Será que foi saudade? escrita por Creatività


Capítulo 1
“_não assine esses papéis...”


Notas iniciais do capítulo

Não é songfic.
Espero que gostem, é minhas segunda fic após meu recomeço.

Pra entender melhor sugiro ler a fanfic "Imperfeito".

Dedico a todas as amigas do face, principalmente do grupo Fanfictions CSI cuja a adm é a Raynara. Josyelem Tiburtino, Duda Maquiné,Eliane de Oliveira,Rayane Góis da Silva, Sariinha Sidle, Luana Feijó, Tieta Nepomuceno, Gabriela Lima, minha querida Bia Sidle Grissom, e a garota mais alucinada pelo Billy que eu ja conheci:Dejeani Silva.



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“_Eu errei, sou fraco, imperfeito, mas amo você acima de tudo.

Ela não respondia, em seu rosto confuso e apaixonado as lágrimas silenciosas caiam abundantemente. Só tinha uma coisa que ela queria ouvir agora.

_Por favor querida, não assine esses papéis, eu te amo.”

(Trecho da Fanfic Imperfeito)

Eu não posso acreditar nessa mudança
Onde a fera vira santo
E quer voltar pra mim

“_não assine esses papéis...”

“_eu te amo...”

“_querida...”

Sara ainda podia ouvir as palavras dele ao telefone, seu coração estava dividido. Ele pede o divorcio, depois de relutar ela concorda. Agora que já estava quase tudo finalizado ele fazia tudo girar ao contrário de novo. Por quê?

Não. Não podia ser assim? Até quando ele iria brincar com os sentimentos dela?

A duvida, o medo, a insegurança, a desconfiança pairavam sobre seu coração a todo instante, foram momentos difíceis, e sozinha, precisou dele muitas vezes, sentiu saudade, teve sua vida nas mãos de um maluco assassino, de um vírus mortal... Tantas coisas e ele não estava lá. Não só fisicamente como sentimentalmente. Não se termina um relacionamento, um casamento, nem que fosse um namoro, pela internet.

Eram muitos “nãos” na historia de amor dos dois.

Como uma criatura solitária Sara vagava pelos corredores do laboratório, alheia aos acenos e vozes dos amigos, só queria chegar em casa. Ele estaria chegando naquele dia, claro que era bem vindo na própria casa, não ficaria com ela depois do divórcio, pensava em voltar para seu antigo apartamento que no momento estava sublocado, o problema era o cachorro.

Parou no supermercado para comprar ração, água, vegetais e produtos de higiene. Ainda bem que estava quase vazio e poderia chegar logo em casa.

Tentou encaixar as chaves, mas as sacolas não facilitavam a tarefa. Ela ainda parecia uma mulher casada, riu baixinho de si mesma. Quase derrubou tudo que carregava quando o viu seguindo em sua direção.

_Grissom!!!

_Oi querida? Deixe-me ajudá-la.

“Querida?”

_Não... não precisa Gris... – ela errou nas palavras, não queria chamá-lo assim de forma tão intima, “Griss”, baixou o olhar sentindo seus nervos à flor da pele.

Deixou mesmo assim que ele pegasse as sacolas, tempo suficiente para Hank vir cumprimentá-la alegremente com a calda abanando mais que o normal.

“Ele causa esse efeito até no cachorro!” Ela sentiu raiva do sentimento bom que estava ascendendo em seu peito.

O cheiro vindo da cozinha despertou seus sentidos e o estômago respondeu, ele percebeu o olhar dela na direção da cozinha.

_Estou fazendo um café da manhã para nós dois.

_Ah! Parece que você ainda sabe onde fica tudo na cozinha – pela constrangimento aparente dele as palavras atingiram seus objetivos.

Ele percebeu a amargura no modo ríspido dela agir, sem sorriso, sem brilho no olhar, sem paixão. Talvez ele não deveria mesmo ter vindo, podia ser tarde demais para os dois. Queria tentar um pouco mais, se ao cair da noite nada tivesse mudado ele desistiria.

_Você pode tomar um banho enquanto termino.

_Estou precisando mesmo, obrigada.

Ela se recusava a olhar nos olhos dele, fugiria até onde pudesse. Virou-se na direção do quarto e abriu a porta com velocidade. Não esperava ficar em êxtase na porta.

A cama estava perfeitamente arrumada com lençóis brancos com apenas uma rosa vermelha em cima do travesseiro. Orquídeas e plantas exóticas estavam enfeitando os moveis, o chão, ao redor de toda a cama, um perfume de lavanda invadiu suas narinas deixando-a apaixonada, seus olhos marejaram lembrando-se dos campos de lavanda que visitaram na França durante a lua de mel na Europa. A lavanda era inclusive a planta predominante, deixando tudo ainda mais belo na cor lilás.

No banheiro velas aqueciam o ambiente, deixando tudo ainda mais aconchegante, a banheira estava preparada, champanhe no gelo e uma taça ao lado.

“É um banho só para um.” Isso a deixou triste ou feliz? Era óbvio que não tomariam banhos juntos assim tão repentinamente, mas a ideia a fez arrepiar.

Despiu-se e entrou devagar na banheira. Aproveitaria cada mimo que ele tinha a oferecer. Ninguém faria algo assim para depois assinar papeis de divorcio, não facilitaria a vida dele hoje, se a amava então teria que provar. Bebeu um gole do champanhe apenas, queria enfrentar a situação perfeitamente no controle de suas faculdades.

Provocante ela vestiu uma camisola de seda cor de vinho, colocou um roupão por cima mas deixou frouxo apenas para que revelasse o busto da camisola caso se movimentasse.

Ele esperava tranquilo colocando a mesa para duas pessoas.

“Diga logo o que te trouxe aqui
Fala, que eu estou louca pra saber
O que fez você mudar tão de repente?
O que te fez pensar na gente?
Por que voltou aqui?
Fala que você não me esqueceu
Que a solidão não doeu só em mim
O que fez você mudar seu pensamento
O que tocou seu sentimento?
Por que voltou aqui?”

Seus pensamentos a mil por hora, não sabia se tomava café ou acabava com aquela angustia.

_Grissom? Não te entendo.

_As vezes nem eu.

Ela permaneceu impassível, não se deixaria envolver por aquela voz aveludada.

_Coma alguma coisa, por favor. Conversamos melhor assim.

Ela bebericou o suco e as torradas, iogurte natural com mel...

“Droga! Ele estava fazendo tudo direitinho!”

Por cima da mesa ele alcançou a mão dela e acariciou com o polegar.

_Por favor, não assine os papéis. Vamos anular o pedido, é fácil de fazer isso.

_Você me faz sofrer, me tortura com essa distancia e depois volta? O que te faz pensar que eu não assinei os papeis?

_Não estaríamos tendo essa conversa agora.

Ele sabia. Sabia que tudo que queria era deixar toda essa historia virar passado e continuar até o ultimo dia de suas vidas sendo sua esposa, sendo a Senhora Grissom. Sara se sentiu traída pelos próprios sentimentos, vencida pelo amor as lágrimas rolaram suavemente. Ela levantou-se na direção da pia, ficando de costas. Sentiu o abraço e quis correr fugir dali, se esconder dentro do baú em que trancara seus sentimentos por anos.

_Amo você querida. Fui estúpido em pensar que viveria longe de você. Perdoe-me, perdoe-me por te deixar sozinha tanto tempo, por que não fui o cavaleiro de armadura brilhante pronto pra te defender quando você precisava.

Ela teve forças para encará-lo e sabia que com isso não poderia jamais negar todo amor que sentia por ele ainda.

“Será que foi saudade
Que te machucou por dentro
Que te fez por um momento
Entender de solidão ?

Será que foi saudade
Que te fez quebrar a cara ?
Sou doença que não sara
Dentro do seu coração”

Teve que reconhecer a dor também naqueles olhos azuis, profundamente envoltos numa tristeza, se tivesse feito isso antes teriam poupado o desgaste até aqui.

Ele beijou seu rosto, uma, duas, tantas vezes antes de chegar aos lábios. Precisavam disso, era a libertação de duas almas acorrentadas à mágoa. Ele não chorava, mas percebeu que de seus olhos também brotavam umas poucas lágrimas, aliviado por saber que de fato ainda existia amor entre os dois.

Ele sabia bem o que queria e fez questão de desfazer o nó do roupão. Engoliu em seco ao se deparar com aquela camisola provocante cor de vinho e com uma fenda na coxa. Os seios arfantes pareciam implorar para sair de dentro da peça fina.

Ele a beijou sôfrego enquanto as mãos brincavam com os bicos entumecidos. Ela procurava desesperadamente abrir os botões da blusa e da calça que ele usava. Quase despido, restando apenas a cueca, ele a puxou para a mesa do café. Objetos foram lançados para o lado, por bem que a maioria era plástico e não causaria danos.

Enfiou a mão por entre as coxas e, surpreso, sorriu malicioso ao descobrir que ela não usava calcinha, ergueu-a para que deitasse o corpo na mesa enquanto as pernas repousavam em seus braços.

Sara era só gemidos, incapaz de falar ou esboçar qualquer reação contrária, tremeu ao sentir o toque da língua dele em seu sexo. Era um maestro regendo a orquestra vinda de sua garganta. Sabia que chegaria ao orgasmo e deixou fluir, as mãos prendiam a cabeça dele entre suas pernas. A cada toque ele aprofundava mais, sugando, mordiscando, como uma abelha desesperada pelo pólen daquela flor.

Ela gemeu mais forte na hora do ápice, ele impassível permaneceu torturando-a com a língua. Quando sentiu o corpo dela desfalecido ele se ergueu e tomou posse outra vez do que lhe pertencia por amor e por direito. Penetrando com força e sutileza de um felino, ela precisava se agarrar a ele para ter certeza que era real, ele a puxou para si para garantir que não era mais um sonho. A nova posição deu acesso aos seios, ainda encobertos pela seda, ela levantou os braços para que ele retirasse a camisola. Deitou-se por cima dela na mesa, com as pernas ainda fixas no chão e as dela ao redor de seu corpo, e degustou cada pedacinho daqueles botões sedutores que o enfeitiçavam. Não queria que acabasse nunca, mas seu corpo já estava no limite. Para o inferno o preservativo que não se lembrou de colocar porque sabia que ela havia parado com os anticoncepcionais enquanto ele estivesse longe.

“Será que foi saudade
Que te machucou por dentro
Que te fez por um momento
Entender de solidão?”

Derramou todo seu prazer dentro dela, com movimentos ritmados, até que sentiu que ela se entregava ao prazer mais uma vez. Fracos, suados e por fim entregues. Ele a pegou no colo para levá-la para o quarto.

Passou pela sala de estar e com ela agarrada ao seu pescoço, não se importou quando viu Hank saboreando divertido o envelope pardo com os malditos papéis dentro, torceu para que o cachorro não adoecesse porque deixaria seu amigo rasgar, morder e comer aquela papelada toda.

Sara sentiu a água perfumada da banheira outra vez e não protestou quando ele entrou na banheira com ela nos braços.

Queria conversar, matar a saudade do abraço, dos sussurros, do cheiro, do contato dos pés na hora de dormir. Tinha mil e uma coisas em mente, fazer amor, caminhar junto, levar o cachorro pra passear... mas antes aproveitaria cada segundo daquele banho a dois

“Será que foi saudade?” ela ainda se perguntava, mas teria outra vez o resto da vida para descobri.

FIM


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Notas finais do capítulo

Tenho uma duvidas, classifiquei essa fic como 18, mas acho que ela se encaixa no 16. O que me dizem?
Obrigada, se esta lendo isso é porque leu a história toda. Deixe sua opinião, isso muito me interessa e terei prazer em responder todas.
Sinta que te aperto a sua mão amigavelmente, continue lendo outras fics de CSI, e se te interessas tenho outras.
Um abraço carinhoso, Creatività.