Sugar escrita por ayaba


Capítulo 1
A doçura que faltava em minha vida


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic MuraHimu!
Eu amei escrever sobre esses dois e essa música suuupeeer combina com eles.
O nome da música que foi a minha ''fonte de inspiração" para a fanfic é Sugar de Maroon 5.
Caso encontrem algum erro, me avisem!



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“Deve ser aqui”, eu disse enquanto ia para o lugar marcado na carta que eu havia recebido mais cedo.

Encontrei uma garota de curtos cabelos castanhos e olhos da mesma cor.

“Você deve ser a-“ Antes mesmo que eu pudesse terminar, a garota atropelou minhas palavras.

“Eu gosto de você Tatsuya-san! Ou você gostaria que eu chamasse você de Himuro-san? Acha que fui mal educada? Eu sou da sua classe e... Gosto de você desde que te vi. Por favor, saia comigo!”

Suspirei e olhei para a morena que estava na minha frente.

“Desculpa, mas eu não posso corresponder os seus sentimentos.”, desviei o olhar depois de rejeitá-la e esperei alguma reação.

“Desculpa te incomodar.” Saiu correndo após ouvir minha resposta.

Eu odeio isso. Como podem gostar tanto assim de mim? Eu sou tão amargo e elas não me conhecem realmente. É por não me conhecerem que possuem a coragem de dizer que gostam de mim.

Voltei para a sala após alguns minutos naquele local onde ocorreu a rejeição. Encontrei Atsushi sentado no seu lugar de sempre.

“Bom dia, Atsushi.” Dei um sorriso ao cumprimentá-lo.

“Bom dia Muro-chin” Respondeu.

Atsushi não tinha um bom humor de manhã, mas hoje ele parecia melhor que nunca.

“Aconteceu algo? Parece feliz.” Virei-me para ele que sentava atrás de mim.

“Saiu um novo sabor de um sorvete. Eu experimentei e gostei, mas queria que ele fosse um pouco mais doce.” Atsushi pegou sua mochila e me mostrou a embalagem do sorvete.

“Você não podia jogar a embalagem fora?” Perguntei com um sorriso sem graça.

“Eu não queria esquecer o nome...” Fez um bico.

“Quer comer alguma coisa depois que sairmos do colégio?”

“Eu quero bolo, Muro-chin.” Fiz com que ele se animasse imediatamente, mesmo que não tivesse esboçado sorriso algum eu sabia que ele estava feliz.

“Então hoje é por minha conta.”

Atsushi pegou um pacote de chips e começou a comê-lo dentro da sala, por contra desse ato, recebeu uma punição da professora.

Assim que o sinal do intervalo ecoou pela escola, saímos da sala de aula.

“Você tem que ir à secretaria.” Eu disse olhando para a sua usual expressão de tédio.

“Não quero, Muro-chin” Resmungou.

“Eu te acompanho até lá.” Sorri novamente para ele.

“Você sorri demais, Muro-chin. Não se cansa?” Dessa vez ele olhava para a minha expressão confusa.

“É... Normal sorrir, não é?” Questionei-me. Eu realmente sorria tanto assim?

“Você só devia sorrir quando tem vontade de sorrir.”

Alguns garotos mais velhos interromperam nosso diálogo.

“Você é Himuro Tatsuya do primeiro ano, não é?” Disseram ao mesmo tempo.

“Sim, eu sou Himuro. Precisam de algo?” Assustei-me com aqueles caras me procurando, mas pensei que não seria nada sério.

“Você pode nos acompanhar?” Dessa vez falaram num tom mais gentil.

“Ahm? Eu...” Olhei para Atsushi, esperando uma resposta.

“Vá Muro-chin. Eu posso ir à secretaria sozinho.”

“Aonde vamos?” Perguntei confuso.

“Atrás do colégio.”

Saímos do prédio do colégio e demos a volta na quadra, chegando ao nosso destino. Não havia ninguém ali.

“O que queriam comigo?”

“É você que anda rejeitando as garotas do colégio? Qual é o seu problema?” Eles me cercaram.

“Isso é... Foi por isso que me chamara?”

“Acha que só pelo fato de ter morado na América pode brincar com as garotas, filho da puta?” Diziam de forma mais agressiva.

“Acho que vocês entenderam errado.” Suspirei. “Vamos conversar.”

“CONVERSAR É O CARALHO!”

Senti um punho afundando em minha barriga com força total.

Em seguida, vieram alguns chutes, tapas e socos.

“Cinco contra um é covardia.” Tive tempo de dizer isso antes que me dessem outro soco em minha face.

Tentei reagir, mas um dos caras me segurou e então fui espancado.

Não lembro quanto tempo fiquei apanhando. Meu uniforme estava sujo de poeira e sangue.

Vi que estava perdendo a consciência quando ouvi uma voz conhecida.

“O QUE ESTÃO FAZENDO COM O MURO-CHIN?”

Era Atsushi? Gritando? Isso é bem incomum...

“Atsushi...” Foram as últimas coisas que disse antes de apagar de vez.

Acordei na enfermaria.

Olhei ao redor e vi Atsushi sentado num sofá que havia no cômodo.

“Oi.” Disse ainda com os olhos semicerrados.

“Muro-chin, você está bem?” Ele chegou mais perto.

“Estou sim.” Sorri.

“Eu te disse para sorrir apenas quando estiver com vontade.” Repreendeu-me.

“Eu estou com vontade de sorrir.”

“Está? Você apanhou e está com vontade de sorrir?” Suspirou. “Eu não te entendo, Muro-chin.”

“Você me ajudou, não é?” Sentei na cama para olhar melhor o rosto dele.

“Eu ouvi vocês dizendo que iriam para lá e estranhei a sua demora.” Atsushi virou sua face. “Fiquei preocupado.”

Não consegui aguentar e ri. Ri muito.

“O que foi?” Atsushi corava.

“Eu fui repreendido e te preocupei em um único dia. Hoje está diferente do normal” Gargalhei. “Desculpa.”

“Eu usei muitas energias para te salvar. Quero o bolo que me prometeu.”

“Tudo bem.” Procurei minha mochila ao redor. “Ah, eu já fui liberado? E preciso pegar minha mochila também.”

“Eu pego para você. E sim, você já foi liberado.” Atsushi saiu da enfermaria.

“Tão doce...” Sussurrei.

Não demorou muito e Atsushi voltou à enfermaria para me buscar.

Saímos do colégio e fomos à uma padaria perto de lá.

“Você gosta do bolo aqui, não é?” Perguntei.

“Sim.” Atsushi pegou a minha mão. “Caso tenha dificuldade para andar, apoie em mim.”

“Certo.”

Entramos na padaria e sentamos na primeira mesa perto da porta. A decoração era simples e o local tinha uma atmosfera confortável.

“Posso ajudar?” A atendente veio com um sorriso no rosto e um bloco.

“Eu quero um bolo de morango e chá também...” Eu disse enquanto olhava o cardápio. “Está bem para você, Atsushi?”

“Sim.” Ele olhava para mim.

“Uma fatia de bolo?”

“Não. Um bolo inteiro.” Aumentei o tom de voz no inteiro para que ela entendesse.

“C-Certo.”

Após a saída da atendente, fez-se um silêncio.

“Muro-chin.” Ele me chamava.

“Sim?”

“Por que eles te bateram?”

“Porquê eu estava brincando com as garotas de acordo com eles.”

“Hã?” Arregalou os olhos.

“Você sabe que ultimamente muitas garotas estão se declarando para mim e isso fez com que eles ficassem com raiva ou algo assim.”

A atendente trouxe nossos pedidos.

“Obrigado.” Sorri.

“D-De nada.” Ela retribuiu o sorriso.

“Foi por isso?”

“Sim.” Eu disse enquanto cortava um pedaço do bolo.

“Muro-chin...” A voz de Atsushi saia baixa.

“O que foi?” Olhei para ele preocupado.

“Você gosta de alguma delas?”

“Hã? Não.”

“Muro-chin, eu gosto de você e não quero que você saia com nenhuma garota.” Atsushi desviava o olhar.

“É sério?” Impliquei.

“Sim...” Vi o rosto do menino a minha frente corar fortemente.

Após ouvir a resposta dele, cantei baixinho.

I'm hurting baby, I'm broken down

I need your loving, loving

I need it now

When I'm without you

I'm something weak

You got me begging, begging

I'm on my knees

I don't wanna be needing your love

I just wanna be deep in your love

And it's killing me when you're away

Ooh baby, cause I really don't care where you are

I just wanna be there where you are

And I gotta get one little taste


Eu estou machucado baby, estou despedaçado

Eu preciso do seu amor, amor

Eu preciso disso agora

Quando estou sem você

Eu sou algo fraco

Você me faz implorar, implorar

Estou de joelhos

Eu não quero precisar do seu amor

Eu só quero me afundar no seu amor

E me mata quando você não está aqui

Ooh baby, pois realmente não me importo onde você está

Eu só quero estar onde você está

E eu tenho que provar um pedacinho

“Combina bastante conosco, certo?” Sorri vendo a expressão confusa no rosto do que estava na minha frente.

“Muro-chin, eu não entendo inglês...” Reclamou.

“Então terei que fazer uma declaração normal em japonês.” Soltei uma pequena risada.

“Declaração...”

“Atsushi, eu já havia percebido isso, mas você é o único que eu não rejeitaria. Isto é, eu também gosto de você, não... Eu diria que o amo. E quando você não está perto de mim, me sinto triste, vazio, sem rumo. O que eu quero dizer é que quero estar sempre contigo. Eu digo que a minha vida é amarga, o que é verdade. E se minha vida é amarga, você é o açúcar que a adoça e a torna algo maravilhoso”.

“Você não poderia dizer apenas um sim? Dizer isso tudo deve ter te desgastado muito.” Ele olhava para o chão. “Muro-chin idiota.”

Atsushi era como uma criança. Ficava com vergonha, desviava o olhar e apelava para xingamentos, xingamentos bem bobos.

“Eu queria te mostrar meus sentimentos de forma correta.”

“Eu entendi...” Disse ele ainda olhando para o chão.

“Atsushi.” Chamei.

“Sim?”

Assim que olhei o rosto corado de Atsushi, sorri.

“O-O que foi?” Ele me olhava.

“Eu estou feliz e por isso estou sorrindo. Você me disse para sorrir apenas quando eu tenho vontade, certo?”

Esperei alguma reação vergonhosa, mas fui surpreendido por um sorriso. O primeiro sorriso de Atsushi que vi.

“Eu também estou feliz, Muro-chin.” Ele sorriu ainda corado.

Após comermos o bolo (Lê-se Atsushi comer o bolo), saímos da padaria.

Demos as mãos e olhávamos para lados opostos.

Meu coração batia rápido e minha mão suava. O mesmo acontecia com ele.

Andamos no mesmo passo de sempre com nossas mãos entrelaçadas. Por fim, chegamos ao ponto onde nos separávamos.


“Eu vou por aqui.” Eu ia soltar a minha mão, mas ele a apertou.

“Eu... vou te levar em casa.” Disse baixinho.

“Mas sua casa é do lado oposto” Respondi. “Vai gastar muita energia...”

“Não há problema... Não dessa vez.” Olhou em meus olhos. “Não largue a minha mão, Muro-chin.”

Sorri ao ver a expressão fofa na face dele. Senti meu coração bater mais rápido também. Céus, eu o amo!

“Não soltarei.” Respondi num sussurro.

Seguimos o caminho de minha casa em silêncio. Dessa vez, olhávamos um para o outro e trocávamos sorrisos bobos.

Infelizmente, minha casa não era tão longe e logo chegamos lá.

“É aqui.” Suspirei. “Chegamos rápido...”

“Eu andei bastante. Minhas pernas doem. Eu preciso de um banho.” Reclamava.

“Eu te disse que você iria gastar muita energia” Soltei uma pequena risada.

“Eu não sabia que era tanta.” Bocejou.

“Bem, eu vou entrar.” Me despedi olhando em seus olhos.

“Espera.”

“Sim?”

Atsushi se aproximou de mim e me deu um gentil beijo na testa.

“Boa noite, Muro-chin.” Sorriu.

“B-Boa noite...” Respondi ainda envergonhado com a ação dele.

Eu o observei ir embora e só entrei em casa quando não conseguia mais vê-lo.

“Beijo na testa é covardia.” Sussurrei enquanto colocava minha mão direita em minha testa. “Ele é realmente um doce. A doçura que faltava na minha vida.”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da oneshot~