Living in Hell - Fanfic Interativa escrita por Saulo Poliseli


Capítulo 35
Capítulo 35 - Caminhos Encruzilhados IV




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A primavera estava mais próxima a cada dia que se passava, as primeiras flores já estavam nascendo, a maior parte da neve já havia derretido e por isso os bosques e florestas estavam trocando suas cores de branco para verde. Os pássaros e insetos voltaram a aparecer com frequência. E naturalmente, a temperatura aumentava gradativamente, fazendo com que os sobreviventes se desfizessem de seus agasalhos e roupas mais quentes, trocando para roupas casuais.

Mark estava na rua eliminando vários infectados que tinham por ali, fazer isso o deixava mais calmo pois o mesmo descarregava nas criaturas toda a raiva que carregava em seu peito. Stefan e Ariel se aproximaram desde aquela noite em que o ex-empreendedor bateu no ex-militar, ambos estavam sentados no jardim de uma casa. Essa casa é outra da qual o grupo estava quando Stefan e Mark brigaram. Lizzie, John e Bernard estavam dentro dessa casa, verificando as munições e suprimentos que ainda tinham.

Mark era o único do grupo que eliminava os mortos-vivos, apesar de Bernard ter oferecido ajuda algumas vezes, o ex-militar sempre recusava. Suas roupas estavam manchadas com o sangue pútrido dos mortos-vivos, e isso não era uma coisa que incomodava Mark, pelo contrário, era uma coisa que o deixava mais calmo. Ariel não pediu para que Mark trocasse de roupa porque ela imaginava que a resposta seria um "não".

Desde o acontecimento envolvendo Stefan e Mark, a judia se afastou do ex-militar, falando pouco com o mesmo e passando menos tempo que antes passava com ele, e com o ex-empreendedor foi o contrário, a judia se aproximou bastante dele, conversava bastante e passava a maior parte do tempo com ele.

Mark pensava que Ariel e Stefan estavam transando, que na verdade não estava acontecendo, os dois apenas se aproximaram e fizeram uma grande amizade. Mark também pensava em como pegar o Stefan de surpresa e lhe dar um boa surra, pois o ex-militar agia como se não lembrasse ou não se importasse com a briga que eles tiveram, mas o desejo de Mark era quebrar alguns ossos de Stefan, ainda mais quando imaginava ele transando com Ariel.

O motivo de Mark não ter conseguido executar o seu plano era porque Bernard, John e Lizzie passavam a noite toda acordado fazendo a vigia, e isso impossibilitava do ex-militar de ir até Stefan para se vingar. A verdade é que a mente de Mark não era a mesma depois do que aconteceu com Ariel e Matt, o ex-militar sempre estava com raiva, não pensava e não raciocinava direito, e estava afastado de todas as pessoas do grupo.

Mais um dia ensolarado ia se acabando, e outra noite se aproximava. A temperatura ambiente naquele momento era cerca de 77ºF, um clima agradável, nem quente e nem frio. Quando o sol finalmente se pôs, Mark parou de abater os infectados e entrou na casa para se alimentar.

Lizzie e Bernard eram os únicos que conversavam um pouco com Mark durante o dia. Ariel evitava falar com seu namorado, Stefan e John não falavam nem uma palavra para o ex-militar. John pelo motivo de não conhecê-lo e porque ele não gostou da atitude de Mark quando Jones foi mordido, e Stefan por motivos óbvios.

– O inverno está acabando, o que vamos fazer? – Perguntou Lizzie, no meio da sala de estar da casa, com todos seus amigos no mesmo local.

– Vamos continuar na cidade... procurar por um lugar melhor do que esse para ficar – Respondeu Mark, comendo barras de cereais.

– O que?! É sério? – Perguntou Ariel, de forma indignada – Esse lugar é bom, não precisamos sair daqui pra procurar outro lugar.

– Você não viu o tanto de infectado que eu matei hoje? – Perguntou Mark, um pouco irritado – Não podemos ficar em um lugar que aparece dezenas de infectados na porta da sua casa.

– Podemos dar um jeito nisso... fazer barricadas, armadilhas e coisas do tipo. Podemos aproveitar esse lugar e fazê-lo dele a nossa casa – Disse Ariel, olhando pra Lizzie, John e Bernard, esperando que eles opinassem, ou melhor ainda, concordassem.

– Sabem o que dizem quando alguém se perde em uma floresta? "Fique sempre no mesmo lugar". Sabem porque dizem isso? Porque fica mais fácil pra você ser achado por quem está te procurando. Bom, o mundo inteiro está procurando por nós agora e por isso não podemos ficar parados por muito tempo em um lugar que não seja seguro.

– Mas não conhecemos a cidade, e ela pode estar cheia de infectados e vivos igual aos loucos que enfrentamos até hoje. É melhor ficarmos aqui nessa casa mesmo, ou procurarmos por um local que seja afastada de grandes cidades igual essa, como sempre fizemos.

– Ela tem razão – Disse Stefan, também olhando para Lizzie, John e Bernard, só que os três ficaram quietos e não falaram nada.

– Certo – Disse Mark, se levantando – Se quiserem ficar aqui... fiquem, porra! Eu vou sair dessa casa mesmo se for sozinho – Completou, se retirando da sala e indo para um quarto.

Stefan e Ariel trocaram olhares, ambos preocupados com essa reação de Mark. Lizzie e Bernard também se levantaram e saíram da sala, ambos indo para a cozinha. John permaneceu na sala com Stefan e Ariel. A casa em que eles estavam tinha um tamanho grande, e por isso a sala era bem afastada da cozinha, possibilitando que Lizzie e Bernard conversassem sobre o assunto sem que Ariel, John e Stefan os ouvissem, e vice versa.

– Concordo com você, Ariel – Disse John – Não gosto daquele cara. Ele nem se importou com a morte de Jones e nos deixou para trás.

– E também foi um babaca contigo, quando você estava conversando com ele e tentando ajudá-lo – Disse Stefan, relembrando quando Ariel reencontrou Mark.

– Eu entendo que os dois não gostam do Mark, mas eu não quero vocês fiquem contra ele, entenderam? – Perguntou Ariel, de forma séria. Os dois apenas assentiram.

A judia realmente não queria que John e Stefan ficassem contra Mark, mas a verdade é que os dois já estavam. Eles não falaram isso para ninguém, nem entre si, mas ambos pensaram e decidiram que não iriam obedecer mais nenhuma ordem do ex-militar.

Do outro lado da casa, a conversa, ideias e pensamentos eram o oposto do que rolaram na sala. Lizzie e Bernard estavam do lado de Mark e iriam continuar seguindo as ordens do mesmo.

– Estou há pouco tempo com vocês, mas vi um grande potencial naquele cara – Disse Bernard, se referindo a Mark – Ele tem um grande espírito de liderança e vou continuar seguindo ele. E eu concordo com o que ele disse, aquela metáfora da floresta.

– Você tem razão. Vou continuar seguindo ele também – Disse Lizzie, olhando atentamente pra porta da cozinha – Como você disse, ele tem espírito de liderança, ao contrário da Ariel, que não saberia e não conseguiria liderar um grupo.

– Acho que John vai ficar do lado da Ariel, por causa do que aconteceu com o Jones... o Mark nem se importou com a morte do rapaz, e isso deve fazer o John ficar contra nós.

– Verdade... mas acho que isso não será um problema – Lizzie fez uma breve pausa para pensar, e então voltou a falar: – Sabe no que pensei? Com certeza o John não vai falar que está do lado da Ariel, porém, eu acho que essa noite ele vai falar pra nós dois que ele não fará a vigia de madrugada, vai inventar uma desculpa... mas na verdade, ele vai continuar acordado e espiando nós dois fazendo a vigia pra ouvir nossa conversa, porque ele deve pensar que nós vamos falar que estamos do lado do Mark e coisas do tipo...

– Bem pensado. Vamos ver se ele fará e falará isso.

– Enfim, eu vou ver se o Mark está bem – Disse Lizzie, saindo da cozinha – Te vejo mais tarde.

Bernard voltou pra sala de estar, onde ainda estavam os três. Quando ele sentou em uma poltrona, o que Lizzie pensou e disse se concretizou. John falou para Bernard que estava cansado e precisava dormir um pouco mais do que dormia diariamente para descansar, e Bernard apenas riu nasalmente de forma sarcástica e concordou com John.

John decidiu fazer, o que Lizzie pensou, por conta própria. Stefan não pediu isso para ele, portanto John planejou isso sozinho. Ele realmente queria saber se Lizzie e Bernard estavam do lado de Mark, e caso descobrisse isso, ele iria contar para Stefan e planejar algo contra o líder do grupo. John sabia que Stefan não tem boa relação com Mark, e imaginou que o ex-empreendedor poderia ajudá-lo.

Ariel saiu da sala e foi para seu quarto. Ela e Mark tinham um quarto só para eles, enquanto o restante do grupo dormia na sala de estar. Com Lizzie, Bernard e John fazendo a vigia, só que essa madrugada o John não iria fazer a vigia, porém, ele permaneceu na sala pra executar o seu plano. Ao contrário de John, o Stefan estava dormindo de fato. Bernard estava acordado fazendo a vigia, enquanto John fingia que estava dormindo.

Lizzie estava no quarto de Mark, sentada na beirada da cama do ex-militar, conversando com o mesmo. O quarto estava sendo parcialmente iluminado por causa da luz lunar.

– Você está bem? Precisa de alguma coisa? – Perguntou Lizzie, olhando fixamente para Mark.

– Estou bem. Não preciso de nada, obrigado – Respondeu Mark, com a voz muito mais calma do que antes.

– Tem certeza que não precisa de nada mesmo? – Voltou a perguntar Lizzie, apoiando uma de suas mãos na coxa de Mark.

Ele olhou pra mão de Lizzie e abriu um sorriso malicioso, mas não disse nada e ficou em silêncio. Lizzie viu o sorriso de Mark e também sorriu, e então passou sua mão pela coxa do ex-militar até chegar na virilha.

– Acho que você tá precisando relaxar um pouco – Disse Lizzie, acariciando a virilha de Mark – Quis fazer isso naquele dia em que você e Stefan... enfim, naquele dia em que eu te ajudei e te coloquei na cama – Agora ela passava a mão sobre as partes íntimas de Mark – Mas naquele dia todo mundo estava acordado... vamos aproveitar agora que todos estão dormindo, e quem está acordado está ocupado fazendo vigia.

– Vem cá – Disse Mark, puxando Lizzie pelos braços para beijá-la.

Lizzie sabia que a relação de Mark e Ariel não estava indo bem, e ela aproveitou esse momento para transar com o ex-militar. Bernard ficou o tempo todo na sala de estar, fazendo a vigia pro grupo e também de olho em John. Stefan e Ariel não acordaram durante a madrugada. E isso proporcionou a Mark e Lizzie uma noite de sexo sem interrupções e sem o constrangimento de serem flagrados.

Algum tempo depois, ambos chegaram ao ápice e então Lizzie disse para Mark que precisava voltar pra fazer a vigia junto com o Bernard. Mark concordou, ambos voltaram a vestir suas roupas e se despediram com um beijo, Lizzie voltou pra sala e Mark continuou na cama, e logo adormeceu.

Bernard e Lizzie fizeram a vigia revezando em turnos, enquanto um ficava acordado de vigia, o outro dormia. E foi assim até amanhecer. Como Bernard e Lizzie não ficaram acordados juntos para conversar, John acabou desistindo do seu plano e dormiu durante a madrugada.

Mark foi o primeiro a acordar quando amanheceu, ele foi até a sala e viu que Lizzie estava acordada, terminando de fazer a vigia. O ex-militar foi até a garota e disse:

– Ei, pode ir dormir – Mark colocou sua mão direita sobre o ombro direito de Lizzie – Já amanheceu e já estou de pé, pode deixar que eu fico de vigia agora.

– Tudo bem, obrigada – Disse Lizzie. Ela ameaçou dar um beijo nele, mas acabou desistindo, olhou para John, Stefan e Bernard que dormiam ali e sorriu de canto. Mark também sorriu de canto e entendeu a situação.

– Durma bem – Disse Mark, saindo da sala e também da casa.

John tinha acordado com essa última frase de Mark, ele abriu um pouco seus olhos e viu o ex-militar saindo da casa e a Lizzie deitando com seu corpo de lado em um sofá, com o rosto virado pro móvel e de costas pro resto da sala, ou seja, John poderia se levantar e ela não iria vê-lo. E o rapaz aproveitou essa oportunidade para levantar e seguir Mark.

John não sabia que Bernard e Lizzie estavam do lado de Mark, já que ele não teve a oportunidade de ouvir os dois conversando para saber de que lado ambos estavam, ele imaginou que todos estavam contra o ex-militar. John estava com sua arma na mão enquanto seguia Mark de forma silenciosa para não ser ouvido, e se escondendo para não ser visto.

John imaginou que Mark estava indo embora e deixando seus amigos para trás, pois John não sabia que Mark e Lizzie tinham transado durante a madrugada, e que isso fez o ex-militar mudar de ideia para não fugir desse jeito. Na verdade, Mark estava apenas caminhando para pensar e refletir em algumas coisas.

Mark ainda não tinha percebido que estava sendo seguido, ele estava perdido em devaneios. O ex-militar estava pensando no sexo, como agir quando estivesse diante de Lizzie e Ariel, se contasse ou não sobre o sexo para Ariel. Ele pensava que podia contar, pois, na cabeça dele, Ariel e Stefan estavam transando, então isso dava o direito dele transar com Lizzie.

Esses e outros devaneios foram interrompidos por um grunhido e gemido de susto. Foi John que gemeu de susto quando um mordedor agarrou o seu braço enquanto estava distraído seguindo o Mark.

O ex-militar parou e sacou sua arma do coldre, ele caminhou até o local de onde veio o barulho e viu John tirando uma faca da cabeça do mordedor. Mark abaixou sua arma e suspirou.

– O que está fazendo aqui? – Perguntou o ex-militar.

– Vim matar você – Respondeu John, se levantando e apontando sua arma pro peito de Mark – Estava fugindo, não é?! Ia deixar nós para trás, de novo!

– Não, eu só estava caminhando mesmo – Disse Mark, de forma calma mesmo com uma arma apontada em sua direção.

– Mentira! Eu ouvi você falando pra Lizzie ir dormir! – John continuava apontando sua arma na direção de Mark – Você falou pra ela ir dormir só pra conseguir fugir!

– Você é tão burro assim mesmo? Sério? – Perguntou de forma sarcástica – Se eu fosse fugir e abandonar vocês, não acha que eu iria pegar suprimentos?

John arqueou as sobrancelhas ao ouvir isso, e realmente, Mark não tinha nenhum suprimento com ele, e nem uma mochila nas costas, ele estava apenas com a roupa do corpo, com sua arma e com sua faca.

– Então porque você saiu sem falar nada? – Perguntou John.

– Eu preciso mesmo avisar todo mundo que vou caminhar? – Retrucou Mark.

– Você é o culpado pela morte do Jones! Você nem se importou quando ele morreu! – Vociferou John, e isso fez com que outro morto-vivo saísse de um beco e caminhasse silenciosamente em sua direção.

– Não mesmo – Disse de forma fria. Mark viu o mordedor se aproximando de John e sorriu maliciosamente – Eu não conhecia ele, e ele era bem chato.

– Filho da puta! Eu vou vingar a morte do Jones! – Gritou John, e antes dele atirar no peito de Mark, o morto-vivo mordeu seu ombro, fazendo esguichar sangue.

Com a mordida, John soltou sua arma e a mesma caiu no chão, fazendo com que Mark saísse ileso dessa discussão. Mark se aproximou do morto-vivo que continuava mordendo John, se agachou para pegar a arma de John e voltou a se levantar. O ex-militar esperou John morrer por falta de sangue e então se afastou do local, deixando o morto-vivo demorando a carne do rapaz.

Mark voltou pra casa e ficou sentado no jardim da mesma, esperando o pessoal acordar. Quando todos eles acordaram, Mark reuniu todos eles na sala de estar e disse que encontrou John morto. O ex-militar disse que tinha um palpite de que John foi pego de surpresa por um infectado. Claro que Mark estava mentindo sobre a morte do rapaz, e ele tinha certeza que se contasse a verdade, Ariel e Stefan não iriam acreditar, e não sabia se Lizzie e Bernard iriam acreditar nele. Por isso Mark mentiu.

– Precisamos seguir em frente, procurar outro lugar pra ficar – Disse Mark.

– E o John? Não vamos enterrá-lo? – Perguntou Ariel.

– Não sobrou nada do corpo dele – Respondeu o ex-militar – Não há nada para enterrar.

Ninguém questionou a história que Mark contou sobre a morte do John, apesar de que Stefan, somente ele, desconfiava dessa história. Stefan resolveu não perguntar nada sobre o assunto, pois se ele perguntasse e irritasse Mark, os dois iriam acabar brigando novamente.

E então o grupo pegou todo o suprimento que tinham e outras coisas que podiam ser úteis e saíram da casa. O grupo caminhou por horas, eliminando infectados no caminho, fazendo pausas para saquear algumas casas e para comer e beber também. O dia passou rápido diante dos olhos do grupo e logo já iria anoitecer.

A parte da cidade em que o grupo estava naquele momento não tinha nenhum infectado sequer, o local era um deserto. O grupo avistou um shopping enorme, provavelmente o maior da cidade, e então entraram no local por uma entrada alternativa. Os corredores ainda estavam iluminados por causa da luz solar que entrava pelo teto de vidro.

O grupo caminhou pelos corredores do shopping, que em alguns lugares dos corredores tinha barricada de aproximadamente um metro de altura, e dentro de algumas lojas tinha alguns infectados presos, ou até mesmo nos corredores tinha infectados presos por um tipo de jaula improvisada.

– Tem pessoas que vive nesse lugar – Disse Mark.

– Tem razão – Disse uma voz masculina, grave e rouca – Por favor, coloquem suas armas no chão. Não queremos confusão, então não fazem nenhuma besteira – Pediu educadamente. E então o dono da voz saiu de uma loja do corredor onde o grupo estava, só que ele estava mascarado.

O grupo obedeceu, todos colocaram suas armas de fogo e armas branca no chão e se afastaram. O homem recolheu as armas e assobiou, chamando duas pessoas da mesma loja de que ele saiu.

A primeira era uma mulher, vinte e quatro anos, cerca de um metro e sessenta e cinco, com um corpo esbelto e cabelos negros preso em um rabo de cavalo que chega até os ombros, seus olhos são azuis e possui a pele clara. Ela veste uma camisa xadrez azul claro e calça jeans.

O segundo era um homem, vinte e seis anos, com aproximadamente um metro e oitenta de altura, pele morena, seus olhos são castanho escuro e seus cabelos são negros, possui barba por fazer na sua face. Ele veste uma calça jeans com alguns rasgos, camiseta preta com uma outra camiseta por cima, xadrez de cor vermelho, branco e preto.

Os dois ficaram em silêncio, apenas observando Mark, Ariel, Bernard, Stefan e Lizzie, parados e desarmados. Então, o homem finalmente retirou a máscara do rosto, revelando sua identidade.

Ele era um homem idoso, setenta e sete anos, pele clara, com cabelos curtos e brancos, barba que chegava no peito da mesma cor dos cabelos, sua altura é a mesma do seu companheiro, um metro e oitenta, seus olhos são azuis. Ele veste uma camiseta regata preta e calça jeans.

– Lucy, Danyel, vão até Rose e diga a ela que achamos mais pessoas – Os dois assentiram e se retiraram do local.

O idoso colocou em sua mochila todo o armamento do grupo de Mark. Ele esperou que seus amigos fossem embora para então começar a caminhar, fazendo sinal para que Mark e cia o acompanhasse.

– Não sou uma ameaça, caso estejam pensando isso – Disse o idoso, recolocando sua máscara – Estamos vivendo nesse shopping há algum tempo, e infelizmente perdemos alguns amigos que saíram daqui pra coletar suprimentos e nunca voltaram. Não posso levá-los diretamente pra onde moramos e dormimos, antes disso a minha esposa, Rose, tem que avaliá-los para decidir se vocês vão se unir a nós ou não.

– E quem disse que queremos nos unir a vocês? – Perguntou Mark.

– Ora, se não querem, podem ir embora – Respondeu o idoso – Mas não irei devolver suas armas, pois não conheço vocês e não me arriscaria. Estou lhe oferecendo ajuda, jovem – O idoso caminhava na frente dos outros quatro, guiando o caminho para eles – E os outros quatro não disseram se querem ou não se unir conosco. Vocês não usam a democracia? O rapaz fala e todos os seguem sem questionar?

Ao ouvir essa pergunta, Stefan sentiu uma enorme vontade de responder e se voltar contra Mark, porém ele continuou quieto. Lizzie, Ariel e Bernard também não falaram nada. Mark olhava para todos os lados enquanto seguia o idoso, procurando alguma coisa para poder se defender caso fosse atacado, ou até mesmo para atacar o idoso, mas o ex-militar não achou nada que pudesse ser útil. Não tinha nenhum pedaço de madeira ou de ferro largado pelo chão, ou qualquer outra coisa que pudesse ser usada como arma branca. Mark não atacou o idoso pelas costas, o agarrando e enforcando, pelo motivo de que o mesmo estava com uma pistola na mão, e ele poderia se defender e até mesmo matar o ex-militar.

– O que são essas coisas? – Perguntou Lizzie, se referindo as barricadas e os infectados presos dentro de algumas lojas, e nos corredores, presos pelas jaulas improvisadas.

– Os infectados presos são para que os humanos fiquem com medo de entrar aqui, e as barricadas são para os infectados não andarem livremente por todo o shopping.

Algumas horas se passaram e logo anoiteceu, o grupo ainda estava caminhando em direção desse tal lugar que Rose iria encontrar com Mark e cia para avaliá-los. O shopping era enorme, mas se não fosse todos os obstáculos anti-infectados para atrasá-los, eles já teriam chegado no local, porém, eles já estavam perto. Durante o caminho, o grupo descobriu que o nome do tal idoso era Owen Sullivan, que ele tinha um filho chamado Aaron Sullivan, além da esposa Rose Sullivan, que Owen já havia dito anteriormente.

Owen continuava liderando e guiando o caminho com sua lanterna acessa, quando todos eles ouviram barulho de pessoas caminhando no corredor do lado. Owen apagou a lanterna e entrou em uma loja e conseguiu ver, com as luzes do corredor piscando bem fraco, um grupo de oito pessoas, com quatro mulheres e quatro homens, sendo que uma das mulheres estava grávida e tinha uma criança, e um dos homens parecia estar desmaiado.


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Notas finais do capítulo

Galera, eu sinceramente não gostei muito desse capítulo. Tipo, eu já tinha a ideia de matar o John nesse capítulo, mas não sabia como matá-lo e então eu "improvisei" nisso.
Essa ideia do Mark transar com a Lizzie me veio na hora que eu tava escrevendo, mas não sei se ficou legal... então, por favor, opinem sobre isso.
Acho que o capítulo começou bem e tal, mas aí eu quis dar mais dinâmica no capítulo pra avançar logo na história e foi aí que eu acho que errei, pois o capítulo teve uma dinâmica estranha na minha opinião. Principalmente depois da cena do sexo, quando amanheceu e tal. E a morte do John foi bem chatinha, sei lá, enfim.

Vejo vocês nos comentários.