Living in Hell - Fanfic Interativa escrita por Saulo Poliseli


Capítulo 14
Capítulo 14 - Novo Destino


Notas iniciais do capítulo

Não vou escrever qual foi a decisão de Nadin aqui nas Notas Iniciais do capítulo como de costume, porque a decisão dela só foi tomada no meio do capítulo, então se eu escrever aqui seria um spoiler.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/603341/chapter/14

A resposta de Nadin foi um pedido para que Clark e Mark interrogassem o Bernard, logo após de ter prendido as mãos dele com uma algema de Clark. O ex-policial e o ex-militar levaram Bernard para dentro da casa e mandou que ele se sentasse no sofá, o resto do grupo permaneceu do lado de fora. O plano era um clichê que algumas vezes funcionava, o policial bom e o policial ruim.

– Você era um deles? – Mark foi direto ao ponto.

– Não... Eu disse pra ele que estava preso e consegui fugir – Bernard olhava para Clark.

– Fugiu, é? E como você estava armado? Nunca vi um preso armado antes... você já viu? – Perguntou para Clark, com um tom sarcástico.

– Eu... Eu... é... – Gaguejava Bernard – Achei essa arma na casa que me escondi.

– Ah... é claro. Quem nunca deixou uma espingarda largada por aí onde qualquer um pudesse achar? – Mark continuava com o mesmo tom sarcástico.

– É verdade, a arma estava na casa e... – Ia falando Bernard, mas Mark o interrompeu:

– MENTIRA! – Vociferou Mark, encarando o seu réu.

– Eu juro... Pra que eu iria mentir pra vocês?

– Porque iríamos te matar quando soubéssemos que você era um deles! – Mark falava com o mesmo tom de voz.

– Você era um deles? Fale a verdade... – Disse Clark, com a voz calma e suave.

– Não... Vocês tem que acreditar em mim – Bernard continuava mentindo, sabia que se falasse a verdade iria ser morto ali mesmo, mesmo que explicasse o seu passado.

– E onde está a sua algema? Conseguiu achar a chave no mesmo lugar que achou a espingarda? – Mark mantinha o seu olhar sério, que colocava medo em qualquer um que o olhasse.

– Eu... É que... – Bernard já estava pensando em inventar mais uma mentira, mas Clark o interrompeu:

– Tem alguma prova? Você tem que mostrar que está falando a verdade.

– Sim! Olhe no meu bolso, tem um distintivo policial... eu era policial em Las Vegas antes disso tudo acontecer – Disse Bernard, virando o seu corpo para que Clark pudesse pegar o seu distintivo.

– Isso não justifica porra nenhuma! Não importa o que você era antes dessa merda! – Voltou a falar Mark.

– Você acha mesmo que um policial se juntaria a esse grupo bárbaro? – Perguntou Bernard, retribuindo o olhar pra Mark.

– Nesse mundo que vivemos, aparências não serve para nada! Eu não olho para aparências, qualquer um pode ser uma ameaça – Disse Mark, ainda encarando o seu réu – Sou um ex-militar e tive que matar meu irmão mais velho para proteger o meu grupo... – Fez uma breve pausa – Isso mesmo, meu irmão mais velho. Se você estivesse no meu lugar, confiaria em mim e deixaria eu livre no seu grupo mesmo sabendo disso? – Respirou fundo e respondeu a própria pergunta – Aposto que não.

Bernard abaixou a cabeça e percebeu que continuar mentindo não ia adiantar nada, os argumentos de Mark eram muito melhores do que o dele e cedo ou tarde ele seria abandonado ali na cidade. Ele também sabia que se contasse a verdade ele poderia ser abandonado da mesma maneira, e por isso ele resolveu continuar mentindo e conseguir enganá-los.

– Eles não me prenderam com algemas, eles só me jogaram em uma sala pequena e escura e me deixou lá – Falava Bernard, com a cabeça abaixada – Uma vez por dia eles levavam um pouco de água e comida pra mim... e um dia eu peguei um cara de supresa, quebrei o pescoço dele e consegui fugir.

– ESTÁ MENTINDO! – Mark vociferou novamente – Chega de mentiras! Eu sei que esses filhos da puta matavam os homens e estupravam as mulheres! Uma garota do meu grupo me contou isso! – Ele se referia a Lizzie, ela tinha dito isso logo quando se conheceram – Então porque eles iriam alimentar um homem, sendo que iria matá-lo?! – Mark berrava, sua voz dava pra ser ouvida há vários metros de distância – Seu tempo está acabando, é melhor falar a verdade logo ou irei te matar aqui e agora! – Mark sacou a sua arma, mirou na cabeça de Bernard e começou a fazer uma contagem regressiva.

Bernard viu que suas mentiras foram descobertas, se continuasse mentindo iria morrer com certeza. Ele pensou que se contasse a verdade, talvez a sua vida fosse poupada e ele seria abandonado na cidade enquanto Mark e seu grupo partia para outro lugar. Ainda estava com a cabeça abaixada, estava pensando em que decisão tomar, pensando se valeria a pena falar a verdade e talvez ser poupado, ou se continuasse quieto e morria ali mesmo. Bernard ouviu Mark contando: "quatro... três... dois...", e então disse:

– Eu era um deles!

– Eu sabia! Filho da puta! – Gritou Mark, ele guardou sua arma no coldre novamente e deu um soco forte na testa de Bernard, o fazendo desmaiar logo em seguida. Mark arfou de dor, tinha machucado os ossos de seu punho.

– E agora? – Perguntou Clark, nem se importando ao ver seu companheiro de grupo ter golpeado o seu companheiro de profissão.

– Vamos ver o Nadin irá decidir – Disse Mark, abrindo e fechando o seu punho várias vezes, ainda sentindo dor.

Os dois caminharam para fora da casa onde o restante do grupo estava, Mark se aproximou de Nadin, esperou que seus amigos parassem de conversar entre si para então tomar a palavra:

– Ele confessou que fazia parte desse grupo – Alguns ficaram boquiabertos e outros suspiraram ao ouvir o que Mark disse – O que vai fazer? – Perguntou para Nadin.

– Eu acho melhor deixá-lo e irmos embora dessa cidade...

– O que?! Tá falando sério? – Perguntou Ariel, olhando pra paquistanesa.

– Não conhecemos esse cara e ele disse que era um desses Retalhadores, não podemos levá-lo conosco! – Exclamou Nadin, retribuindo o olhar – Eu prezo pela segurança do grupo e não posso arriscar levando um desconhecido.

– Não podemos deixá-lo aqui, ele é um ser humano, droga! – Ariel entendeu que Bernard fazia parte do grupo que matou três de seus amigos, mas o lado altruísta de Ariel falou mais alto naquele momento.

Ariel tinha entrado em um grupo alguns meses depois de se perder da família, mas quando o grupo foi atacado, Ariel fugiu como uma covarde. Se arrepende até hoje de não ter ajudado as pessoas daquele grupo, e por isso sempre tenta ajudar as pessoas e ser o mais altruísta possível, esperando, em vão, que isso a faça se sentir pelo menos um pouco melhor.

– Vamos vendá-lo e deixá-lo preso enquanto vamos embora? – Perguntou Harry.

– Não precisaremos disso. Ele está desmaiado, podemos deixá-lo assim – Respondeu Mark.

– Não seria melhor colocar um pano na cabeça dele e executá-lo? Como a sua turma sempre faz – Disse Ariel em um tom irônico, estava se referindo aos muçulmanos radicais.

– Cuidado com o que diz, garota! – Nadin encarava Ariel, estava muito séria e obviamente não tinha gostado nem um pouco do que tinha acabado de ouvir.

– Calma, vocês duas – Pediu Mark.

– Se vamos deixá-lo e sair dessa cidade, temos que fazer isso agora – Recomendou Harry, e todos concordaram, menos Ariel.

– Não acredito nisso... – Sussurrou Ariel.

Clark foi até onde Bernard estava e pegou suas algemas de volta. O grupo pegou todo o suprimento que tinha saqueado na cidade dos Retalhadores, quase todos eles estavam segurando em seus braços uma caixa cheia de enlatados e frutas, Mark e Clark carregavam uma mochila cada, cheia de armas de fogo e armas brancas, que também foram encontradas nessa cidade.

Nadin escolheu deixar o Bernard na cidade e ir para outro lugar. O grupo estava caminhando em direção aonde tinham deixado o furgão e a picape de Dave, os dois mais afastados de todo o grupo eram Ariel e Mark, que estavam conversando.

– Sério que a Nadin será a líder do grupo? O que aconteceu com você, porque não será mais o nosso líder? – Perguntou Ariel, caminhando ao lado do ex-militar.

– Eu confio nela, a conheço a mais tempo que todos desse grupo – Mark respondeu só a primeira pergunta e ignorou completamente a segunda.

– O problema é que você nem se perguntou se os outros confiam nela.

– Eu não... – Ele parou de falar. Sua expressão mudou de calmo para irritado – Ah, já sei qual é o problema. Você não confia em Nadin pelo fato dela ser muçulmana.

– Não é nada disso! – Mentiu Ariel – Eu conheço ela a pouco tempo, mas sei que ela não vai com a minha cara.

– Como pode ter certeza? Você nem conversa com ela.

– Eu notei isso. É muito óbvio.

– Escute, Nadin tomará decisões pelo grupo a partir de agora. Você terá que aceitar isso se quiser permanecer no grupo – Após dizer isso, Mark acelerou o passo e deixou Ariel para trás.

O que Mark disse era verdade, Ariel não gostou da ideia de Nadin ser líder do grupo por ela ser uma muçulmana. Como Ariel era judia, ela e Nadin não tinham uma boa relação já que historicamente esses dois povos nunca se deram bem, por isso as duas não conversavam muito para evitar qualquer tipo de problema.

Eles passaram pela rua que Derek e Eric tinham capturado Harry e Sam no dia anterior, Harry viu a moto que pertencia a Eric, foi até ela e viu no painel que tinha bastante combustível. Ele não estava carregando uma caixa de suprimentos que a maioria carregava, então ele subiu na moto e deu partida. Harry sorriu ao ouvir o barulho do motor de uma Harley-Davidson.

O grupo chegou até o furgão e a picape, logo Harry vinha com sua nova moto, passou entre as barricadas que só tinha espaço para passar com uma moto. Dave e Mark trocaram o pneu que tinha sido estourado e entraram na picape, junto com Chelsea e Lizzie que subiram na caçamba da mesma. Wendy subiu na moto atrás de Harry, e o restante do grupo foram no furgão. Eles dividiram os suprimentos, colocando metade dentro do furgão e a outra metade na caçamba da picape de Dave.

E então o grupo deixou Bernard e a cidade para trás, em busca de um novo destino.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, vocês viram que a decisão de Nadin foi:
D) Sair da cidade e deixar Bernard em uma das casas enquanto sai da cidade

E como o personagem Bernard era de um leitor, já pedi para que ele envie outra ficha por MP.
O que vocês acharam da decisão de Nadin? Deixe sua opinião!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Living in Hell - Fanfic Interativa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.