Complicada e Perfeitiinha escrita por AliceCriis
Trinta três
Assim, que Carlie – como preferia ser chamada, superou o luto de seus pais, começou a conviver na família nova. Até bem demais – como Alice gostava de pensar.
As coisas iam bem para Carlie. Ela estava cada dia mais em “casa” – ou o máximo que poderia chegar perto. Todos os dias, toneladas de cartas chegavam do Texas, endereçadas diretamente á ela, de seus velhos amigos.
Ela começou a integrar-se familiarmente, muito bem. Alice deixou de ser o destaque na natação, e ela admitira que participaria do estadual, mesmo competindo com Alice pelo pódio. Bella, deixara de pedir dicas de moda á Alice, e se sentia confortável em conversar com Carlie sobre tal. Também, por influencia de Carlie, Bella abandonara o costume de chamar Alie de gêmea – deixando a antiga baixinha de cabelos eriçados, com os olhos tristes e uma expressão antiga.
Rose, pedia ajuda sobre cabelos e abandonara a velha consultora – Alice. Esme havia tido problemas com cálculos e fora pedir á ela, tirando o cargo antigo de Alie, Carlisle estava estressado e recebeu uma relaxante massagem de Carlie, Senhorita Plony e Mercii brigavam muito, e Carlie acabou com a discução dos dois, mostrando o vestido novo que ela própria havia costurado. Havia feito amizade com os novos cunhados – Emmett e Edward, e estava incrustadamente animada com ambos. Sua relação com Jacob, era a coisa que mais feria a namorada de Jasper – que ainda mantinham segredo para os pais, sobre tal assunto.
Jacob mal falava com Alice, e sua amizade estava a quebrar em pequenas centelhas de cristal.
Srta. Toddy – a poodle mau humorada de Carlie – estava irritando profundamente os ânimos de Cécilys e Honey. E estava pondo em risco, a paz estabelecida na mansão. Na escola, Carlie fez tanto sucesso quanto na casa de Alice, e contudo, causou uma ruptura no reinado de popularidade de Alice e Jasper, que a cada dia a mais que estavam juntos, eram ignorados por mais e mais pessoas. Alice estava em ponto de ebulição. E dava razão á todos os seus sentidos, que gritavam á ela, que ela deveria ter feito algo antes da chegada da novata popular.
Mas estar com Jasper compensava? – pensava ela, em seus momentos de quietude.
Bem, ela sentia o amor que jamais sentiu por ninguém, á ele. E sabia que se jogaria na frente de um ônibus para protegê-lo se fosse preciso. Mas ela queria estar em seu pedestal. E não ser apenas uma nerd que ninguém mais dava importância... Ela queria ser a princesinha inalcançável e a complicada & perfeitinha que nascera sendo, e tendo toda a escola á seus pés... mas isso não aconteceria. Ela estaria sendo substituída pela nova melhor nadadora da escola – e quem sabe do estado?
Alice suportaria ser suprimida em casa, perder seu melhor amigo, perder sua popularidade, ser substituída pelas irmãs e cunhados, e ainda ser uma perdedora pra uma complicada & perfeitinha melhor que ela?
Nem mesmo ela sabia. Ela não fazia idéia. Não saberia se seria capaz de ser uma derrotada tão... grande.
Ângela e Jessica, aproveitavam o tempo de antagônico do jornal, para preparar uma notícia que arrebentaria as paredes sociais da escola onde estavam. Que faria com que tudo mudasse, e suas intenções não eram as melhores... E agora... elas tinham uma aliada. Uma aliada que era forte o bastante para derrubar Alice e o restante de sua família...
~~*~~
Alice estava caminhando pela frente do portão, em busca de alguma paz - ou seja, algum afastamento da senhorita Perfeita, como ela chamava Carlie. E quando o portão da casa começou a se movimentar, ela observou um jovem moreno, alto, belo e com um sorriso que era reconhecível em qualquer lugar. Óculos wayfarer nos olhos, e uma jaqueta de motoqueiro.
- Jake? – a voz doente de Alie, se manifestou contente, e correu até os passos largos do garoto.
- Ahn... garota? – ele olhou pra ela, como se não a reconhecesse. Como se nunca tivessem sido melhores amigos. Como se ela fosse uma mera desconhecida em busca por um universitário.
- Não se lembra de mim, Jacob? – as sobrancelhas perfeitas e moduladas de Alice, se juntaram e formaram um ângulo estranho.
- Deveria? – ele franziu o cenho e a olhou com desdém.
- Diabos, SIM! – ela exclamou, jogando seus cabelos compridos e castanhos para cima, em expressão á toda sua indignação.
- E qual seu nome? – ele a olhou com a cara feia.
- Alice, caramba!
- Que seja... – ele revirou os olhos – Nessie está?
- Como assim, “que seja?” e quem é diabos, Nessie? – ela praticamente berrou na cara do garoto alto.
- Você pode chamar sua patroa? – ele perguntou com uma expressão de nojo, para Alice. – quem sabe você deva ser demitida. Jeesh!
- Jake...? – ela sussurrou encontrar as lembranças de quando eram garotos. – Sou eu. Alie. A garota que brincava com você quando criança... não lembra de mim?
E aos poucos o olhar de desdém, foi criando um leve vinculo com ela. Tendo simplesmente laços antigos,e a face dele, se tornando meiga, doce e... Jake, mais uma vez. E antes que Alice pudesse contar que já havia conseguido obter ele de volta. Ele ficou frio e duro. Ela desejou que ele não estivesse se lembrado dela. Que estivesse se mantido em silêncio, aguardando cada minuto de seu olhar enojado, em silêncio.
- Alice. – ele disse frio como o mármore em que pisavam.
- O que houve...? – mas antes que ela pudesse perguntar, sua voz desapareceu de pouco em pouco.
- Não quer pedir ao Jasper? – ele sorriu frio e magoado. Como se estivesse se recuperando de uma faca no coração.
- Como.. como...? – ela embaralhou-se em meio á suas palavras.
- Como eu soube? É isso Alice? Como eu soube disto? – ele riu, de sua maneira gélida de novo, esquecendo o quão quente ele poderia ser. – Não seja ridícula Alice. Qualquer um vê. Carlisle e Esme são realmente cegos. Porém até cegos na rua poderiam ver como vocês dois estão juntos... é ridiculamente obvio. – ele cuspiu as palavras, como se elas estivesses cheias de veneno. Que de fato estavam.
- Você nunca disse que queria ficar comigo. – ela disse com a voz emaranhada.
- E precisava? – ele riu, mais uma vez. De seu jeito gelado e dolorido. Cada som frio, a deixava com o peito mais machucado – e adiantaria? Você o escolheu.
- A culpa não é minha. – ela murmurou.
- E de quem é então? – ele pediu, relativamente perspicaz.
- Não acredito que estamos tendo esta conversa... – ela murmurou.
- Realmente. Eu não acredito que estou falando com você. – ele disse frio e duro.
- HEY, JAKE! – a voz soou de trás de Alice, e ela olhou a figura ruiva de chapéu de caubói, sorrir e correr para os braços de Jacob. Eles se abraçaram e deram um longo beijo... que Alice deduziu ser de língua.
- Ah, o que faz aqui Alice? – pediu Carlie, com seu rosto levemente franzino.
- Estava falando com, Jake.
- Vamos Néss... temos companhia melhor. – ele gargalhou, e Alice viu o lapso de brilho que seus olhos tiveram, quando encontrou o rosto de Carlie.
E ela se sentiu vazia. Triste. Quieta e morta.
Jacob acabara de se apaixonar por “ela”. E isso era ruim. Muito ruim. Para Alice.
Ela queria se debruçar no peito de Jasper e poder chorar todas suas lamentações destes últimos meses que se passaram. Simplesmente, ela queria deixar de existir. Mas o que ela sentia por Jasper era mais forte do que qualquer ódio que ela sentia por Renesmee Carlie. E quando ela mesma percebeu, estava quietamente, debruçada sobre a grama quente das tardes de Los Angeles, onde jovens iam á praia todos os dias e tinham seus amigos. E quando ela menos percebeu, ela escutou o portão se mover de novo.
- Oi? – soou uma voz feminina na direção de Alice – ta tudo bem com você?
- Nathalie! – Alice, limpou as lágrimas e se colocou de pé. Em meio todo aquele Armageddon em sua vida, ela queria sentir a segurança de uma amiga. E quando notou, Vick estava do outro lado dela – Estou me sentindo um lixo, Nath. – ela sussurrou.
- É apenas uma fase. Vai passar, eu garanto. – Nathalie estava estranha.
- Você sabe se a Carlie está? Ela prometeu ajudar a gente para o estadual amanhã. – Vick foi direta. E aquilo causou um choque em Alice.
- Carlie? – a voz de Alice foi apenas um silvo – Carlie?
- Sabemos que você não gosta muito delas mas... ela é uma ótima garota. – Nath, interveio.
- Sim, super na moda, e ainda está com um cara da faculdade... é totalmente quente! – Vick surtou alegre, atrás de Nath.
- Eu... perdi minha popularidade... é por isso que me deixaram?
- Ahn... – a voz de Nath sumiu – Não. Bem. Não deixemos você. Só as coisas mudaram, Alice.
- E você e Jasper... e Carlie... e os caras e bem... tudo mudou mesmo. Não tem comparação ao que era. – Vick, engoliu seco.
- Achei... que éramos amigas... de verdade. – Alice segurou as lágrimas.
- É complicado, Alice. – sussurraram as duas em uníssono.
- CARLIE NÃO ESTÁ. E QUE TUDO VÁ PARA O MALDITO INFERNO! – Alice berrou, e estapeou a cara das duas garotas que estavam em sua frente.
Ela não resistiu e correu de volta para sua casa. Ela não queria mais viver naquilo. Queria sua antiga vida de volta. Tudo o que tinha perdido. De volta para ela. Seus pés a levaram para dentro da casa e subiu as escadas. Abriu a porta de seu quarto, e fitou o garoto deitado em uma das camas, com um livro acima de seu peito, e sua concentração voltada á ele, que fora a perdendo aos poucos ao escutar os soluços de Alice.
- Alie? – ele a olhou, sentando e fitando seus olhos mareados. E levantando-se em um salto, ele a segurou em seus braços. – O que está havendo?
- TUDO! – ela reclamou, entre soluços – Eu odeio Renesmee Carlie Swan!
- Sim. Você a odeia. – concordou ele.
- E eu quero que ela nunca tenha existido! – ela gritou de novo.
- Ei... tudo bem. As coisas saíram um pouco do controle depois que ela se estabilizou aqui, mas... – ele foi cortado por ela.
- Mas nada, Jazz. Eu a odeio. E nada vai mudar isso. Ela vai ganhar a competição de natação no estadual amanhã e as coisas enfim, vão ficar perfeitas pra ela, e eu vou direto pro esquecimento. E você vai comigo. – disse ela, se apertando em seu peito.
- Tem uma coisa que ela não faz melhor que você. E você ainda está inscrita. – ele disse com sua voz de bad boy.
- Não faço a mínima idéia do que está falando Jazz. – ela disse com sua voz embaçada;
- Sente aqui. – ele sorriu – eu já volto.
Ela sentou-se em sua cama, e suas lágrimas foram se cessando quase que automaticamente... Havia uma coisa em Jasper, que a deixava incrivelmente fascinada. Ele havia mudado, por ela. Quem achou que a odiaria, e sempre odiou, na verdade, a amava. De uma forma tão estranha e incorreta, eles ficaram juntos. E ele confiou a ela, seus segredos. Sua infância nas mãos de um Carlisle que agora, estava escondido muito á dentro do cara que ele era agora.
- Aqui... – ele segurava um bloco.
- Os blocos... – ela sorriu, e seu rosto se retorceu numa careta sonhadora.
- Sim. Os blocos. – ele colocou-se em cima da cama de Alice, e começou a ler um de suas ultimas anotações no bloco.
ALICE BRANDON – QUARTA FEIRA.
E como uma dor estranha, rasgando meu peito, eu me apaixonei por ele. De todo meu corpo e coração eu me apaixonei por ele. Eu me tornei dele. E nunca mais tornei a ser. Mesmo o desejando de uma forma pura, grande e sedutora, sua presença é o que me basta. Estando presente. Minha vida tem vida. Tem cor. Tem alegria e felicidade. Mesmo quando o resto do meu ser, esteja sendo sobrepujado em outros termos... Eu me sinto dele, e as coisas continuam bem. É por isso que eu o amo tanto. Mesmo sabendo que não é correto. Eu continuo o amando da forma mais regular e maluca que já senti em toda minha vida. Ele faz parte de mim. Ele sempre fará. Mesmo que o vento pare de soprar ou a chuva pare de cair, o sol de aquecer e a lua de brilhar nas noites. Apenas eu quero pertencer á ele todos meus dias. Apenas isso. Nada de complicado e difícil entre nós. Apenas carinho, companheirismo, amizade e acima de tudo amor e um ao outro. O que nos deixa completos. Para sempre.
E Jasper parou de ler o bloco de Alice.
- Esse é um dom que Carlie não tem. Você vai participar do congresso, não vai?
- Sim. – ela disse decidida. – Eu vou.
- Essa é a Alice que eu conheço. Não desiste tão facilmente. – ele sorriu.
- Eu te amo, Jazz; - ela disse, fitando os olhos firmes e sorridentes de Jasper.
- Eu também amo você, tampinha.
- Eu não sei mais o que fazer para ter meus amigos de volta, Jasper. – ela disse num sussurro.
- Eles não são seus amigos. – ele disse firme, e a pressionou em seu peito.
- Mas Jazz... eu cresci com eles. Deveria ser verdadeiro! – ela exclamou não entendendo.
- É simples, Alie. Eles gostavam do que sua popularidade dava á eles. E não o que sua amizade fornecia á todos. – ele disse, na tentativa de calma.
- Isso me machuca; - ela disse numa voz torturada.
- Eu estou sentindo isso também. – ele pois seu rosto em seu cabelo, e respirou fundo.
- Talvez, se eu vencer o campeonato estadual e me sair bem no congresso, as coisas voltem ao normal. – ela pensou alto.
- Talvez. – ele concordou numa voz cansada e a beijou nos lábios de forma terna e reconfortante.
E o beijo se tornou mais físico. Prazeroso e sufocante. Foi se tornando mais complexo e corporal. Tomando o corpo e mente dos jovens. As mãos de Alice, escorregando para de baixo da camisa pólo de Jazz, e as de Jasper para a regata azul, de Alice. Os olhos fechados e apertados em um único ritmo, e seus lábios se movendo convulsivamente. Algo que eles não esperavam estava acontecendo naquele momento. Eles estavam se tornando um do outro – mais uma vez.
Jasper puxou a saia de Alice, para baixo de sua cintura, e seus lábios não se desvencilharam, Alice gemeu positivamente em resposta. Alice abriu o jeans que estava em Jasper e em poucos minutos ele estava longe de seu corpo. Os lábios do garoto passaram para o pescoço de Alice, que gemeu em aprovação.
- Quer mesmo fazer isso? – Jasper ofegou, entre beijos, no pescoço da jovem garota.
- Cala boca, e continua. – ela mandou, de um jeito totalmente autoritário.
- Como quiser, minha senhorita. – ele riu, e mordiscou o pescoço da garota.
- Você é bom nisso...
- Eu sei... – ele respondeu presunçoso, enquanto abria o fecho do sutiã de Alie.
Alice não recuou – nem Jasper. Ele se sentia atraído por ela, tanto quanto ela por ele. Eles estavam juntos. E agora, novamente.
- Renda? – ele olhou para a roupa intima de Alice, que corou consideravelmente.
- Algo contra? – ela riu nervosa, e aranhou o peito de Jasper, no mesmo momento que ele retirava seu ultimo traje.
Alice copiou o gesto de Jasper e o despiu de sua mesma forma.
E Alice estava sobre o corpo de Jasper em sua cama, quando o corpo de Jasper á transpôs e ela estava abaixo dele num instante.
- Eu estava escutando uns gemidos aqui e resolvi... – a voz de Esme foi cortada quando ela abriu a porta e avistou os jovens nus, um sobre o outro. – OH MEU DEUS!
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Olhem... merece um ÓTIMO review pelo enooooooorme capt. u_ú