Hexe escrita por Anne


Capítulo 16
15. Ressaca/Parte 1/Christine


Notas iniciais do capítulo

Sinto muito pela demora de sete dias! (eu não tenho uma desculpa pela demora dessa vez... eu só estava com preguiça de digitar mesmo : / ) Mas eu espero posam me perdoar (;-;) e que curtam o capítulo :)
Boa leitura!



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Acordei. Acordei com uma enorme dor de cabeça. Não, não era só dor de cabeça. Enjoo, acordei muito enjoada. Fraca, acordei com fraqueza, não consegui levantar da cama. Vomitei no chão de madeira. Respirei fundo tentando me acalmar e lágrimas começaram a jorrar de meus olhos. Muita dor de cabeça. O que estava acontecendo comigo?
O cheiro do que eu havia expelido impregnou o local, me deixando mais enjoada ainda. Eu precisava limpar aquilo. Tentei, novamente, levantar da cama e mesmo que minhas pernas estivessem tremendo eu tive êxito na tarefa. Precisava de um esfregão e de um balde. Vi as roupas que usava no dia anterior jogadas em uma cadeira e só naquele instante eu decidi me olhar para descobrir o que eu estava vestindo, ou se eu estava vestida. Eu estava usando uma enorme camiseta preta que parecia ser de uma banda de rock, que eu não sabia identificar qual era, e as mesmas roupas intimas do dia anterior. Não aguentei ficar de pé por muito tempo e acabei caindo no chão, em cima do vômito, o que me fez chorar histericamente. A camiseta que eu usava estava completamente encharcada pelo vômito (a camiseta e o resto de mim). A porta do quarto se abriu. Alguém entrou. Esse alguém parecia estar preocupado, mais ainda quando viu que eu estava em cima de uma poça de vômito, e correu em minha direção para me tirar dali. Ele me segurou em seus braços e me colocou novamente na cama sem se importar com o vômito que acabou indo parar em sua roupa. Ele segurou a camiseta que eu vestia e a tirou do meu corpo me deixando apenas com a roupa intima. Eu pensei em protestar, mas seu semblante era de preocupação e senti que ele estava apenas tentando me ajudar sem nenhuma outra intenção em suas ações. Suas vestimentas eram negras exceto pela camiseta branca por baixo da jaqueta, olhos verdes e cabelos loiros bagunçados. Ele era tão branco que parecia não tomar sol e ele não devia ter mais de vinte anos, mas perecia ser muito mais maduro que eu. Confiei nele instantaneamente.
Ele abriu a porta do banheiro, o quarto era uma suíte, e jogou a camiseta que eu estava usado minutos atrás dentro de um cesto (presumi que fosse o cesto de roupa suja) e voltou ao quarto. Ele sentou na cama e pela primeira vez eu ouvi o som da sua voz:
— Você precisa de um banho.
— Mas... — Comecei a dizer — Eu estou fraca demais pra ficar em pé sozinha e... eu não quero cair de novo! — Disse, as lágrimas ainda escorriam de meu olhos.
— Eu irei te ajudar com isso — Ele disse se aproximando novamente de mim.
Não tive tempo para pensar no que ele havia dito já que o moço me colocou em seus braços e me levou em direção ao banheiro. O banheiro era pequeno o bastante para não se ter uma banheira, o que seria uma boa opção já que eu não estava conseguindo ficar em pé, mas uma ducha não seria tão ruim assim. Eu estava nervosa já que eu não conhecia aquele homem, mas seu rosto não me era estranho.
Ele ligou o chuveiro e uma água morna caiu em meus cabelos e em seguida minhas costas. Foi uma sensação reconfortante. Era a primeira vez que eu tomava banho usando roupa intima e francamente eu estava nervosa pensando no que eu iria usar após o banho já que não tinha roupas, limpas, que fossem minhas naquele ambiente. Ele me segurava forte, mas não o bastante para sentir dor só para que eu não escorregasse. Ele acabou ficando molhado também, mas ele estava usando uma jaqueta de couro e água não penetra em jaquetas de couro... bom pelo menos não em pouca quantidade (o que era o caso). Ele deixou a água escorrer pelo meu corpo até nenhum resquício do vômito fosse encontrado, ele desligou o chuveiro e me segurou em seus braços como se eu fosse um recém nascido: Delicadamente como se qualquer movimento brusco pudesse me quebrar e me levou até o quarto. Antes de me deitar novamente na cama ele me depositou na cadeira, a mesma cadeira que estavam as roupas que eu usava no dia anterior (elas também cheiravam a vômito) elas estavam "estendidas" no encosto da cadeira, e eu fiquei ali até que ele trocasse as roupas de cama.
Enquanto ele fazia tal tarefa eu fiquei o observando e cada vez que eu o olhava eu me sentia mais curiosa sobre ele. Curiosa pelo fato de sentir que o conhecia, mas não lembrar com certeza da situação . As lembranças da noite passada invadiam meu cérebro, mas se dissipavam rapidamente graças a enorme dor de cabeça. Ela estava pesando e tentar me lembrar com aquela dor me invadindo não seria o melhor a se fazer. Eu esperaria um pouco primeiro. Ao invés de forçar a minha mente eu iria apenas perguntar a ele. Seria o melhor a se fazer.
Ele trocou as roupas de cama e me colocou novamente nela.
— Eu preciso perguntar algumas coisas... — Disse com a voz fraca, minha garganta estava doendo.
— Primeiro — Ele disse interrompendo a minha linha de raciocínio — Vista isso.
Ele jogou uma camiseta preta de alguma banda de rock na cama, mas que dessa vez eu pude ler o nome da tal banda graças a minha visão que já estava bem mais acostumada com a iluminação do ambiente. Com a imagem de armas e rosas eu li "Guns N' Roses" na camiseta. Não conhecia muito sobre rock, mas gostei da camiseta de qualquer forma.
Eu estava preste a colocar a camiseta quando eu senti um pequeno calafrio e ai eu lembrei que tanto a minha calcinha quanto o sutiã que vestia estavam encharcados pelo banho improvisado de minutos atrás. Eu acabaria molhando a camiseta que estava seca usando uma lingerie molhada, além do mais eu podia pegar um resfriado usando roupas molhadas e mais um sintoma no meio dos vários que eu já estava sentindo não seria nada bom. Ele jogou uma samba canção, do Bob esponja, em cima da cama ao lado da camiseta de rock.

Como se lesse os meus pensamentos ele proferiu:

— Pode jogar a roupa molhada na máquina de lavar junto com a calça jeans e a camiseta que estão naquela cadeira — Ele apontou para o lugar onde eu estava sentada a minutos atrás: a única cadeira daquele quarto que ficava na frente do computador — E pode usar isso — Ele apontou para as roupas que ele havia jogado na cama — Até que as suas roupas estejam lavadas e secas. Eu vou trazer umas aspirinas pra você, certo? Você bebeu tanto ontem a noite que com certeza está de ressaca. — Ele abriu a porta do quarto e a fechou quando saiu.
Bebi? Eu não sou de bebidas alcoólicas... o que aconteceu ontem a noite?...
Memórias,
Peter... você não veio atrás de mim... eu bebi por sua causa... bebi pra esquecer a dor que você me concedeu... bebi pra esquecer a traição e o sentimento de mediocridade que você em seu ato estupido me fez sentir.

Eu te odeio por isso.


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Notas finais do capítulo

Sigam o exemplo da TheDuff, Cupcake Assassino, MiihChan & Samara : Comentem!
Amo, amo, AMOOOOOO VOCÊSSSSS!!!



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