Trinta e nove

Os olhos dela, se abriam vagarosamente. Onde ela estava? Seus pulmões não ardiam mais... ela pensava.

 - Alice! – Jasper sorriu, um pouco acima de seu rosto. – Acordou, meu amor...

Ela olhou as luzes claras demais, em cima de sua cama, e olhou para as paredes excessivamente brancas.

 - Jazz... – ela sussurrou, tentando sentar-se. Que necessitou uma compreensão de Jasper para obter resultados. Ela levou á mão á sua testa, e sentiu uma faixa cobrindo-a.

 - Ah... isso. – Jazz, viu-a afagar a faixa pensativamente. – Você desmaiou dentro da piscina, Alie. Precisei correr e me jogar na água... Já que ninguém mais se dispôs á ajudar você, meu bem... – ele sussurrou.

 - Obrigada. – ela sorriu – Estou em um hospital?

 - Sim.

 - Eu fui drogada.

 - Sim.

 - E foi Carlie.

 - É provável.

 - E eu perdi.

 - Não.

 - Sim. eu perdi.

 - Não. Você não perdeu.

 - Sim. eu perdi.

 - Não. Acredite.

 - Jazz. Eu. Perdi.

 - Você foi examinada. E você foi inocentada. Não há motivos para você ter tomado aquilo. Ele causaria mau á você além de ser ilícito. E pelo que eu vi, não foi apenas você que foi dopada. O estadual será repetido na semana que vem, antes das férias de verão... – Jasper tranqüilizou-a.

 - Isso me faz bem saber.

 - Que bom. – ele deu de ombros e afagou o rosto da jovem menina.

 - Eu tenho que sair daqui... preciso falar com a professora Jones. – Alice, tentou se levantar mais foi impedida.

 - Ei ei ei... – ele a fez sentar novamente. – Já resolvi isto, sabia que você não me obedeceria, e sairia atrás da professora Jones. E mesmo que ela tenha visto você quase se afogar, ela aceitou vir até aqui para vocês discutirem a questão do congresso escolar. E você vai participar. Ela já está chegando com a papelada pra você assinar. E... fique calma. Vai dar tudo certo. – e ele deu um beijo no topo de sua testa.

 - Ah Jazz... - ela sorriu – juro que não sei o que faria sem você.

 - Nem eu. – ele disse afagando seu cabelo castanho dourado.

E a porta bateu.

 - Um minuto... – Jasper gritou, e correu para a porta.

Uma afobada professora, com um sorriso gigante no rosto, ultrapassou a soleira da porta do quarto, e logo procurou por uma caneta em seus bolsos.

 - Alice! Minha querida! Estou tão feliz, que esteja bem! É uma enorme pela que tenha acontecido tudo isto... sinto muito, pequena... – resmungou a professora retirando os documentos de sua bolsa.

 - Olá, professora Jones. Sim. é mesmo uma pena que eu tenha me acidentado... mas as coisas vão melhorar... – ela sorriu.

 - Você terá alta em meia hora... – Avisou Jasper, sentando-se na cama de Alice, e olhando em seu relógio.

 - ÓTIMO! – guinchou a professora.

 - Sim... me explique então. Tenho minha redação no porshe... – lembrou Alice – onde está o porshe?

 - Eu  trouxe com ele, amor. – disse Jasper saindo porta à fora, segurando as chaves do carro.

 - Bem... é simples. Apenas você use seu talento em oratória. É MUITO simples, na verdade... – sibilou a professora, revirando seus formulários. – assine aqui, aqui, aqui e aqui... – apontou.

 - Okay.

 - Então. Seu número de registro é 164. Por que se candidatou no ultimo dia. Mas ainda tem todas as chances para vencer. Carlie é 163. Não deixe que isso a atrapalhe, ok? – perguntou a professora, com os olhos fixo, nos de Alice.

 - Okay. – repetiu.

 - Apenas se anuncie, e deixe que tudo pareça natural. Tudo o que está em você, tem que ser liberado naquele momento. O tema você sabe, não é?

 - Como está sua vida agora... – Alice disse sem pestanejar.

 - Exato. Gostei de seu texto. Bem escrito e formulado. Mas improvise. Deixe que as verdadeiras palavras saltem de você, está entendendo?

 - Sim... – Alice sorriu.

 - Eu acredito em você. Muito, Alice. – a professora de cabelos prateados, pressionou o ombro de Alice, que sorriu.

 - Obrigado por estar comigo, senhora Jones.

 - Sem problemas, querida. – e como a mãe, que Alice havia perdido. Senhora Jones, beijou de leve, a testa da jovem garota.