Malfred escrita por Mariahs


Capítulo 29
Sentimento amostra


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora
Tinha perdido minha conta



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Alguns segundos de silêncio hábito o recinto, mas para os imperiais foram uma eternidade. O silêncio já estava ensurdecedor.

–Você não vai falar nada Marta?- Perguntou o comendador já impaciente.

Marta se afasta um pouco dele e coloca a tigela de Lord sobre a mesa, e ainda de costa fala como um sussurro.

–O que você quer que eu diga Zé?- Ela se vira para ele se apoiando nas contas de uma caideira com a mão.

–Eu não entendo Marta. - Disse ele dando alguns passos para mais perto dela.

–O que você não entende?- Passou uma mão sobre as maçã do rosto.

–Eu pensei que você iria adorar essa notícia, afinal você sempre me alertou sobre...Ísis.- Ele se vira em direção a mesa para evitar olha-lá. -Pensei que iria me tripudiar com essa notícia.

Ela caminha para mais perto do homem de preto e coloca sua mão sobre o ombro dele. Esse gesto faz com que o homem se vire deixando eles a centímetros de distância um do outro.

–Sabe Zé, se isso tudo tivesse se revelado há 2 semanas atrás eu sem dúvidas seria a mulher mais feliz do mundo com as sua infelicidade, e a sua tristeza.- Ela se afasta um pouco dele e volta a olha-lo, mostrando para ele seu lindo sorriso. - Sabe o motivo de eu não estar feliz com essa notícia Zé? E porque eu mudei muito, e não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado, simplesmente mudei. Mudei porque passei por tantas e tão diversas experiências, que consegui aprender com meus erros.. Mudei porque me decepcionei com pessoas, mas isso só me fez mais forte. Zé hoje eu sai daquele hospital totalmente destruída, você me matou Zé, e sabe disso.

–Marta eu queria...-Tentou ele antes de ser interrompido por ela.

–Não Zé, me deixe terminar por favor. -Pediu ela com delicadeza para ele que assentiu. -Eu sei Zé que nessa história toda eu nunca fui uma santa, NUNCA! Mas quantas vezes eu tenho que tentar lhe dizer que estou arrependida pelas coisas que fiz? Eu me arrependo muito Zé. Se você soubesse quantos ''sis'' estão vagando em minha mete. Si eu tivesse tido mais paciência? Si eu tivesse me esforçado mais? Si a ganância não existisse entre nós? Si, si, si... São muitos ''sis'' Zé, muitos. Mas infelizmente eu nunca vou saber, porque o tempo não volta.

Esta tudo aqui Zé.- Ela aponta para o peito com o a palma da mão.- Aqui está os anos que passamos juntos, as alegrias que raramente compartilhamos, aqui esta as lágrimas que derramamos, Aqui esta o medo, Aqui esta o pavor. Isto é o que há na minha cabeça e em meu Coração. Estes anos que passamos juntos isto é o que eles representam. E isso é o que eu sinto! Você sabe como me sinto Zé? Porque eu acho que você não sabe.

–E você Marta sabe como eu me sinto?- Falou ele firme se aproximando dela. Ele a encara com os olhos um pouco marejados. -Sabe? -Ele a segurou pelo braço e a outra mão ele passou pelo corpo dela por cima da roupa e parou encima da cicatriz que não estava visível, mas dava para sentir pelo curativo que ali estava.- Sabe?

–Como você se sente José Alfredo? Se sente frustrado por ter errado a mira?- Seus olhos se marejaram também, aquele encontro estava sendo difícil para ambos.

–Exatamente Marta, me arrependo de ter errado a mira! -Disse ele fazendo com que ela se debata tentando se soltar de sua mão. -Errado pois eu deveria ter mirado na minha cabeça, aposto que a dor seria menor do que a que eu sito nesse momento. Você pode não acreditar, MAS EU TAMBÉM ESTOU MORTO POR DENTRO. Marta eu me odeio por tudo que te fiz, sabe o quanto é difícil desprezar a você mesmo? Pois quando você odeia outra pessoa você pode evita-la, mas eu não posso figir de mim, não posso.

– Eu sei que algumas coisas são melhores quando não são ditas. Mas elas ainda me perturbam, me perturbam... Só diga-me... Por quê? Diga-me por quê eu e não ela?- Falou ela chorando. Essa era uma pergunta que o comendador não sabia a resposta, por mais que procurasse dentro de si não conseguia encontrar uma resposta.

O silêncio já estava incomodo, na verdade toda aquela situação era incômoda. Eles estavam tão próximos que suas respirações podiam ser ouvidsa, mas um miado rompeu o clima tenso que estava no ar. Marta ainda confusa se afasta do comendador e olhou para o chão e lá estava Lord os olhando.

–Lord.- Disse ela limpando algumas lágrimas e logo em seguida pegando o animal no colo. -Eu esqueci do seu leite, não é meu querido?!

Ela pegou a tigela que estava na mesa e se virou para Zé. O comedador ainda permanência parado a observando.

–Zé podemos terminar essa conversa outra hora? Sinceramente estou exausta.

–Claro, eu também prefiro terminar essa conversa outra hora. Boa noite Marta. -Disse ele para ela que assentiu com a cabeça antes seguir em direção ao quarto.

***

Amanhece na mansão dos Medeiros.

Marta acorda ainda um pouco cansada pois foi um pouco difícil pegar depois da conversa com o comendador. Ela levanta toma um banho e faz sua higiene pessoal, depois de um tempo nota que Lord não estava no quarto.

–Mãe? Posso entrar?- Perguntou Lucas abrindo a porta do quarto da mãe acompanhado de Du e os lekinhos.

–Ai meu Deus, ai estão eles. -Disse ela enchendo os netos de beijos.

–Mãe a senhora ta sujando eles de baton.

–Deixa ela leki, a sogrona estava com saudades deles.

–Estava mesmo cabelo de fogo! E de você também minha nora querida. -As duas se abraçaram com um grande sorriso no rosto.

–Ei já beijou seus netos e até a Du, mas eu eu?- Disse Lucas com manha.

–Ohh meu Deus, que menino carente esse meu.- Se aproximou do filho e encheu ele de beijos.

–Ta mãe, para... para... já chega. -Disse ele tentando se esquivar dos beijos.

Aquele mento é interrompido por um grito do comendador que parecia bem zangado.

''SEU LADRÃOZINHO DE UMA FIGA, VOLTE AQUI SUA PESTE DA MOLÉSTIA.''

–Mas o que é isso?- Disse Marta saindo para o corredor.

Do corredor a Imperatriz viu a porta do quarto do comendador ser aberta e Lord saiu correndo com a gravata do mesmo na boca, logo atrás estava o comendador aos berros tentando alcançar o bichano. Marta vendo essa cena não pode impedir uma grande gargalhada de vim átona, com isso o comendador parou em frente a ela.

–Shit Maria Marta ta rindo do que? Você devia cuidar melhor do seu gato.- Esbravejou o comendador.

–Ah Zé hashashas essa cena é ridícula. -Disse ela rindo fazendo com que Du e Lucas rissem também. O comendador olhou para o gato que estava parado com a gravata na boca ao lado de Marte e depois olhou para a mesma que chorava de tanto ri, então se rendeu e também caiu na gargalhada.

Vendo de fora aquela cena até pareceram um casal normal. Naquele estante todos os problemas desapareceram, todos os rótulos, todas as mágoas. O que apenas se via era uma família. Mas por quanto tempo poderia durar? Depois desse momento as coisas continuarão a mesma. Mas e se as coisas mudarem? Teria como as coisas continuarem assim pra sempre?

Só tem um jeito de descobrir: continuem lendo e comentando


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Notas finais do capítulo

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