. Espero que gostem apesar de ser EnKinshiro, um ship ultra-estranho de se shippar. UHEUEHUEHUEHUE Bjs, vejo vocês nas notas finais. ♥



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Se alguém o pedisse para descrever Kusatsu Kinshiro com uma única palavra, sem um segundo pensamento, ele diria tsundere. Por que o presidente do conselho estudantil não é outra coisa senão um grande tsundere. Mas, graças aos céus, ele não age como aquelas meninas (ligeiramente chatas) dos animes que Atsushi costuma assistir em seu tempo livre. Oh, não, “Kin-chan” não é nem de longe parecido com elas.

O ex-conquistador da terrar faz de tudo para manter a postura. Ele não é do tipo que bate ou grita com você por qualquer coisinha... Eer, ok, ele grita sim. Não por qualquer coisinha, mas grita. Gritar, gritar mesmo, só grita quando a situação é extremamente “audaciosa”. Palavras do próprio ex-Chevalier Aurite. E tais situações audaciosas, por algum motivo, sempre são protagonizadas por En. (Pura coincidência, claro.) Consequentemente o menor sempre está discutindo com jovem de cabelos castanhos. Como, por exemplo, ontem após o banho em Kurotama.

Sendo sincero, Kinshiro só gritou uma vez na conversa. Do começo ao fim, ele apenas balbuciou coisas desconexas, ou evasivas, típico hábito que tem quando está envergonhado. Ou quando está muito próximo de Atsushi. Ou quando En decide provoca-lo. O que geralmente, em ambos os casos, está atrelado ao fato dele estar envergonhado. Enfim, deixando esses pequenos detalhes de lado, vamos voltar ao foco inicial...

Havia se tornado rotina o Conselho Estudantil e o Clube de Defesa da Terra (que não havia mudado o nome do clube, muito menos a placa da porta) tomarem banho juntos no estabelecimento dos irmãos Hakone. No entanto, naquele estranho dia, Arima-san precisou sair mais cedo para uma reunião em família. Essa saída “apressada” pareceu ter efeito dominó. Minutos depois, Io pirou com os lucros dos seus investimentos, resolvendo comemorar no mesmo instante, convidou Ryuu e Gero-kun para irem com ele a uma sorveteria próxima (o garoto poderia ser um gênio em cálculo, uma fera gananciosa no mercado de ações, mas era um verdadeiro protozoário em assuntos do coração. Sério que ele convidara os dois meninos de cabelos róseos para tomar sorvete? Para Ryuu, sair com o melhor amigo para comemorar os altos lucros não é novidade, entretanto, para Gero-kun, vendo a forma como ele corou, não só era novidade, como também uma “espécie de sinal”. Pobre Naruko, não fazia ideia da enrascada que estava se metendo!), Atsushi foi o próximo a sair, desculpou-se por ter que cancelar o compromisso que marcara com os dois amigos, disse que sua irmã voltara de viagem e saiu parecendo nervoso, no fim de tudo, restou apenas Kusatsu e Yufuin nas águas mornas.

E o elétrico loiro saltitante? Onde estava? Yumoto nem sequer dera as caras por lá. Gora o chamara para ajudar com a lenha (era com a lenha, certo?), e como o pirralho não podia dizer não ao seu irmão mais velho, ele estava ajudando no que fosse preciso. De qualquer forma, os dois melhores amigos do ex-Battle Lover Epinard ficaram sozinhos. Sozinhos e silenciosos.

Parece até brincadeira, não é? O destino pode ser cruel as vezes.

O menino de cabelos branco-metálico* não esperou um segundos antes de sair da banheira, suas bochechas estavam levemente coradas e o outro sabia que não era por causa da temperatura da água. A tensão nos ombros do menor, a forma como caminhava rígido, o silêncio e os gestos mecânicos davam a entender que ele não se sentia confortável em torno do ex-inimigo, que queria desesperadamente fugir dali. O ex-Battle Lover Cerulean se perguntava qual a razão do aparente desconforto. Tinha plena certeza que não fizera ou falara nada que pudesse ofender, então por quê? Será que mesmo após três semanas de convivência ainda haviam ressentimentos no coração do presidente?


En levantou-se também, envolvendo a toalha na cintura, seguindo Kusatsu para o vestiário. Sabia que se não perguntasse agora, perderia a chance e ficaria por tempo indeterminado com a dúvida na cabeça. Refletiu rapidamente sobre fazer uma abordagem sutil, descartou a ideia mais rapidamente ainda. A palavra sutileza nunca fora impressa em seu dicionário pessoal. Melhor jogar na lata do que fazer rodeios. Não daria certo ficar enrolando, poderia perder a oportunidade. Além disso, ser direto ao perguntar algo possuía suas vantagens.

— Você me odeia? — Kinshiro engasgou com a própria saliva, quase deixando cair o uniforme que segurava. Viu? Ali estava uma das vantagens de ser direto, gestos corporais sinceros. O garoto de olhos verdes estremeceu, soltando palavras incoerentes. Yufuin não pôde deixar de fazer uma comparação mental entre um cervo travado nos faróis e o garoto a sua frente. Parecia que o ex-líder dos Caerulas Adamas fugiria a qualquer momento. Sorriu de canto, ao que tudo indica, a resposta à sua pergunta é não. Se o adolescente o odiasse, teria debochado da indagação, não arregalado os olhos, abrindo e fechando a boca como um peixe. Agora iria em busca da explicação e do não em alto e bom som.

— Por que está me perguntando isso tão de repente? — O mais baixo dos dois arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços. Sua fachada fria e indiferente estava de volta como forma de proteção. Uau, defesa automática! Ela serviria muito bem se o rosto pálido não estivesse vermelho. Ele parecia muito orgulhoso por não ter gaguejado. En suspirou, pegando suas próprias roupas no armário. Hora da verdade.

— Eu sei que você passou muito tempo me odiando por conta da minha proximidade com o Atsushi. E não, não adianta negar, era bem óbvio. — Complementou antes que houvessem protestos. — Te entendo, também sou um amigo ciumento, só que eu pensei que você já tivesse superado esse ressentimento depois dessas semanas de convívio, mas suas ações dizem o contrário, sabe? Você me deixa um pouco confuso.

— E-eu não sinto ciúmes do At-cha-... Atsushi! — Ah, sim, você sente sim! O jovem de cabelos castanhos quase deixou escapar. Eu lembro da maneira como você olhava para mim antes de tudo se resolver, presidente. Era como se eu fosse um inseto que você queria esmagar. Fez esforço para não rebater a afirmativa mentirosa, iriam se afastar da essência da conversa se começassem a discutir sobre ciúmes.

— Você não respondeu se me odeia ou não. — Seu posicionamento era inflexível. Ele queria a resposta e não sairia dali até escutá-la. — Está fugindo da raia, presidente? — Provocou.

— Minha opinião quanto a sua questão é óbvia. — Kusatsu respondeu de maneira evasiva, virando de costas para evitar o olhar do maior enquanto se vestia. Yufuin notou vagamente a maneira sensual como o outro colocava as calças. Sério, havia algo definitivamente sensual na forma como aquelas pernas mergulhavam no tecido. Balançou a cabeça querendo “afugentar” os pensamentos esquisitos. Não podia existir sensualidade em um garoto que estava colocando as roupas apressadamente, certo?

— Sua opinião não é óbvia para mim. — Seguiu o exemplo, vestindo-se ao seu ritmo. — Você me odeia ou não?

— Por quê está tão interessado em saber? E daí se eu te odeio ou não? Não é como se meu ódio fosse afetá-lo! Pra que tanta insistência? Qual o motivo oculto por trás do seu atual comportamento? — O ex-futuro dominador mundial olhou por cima do ombro, rosnando de impaciência. Os orbes verdes fizeram contato com os azuis-mar. Várias emoções diferentes dançavam naqueles cristais esverdeados. Emoções que contavam mais histórias do que a boca. Portanto, tanta relutância em dizer sim ou não possuía um significado profundo, hein? Interessante.

— Pra falar a verdade, estou interessado em você. — O ex-Chevalier Aurite atrapalhou-se com os botões da camisa, soltando um “Hã?!” carregado de descrença e choque antes de engasgar com um fluxo de silabas sem conexão. O mais alto arregalou os olhos, percebendo o erro que cometera com o arranjo de palavras. Elas haviam soado sugestivas demais! Droga! Droga! Droga! — E-espera, espera, n-não é bem dessa... dessa maneira! E-eu não quis dizer dessa forma! — Explicou-se envergonhado. — O-olha, o que eu queria diz-...

— E-essa conversa está encerrada! N-não vou continuar perdendo tempo com bobagens! — O adolescente de cabelos prateados cortou a fala do ex-inimigo. Além do clima tenso que se instalara no vestiário, o presidente do conselho estudantil não fitava mais garoto preguiçoso. En temia que a chance de ter sua dúvida esclarecida houvesse evaporado no ar. E talvez a chance de começarem uma amizade também.

— Presidente, me desc-...

— CHEGA, YUFUIN! — Infelizmente não dava para enxergar o rosto do outro, mas as pontas rubra das suas orelhas serviam de material à imaginação. — QUER TANTO ASSIM SABER SE TE ODEIO OU NÃO? EU TE ODEIO! TE ODEIO! TE ODEIO MUITO! — O ex-líder dos Caerulas Adamas recolheu seus pertences, enfiando-os todos dentro da bolsa e marchando para a saída. Ah, não! Não, não e não! Ele não fugiria! Yufuin sabia que o garoto não estava falando a verdade. (Atsushi havia comentando numa conversa pós-batalha final que o amigo de infância gritara a plenos pulmões que o odiava, mas que voltara atrás das juras de ódio vencido pela persistência). Em uma rara demonstração de energia, o ex-defensor da terra correu até Kusatsu, segurando-o pelo cotovelo, puxando-o para perto de si.

— Eu não acredito em você! — Seus olhos se encontraram novamente. Tragado pelo verde-esmeralda daquelas pupilas, En perdeu a fala. Não sabia descrever o quê enxergara naquelas belas esferas. Medo. Ansiedade. Insegurança. Decepção. Raiva. Vergonha. Esses sentimentos intensos eram os mais “identificáveis” no turbilhão confuso dos olhos de Kinshiro. O maior só não sabia o significado deles. Por que o presidente estava com medo? A ansiedade era explicável. Insegurança era seu segundo nome. Por que ele parecia decepcionado? E raivoso? A vergonha era mútua, entendível. — Eu só quero entender você! Atsushi já te pediu desculpas pelo mal-entendido! Você o perdoou e a amizade voltou sem problemas! E eu pedi desculpas também! Nem sei se tinha culpa naquela história do curry, só que mesmo assim te pedi desculpas! Então, me diz, me diz o que tem em mim que te desagrada? O que eu te fiz? — Já podia sentir as reservas se esgotando. A preguiça por si só é uma inimiga difícil de vencer, aliada com o cansaço (vindo do gasto de energia), ela acaba por se tornar indestrutível. Esperava não ter que lutar contra ela naquele momento crucial. Ai, ai, ai, aguente firme limite de energia! Você não pode findar no meio do clímax da discussão!

— Me largue... — O tom de voz não foi de ordem, ou exigência, foi de pedido. Pedido falado baixinho, sem real luta. Diferente da última vez em que ocorreu um contato corpo-a-corpo parecido, o ex- Battle Lover Cerulean não foi forçado a se afastar por causa de um grito histérico, muito pelo contrário, ele se afastou acatando um pedido calmo. O contato visual não foi quebrado, embora nenhum dos dois estivesse confortável com ele. Seus olhos eram como imãs de polos opostos, se atraíam. — Me deixe sair, essa conversa não tem mais motivo para existir, você já escutou o que queria escutar!

— Eu não escutei nada mais do que mentiras!

— Como você sabe que não é verdade? Desde quando você me conhece? Não ouse achar que sabe algo sobre mim! Você não sabe de nada! — Rosnou, cerrando os punhos. — Me deixe em paz!

— É por isso que estou perguntando se me odeia ou não! Eu quero ser seu amigo! Eu quero te conhecer melhor! Será que ainda não entendeu? — Essa negação toda estava ficando cansativa. Tsunderes são fofinhos, porém, são extremamente teimosos, precisa-se de muita força de vontade para lidar com eles, coisa que alguém “morto” como o terceiro anista não possui em grande quantidade. — Olha, eu te deixo ir se você me der uma resposta convincente.

— Resposta convincente? Ou a resposta que você acha que eu devo dizer? — A voz dele pingava veneno. Era incrível e bizarro ao mesmo tempo a rapidez com que Kusatsu mudava de humor. De envergonhado a raivoso, você perdia o humor dele num piscar. Tsunderes realmente são adoráveis. (Exceto que traziam uma carga excessiva de estresse para um cara relapso como ele).

— Você é tão difícil de lidar! Realmente não tenho jeito com tsunderes. — O garoto de olhos azuis-mar suspirou. — Ok, ok, vamos fazer assim: Me diz seus motivos para me odiar. Juro que te deixo sair depois. — Sentou-se no banco de madeira, estava exausto pelo esforço. Piscando várias vezes, o outro aluno do terceiro ano de Binan parecia surpreso. E um tanto ofendido por ter sido chamado tsundere.

— Você é tudo o que um estudante não deve ser! Preguiçoso! Desleixado! Desanimado! Sonolento! Desmotivado! Passivo! Distraído! Desorganizado! Eu nunca consegui entender por qual razão o At-chan me troc-... Por qual razão o Atsushi andava com você sendo o estudante aplicado que ele sempre foi! Era tão irritante vê-los juntos! E... E... E você ainda passava por mim debochando! Arght! Vocês sempre pareciam tão felizes juntos, me dava a sensação de abandono por parte do At-chan. Quando eu menos percebi, já imaginava maneiras de te matar.

— Ainda bem que não colocou nenhuma em prática, hein? — O ex-futuro dominador mundial estremeceu, provavelmente notando que escorregara algumas vezes, colocando vários pensamentos pessoais na fala. — Você me odeia só por isso? Olha, eu já sabia. O que me incomoda é que se esse é o motivo do seu ódio, e você já tem o Atsushi próximo a você como antigamente, por que continuar me odiando? Estamos tendo uma contradição aqui.

— Te odeio por ser um anti-modelo de aluno perfeito!

— Não é só por isso, é? Mesmo quando eu vim “arrumado” para o colégio, você me criticou.* Desculpa se eu estiver errado, mas se te faz relaxar, eu e o Atsushi não namoramos, ele está livre, você po-...

— EU NÃO GOSTO DELE NESSE SENTIDO! — O rosto do jovem de cabelos branco-metálico tornou-se da cor de um tomate maduro. Ou até mais escarlate. — CO-COMO VOCÊ OUSA...?!

— Desculpa, desculpa, é que deu a entender assim! — Colocou as mãos na frente do corpo em sinal de rendição. O represente dos alunos do colégio Binan fechou os olhos e contou até cinquenta audivelmente. Era provável que buscava o controle do corpo traidor, suas mãos trêmulas deixava o nervosismo transparecer, arruinando a falsa compostura.

— Eu quero muito continuar te odiando, Yufuin En. Sinceramente não me importa o porquê. — Wow, surpreendente! Um sinal de honestidade depois de tanta desculpa esfarrapada? — Quero fingir que não sei o quanto você é leal, honesto, inteligente, preocupado com os amigos, gentil, determinado quando lhe convém, simples, e que possui essas e outras qualidades admiráveis. Não quero ser se amigo por medo de me apegar demais igual me apeguei ao At-chan. É irracional, eu sei, mas tenho medo de ter que enfrentar um segundo abandono, dessa vez seu e dele. Ando pisando em ovos ao redor, tento não me incomodar com nossas divergências de opinião para não destruir esse frágil vinculo que criamos... É tudo muito novo para mim! — O orgulhoso Kusatsu Kinshiro parecia tão vulnerável despejando suas preocupações assim que En, apesar do cansaço, sentiu um impulso de abraça-lo. E assim o fez. (Lembrou-se do conselho de Ryuu na batalha final. Abrace e diga que entendeu.)

— Tudo bem, tudo bem, eu entendo. — O menor estava congelado em seus braços. Aproveitando que não houve represálias, enterrou o nariz no cabelo macio, sentindo aquele cheiro pós-banho característico que só o presidente do conselho estudantil parecia possuir. Situação agradável. — Você realmente cheira bem. — Kinshiro murmurou algo abafado em seu peito. — Hã?

— Somos amigos? — Afastou a face do peito do maior, murmurando cheio de vergonha.

— Somos. — Concordou.

— Eu não gosto do At-chan como você insinuou.

— Ainda incomodado com isso?

— Uhum.

— Eu já pedi perdão.

— Eu já perdoei.

— Então por que a persistência no assunto?

— ... Você sabe que o At-chan nunca foi muito carinhoso, não sabe?

— Sei. — Afeto e Atsushi não fazem parte do mesmo dicionário. — Da última vez que brigamos, por culpa de um monstro criado pelos Caerulas Adamas, detalhe, eu reclamei dessa falta de carinho. Você está fugindo da minha pergunta mais uma vez.

— Você percebeu que me trouxe mais pra perto? E desculpe, eu me arrependo de verdade por ter provocado esse desentendimento.

— Quer que eu me afaste? Ah, relaxe, o passado fica no passado.

— N-não. T-tá tudo bem. E-eu... — Pausa longa. — Eu gosto.

— Hmmmm. — Outra pausa. — Não acha estranho estarmos nos abraçando no meio do vestiário de uma casa de banho após uma discussão?

— Basta fingir que nada aconteceu depois. — Kusatsu envolveu os braços ao redor da cintura do outro. — Posso admitir uma coisa?

— Claro, sinta-se à vontade.

— Prometa que nunca mais vai tocar no assunto.

— Ok.

— Uma das coisas que não me faziam simpatizar com você era seu jeito pervertido. Como naquele dia das férias de verão. Você me jogou no chão... Foi indecente. E estranhamente, foi b-bom. — O ex-héroi não esperava aquela última declaração. Tentou não sorrir.

— Eu sou pervertido. — Sua voz soou normal, sem muita emoção. — Passei um bom tempo pensando no seu cheiro naquela noite.

— A conversa está ficando estranha, podemos parar por aqui? — Hahahaha, tsunderes.

— Claro. — Ele fez menção de se afastar para ver a reação do garoto de olhos verdes. O ex-conquistador mundial pareceu incerto. — Ainda não me disse por que a persistência em afirmar que não gosta do Atsushi “daquele jeito”.

— E-eu...

— -sperem aí, eu só vou bus-... En-chan-senpai?! Kin-chan-senpai?!* — O mais novo dos irmãos Hakone parecia alheio ao embaraço dos adolescentes mais velhos. En e Kinshiro não conseguiram se afastar a tempo, deixando o loiro presenciar a estranha troca de afetos. Felizmente Yumoto não fez nenhum comentário. Nem quando chegou, nem quando saiu. Aproveitando a brecha aberta pelo ex-Battle Lover Scarlet, Kusatsu “fugiu” do local, deixando Yufuin com outra dúvida na cabeça.

Fim.


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Notas finais do capítulo

Explicando os asteriscos:

1. Branco-metálico é um nome técnico para definir prateado.
2. Essa cena acontece mesmo. En vai com o uniforme correto para a escola no intuito de agradar Kinshiro. Infelizmente não é algo que dá muito certo, afinal nosso tsundere king é ... nosso tsundere king. Acontece no capítulo 5 do mangá. Pretendo traduzir em breve para que se divirtam como eu me diverti.

Gente, eu estava MUITO nervosa antes de publicar essa oneshot. Fiquei com medo de ter deixado a escrita muito pobre, ou muito idiota. :/ Tentei fazer algo simples por ser ponto de vista do preguiçoso En-chan, então fui escrevendo de forma suave sem me ater muito a detalhes. Enfim, espero que tenham gostado da história apesar de ter sido escrita por mim.



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