A mais Olimpiana escrita por telljesusthebitchisback


Capítulo 1
A Minha Grande Profecia


Notas iniciais do capítulo

eu quero reviews, por favor
sério



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- Você conseguiu me vencer hoje, mas não vai ser assim sempre - Luke disse, arfando, após receber um choque de Alexis, enquanto eu enfiava a enorme vara elétrica no cabelo, fazendo-a voltar a sua versão ‘‘pocket’’

-Você diz isso desde que nos conhecemos, Luke - eu ri, colocando a mão em seu ombro - É da minha natureza ganhar de você. Fique tranqüilo, um dia eu deixo você ganhar - eu ri novamente, ele fechou sua cara teatralmente.

- Há-há, tão engraçado. Assim você estraga a minha reputação de melhor espadachim desse acampamento - ele riu, colocando o braço sobre meu ombro, como se fosse o rei do mundo.

- Eu não uso uma espada, Alexis é uma vara mágica, então, tecnicamente, eu não conto - eu bati em seu ombro com o meu de leve, confortando-o.

- É... - Ele pareceu considerar isso- então, eu ainda sou o melhor, sempre soube. Você e nem ninguém é páreo para mim. - Começamos a rir, mas eu parei, porque senti uma coisa estranha, e uma voz familiar e poderosa disse em minha mente: Delfos. - Aghata, está tudo bem?- Luke me tirou do transe, preocupado.

-Luke, eu... - Tentei responder, ainda meio confusa - Eu tenho que ir ao oráculo.

-Seu pai? - Ele perguntou cauteloso, já sabendo do que se tratava, ele era meu melhor amigo, sabia sempre que essas coisas aconteciam comigo.

- Sim, eu acho que eu terei uma surpresa. - Eu murmurei meio zonza, balançando a cabeça e me arrastei até a grande casa branca. Ouvi Luke me desejar boa sorte. Achei bem grosseiro de minha parte sair sem me despedir dele, mas eu estava bem ansiosa e confusa.

Os campistas me davam ‘oi’ ou ‘e ai?’ enquanto eu andava em direção à Casa Grande, eu respondia no automático, mas estava muito atormentada pra parar para conversar com os filhos de Afrodite que insistiam em me chamar para sair.

Quando cheguei a casa, Dionísio - eu não tinha medo de nomes-, meu meio irmão, tentou me parar.

- Onde você pensa que vai, maninha? - Ele insistia em me chamar de maninha, para ele era melhor que ousar errar o meu nome de propósito.

-Não penso que vou, eu vou, Dionísio. Papai me mandou vir aqui, fazer uma agradável visita para a adorável múmia no sótão. - Ele pareceu surpreso, não com a minha ousadia, mas com o fato de Zeus ter me mandado falar com o oráculo.

- Ah, então você pode ir, quem sabe dessa vez você fica apavorada e se tranque no quarto por dias. Menos uma coisa pra me lembrar que tenho mais um século nesse Hades graças ao papai. - E então ele voltou sua atenção à revista de vinho que ele estava lendo.

Decidi ignorar o comentário irônico de Dionísio, eu não ia me apavorar, eu faria aquilo que o oráculo me dissesse, como nas outras vezes, o que eu não sabia era que dessa vez seria diferente.

Entrei no sótão escuro, com um pouco de medo, já sabia o que me esperava, e não era a minha coisa favorita no mundo, exatamente. Lá havia várias coisas recuperadas ou conquistadas por campistas, era como uma dispensa de heróis.

Lá no canto, eu a vi: A múmia, de o que um dia fora uma garota, guardava o espírito de Delfos. Assim que eu, hesitante, cheguei perto da múmia, falei: ‘Manda ai’ e logo me arrependi da informalidade, pois uma fumaça verde veio em minha direção, rapidamente, mas quando parecia que estava prestes a me atacar, ela hesitou e começou a rodear a múmia, e então a boca se abriu e uma voz ecoou em minha mente:

‘‘A maldição que vê como dádiva poderá não ser sua,
Uma esperança poderosa chamará,
Sua salvação deverá proteger e livrar da rua,
E no final, seu presente escolherá. ’’


Nem quis esperar o espírito de Delfos voltar a seu lugar, e sai correndo do sótão.

Quando passei correndo na frente de Dionísio, pude ouvir seu riso vitorioso, provavelmente estava pensando que sua prece havia se realizado. Resolvi ignorar novamente, e corri para o alto da colina, até o pinheiro que um dia fora uma garota, Thalia, também Filha de Zeus, que foi transformada em árvore pelo meu pai há muitos anos, na tentativa de salvar sua alma, quando ela morreu tentando salvar seus amigos. Lá, o ar batia mais forte, e estava mais perto do céu, onde meu pai morava, onde eu tinha mais poder e onde eu conseguia pensar melhor.

Logo que cheguei comecei a falar sozinha, desabafar como se o pinheiro fosse me responder, o que não era muito difícil de imaginar sendo um espírito de uma garota, quando o vento me trouxe uma voz aveludada e quente que eu adorava ouvir: minha prometida, não se aflija, eu te ajudarei, estou ao seu lado. Era a voz do meu olimpiano preferido, depois de meu pai: o deus do sol, meu primeiro amor.

Estava pensando que faria uma oferenda a Zéfiro, o vento oeste no jantar por me trazer essa mensagem, enquanto segurava firmemente o pequeno e brilhante sol que pendia em meu pescoço, quando ouvi a voz de Luke dizendo para uma garota de mais ou menos 12 anos, loira dos olhos cinza como tempestade:

-Ali está ela, vamos lá. - Ele disse, apontando para mim, embaixo da colina. Eles subiram correndo, Luke sentou ao meu lado, e Annabeth sentou ao seu lado. Ele me olhava com empatia, segurou meu braço e ficou afagando-o com o polegar, me confortando. Eu me sentia grata, pois Luke sempre fora um grande amigo. Annabeth olhou para meu braço e logo fez uma careta, eu sabia que ela gostava de Luke, ela sempre corava perto dele, mas ele a via como uma irmã, por ser mais nova que nós alguns anos, e porque -infelizmente eu sabia-, ele tinha uma quedinha por mim. Eu até tinha por ele, afinal, ele sempre me compreendia e era lindo, mas meu coração fora prometido por mim a alguém que eu realmente amo.

-E então? O que ele disse? - Annabeth se virou para mim, eu não acredito que Luke fora quem contara para ela. Ela deve ter descoberto sozinha, afinal, ela era uma criança de Atena, a deusa da sabedoria sempre sabe das coisas, é claro. Eu acho que ela percebeu minha surpresa, pois explicou -Eu vi você entrando na Casa Grande, e agora saiu correndo de lá, só pode ter visto o oráculo.

Eu tinha compreendido perfeitamente o que o oráculo me disse - eu podia não ser uma filha de Atena, mas era bem mais inteligente que as pessoas da minha idade- e pelo o que eu pensava, era uma coisa boa, e não se realizaria tão rápido quanto as outras, o que era ruim. Pensei que podia compartilhar isso com ele, pois isso eu sei que não demoraria muito, não mais de 2 anos, antes de eu completar 16 anos - Um meio sangue poderoso virá, um filho dos Três Grandes.

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