Give Me Love escrita por Lari


Capítulo 5
Você Pra Colorir


Notas iniciais do capítulo

Heyyyyy todo mundo *-* :3



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Lily realmente se surpreendeu quando viu Rose saindo do armário de vassouras com um garoto.

–Rose Weasley, o que você estava fazendo ali dentro? – ela perguntou quando o garoto, que tinha o uniforme da Corvinal, já estava longe.

–Oi careta – ela sorriu. – Estava fazendo justamente o que você está pensando, não posso?

Lily ficou visivelmente irritada ao ser chamada de careta, mas resolveu ignorar o comentário e seguir com a conversa:

–Tá bem... Mas vocês estão namorando ou o que?

Rose colocou as mãos sobre o rosto, balançando a cabeça, estava rindo, inconformada.

–Lily, pelo amor de Merlin, você precisa se informar mais. A gente estava ficando, só isso. Sabe o que é isso pelo menos?

–É claro que sei! Ah, esquece vai, faz o que você quiser.

Rose estranhou o comportamento agressivo de Lily, uma coisa que não era comum dela, sua prima costumava ser a mais calma do grupo, da família, resolvendo com ternura cada situação.

–Ei, o que está acontecendo? – ela puxou a garota pelo braço, Lily tinha dor nos olhos, preocupação e também lágrimas querendo sair.

–Não importa, não quero falar sobre isso, não agora. Eu tenho aula Rose, me solta – ela a soltou, sabia que não adiantaria correr atrás dela agora, quando Lily não queria você não deveria insistir, ela precisava primeiro de um tempo para alinhar os pensamentos.

***

Rose estava sentada no gramado perto do lago, tentando entender a si mesma e aos outros, tentando entender porque se sentia errada.

Mas ela sabia, estava apaixonada por alguém e para encobrir isso, ficava com outros. Porque isso a assustava de tal forma que ela não queria enfrentar o sentimento, então era mais fácil ceder ao prazer e tentar esquecer.

Sempre lidara melhor com coisas lógicas, com a razão, o que ela estava sentindo passava longe disso. Não queria demonstrar, não queria que ninguém soubesse e queria que aquilo passasse, ao mesmo tempo em que queria se entregar ao sentimento.

Pelo menos uma coisa disso tudo ela havia concluído: ela não tinha o emocional de uma colher de chá, como seu pai.

Lily estava sofrendo e ela não podia ajudar, pelo menos não ainda, porque não sabia o que a afligia e também estava certa de que não obteria respostas tão cedo de sua prima.

Alvo havia se afastado um pouco dela, dizia que era por conta dos estudos e que estava muito ocupado. Ela entendia, mas sentia falta dele. Já Hugo passava o tempo com os outros amigos, o único que ainda estava ao seu lado por completo era Scorpius.

Ah Scorpius...

Ela pensava que poderia apagar tudo, que poderia até se completar se talvez tentasse achar amor em outro lugar...

–Rose, terra chamando sonhadora!

Rose viu um sorriso e um par de olhos cinza, cinza, talvez seria o melhor modo de descrever seu mundo naquele momento.

–Oi Scorp.

–Você está bem? Não está me importunando com a vitória da Grifinória, estou te achando estranha.

Ele sentou-se ao seu lado, ela deu um sorrisinho.

–Na verdade, não. E não sei realmente se alguém poderia me ajudar. Já teve medo do amor?

–Bem... – ele pensou por um momento. – Eu não acho que já tenha tido, mas o amor assusta sim, é verdade. Só que ele assusta de um jeito bom, às vezes a gente precisa se entregar e se deixar levar, faz bem pra alma.

Rose o abraçou subitamente, Scorpius correspondeu apertando-a fortemente em seus braços, não havia lugar em que ela se sentisse mais segura.

–Só você pra colorir meu mundo, me ajudar.

Ele acariciou seu rosto e por um momento Rose pensou que ele fosse beija-la, porém ele não o fez.

–Tem andado com o mundo muito acinzentado, Rose?

Ela assentiu com um gesto e disse:

–Eu simplesmente ando perdida, entende? Achando que coisas fúteis podem me completar, achando que eu posso fugir de um sentimento que eu não consigo controlar e por isso me assusta inexplicavelmente.

–Olha Rose, sei o que está sentindo, mas sempre fugir de um sentimento dessa grandeza pode não realmente adiantar, por que não tenta diferente e se entrega?

Ela respirou fundo, Scorpius estava certo, embora ela não quisesse que ele estivesse, talvez ela precisasse mesmo enfrentar o sentimento.

–Preciso mesmo fazer um amigo que não me diga a verdade, mas sim o que eu quero ouvir.

Rose riu e Scorpius também.

–Sério, isso pode ser chamado de amigo mesmo?

Ela negou com a cabeça:

–Não, não pode Scorp. Você pode só... Abraçar-me por um momento?

Ela se perguntava se o melhor lugar do mundo poderia ser dentro de um abraço, porque para ela era, Scorpius realmente coloria seu mundo, fazia ela se sentir em casa e confortável.

–Eu te amo, Rose – ela sentiu seu coração disparar ao ouvir aquelas palavras sussurradas em seu ouvido. – Eu e você, sempre tá? Conta comigo.

E suas esperanças se desfizeram, ele a amava como amiga e era assim que seria, assim que sempre fora. Rose pensou que talvez tivesse cometido um erro ao pensar que poderia mesmo enfrentar aquele sentimento e se entregar, Scorpius havia lhe dado o conselho errado.


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