Da amizade ao amor escrita por Ana Magiero


Capítulo 25
Capítulo 25




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Eduarda:

Aguentar mais um dia nesse hospital estava sendo o pior desafio da minha vida, então quando o Doutor Marcos veio me dar à notícia que eu já estava com alta, só faltei subir em cima da cama e comemorar. Assim que terminei de trocar de roupa, alguém bateu na porta do quarto do hospital e Marta entrou toda sorridente.

" - Minha nora querida, que bom que você já está melhor!" - diz ela me abraçando e me emociono com o tanto que agora sou amada e querida na família Medeiros De Mendonça e Albuquerque.

" - Obrigada Marta, obrigada por tudo" - fiquei sabendo o quanto ela ficou preocupada comigo quando sumi e só me fez perceber que agora, Marta realmente me aceitou como nora da sua família.

" - Agora chega dessa história de chororó e vamos embora, tenho certeza que você deve estar louca para chegar em casa." - diz rindo e concordo com a cabeça.

Passamos no berçário para pegar meus filhos e saímos do hospital. Quando chego perto do carro da família Medeiros, olho espantada que até nas cadeirinhas Marta pensou. Quando coloco Martinha e Alfredinho nas cadeirinhas, vamos embora rumo ao apartamento da família.

Quando chegamos ao apartamento, Marta me ajudou a levar os bebês para o quarto do Lucas, pois com toda a correria que tivemos pelo meu sequestro e o parto, esqueci completamente de avisar o Lucas, sobre ter de montar os bercinhos dos nossos lekinhos, mas assim que chego ao quarto de Lucas, tenho uma surpresa enorme. Os berços já estavam montados, sinto uma enorme emoção, Marta percebe.

" - Enquanto você estava no hospital, Lucas montou os bercinhos dos seus filhos. Nunca imaginei que o meu filho poderia fazer isso um dia" - diz ela toda emocionada, já eu não sei o que dizer mais. Lucas nesses últimos tempos vem realmente se mostrando um príncipe encantado.

" - Ele mudou muito não é? Nem eu estou acreditando o quanto Lucas mudou de um tempo para cá!" - digo emocionada.

" - Mas não mudei tanto assim, mudei? Porque sério, se eu tiver mudado tanto assim, vou voltar a ser rebelde." - diz o Lucas me surpreendendo, ao aparecer no quarto todo sorridente, com um buquê de rosas vermelhas na mão. Todos ali no quarto dão risada, pois sabemos que João Lucas está curtindo muito mais sua vida agora, do que aquela vida de irresponsável.

" - Bem, se você voltar ser aquele rebelde, juro que perco a cabeça de vez, João Lucas!" - diz Marta meio irritada, mas entrando na brincadeira. - "Vou saindo, deixar os pombinhos mais a vontade" - diz ela saindo do quarto.

" - Acho que você acabou de irritar um pouco sua mãe, Lucas” – digo indo até ele e dando um beijo no meu marido, pego as flores e cheiro, emocionada por ele estar fazendo um gesto de carinho tão grande. – “ E se você voltasse a se tornar aquele rebelde, lembre-se eu sempre estarei aqui para te salvar” – digo rindo.

“ – Você é muito convencida mesmo, não é?” – diz ele rindo.

“ – Eu? Convencida? Acho que estou tendo aulas particulares com alguém” – falo toda pomposa e depois nos beijamos.

Alguns meses depois.

Já estava ficando um pouco cansativo essa minha rotina. Como meus filhos ainda eram muito novinhos tinha que estar com eles o tempo todo, e a ideia de não estar conseguindo sair mais de casa, estava me estressando em um ponto, em que quase ninguém conseguia me salvar.

Lucas me ajudava sempre que chegava da Império, trocava as fraldas, olhava eles enquanto tomava banho.

Era nessas horas em que percebia que tinha acertado na escolha do pai dos meus filhos.

A Vanessa com o tempo conseguiu o tão sonhado trabalho na Império e Lucas poderia não me dizer nada, mas sabia que ele estava gostando cada vez menos dessa história da Vanessa estar trabalhando na Império.

Quando acordo, percebo que nenhum dos meus filhos chorou, levanto da cama e percebo que o João Lucas não está mais lá, quando vejo que horas são, a única coisa que penso é que ele provavelmente está na praia, correndo.

Vou até os meus filhos e eles já estão trocados e dormindo que nem anjinhos, então sei que o João Lucas cuidou deles antes de sair, dou um sorriso discreto, vou até meus filhos e dou-lhes um beijinho.

“ – A mamãe escolheu bem o pai de vocês não é, meus anjinhos?” – digo rindo indo para o banheiro. Assim que fico pronta, desço as escadas e encontro a babá Zezé lá embaixo tomando café da manhã, vou até ele e a cumprimento. – “Bom dia Zezé, você viu o João Lucas?” – pergunto.

“- Bom dia senhora Du, o senhor João Lucas, saiu para correr na praia.” – diz ela.

“ – Ah, Zezé, será que você poderia ficar uns minutinhos com os gêmeos? É que eu to morrendo de vontade de tomar água de coco, sabe? Vou descer rapidinho e comprar, já já volto.” – pergunto

“ – Pode ir tranquila senhora Du, qualquer coisa que acontecer com os gêmeos, eu ligo. A senhora está precisando mesmo de um ar fresco.” – diz. Dou uma risada, me despeço dela, pego minha bolsa e saio do apartamento.

A sensação que tenho ao estar fora do apartamento é indescritível, posso finalmente respirar e não ter que pensar muito nos gêmeos. Apesar de morarmos no Copacabana, vou muito pouco à praia, mas hoje exclusivamente me deu uma vontade imensa de beber água de coco.

Assim que estou andando pelo calçadão fico pensando em tudo o que me aconteceu nesses tempos. A gravidez, o acidente, o casamento, o sequestro, o nascimento dos meus filhos e desde então eu não tinha saído de casa, o vento estava soprando no meu rosto, fazendo meu cabelo cair sobre meus olhos, quando tiro encontro um quiosque onde posso comprar água de coco, vou toda animada, mas assim que chego percebo duas pessoas sentada, que reconheço logo de cara. Uma é o João Lucas, à outra achei que nunca mais iria reencontrar na vida, Vanessa.

Assim que me aproximo da mesa deles, Vanessa logo percebe e começa a dar encima do João Lucas na minha frente, mas tento controlar o meu ciúmes e coloco um belo sorriso no rosto.

Vou até João Lucas, que estava de costas para mim e assim que chego perto me inclino para dar um beijo no seu rosto. Os olhos de Lucas brilham quando ele percebe que sou eu e está todo sorridente.

“ – Bom dia seu fujão!” – digo rindo, dando um selinho nele, me viro para Vanessa, com o sorriso mais sincero no rosto e digo. – “Bom dia Vanessa, quanto tempo!”.

O olhar que Vanessa me olha, parece que dá para matar uma dúzia de pessoas, só pelo olhar, então internamente, acho graça.

“ – Olha só quanto tempo. Olá Eduarda” – diz, mas sei que por trás desse vingimento todo, ela está morrendo de raiva.

“ – Du, o que você está fazendo aqui?” – pergunta Lucas, então me viro de novo para ele. Lucas está nos olhando atentamente e tenho certeza que ele já percebeu o clima estranho que rola entre nós duas.

“ – Eu estava com muita vontade de tomar água de coco, aí pedi pra Zezé cuidar dos lekinhos enquanto vinha comprar.” – digo me sentando-se à mesa deles.

“ – Lekinhos? Nossa é assim que você chama seus filhos Eduarda?” – pergunta Vanessa destilando veneno. Olho atentamente para Vanessa, tentando controlar a minha vontade de lhe dar uns tapas.

“ – Sim Vanessa, é assim mesmo que chamo meus filhos.” – respondo. – “Lucas, você poderia buscar para mim a água de coco, por favor?” – digo toda carinhosa.

“ – Claro amor, espera aí que eu já volto.”

Assim que o João Lucas saiu, Vanessa volta a destilar o seu veneno.

“ – Nossa nunca imaginei que o Lucas desceria tão baixo. De todas as garotas do ensino médio, ele ficou logo com você. Tenho certeza que você fisgou ele só por causa da gravidez.” – diz.

E é aí que eu perco a paciência total, mas eu não vou me rebaixar ao ponto de fazer uma cena daquelas, minha sogra me ensinou que eu posso ser muito mais que isso e eu tenho orgulho próprio. Não deixarei mais essa mulher pisar em mim.

“ – Se foi só pela gravidez ou não Vanessa, isso não é da sua conta. Você pode se achar a esperta e tentar roubar o João Lucas de mim, como você fez no ensino médio, mas deixa eu te avisar uma coisa: agora, eu sou uma pessoa totalmente diferente e sei o quanto o João Lucas me ama e o quanto eu o amo. Pode fazer todo o seu joguinho de cobra para tentar nos separar, pode mesmo, mas para quem o João Lucas volta todas as noites, é para a família dele. Família ouviu isso? João Lucas tem uma família que o ama muito e será preciso muito mais coisas do que uma mulher que não passa de uma víbora, tirar isso dele.” – termino dizendo dando um sorriso para ela.

Percebo que o João Lucas está voltando com minha água de coco, fico de pé, quando ele me entrega e Lucas me olha esquisito.

“ – Obrigada amor, não precisei andar tanto quanto imaginava. Vou voltar agora pros lekinhos viu, te vejo em casa. Tchau Vanessa, foi muito bom revê-la” – digo e percebo o quanto ela deve estar me odiando agora.

“ – Espera Du, vou com você.” – diz o João Lucas.

“ – Não precisa amor, sei que vocês tem muita coisa para conversar ainda sobre o trabalho, pode continuar.” – digo dando mais um selinho nele e rindo. – “Tchau.”

Vou para o apartamento me sentindo tão vitoriosa pelo o que acabei de dizer para Vanessa, todos os anos que passei no ensino médio, sendo humilhada por ela, só fez me tornar o que sou hoje e agora, casada, com filhos e tendo uma família maravilhosa, sei que não preciso ter medo dela.


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Notas finais do capítulo

Pessoas eu só tenho a agradecer à vocês por estarem lendo essa fic e todo o carinho que tenho recebido. Os elogios, as críticas tudo! Estou amando cada vez mais essa história.
E aí o que vocês estão achando, estão gostando?
Só posso dizer que esse próximo capítulo, terá cenas hots, estou sentindo falta de umas cenas assim, e dessa vez terá!!
Ah minha querida Vanessa, não vai ser hoje que tu irá estragar o amor de LucaDu. Bem, nem hoje e nem sempre!!
Beijos galera!!



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