Resurgent escrita por HonestBraveDivergent


Capítulo 6
Capítulo 5




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— Tris Prior! Desobedecendo as regras novamente? — Diz Jady, aproximando-se da grade da minha cela, — Achei que depois de anos, você tivesse mudado. Estava errada.
— Jady. Jeanine Matthews, uma ex-líder, não conseguiu me controlar, não conseguiu me parar. Por quê você conseguiria? — Pergunto. O olhar dessa mulher me dá medo, mas mesmo assim, não vou abaixar a cabeça. Tudo o que eu quero, é sair daqui o mais rápido que eu puder, e me jogar nos braços de Mat… Tobias.
— Tudo bem. Você pode dar apenas uma última mensagem? — Penso um pouco. Decido concordar, já que é a última. — Tudo bem, tome. — Jady me entrega algo pequeno e meio circular.
— O que é isso?
— Um ponto, assim você não vai se manifestar.
— E por que não?
— Eu tenho um microfone. Assim vou falar as palavras e elas chegarão à seu ouvido. Caso você não às repita, um choque percorrerá seu corpo. E será com a mesma intensidade do choque que você levou ontem à noite.
— Eu… Eu topo. — O que mais poderia ser? A não ser que…

+++

Aqui estou eu. Sentada novamente diante dessa câmera, amarrada à uma cadeira.
Podemos começar? — Ouço a voz de Jady no meu ouvido. Assinto em concordância. — Vamos lá!
Ela começa a falar. E eu a repetir.
— Eu. Tris Prior. Comunico a todos vocês, que os ataques… — Já sei o que vem depois. Por isso, choro.
Que os ataques ocorrerão. Vamos Tris, repita. — Ouço Jady.
— Que os ataques ocorrerão hoje! — Digo soluçando.
Que assim seja, Tris! Você quis assim. — Logo após um chiado.
Eles me tiram da cadeira e eu saio correndo para algum lugar, desse labirinto sem fim. Alguém me para no corredor e me olha com terror.
— Você ficou maluca?! — Diz um garoto com cabelos muito bem penteados.
— Por quê? Não era assim que Jady queria? — Digo, olhando para o chão.
— Não! Os ataques iam começar somente na próxima semana! — Diz o garoto. Sinto como se todo o chão que estou pisando, estivesse desmoronado. Apoio-me na parede.
— Fui uma idiota! Eu tenho que sair daqui. Preciso avisar a Tobias.
Atenção! Preparem-se! Peguem suas armas! Iremos atacar a cidade em trinta minutos! Chegaremos de modo aéreo. Preparem os helicópteros e as bombas. — Diz Jady por alto-falantes que ecoam por todo o “labirinto”.
— Me ajude! — Peço. O garoto hesita um pouco.
— Siga-me! — Grita ele correndo por entre o lado direito de uma bifurcação. Uma mão agarra meu braço.
— Vocês dois vêm comigo! — Um homem alto, de pele morena e musculoso me agarra. Ele nos carrega por um longo corredor. No fim há uma sala, nela está escrito Presidente Jady.
O homem bate à porta. Ela se abre com um som de eletricidade.
— Senhora. Peguei esses dois tentando fugir.
Apenas um olhar basta.
— Coloque-os junto com o Charlie. Quero ver seu olhar ao ver o apartamento de seu amado, ser destruído por bombas.
— Você não seria louca! — Grito.
— Você tem razão. Não seria. Eu sou!
O homem alto nos aperta mais forte, e nos carrega à força por um frio corredor. Ele vai aumentando, até que se transforma em uma enorme porta. O homem vai em direção à parede, e digita uns números. As portas se abrem. Um vento gelado beija meu corpo. O som de hélices invadem meus ouvidos. Está ventando muito. Vejo vários guardas empurrando uma grande caixa, para dentro dos helicópteros.
— Sabem o que é aquilo? — Pergunta o homem. — Você com certeza sabe, não é Crawford?
— Sim. Bombas.
— Parabéns!
O homem continua a nos carregar. Os helicópteros, parecem mais com naves, são enormes.
— Ei, Charlie! Jady me deu ordens, para que eu entregasse isso. Ela disse que eles devem presenciar o ataque ao apartamento do Eaton.
— Venham. Subam, nós já vamos partir. — Chama, Charlie.
Subo, meu coração acelera. Sou surpreendida, quando Charlie joga uma mochila em minhas costas. Só assim para me lembrar de que meu ombro está curado.
— Seus paraquedas. Nós vamos pular… Careta. — Como ele sabe, sobre o “ Careta?”

+++

Lá estamos nós, sobrevoando a cidade.
— Pronta para isso? — Pergunta Charlie. — Não esqueça de puxar a corda.
Charlie aperta um botão. As portas do helicóptero se abrem. Sou empurrada.
Vejo três mísseis saírem do fundo do helicóptero.
— Tobias… — O grito não vem. Tarde demais, ouço o estouro. Vejo a luz laranja.
Quero chorar, mas o vento muito forte, não deixa.
Percebo que estou em queda livre. Procuro a corda que Charlie falou. Puxo-a. Sou puxada para cima.
— Tobias. — Sussurro. Deixo as lágrimas caírem. Agora sei como ele se sentiu depois de tudo o que aconteceu comigo.

Meus pés tocam o chão. Vejo algo se aproximando. Mísseis. Tiro a mochila das costas e corro o mais rápido que posso.
Estou em uma distância bem razoavél, quando eles atingem o chão. Mas mesmo assim sou lançada longe. Meus ouvidos soltam um “pi”. Sinto como se minha cabeça estivesse afundada em um grande balde de água.
Christina aparece. Ela me puxa. Outra bomba.
Christina grita algo. Não ouço nada. Ela me vira para trás. Vejo apenas o fogo. Ela me puxa novamente. Estamos correndo. Eu caio. Ela me levanta e me leva à um lugar escuro. Primeiro ouço o vento. Depois Christina gritando.
— Tris!
— O que foi! — Grito de volta.
— Caleb!
— O que tem ele?
— Uma bomba o acertou. E...
Primeiro Tobias, agora Caleb.
Não tenho mais família. Não tenho mais nada.


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Notas finais do capítulo

OIIIII!!!!!!



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