Uma Garota Perdida escrita por Lonely Girl


Capítulo 19
Eu só quero paz...


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey... como estão todos? Vivos? *Claro né, a não ser que no cemitério os mortos vivos tenham computador e acesso a internet!*
Então resolvi postar hoje, porque eu vou ter quer ir pra casa da bruxa *lê-se irmã* amanhã! Espero que gostem do capítulo e quinta-feira eu volto!!!













Ahora, podem ler!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/603120/chapter/19

POV-Samantha

Eu não me lembro de quase nada, só sei que acordei deitada em uma cama de hospital. Como? Por que? Só tenho flash backs em minha mente, eu dentro d'água sem fôlego e de repente tudo ficou escuro e agora estou aqui. De repente alguém entra, é a Annie, ela vai me explicar tudo.

–Annie!-digo tentando me levantar, mas meu corpo todo está doendo.

–Ei se acalme, querida!-disse ela vindo até mim e me ajeitando na cama.

Eu sorri de leve e ela retribuiu.

–Você sabe como vim parar aqui?-pergunto olhando para ela, que ficou com uma expressão séria.

Annie respirou bem fundo, pegou em uma das minhas mãos e disse:

–Eu vi você se afogando, tirei você da água e a trouxe para cá!

Eu tentei ficar brava com ela, por ter me tirado de lá, mas ela só estava tentando me ajudar. Ela salvou minha vida, de certo modo, não posso ter raiva dela!

–Obrigada!

–De nada, flor! Mas por que fez aquilo?-perguntou ela.

Eu pensei em contar a verdade, mas ela não entenderia então eu disse:

–Eu resolvi mergulhar, mas pelo visto, não sou boa nadadora!-digo com um sorriso meio forçado, tentando fazer com ela acredite.

Mas pelo jeito não funcionou, pois Annie continua me olhando, como se soubesse a verdade.

–Samantha, quando uma pessoa está se afogando, ela fica com os braços levantados tentando se segurar em alguma coisa -ela fez uma pausa e continuou- Você não estava assim, você tentou se matar!

Ótimo! Meu pensamento foi confirmado. Agora o que me resta é tentar explicar a ela o porque. Fico em silêncio por um tempo, tentando achar as palavras certas, só que fica difícil com o olhar de Annie sobre mim.

–Eu não tenho um motivo exato! Foram apenas várias coisas que vieram a tona e aquele parecia ser o único jeito de tudo isso acabar.-as palavras saíram quase que como um alívio.

É verdade! Eu realmente não tenho motivo pra ter feito aquilo, talvez por puro prazer ou sei lá.

–Olha Samantha, eu sei que nós não nos conhecemos direito, mas acho que em parte isso também tem haver com o Kevin. Estou errada?-perguntou ela.

Fechei os olhos, tentando dizer para mim mesma, que ela estava errada mas no fundo eu sei que também foi por causa do Kevin.

–Sim, Annie! Eu sinto muita falta dele, ele se tornou tudo pra mim em tão pouco tempo.-digo enquanto lágrimas desciam pelo meu rosto.

Annie me envolveu em um abraço caloroso e eu retribui.

–Está tudo bem você sentir falta dele. O que vocês sentem um pelo o outro é amor e isso é a única coisa que pode ser considerada verdadeira e pura!

As palavras de Annie eram como se fossem a melodia de uma música que aparece do nada, apenas para tranquilizar sua mente e seu coração.

–Sabe, eu converso quase todos os dias com ele e toda vez ele diz: ''Eu sinto falta da Sam, Annie! Você tem visto ela?''.

Um sorriso se formou em meu rosto ao ouvir essa palavras, aquilo era como uma espécie de sinal de que tem alguém nesse mundo a minha espera.

–Será que algum dia a gente irá se encontrar?-perguntei torcendo para que num passe de mágica ele entrasse pela porta e me abraçasse e dissesse que nunca mais iria me deixar.

–Mas é claro que sim!-disse ela com um sorriso reconfortante no rosto.

Eu sorri e de volta.

–Samantha eu preciso avisar seus pais que você está aqui.-disse ela enquanto se preparava para sair.

–Ok!

Annie saiu e eu encostei minha cabeça no travesseiro, e adormeci.

POV-Ian

Samantha dormia tão tranquilamente, como pode uma menina com uma aparência de boneca ser tão perturbada por dentro? Me viro em direção de Annie que está do meu lado enquanto estamos parados na porta do quarto e digo:

–Annie posso lhe pedir um favor?

–Claro!-disse ela formando um sorriso simpático em seu rosto.

–Ligue para a Allison, à está altura ela já deve estar preocupada!

–Está bem!-diz ela saindo, me deixando parado na porta do quarto.

Resolvi entrar e me sentar na cadeira ao lado de sua cama.

–Oh, minha filha, por que fez isso?-digo olhando para seu rosto, tão branco como a neve, sendo molhados pelas gotas de lágrimas que escorriam de meu rosto.

–Pai...-disse ela em um sussurro, abrindo os olhos bem devagarinho como uma criança.

No momento em que eu ouvi a voz dela, saltei da cadeira e a envolvi num abraço caloroso e reconfortante. Por um momento eu achei que a tinha perdido, a dor que se alastrava em meu corpo só de pensar nisso já era torturante.

–Filha...

Nossas lágrimas caiam ao mesmo tempo, ela estava tremendo assim como eu.

–Pai, me desculpe...-disse ela em meio aos soluços.

–Está tudo bem, princesa! Está tudo bem.

Eu só quero afastar todos os monstros que assombram minha filha, a luz da minha vida. Sei que não estive presente na vida dela e nada irá mudar o passado, mas eu estou aqui agora.

–Se acalme, por favor!-digo olhando dentro daqueles olhinhos azuis que agora estavam vermelhos de tanto que ela chorou.

Depois de inúmeras lágrimas e palavras de consolo, Allison e Lucas chegaram invadindo o quarto. Os dois choravam, soluçavam, Lucas estava em desespero, parecia que a Samantha tinha morrido.

–Ei se acalme, Lucas! Eu estou bem.-disse Samantha consolando o irmão que chorava debruçado em seu colo.

–Sam, você me prometeu que nunca ia me deixar!-disse Lucas.

–Vamos deixá-los a sós!-digo puxando Allison que estava sentada na cadeira.

Annie disse que podia levá-la para a sala dos enfermeiros, e assim segui até a porta branca, e entrei naquela sala. Coloquei Allison sentada no sofá e me juntei a ela, que chorava como eu nunca tinha visto.

–Por favor, meu amor! Não chore, ela está bem.-digo tentando acalmá-la.

–Eu sei, Ian! Mas só de pensar no que poderia ter acontecido...

–Para!-eu a interrompi-Não fique imaginando o que não aconteceu.

–Tem razão, mas não dá!-ela voltou a chorar e dessa vez eu deixei que ela chorasse e falasse tudo o que estava pensando.

Depois de um tempo, ela respirou fundo e se acalmou.

–Olha Allison, nossa filha passou por tanta coisa e só Deus sabe o que ela aguentou. Só que agora é diferente, ela não está sozinha, nós estamos ao lado dela!

Ela sorriu e me deu um selinho. Ah como eu a amo! Allison é a mulher da minha vida e eu a quero para sempre, mas antes tenho que ajudar minha filha.

–Acho que a gente deve voltar pra lá.

–É...mas antes de voltarmos, eu quero fazer amor com você!-digo selando nossos lábios com um beijo cheio de desejo.

Nos distanciamos por falta de ar, eu sorri ao ver a expressão facial da Allison. Ela quer tanto quanto eu! Então comecei beijando seu pescoço, mordendo, chupando e por fim mordendo sua orelha.

–Vem, vamos voltar!-me levantei e estendi a mão.

Ela segurou em minha mão, a puxei e nossos corpos ficaram bem próximos.

–Está bem! Mas você irá pagar caro...-disse ela com um sorriso malicioso. Eu sorri.

Seguimos o corredor, até o quarto da Samantha. Quanto mais nos aproximávamos do quarto, uma melodia invadia nossos ouvidos e quando chegamos na porta do quarto me deparei com a cena mais linda de todos os tempos, meus olhos se encheram de lágrimas quando vi minha filha cantando...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me digam, o que vocês acharam? Please...COMENTEM!!