The Killers II- Interativa escrita por White Rabbit, Neve de Verão


Capítulo 20
Capítulo 16 - My condolences


Notas iniciais do capítulo

Adivinhem quem está aqui~ Sim, sim, euzinho, Neve de Verão, aquele que deveria estar atualizando a própria fic, mas está aqui, sendo um doce a ajudando os amiguinhos. Eu aparecerei aqui de vez em quando, como coautor, então não se surpreendam muito. Beeeeem... Acho que é só isso. Aproveitem o capítulos, mes chères~



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Minhas condolências

"Sinto muito é a única coisa que você diz quando perde alguém"

Dead to Me - Melanie Martinez

Era a primeira manhã após o terceiro julgamento. Eu já estava acordada há um tempo, mas não sentia a mínima vontade de me levantar da cama e me encontrar com os outros. Sequer sabia se eles já levantaram: o anúncio matinal de Monokuma ainda não soara.

Estava simplesmente cansada, e sem a mínima vontade de socializar, mas quando o urso odiável gritara na televisão do quarto sobre um novo mundo que se abrira, eu não podia mais enrolar. Não queria que meus amigos se preocupassem comigo por nada.

Forcei-me a levantar da cama, e saí para vê-los. O cartão de estudante acusava o “Bairro da Natureza”, e apesar do título interessante, não me sentia impelida a conhecê-lo. Tudo que esses bairros traziam eram novos assassinatos.

Contudo, não podia perder a esperança: quem sabe nesse novo bairro não se encontrava a saída desse inferno?

Foi essa pequena esperança que me fez seguir em frente e caminhar ao novo bairro. Assim que cheguei ao portão aberto, me surpreendi com a quantidade de verde do local. Era uma enorme floresta, cujas árvores eram dotadas de copa tão espessa que bloqueava quase que inteiramente a luz do sol. Um cheiro forte de grama tomou conta de meu olfato. Logo após essa impressão, a primeira coisa que vi foi uma estátua do Monokuma deitado, com um vestido longo de princesa e um pequeno passarinho de pedra pousado na pata branca, numa imitação terrível da Branca de Neve. Contornei-a imediatamente. Aquilo era assustador.

Sem saber muito bem para onde ir, apenas peguei meu ID e me dirigi ao lugar mais próximo, que no caso era o cais. O mapa mostrava uma pequena estrada, mas pude notar ao longo do caminho que tinham várias trilhas que entravam na mata. Supus que seriam atalhos, mas não me arrisquei me perder ali. O cais era uma construção rústica, de madeira escura que terminava num belíssimo lago de água azul. De frente para o lago, sentados no píer, estavam Yui e Kocho.

— Olá — cumprimentei-os, e minha única resposta no momento foram meneios distraídos com a cabeça. — Descobriram alguma coisa?

Yui ficou em silêncio por mais alguns instantes, olhando para as ondulações do lago. Mas Kocho resolveu se pronunciar.

— Eu sinto — ele disse, com a voz suave de sempre, apontando para um dos cantos do lago. — Que deseja que eu lhe mostre aquilo.

Ele se referia aos pedalinhos de cisne, que seriam ótimos para encontros românticos, se tivéssemos tempo para tal. Queria perguntar alguma coisa, puxar algum assunto, mas os dois pareciam estar um tanto tímidos, e eu tampouco queria atrapalhar seus pensamentos. Certamente deveria ser estranho finalmente se mostrar como ela mesma após fingir ser sua irmã, ou a tristeza de perder alguém que lhe era bastante querida, no caso de Kocho. Sendo assim murmurei uma desculpa qualquer e fui procurar outros lugares para visitar.

O mapa de meu cartão de estudante mostrava que perto do lago tinha uma loja com artigos de acampamento. Dirigi-me até lá, desviando de alguns esquilos e guaxinins que entravam em meu caminho, e me deparei com um adorável chalé feito com toras de madeira. Em frente à porta dele, estava Kon. Parado e olhando para o nada. Fiquei preocupada com ele no mesmo instante. Aru, a pessoa com quem ele mais conversava no grupo, tinha sido assassinado a pouco, e como se não fosse triste o suficiente, ainda planejara um assassinato baseando-se na confiança que o ilusionista tinha nele.

— Kon — chamei, colocando minha mão no ombro dele, para dar-lhe conforto. Não falei nada, contudo. Ele me lançou um olhar que parecia sem vida por alguns instantes, mas logo um sorriso surgiu em seus lábios.

— Está tudo bem — ele afirmou, pacificamente. — Vamos?

Kon puxou-me pela mão delicadamente, quase me arrastando para dentro do chalé, que, a propósito, era bem acolhedor. Lá tinha uma lareira acesa e várias prateleiras muito bem organizadas com qualquer coisa que poderia se precisar para um acampamento: fósforos, cordas, barracas, estacas, martelos, canivetes e coisas do tipo.

— Isso pode ser perigoso — Kon comentou, pegando uma pequena faca numa prateleira, analisando-a por uns segundos e colocando-a de volta. — De quantas maneiras se podem usar essas coisas para matar alguém?

— Não é para tanto. Não acredito que ninguém mais vai cometer um assassinato. — Eu tentei me manter otimista, mas eu pensara a mesma coisa todas as outras vezes. E só sobravam nove pessoas agora.

Kon sorriu um sorriso triste, mas logo em seguida ficou olhando para o nada novamente, encarando a lareira. Resolvi deixá-lo ali. Percebi que na porta de saída da loja tinha uma estrada de tijolos amarelos. Segui por ela, distraidamente, até que cheguei numa porta gradeada.

Olhando para o mapa em meu cartão, percebi que estava de frente ao zoológico. Tentei empurrar as grades, mas elas eram demasiado pesadas para tal. Contudo, quando as larguei para pensar no que poderia fazer para entrar, as portas de abriram. Sozinhas. Só então que notei Mikazuki a poucos metros à direita, encarrando fixamente um botão vermelho.

— Olá, Misaki-san — ela cumprimentou, distraída como sempre.

— Mikazuki. Há quanto tempo está aqui?

— Não muito tempo. — A empregada passou pelas portas de cabeça baixa, mas logo ela parou. — Você não vem?

Percebi que estava mais distraída que ela. Então, apenas murmurei um “já estou indo” e atravessei os portões. A primeira coisa que me chamou a atenção foi o cheiro característico de grama e flores. Logo em seguida, prestei mais atenção no local, e não me arrependi nem um pouco. Era lindo: todos os animais ali estavam bem tratados, e eram muito belos. Aproximei-me da primeira jaula, que pertencia a um enorme leão. O grande felino dormia como um anjinho, e eu logo senti uma vontade enorme de afagar sua juba. Estendi minha mão para a grade sem nem mesmo perceber.

— Você é louca, Yuuka? — alguém gritou no meu lado. Recolhi a mão imediatamente. — Esse bicho pode te matar!

Era Onihiru. Ele suspirou pesadamente em alívio.

— Ele está dormindo — comentei, sem graça.

— E se ele acorda? Como fica? — Ele revirou os olhos. — Tsc. Seja.

Percebi nesse ponto que Mikazuki tinha sumido. Dei de ombros e continuei caminhando pelo zoológico. Admirei os animais que lá brincavam, e mesmo sem perceber, já estava sorrindo feito uma boba quando um macaquinho se aproximou o suficiente para que eu pudesse acariciar sua pequena cabeça com meu indicador. Nem percebi quando Cody chegou.

— Você está bastante feliz com essa nova área, não? — A voz doce e animada do skatista me acordou, e eu abri um sorriso para ele.

— Sim. Eu sempre gostei de zoológicos. Meu pai costumava me levar sempre que podia.

— Hm. Entendo — Cody parecia um pouquinho distante, mas ainda sorria. Seu rosto expressava nostalgia. — Percy e eu também íamos juntos para zoológicos. — Então, subitamente o garoto balançou a cabeça. E sorriu mais do que nunca. — Sendo assim, agora eu tenho que aproveitar tanto por mim quanto por ele, agora. Vamos nos divertir, Yuuka!

Então, Cody pegou minha mão e me arrastou pelo zoológico. Fizemos caretas para as corujas, batucamos o aquário dos golfinhos e cutucamos um tigre-de-bengala com um pedaço de madeira longo o suficiente para não corrermos riscos.

Quando cansamos, sentamos num banco perto da jaula do tigre. O enorme animal olhava para nós dois com raiva, mas era preguiçoso demais para se mover, de modo que apenas continuou deitado lá, olhando para mim e para Cody.

— Fazia tempos que não me divertia assim — comentei, com um sorriso. — Obrigada.

— Disponha — Cody piscou o olho, e eu ri mais uma vez. — Mas ainda assim, eu fico pensando. Como que eles alimentam os animais ou limpam as jaulas? Quer dizer, ninguém pode entrar com eles aí dentro, né?

— Eles devem usar dardos — comentou Onihiru, que eu não sabia de onde tinha surgido.

— Não, isso está errado! — A voz que ditou aquelas palavras era inumana e inesperada àquele momento. A presença de Monokuma ali só serviu para deixar-nos todos mais tensos. — Ah, adoro dizer isso, é tão bom! É tão, tão nostálgico...! De todo modo! Eu estou aqui para delegar a vocês mais uma função que será a de... — Ele fez uma ridícula pausa dramática. —... Limpar a jaula dos nossos bebezinhos! Afinal, eu sou um ursinho muito ocupado, não é fácil fazer com que tudo siga o planejado, sabem?

Ele se calou, como se esperasse que concordássemos com o seu ponto de vista. Ninguém falou nada, e Monokuma se forçou a continuar.

— Enfim. Aqui, do lado de fora das jaulas, tem um pequeno botãozinho, que abrirá um pequeno compartimento. — Ele se aproximou da jaula do tigre, que era a mais próxima, e apertou um pequeno botão vermelho. Na jaula, um pequeno andar no subterrâneo se abriu. Era uma pequena escadinha e o tigre desceu por ela. Logo após, Monokuma fechou novamente o compartimento ao premir o botão pela segunda vez. — Viu? É simples! Bem, queridos, tenho mais o que fazer. Beijos, beijos, até a próxima!

E tão repentinamente quanto surgiu, Monokuma desapareceu. Eu ainda não acreditava muito bem naquilo, mas não via nenhuma outra possibilidade senão aceitar a situação.

— Yuuka! — alguém gritou atrás de mim. Assim que olhei para trás, me deparei com Mayu e Watashima caminhando atrás de mim. — Você viu o que esse urso idiota fez?

— O que...? ­— gaguejei, surpresa pela irritação repentina da veterinária. Nunca vira antes a garota tão possessa.

— Ele prendeu todos esses animais aqui! Ele está restringindo a liberdade deles, ele é um monstro!

— Calma, Mayu — Cody interviu.

— Como ter calma? — gritou ela, novamente. Seus olhos gritavam ódio. — Esses... Monstros... Eles prenderam esses animais, tão, tão inocentes! Eu não posso perdoá-los! E não vou!

­— É apenas um zoológico, Mayu — comentei, cuidadosamente. Não queria que ela ficasse mais irritada do que já estava. Então, me lembrei do mapa. — Tem até uma clínica veterinária. Devem tratar bem deles, lá.

— E você acha que tudo são flores? Claro que não, Yuuka! — Mayu continuava a esbravejar. Seu rosto estava corado de raiva. — Eu só queria uma pá, nesse momento, para dar com força na cabeça deles, e ver se eles aprendem!

Desisti de tentar argumentar com a veterinária. Ela estava obstinada e não mudaria sua opinião. Eu tampouco poderia tentar falar mais nada, por causa dos acontecimentos seguintes.

— Ei, quietas — Watashima sibilou, fazendo sinal para ficarmos caladas. — Estou ouvindo alguma coisa.

Calamo-nos todos por uns instantes, e logo Watashima caminhou por entre as jaulas do zoológico, até chegar a sua extremidade mais ao sul. Lá, ficava uma construção grande e com paredes brancas. Dei uma olhada no meu ID e vi que estávamos de frente à clínica veterinária, que eu mesma mencionara há pouco.

Watashima abriu a porta e entramos todos lá. Era um prédio bem organizado, com várias macas dispostas pelo espaço, um armário com o que eu supus serem medicamentos e algumas gavetas mais embaixo. A segunda coisa que eu notei foi um pequeno grasnado de uma ave. Quando eu percebi o que acontecia, lá estava Nathan, cutucando a asa de um pequeno corvo com um bisturi.

— O que você está fazendo, garoto? — A primeira pessoa a gritar foi, obviamente, Mayu. Os olhos dela estavam arregalados, mas ela parecia pronta para atacar a qualquer instante.

A veterinária correu para a maca onde Nathan estava e empurrou-o para o lado, tirando-lhe o bisturi das mãos. Delicadamente, a garota pegou o corvo nos braços. Sua expressão foi de selvagem para maternal em poucos instantes. Rapidamente, Mayu deixou o corvo numa maca, pegou alguns medicamentos no armário e alguns curativos nas gavetas. Em dois minutos, o corvo já tinha sua asa em perfeito estado, ainda que com um enorme curativo que o impediria de voar por uns tempos.

— Uau... Você é realmente incrível, Mayu ­— comentei, distraidamente.

— Hm. Concordo — Nathan concordou, com um sorriso alegre. Contudo, não parecia falar do mesmo que eu.

A veterinária lançou mais um olhar de ódio para o gamer, mas logo foi embora, murmurando alguma coisa sobre não querer ficar mais nenhum segundo naquela “prisão de animais”.

— Oh, bem. — Watashima suspirou lentamente. — Vou me certificar de que ela não faça nenhuma besteira, como atacar o Monokuma.

Então, a kendoista saiu atrás da amiga.

— Ah. Uma pena que ela já foi — Nathan comentou, parecendo triste. Seu olho azul brilhava um pouquinho. — Hehe... Ela estava tão... engraçada. Não pude evitar. Mas no final, minha tentativa foi tão inútil quanto os vestiários dos funcionários, já que ela foi embora tão rapidamente.

Eu não entendi nada do que o gamer falava, mas no fim apenas dei de ombros.

— Vestiários dos funcionários? — perguntei, ao invés.

— Sim. Só tem roupas lá. Nada demais, no fim das contas. Quer dizer, se alguém tentar se disfarçar de novo é muito mais eficiente pegar uma das roupas do atelier de teatro de novo.

Fiz que sim rapidamente com a cabeça, mas conferi o lugar mesmo assim, só por via das dúvidas. Nathan falava a verdade.

Saí do zoológico logo em seguida. O único lugar que faltava visitar era a loja botânica. Tinha uma saída próxima à clínica veterinária que me deixava bem próxima a meu destino. Caminhei na estrada principal por não ter coragem de me embrenhar nas trilhas e demorei uns cinco minutos para chegar lá.

Era uma construção pequena e moderna, pintada em de branco, com alguns detalhes em tons de verde e marrom, imitando a folhas e galhos de uma árvore. Na loja, tinham várias prateleiras abarrotadas com potes de suplementos naturais, folhas para chá e todo o tipo de coisa proveniente de plantas que se podia imaginar.

Tinha, inclusive, uma parte separada com várias frutinhas. Fui diretamente para lá. Vi morangos, uvas, mirtilos, framboesas, entre outras. Peguei uma que parecia uma jabuticaba, e já ia colocando-a na boca, quando...

— Misaki-san! — Virei-me, apenas para ver Mikazuki com um olhar assustado no rosto. — Por favor, não as coma, Misaki-san!

Mikazuki, então, cobriu a boca com as mãos, como se tivesse arrependida por ter gritado.

— Desculpe, Misaki-san, isso não vai mais se repetir. — A empregada abaixou ainda mias a cabeça. — Mas eu peço que não coma essas bagas. São venenosas. Beladona.

O nome “beladona” me causou um desconforto imediato. Lembrei-me de um caso que eu cobrira. Beladona fora a arma do crime e o culpado não fora encontrado.

— Bem, sugiro que as guardemos em algum lugar menos acessível, não? — comentei, com um sorriso tenso. Afinal, quase que eu morria.

Mikazuki assentiu timidamente e me ajudou a colocar todas as coisas “perigosas” num lugar específico. Além das bagas de beladona, Mikazuki também encontrou várias outras plantas venenosas e alucinógenas. Pude perceber que aquela simples lojinha não era tão inocente.

— Ah, sim, Misaki-san — chamou a empregada, após terminarmos. — Não sei se já notou, mas tem um novo lugar aberto fora daqui.

Em resposta a minha cara de dúvida, ela pegou o próprio mapa do ID. Ela mostrava o mapa do hotel, mas tinha um pormenor novo ali: a sala de arquivos tinha um cadeado aberto sobre. Meus sentidos de repórter apitaram, e mal percebi quando agarrei a mão de Mikazuki e corri para a sala de arquivos do hotel.

A porta continuava fechada, e eu suei frio antes de estender a mão para maçaneta. Estariam lá as respostas para todos os nossos problemas? Abri de uma vez. Tudo o que vi foram pilhas e mais pilhas de documentos. Reprimi um arquejo de surpresa e caminhei lentamente para eles. Minhas mãos tremiam, mas peguei um deles.

Era um arquivo da polícia sobre um serial killer. Ele era apelidado de Animal Rights Killer. Falava sobre uma pessoa que usava de pás e martelos e que perseguia aqueles que maltratavam animais. Outro pormenor interessante mencionado ali era que sempre era achada na vítima amostras de cera, apesar de nada do material fosse encontrado por perto.

Não era nada demais, e por isso coloquei-o de volta onde estava. Mikazuki me ajudou com as prateleiras, mas tudo que eu encontrava eram arquivos da polícia sobre Genocider Syo ou Sparkling Justice ou qualquer outro serial killer. Eu e Mikazuki sequer terminamos a primeira pilha e já estávamos muito cansadas.

Desistimos ali e prometemos voltar para investigar novamente outra hora. Certamente alguma pista estava escondida em algures naquela sala. E eu não iria desistir até descobri-la.

⚜⚜⚜

Passaram-se alguns dias após a abertura do bairro novo. Eu e Mikazuki ainda não tínhamos encontrado nada, mas ainda faltavam muitos arquivos para olhar, então ainda tínhamos esperança.

Nada tinha acontecido, e vivíamos em paz. De vez em quando Watashima e Mayu me convidavam para caminhar pelas trilhas ou Cody me chamava para assisti-lo na pista de skate. Estávamos em paz e muito bem, obrigada. Mas claro que isso não duraria muito tempo. Logo Monokuma chegaria com aqueles motivos estúpidos e nos coagia a cometer um assassinato.

Hoje foi o dia.

O odioso urso chamou-nos para nos encontrarmos no píer, em frente ao lago. Não nos demoramos muito, pois não tínhamos muita escolha. Ou era isso ou poderíamos correr o risco de morrermos pelas garras dele.

— Olá a todos, vejo que finalmente chegaram — cantarolou o urso, com seu sorriso macabro sempre presente no rosto. — Imagino que já saibam o motivo de estarem aqui, né?

— Apenas diga logo, Monokuma — Kon sibilou, impacientemente.

— Claro, claro — desdenhou. — O que acham de uma brincadeirinha inocente, hm? — Ninguém respondeu, então ele continuou. — Nós brincaremos hoje de caça ao tesouro, em homenagem a nossa finada Annie di Waterloo, o que acham?

Nós mantínhamos nossa expressão séria e a boca fechada.

— Caramba! Vocês são muito chatos mesmo, hein? — reclamou. — Eu até vou deixar brincar só quem quiser. Só não façam essas caras. Aqui. — Aparentemente do nada, ele tirou vários pedaços de pano envelhecido que pareciam mapas.

Monokuma entregou um para cada. Olhando para Yui, que estava ao meu lado, percebi que os “xises” vermelhos estavam carimbados no mesmo lugar. Isso significava que todos tinham que encontrar o mesmo tesouro. Perguntei-me o que seria terrível o suficiente para fazer que todos nós nos desesperássemos.

Dei graças aos céus por aquela tarefa não ser obrigatória. Eu nunca que perderia meu tempo procurando motivos para me desesperar. Mas, infelizmente, não poderia dizer o mesmo dos outros. Se Monokuma dera aquilo para nós, queria dizer que mais um assassinato iria ocorrer nessa cidade. O ciclo começaria todo de novo.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado ^^' Até o próximo~



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