O Brasil era apenas uma grande confusão no século XX, porém mesmo assim todos os olhares se voltavam para ele, tinha bastante influência e isso agradava a todos da época. No início, havia apenas um pequeno grupo de amigos, todos eles ex-alunos de Hogwarts que anualmente faziam excursões para o país em busca de algo que lhes satisfizessem, mas nada conseguiam encontrar. Todos aconselhavam a trupe para interromper as buscas por algo que nunca encontrariam em um país tão “pobre culturalmente”, a ambição e o pressentimento dos jovens não se deixavam levar por meras e bobas palavras que eram expelidas de bocas contrárias. O grupo ficara conhecido como Quarteto Tropical, pelo fato de serem quatros e estarem fazendo viagens para um país tropical.

A chuva caía no fim do Inverno de mil novecentos e quinze, o Reino Unido trouxa estava um caos devido a Primeira Guerra Mundial Trouxa e o Quarteto Tropical resolveu aproveitar a oportunidade para realizar uma nova expedição para o Brasil, dessa vez eles tinham como destino, o Rio de Janeiro. Maurice, Tivvor, Pristis e Clarisse eram os nomes dos quatros bruxos; o mais velho de vinte anos, Maurice, tinha os cabelos loiros na altura da nuca, olhos azulados, nariz aquilino, um sorriso cativante, era o tipo de pessoa cortês, esplendorosa e sábia. Já Tivvor, o mais novo de 17 anos, era alegre e artístico, porém tinha seus acessos de fúria e grande impaciência, apesar de ser diferente de Maurice, era belo com seus olhos acobreados, cabelos ruivos e um sorriso peculiar. As mulheres eram Pristis e Clarisse, a esnobe e a excluída, respectivamente; Clarisse era bela com os olhos negros, cabelos castanhos acobreados longos e prezando a velocidade, a discrição e individualidade era um belo exemplo de que é possível fazer as coisas sem ajuda de outro alguém, Pristis já era mais controlada e elitista, tinha os cabelos castanhos escuros quase pretos, olhos azulados que exalavam sua frieza, prezando sempre os bons modos, respeito e o sangue puro.

— Maurice, diga-me para onde nós estamos indo, eu, de forma grata, lhe exijo — disse Pristis impaciente enquanto caminhavam.

— Não seja insolente, Pristis — respondeu Tivvor com certa raiva.

— Depois me perguntam o porquê de não acompanhar as pessoas em expedições — comentou Clarisse como se não falasse com alguém em especial.

— Vocês tenham calma. A Mata Atlântica se estende por quase todo o Litoral, estamos quase chegando à árvore que havia relatado no último diário de expedição.

Maurice continuou a seguir o percurso, independente de chuva ou qualquer outro obstáculo. O resto estava quieto até o mais velho soltar um grito de estupefação.

— Aqui está ela! — ele gritou correndo para tocar a árvore.

Os outros da trupe seguiram Maurice e olharam para ele enquanto o loiro examinava cada ponto da árvore.

— Essa é a árvore. Eu a nomeei como A Primeira, todos os muros da nova escola serão erguidos ao redor dela.

— Tem certeza? — questionou Pristis.

— É claro que tenho, mas não temos tempo para isso. Varinhas ao trabalho, precisamos usar nossas habilidades em Construção Mágica para termos Vicrregia construída ainda esse ano.

— Posso distribuir as funções, meu caro Alaflos? — questionou Tivvor usando o sobrenome de Maurice.

— Claro, Gaudiumfuri — respondeu Maurice com certa ironia em relação a formalidade do amigo.

— Pristis Frigusclassis com a construção dos abrigos para repousarmos ao fim de cada dia. Clarisse Volotum com a construção do Castelo da Instituição. Maurice Alaflos com a construção das muralhas ao redor. E eu, Tivvor Gaudiumfuri com a organização e síntese dos terrenos de Vicrregia.

Foram longos e árduos meses construindo cada cômodo, desde o térreo até o final do Castelo, a Construção Mágica poderia ser mais rápida que a Trouxa, contudo não tinha a velocidade da luz, apesar de ser 200% mais eficiente. Ao fim, os quatros começaram a divulgar todo o projeto da escola desde o método de ensino até as organizações de Casa que foram nomeadas com os seus respectivos sobrenomes e para selecionar eles criaram uma bela lira que tocava de acordo com a casa que o tocador mais se adequava. Aos poucos, Vicrregia começou a crescer sendo referência ficando atrás apenas de Salém e Hogwarts, depois da queda de Salém se tornou a segunda melhor ficando atrás de Hogwarts que sofria constantes ameaças. Mas todo o sistema da escola mágica foi se adaptando aos poucos e quando os fundadores morreram deixaram seu legado para os bruxos brasileiros que seguiram tornando o Colégio de Vicrregia cada vez melhor. A melhor de forma de se dizer como Vicrregia está intacto é o simples fato de estar localizada em um país com pouco índice de trevistas e por ensinarem seus bruxos tanto a Defesa quanto o Ataque nas Artes das Trevas, além de ter como matérias opcionais, Manipulação Elementar, a qual nenhuma outra escola ensina, e Construção Mágica. Estar aberta a qualquer um é mais um detalhe que lhe diferencia de todas e parece que o sistema utilizado por Hogwarts também funciona em Vicrregia, a pena mágica assina o nome de todos os potenciais alunos da Instituição e no ano do centenário de Vicrregia ela andou bem ocupada com diversos nomes, principalmente com o nome dele, o filho mais velho daquele que salvara todos os bruxos ingleses, James Sirius Potter estava destinado àquele lugar.