ALLYSON DAWSON

—Ally? —Ouvi minha mãe me chamar e levantei a cabeça, logo a encarando.

—Ahn... Creio que você já saiba sobre o quero falar. —Ela suspirou passando a mão por seus cabelos louros.

—Sobre o bebê, certo? —Falei a observando.

Minha mãe assentiu.

—O que vai fazer? —Ela perguntou enquanto se sentava numa poltrona.

—Eu não sei... Eu não estou preparada, até por que... Eu jurava que era ilusão minha,não sabia que realmente estava grávida...­—Falei entre suspiros.

—Você tinha suspeita? —Minha mãe me olhou enquanto um tanto surpresa. —Por que não contou nada á Austin ou... A mim? —Ela me observou por uns instantes.

—Eu estava muito esgotada para pensar em bebês ou algum do tipo... Eu mal estava conseguindo passar tempo com a Anna. —Falei e a olhei enquanto mordia levemente a bochecha internamente.

—E Austin? Até por que... Ele parecia o mais surpreso lá fora.

—Eu iria contar de minhas suspeitas... Mas eu queria contar quando tivesse certeza, mas... No dia em que eu fiz o teste foi o dia que eu decidi acabar com  aquilo tudo... —Suspirei.

—Se ele não houvesse me traído eu sei lá... —Puxei o ar— Teria feito uma surpresa bem  amorzinho para lhe contar sobre nosso filho...Mas, —Tossi— Eu deixei quieto,até porque era um teste de farmácia,poderia ser falso,eu poderia não estar grávida. —Falei a olhando.

—Mas... Você está. —Ela falou com  um sorriso no rosto.

Fiquei um pouco feliz, até por que... Pelo menos havia alguém achado bom esta noticia.

—É... Eu estou. —Forcei um sorriso. —Não sei o que fazer... A última coisa que queria era ficar próxima de Austin, mas agora... —Respirei fundo— Tem Anna e o bebê... —Olhei o chão— As coisas estão ficando mais complicadas... —Respirei fundo novamente.

—Ei, vai ficar tudo bem. —Minha mãe falou pondo a mão em meu ombro.

—Será? —Falei a olhando, mas logo baixei o olhar.

—Que tal... Você e Anna se mudarem para cá? —Ela me olhou.

—Ahn... Eu não sei. —Falei um tanto cautelosa.

—Será melhor pra vocês... E tem boas escolas perto de casa. —Ela me olhou— E há mais oportunidades para você aqui... —Ela falou me olhando.

—Preciso pensar... —olhei o chão

—Tudo bem, eu entendo. —Ela falou dando um meio sorriso.

4 DIAS DEPOIS...

Suspirei e levantei da maca com cuidado, respirei fundo e peguei a muda de roupa que havia em cima da poltrona, caminhei em passos lentos em direção ao banheiro e adentrei o mesmo,logo pondo a roupa em cima da bancada. Comecei a tirar a camisola verde do hospital e em seguida pus a roupa que minha irmã me trouxera, cuja mesma era um short jeans um pouco curto e um cropped preto. Tossi e sai do banheiro logo indo até a poltrona e sentando-me na mesma enquanto calçava os sapatos que Vanessa também havia trago.

Deixei a camisola dobrada em cima da cama e saí do quarto andando em direção á sala de espera.

—Ally! —Austin levantou rapidamente assustando Anna, que estava em seu colo.

Eu não respondi, apenas assenti com a cabeça e olhei a criança em seu colo logo lhe abrindo um sorriso de canto.

—Mamãe! —Anna pulou do colo do loiro e correu até mim abraçando minha cintura e eu fiz impulso para pegá-la no colo.

—Não! —Austin se aproximou e tentou pegá-la de mim, mas eu neguei e caminhei até minha mãe que parecia arrumar algum no carro para que eu e Anna coubéssemos.

—Tchau, papai! —Anna acenou enquanto eu andava em direção ao carro.

—Tchau... —Ele falou entre um suspiro e passou as mãos por seus fios loiros, que pareciam  estar suados.

—Mamãe? — Anna chamou enquanto eu adentrava o carro com a mesma.

—Oi querida-Falei a olhando.

—Por que a senhora e o papai não estão se falando? —Ela falou enquanto balançava a cabeça.

—É coisa de gente grande, bebê... —Falei respirando fundo e logo ela me abraçou.

—Amo você, tá bom? —A loirinha falou do nada e eu me permiti sorri pela primeira vez naquela manhã.

—Eu também amo você minha princesa. —Falei e selei a testa da garotinha.

—Anna e mamãe, pra sempre. —Ela falou sorrindo e se acomodou em meu colo, começando a brincar com minhas pulseiras.

—Pra sempre. —Falei entre um suspiro e beijei sua testa enquanto inspirava.

Minutos depois Anna havia adormecido o que eu não estranhei, porque provavelmente ela não havia dormido bem  nestes últimos quatro dias, o que lhe entregava eram suas fortes olheiras.

—Ally? —Minha mãe falou pela primeira vez dês que entrei no carro.

—Sim? —Falei levantando o olhar para ela.

—Como está se sentindo? —Ela perguntou me olhando pelo retrovisor.

—Bem... Só um pouco enjoada. —Falei passando a mão em meu rosto suado.

Ela olhou para o meu pai de imediato e logo ligou o ar condicionado.

—É emocionante. —Ela bateu palminhas.

—O quê? —Perguntei

—Finalmente iremos acompanhar a gravidez de uma de vocês. —Falou minha mãe fazendo um coque em seu cabelo.

—Ah... —Falei e forcei um pequeno sorriso enquanto arrumava Anna em meu colo.

(...)

Tudo ocorreu como planejado, fomos para casa, eu pus Anna na cama e entre 11:00 até ás 14:00 minha mãe ficou atrás de mim, me mimando e se preocupando com qualquer besteirinha que acontecesse

—Eu já falei que estou bem, mãe. —Falei enquanto me arrumava na cama.

—Tem certeza? —Ela me olhou enquanto mordia levemente os lábios.

—Sim, tenho certeza. —A lancei um sorriso sincero e me deitei na posição fetal

Ela me olhou e rio baixinho assentindo com a cabeça enquanto saía do quarto acompanhada por Mary.

—Pelo visto agora somos nós dois... —Falei olhando minha barriga

Dei um pequeno sorriso e comecei a afagar meu ventre enquanto observava o nada, o silêncio predominava no recinto, era possível ouvir apenas o barulho do ventilador de teto. Tossi e levantei, logo desligando o ventilador de teto e ligando o ar condicionado por estar bem quente.

“Austin Moon”-“Preciso falar com você.”

É o que consigo ver depois que o visor do meu celular se ilumina, mas logo se apaga rapidamente.

Suspiro e desbloqueio a tela do mesmo, entro no aplicativo WhatsApp e vou até minha conversa com Austin,respiro fundo e começo a digitar com cautela.

“Estou ocupada, não vai dar”

Respondo dentre alguns segundos.

“Então... Aparece quando puder, por favor.”

“Okay.”

Respondi e pus o celular na mesinha de cabeceira, logo me arrumando na cama e voltando a encarar o nada.

Foi questão de minutos para eu cair no sono.

Sonho ON

—Mamãe? —Uma garotinha de aproximadamente dois anos falava. Eu apenas a observava quieta, não conseguia me mexer, porém mesmo se eu conseguisse provavelmente não faria nada, pois em minha mente eu não a conhecia.

—Mamãe! —Seu tom agora era choroso.

Assim que amoreninha me viu veio correndo até mim e abraçou fortemente minhas pernas, pois não alcançava minha cintura.

—Mamãe. —Ela falou aliviada e em questão de segundos para ela fechar seus olhos e começar a respirar fundo.

—Hope! —Uma voz aguda falou o que fez a criança levantar o olhar assustada.

—Vem mamãe... O papai “tá” chamando.

Eu apenas abri a boca para falar algum, mas a fechei rapidamente ao ver Austin com Anna e um loirinho em seu colo.

—Vem, mamãe. —A moreninha continuava a me puxar, mas eu não conseguia me mover. Eu parecia afundar.

—Mamãe! —O loirinho berrou a me ver afundar no que parecia uma areia movediça.

Depois disso minha visão escureceu.

(...)

Eu acordei depois de um certo tempo, eu estava totalmente confusa,por que eu havia sonhado com aquelas crianças? Por que havia tanto desespero em seus olhos? Por que eu parecia me afundar? Eu perguntava a mim mesma e com o tempo eu me sentia cada vez mais oprimida por não obter as respostas.

Puxei o ar pela boca e levantei-me com cuidado indo em direção ao banheiro,lavei meu rosto e escovei os dentes,em seguida me despi e entrei no Box,começando a tomar um banho morno e rápido. Assim que o terminei estiquei meu braço e puxei a toalha secando-me.

Respirei fundo e caminhei até o closet, olhei os lados e peguei uma roupa qualquer,suspirei e voltei ao quarto,logo me jogando sobre a cama. Pego meu celular e ao apertar seu botão de bloqueio me deparo com as mensagens de Maia e em questão de segundos ouvi a companhia tocar.

“Maia Mitchell-Estou no tédio, vamos sair”?!

“Maia Mitchell-Já estou indo! Beijos!”

“Maia Mitchell-Vai se trocar!”

Suspiro e levanto da cama, logo saindo do quarto e indo em direção á porta.

—Pra onde vai, filha? —Ouço a voz de minha mãe,que estava no topo da escada.

—Atender a porta... —Falo e abro a porta logo vendo Maia.

—Hey! —Sorri a olhando.

—Vem, vamos! —Ela falou e começou a me puxar

—Vamos? Vamos pra onde? —Falei puxando meu braço.

—Cinema, eu estou no tédio,você está no tédio...O que custa? —A morena falou e piscou os olhos de uma maneira bem amorzinho.

—Mas... Olha como eu estou! —Falei olhando minha roupa.

—Você está ótima, agora vamos logo, Alls! —Ela falou e voltou á me puxar em direção ao carro que estava estacionado em frente á mansão de meus pais.

—Ok, então... —Falei entre suspiros e logo adentrei o automóvel.

—E então? Iremos assistir que filme? —Falei e a olhei.

—Hm, que tal... Esquadrão suicida?

—Por mim tudo bem. —Falei dando de ombros

Minutos depois já estávamos no shopping e enquanto íamos em direção ao cinema discutíamos quem iria fazer o quê. E depois de muita discussão acabou que eu fui comprar os ingressos e Maia foi comprar as guloseimas.

Suspirei e fui em direção á fila, peguei meu celular e comecei a mexer no mesmo enquanto esperava chegar minha vez.

Assim que minha vez chegou eu comprei os ingressos e fui até a fila das salas.

 —Voltei! —Falou Maia vindo até mim acompanhada por um cara.

—Meu deus... Pra quê isso tudo, menina? —Falei pegando umas coisas do cara.

—Pra comer ué! E nem adiante dizer que está de dieta, pois vai me ajudar a comer sim. —Ela sorriu e começou a comer um pouco da pipoca.

—Você é louca. —Falei e peguei um pouco de pipoca.

—Obrigada! —Ela sorriu e jogou o cabelo.

Minutos depois a fila começou a andar e fomos em direção á sala, assim que chegamos à mesma a adentramos e fomos até nossos lugares, sentamos-nos mesmos e começamos a assistir ao filme enquanto comíamos aquela montanha de comida.

(...)

Quando o filme estava prestes á acabar Maia estava quase dormindo, “despertou” apenas na cena final, na qual ela foi até á saída chorando por não saber o que acontecera depois.

—Doeu sabe, ele simplesmente falou “Vamos para casa, amor” e pronto! Eu quero saber do que aconteceu depois! Será que eles chegam em casa?! Será que acontece o quê?! Ai Alls...

—Calma —Falei segurando o riso.

Ela puxou o ar e foi em direção ao lixeiro logo jogando todas aquelas embalagens fora.

—Preciso comprar um moletom pra Anna... Vem comigo? —Falei a olhando que apenas assentiu enquanto tomava ao seu refrigerante.

Ela pegou meu braço e me conduziu á uma loja a qual ela amava.

—Que tal este? —Maia falou enquanto me mostrava o moletom que havia uma ilustração de panda.

—É muito fofo! —Sorri o olhando. —Olha que fofo —Falei a mostrando uma camisa,cuja mesma era cinza e havia a ilustração de um unicórnio.

—É muito linda!

—Hm... Vou levar as duas! —Falei sorrindo de canto enquanto pegava os produtos e me direcionava até o caixa.

—Eu sei que é complicado... —Ouvi uma voz familiar e a corri os olhos á sua procura.

—Por favor... Me escuta! Eu também não sabia disto, merda! —Austin respirou fundo e caminhou em direção ao outro corredor onde havia roupinhas de bebês.

 —Aus... —Courtney foi atrás dele e abraçou a cintura do mesmo.

—O quê? —Ele falou e logo a abraçou.

—Desculpa, é que é complicado, ok? Já era complicado antes só com uma criança, imagine com duas?! —A morena berrou e eu paguei a moça.

—Só... Se acalma, nada irá mudar entre mim e você. —Ele beijou a testa dela e respirou fundo. —Eu amo você, ok? —Ele falou e beijou a garota.

Aquilo foi motivo suficiente para eu puxar a sacola que estava com as roupas de Anna e sem ao menos esperar o troco ser entregue pela moça sai da loja em disparada evitando deixar uma lágrima sequer cair. 

—Ally! —Maia veio correndo atrás de mim.

FLASHBACK-2010

—Eu vou me casar amanhã. —Austin falou enquanto respirava fundo, ele parecia bastante nervoso.

—Hm. Eu vou ser convidada? —O olhei e ri baixinho enquanto mordia internamente a bochecha.

—Pode até ser... Mas com uma condição. —Ele falou me olhando.

—Qual? —Arqueei o cenho o observando.

—Compareça com um vestido de noiva e me diga sim no altar. —Ele sorriu e ficou á minha frente, respirou fundo e se agachou logo ficando ajoelhado.

—Allyson Edgar Dawson, você me faria o homem mais feliz do mundo aceitando se casar comigo? —Ele falou enquanto abria uma caixinha vermelha revelando duas alianças.

—A-A-Austin... Eu... —Gaguejei. Meus olhos estavam arregalados, eu esperava por qualquer coisa, menos aquilo. Até por que... Nós havíamos brigado ontem, quando terminamos nossa “relação”.

Ele me olhou e riu baixinho envergonhado, algumas pessoas nos encaravam sorrindo,já outras apenas observavam,o que não era incomum,pois estávamos bem no meio de um restaurante italiano.

—Então... —Austin me olhou e mordeu os lábios.

—Aceito! É claro que eu aceito! —Sorri e abracei o pescoço do loiro que me pegou no colo e em seguida pôs o anel em meu dedo.

FLASHBACK-OFF

Quatro dias haviam se passado depois que eu vi Austin e Courtney na loja de roupas infantis... Quatro dias haviam se passado após eu quase ser atropelada por um carro, quatro dias haviam se passado após eu me abrir completamente com Ethan, quatro dias haviam se passado após minha ficha cair e eu perceber que estava grávida de um idiota, quatro dias haviam se passado após eu tentar imaginar um futuro fixo para mim e meus filhos, quatro dias após eu tentar pensar em qualquer coisa que não fosse o aborto... Ah, quatro dias... Tantos pensamentos inusitados surgiram em minha mente apenas nestes quatro dias!

—É sério, Eth... —O olhei com um beiço em meus lábios. —Não precisa você já fez muito por mim hoje, agora vai embora e tenta descansar um pouco, amanhã você terá um dia longo e não quero ser o motivo de você estar cochilando pelos cantos!

—Tem certeza?

—Tenho sim, mais tarde eu falo com você, ok?

—Okay, morena. —Ele falou e me selou, logo saindo de meu quarto.

Sorri de canto enquanto lembrava-me de Ethan e deitei-me sobre a cama suspirando, ele me fazia tão bem.

Minutos depois eu me levantei e fui em direção ao banheiro enquanto bocejava, adentrei o mesmo e me despi devagar, em seguida peguei um prendedor de cabelo e prendi meus fios castanhos num coque frouxo, pus a toalha em cima do balcão e adentrei o Box, logo começando a tomar um banho rápido e morno, fechei os olhos e respirei fundo deixando que todas as minhas preocupações fossem junto com a água. Suspirei e assim que acabei o banho desliguei o chuveiro e pus a mão para fora do Box, logo puxando a toalha,sequei-me e sai do banheiro enrolada na toalha em direção ao closet. Pus uma blusa cinza na qual havia a ilustração de um gatinho bem amorzinho e em seguida pus um short branco que parecia ter um daqueles cadarços de tênis em sua lateral. Pus um tênis da Adidas  em meus pés e tossi enquanto fazia um coque em meu cabelo.

(...)

Suspiro e começo a caminhar pelas ruas de Lós Angeles, a tarde estava linda e eram mais ou menos 15h15min da tarde, o céu estava azulado e eu totalmente desnorteada, não sabia o que fazer, até porque não se tinha muito que fazer. Eu focava em minha vida,quando eu voltasse á Miami,mas o que eu faria lá? Miami é muito quente e bem longe de meus familiares... Meu único motivo de morar lá sempre foi Austin, por conta do estúdio e da editora... Porém desta vez ele não estava no caminho, porém ao mesmo tempo eu sentiria horrível em abandonar tantas pessoas as quais amo...

Respirei fundo e fui em direção á uma praça qualquer, eu não me recordava muito bem dela, mas sabia que já havia vindo aqui antes. Sente-me sobre um banco qualquer logo começando a observar as crianças que brincavam e corriam

—Eu sei que é complicado... —Ouvi uma voz familiar e a corri os olhos á sua procura. —Pensei que já havíamos falo nisto, Courtney...

Eu apenas dei meia volta ao sentir o clima pesado, mas logo senti uma mão agarrar meu braço, então me virei de imediato para encarar a face do ser humano.

—O que você quer? —Falei enquanto engolia em seco

—Várias coisas, mas agora eu apenas preciso falar com você. Posso? —Austin falou e respirou fundo

Eu apenas dei de ombros e ele assentiu enquanto começou á me puxar em direção á um local mais reservado.

—Quero te pedir desculpas—O loiro falou enquanto passava as mãos suadas por suas calças.

—Vai me pedir desculpas por ter me traído? —Falei enquanto arqueava o cenho.

—Sim... Por quê?

—É estranho. —Admiti

Ele suspirou enquanto continuava a respirar fundo.

—Sobre aquela noite... —Ele começou, mas logo parou. —Não foi nada, okay?! Você faz drama do caramba por qualquer besteira!

—Não foi nada? Eu tenho cara de idiota por acaso?! , Você estava abraçado com ela e disse que a amava! Austin, eu nem lembro a última vez que você disse que me amava! —Falei e logo sentir uma lágrima cair sobre minha bochecha.

Ele bufou enquanto me observava.

—Allyson, eu quero voltar com você. Eu quero minha vida de volta.

—Você é tão cínico... Há poucos minutos estava conversando com sua amante e agora vem com papo de reconciliação? Faça-me um favor, Austin! —Falei e cruzei os braços enquanto revirava os olhos.

Ele respirou fundo pegando ar e apertou um pouco mais meu braço.

—Eu já estou cansado dessas suas frescuras, Courtney!—Ele falou e eu arregalei os olhos com um sorriso cínico estampado em meus lábios.

—Courtney? —Falei um tanto abalada por ele ter confundido meu nome,mas apenas respirei fundo e fechei os olhos pegando ar.

—Quer saber? Desaparece da minha vida, nunca mais ouse falar comigo. Por que quando te encontrar vou fingir que nem te conheço. —Tentei sair, mas ele segurou meu braço com raiva no olhar. E depois disso... Tudo virou um borrão.

—Merda, Allyson!