Depois do hospital, ele a largou em casa para ter certeza de que ela iria para casa bem e, de acordo com ele, para não ser atropelada por mais ninguém hoje, pelo menos. Eles conversaram bastante até para quem acabou de se conhecer. Ele não morava lá, morava em outro estado, estava só de visita para um casamento de um parente. Ela sentiu uma coisa muito ruim dentro de si quando ele contou isso, como se tivesse tirado uma parte dela e jogado longe, sem ao menos ela dar permissão para que ele tivesse todo esse poder sobre ela. tudo estava muito louco - e bom - para ser verdade.
Trocaram telefone e informações para se acharem nas redes sociais mais tarde. Ele ficaria pelo resto da semana. Mas aquela semana passou tão depressa. Ficaria exatamente mais 5 dias.
No primeiro, se conheceram.
No segundo, ele a levou para comer em uma lanchonete. Conversaram muito e ela sentia como se conhecesse ele há muitos anos. Depois ele a largou em casa.
No terceiro, ela tropeçou em uma escada que estavam descendo juntos e ele a segurou, mas não foi o suficiente para que ela não se machucasse. Cortou a panturrilha e desmaiou novamente. Hospital. Quando ela acordou, sentiu como se estivesse em um déjà vu. Ele riu quando ela falou isso, e disse que ela era uma boba desastrada.
Será que ela não poderia se cuidar mais? - ele dizia - Pra ele não ficar tão preocupado quando fosse embora?
Nessa hora, ela não ficou muito bem. Ele percebeu, e também fechou o sorriso. Chegou mais perto dela e a beijou na testa. Ela sentiu o rosto inteiro ferver e formigar, e o coração acelerou de um jeito inexplicável. Ele suspirou e sentou onde estava antes, esperando ela melhorar. Depois de um tempo, ela conseguiu se levantar e ele a levou pra casa.
– Se cuida, moça do lenço verde.