Ela disse, Ele disse escrita por Beandrader


Capítulo 24
À tona


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeee, olha eu q amorzinho, fiquei com culpa de ter demorado tanto pra postar o ultimo capitulo q me apressei e terminei esse em tempo recorde hahaha esse ai ta cheio das revelação, mas ta dividido pq ia ficar muita coisa pra um só, no próximo vamos ter o fim de tudo q rolou aqui, sei q eu n mereço, mas o numero de reviews caíram né? Nesse q eu fiz com tanto carinho e em tão pouco tempo espero q vcs caprichem! Boa leitura ❤



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– Oi Isabella! Que saudade de você querida, você ta tão linda...olha esses cabelos! - Tia Ana me falava enquanto eu ainda tentava me recompor do susto

– Ahn...obrigada tia...que saudades! - ela abriu aquele largo sorriso, com os grandes olhos castanhos me encarando

– Espero que não tenha problema, de eu ter trazido o Renée comigo...- no momento em que ela falou eu voltei novamente os olhos para ele que me encarava com uma expressão curiosa. Continuava o mesmo...os olhos azuis, o cabelo loiro e bagunçado, e a barba rala, com algumas poucas rugas que o tempo havia lhe dado, mas ainda era ele...ainda era o meu pai.

– Não...- não conseguia falar mais nada, eu ainda estava um tanto abalada com essa aparição tão inesperada. Minha tia entrou e foi quando eu pude perceber que eles estavam de mãos dadas, o que significava que eles estavam...juntos?

– Feliz aniversário querida! - Tia Ana entrou e me deu um beijo no rosto, enquanto Renée - é, eu não conseguia chamá-lo de pai - me encarava com uma expressão indecifrável, porém com um sorriso de lado

– Isabella...você está tão...

– Velha? Magra? Grande? - perguntei irônica e ele tossiu alto e engoliu em seco

– Tão linda...

– Ah ta! Obrigada então! - respondi com hostilidade e quando minha tia ia falar algo que quebrasse o gelo mamãe se aproximou

– Ana minha irmã que bom que você vei....MAS O QUE É QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? - bom, se eu achava que a aparição do meu pai havia me abalado, com certeza parecia que mamãe estava bem mais afetada, depois de seu grito a música da festa parou, e eu senti Pedro se aproximar de mim e segurar minha mão

– Dandara calma...eu não achei que tivesse problemas o Renée vir comigo, afinal fazem tantos anos e...nós estamos juntos agora...- minha tia disse e eu vi o clima que antes era tenso, se tornar insuportável, minha mãe mudou de cor umas três vezes antes de respirar fundo e responder

– Claro...até porque tudo isso é bem normal você não acha? VOCÊ SOME DO NADA SEM ME DAR SATISFAÇÕES, DEPOIS EU DESCUBRO QUE MEU MARIDO, O PAI DA MINHA FILHA ESTÁ ME TRAINDO, ELE VAI EMBORA, VOCÊ JOGA SUA FILHA AQUI NA MINHA CASA SEM MAIS NEM MENOS E AGORA ANOS DEPOIS RESOLVE DAR AS CARAS NA MAIOR NATURALIDADE, DIZENDO QUE PASSARAM ANOS E QUE VOCÊS AINDA ESTÃO JUNTOS? REALMENTE ISSO É BEM NORMAL! - agora era possível ouvir apenas a respiração de todos e logo Gael estava segurando Dandara pela cintura com certeza prevendo alguma ação...violenta

– Eu não fui embora porque eu quis Dandara! Você me mandou embora! - Renée depois de muitos minutos falou e minha mãe gargalhou alto assustando à todos

– Claro, porque sem dúvida eu ia querer ficar com um cara de me colocou um par de chifres na cabeça! - minha mãe gritou e Gael apertou mais a mão em sua cintura

– Acho que um par foi bem pouco viu Dandara...- tia Ana falou debochada e minha mãe olhou pra ela incrédula

– E você...você sabia de tudo isso? - o olha incrédulo de mamãe apertou meu coração, ser traída assim, e tia Ana ainda saber sem ser capaz de contar?

– Claro que eu sei...porque aliás fui eu quem ajudei a colocar! - pois neste momento o queixo de todos ali caiu e eu apertei forte a mão de Pedro

– Como é que é? - uma voz surgida de não sei onde apareceu e logo eu pude identificar como a de Bianca, que se aproximando de nós estava com uma expressão desacreditada

– Filha! Que saudade! - ela correu pra abraçar Bianca que à empurrou

– Não chega perto de mim! - Bianca gritou raivosa

– Filha...o que foi? Que aconteceu?

– Você some por anos, me larga aqui, pra ter que aguentar toda essa gente sozinha, nem do meu aniversário lembra e agora vem me dizer que sente saudade? - Bianca falava rancorosa e eu podia ver seus olhos marejados

– Calma filha...não é bem assim...- Tia Ana tentava contornar a situação que parecia irreversível

– Ah não? E como é então? Que eu saiba, quando eu vim pra cá, o trato era infernizar a vida de todos nessa casa, porque depois de alguns meses você viria me buscar, e eu viveria com você e meu pai, mas não foi bem assim que aconteceu e...- no momento em que eu à ouvi falar "pai" um calafrio percorreu minha espinha e foi impossível não interrompê-las pra acabar com as minhas poucas dúvidas

– O QUE? QUE PAPO É ESSE DE PAI BIANCA? - nem eu sabia que minha voz teria capacidade de sair, mas ela saiu e bem mais alto do que eu imaginei

– É isso ai priminha...ou será que eu poderia te chamar de irmãzinha? Porque afinal é isso que nós somos não é mesmo? - minha garganta se fechou e eu abri a boca várias vezes a procura de uma explicação que logo partiu dela

– O que é que você acha que eu vim fazer aqui? Passear é que não foi! Desde que o Renée praticamente nos expulsou daqui do Rio, a única coisa que a minha mamãezinha pensa é em se vingar de todo mundo, porque afinal é tudo culpa de vocês duas não é mesmo? - ela falava enquanto as lágrimas escorriam, mas sua voz não vacilou em nenhum momento, ela parecia firme, e parecia saber muito bem do que falava. Já eu, nessa hora não sabia nem meu nome, não conseguia raciocinar ou falar qualquer coisa, a única coisa que eu queria era terminar de ouvir aquilo, e torcer pra logo depois acordar daquilo que só podia ser um pesadelo terrível

– Mas o que é que você está falando Bianca? Que loucura é essa? - a voz da minha mãe parecia ter saído com tanto esforço que soava esganiçada, quando olhei pra ela, Gael segurava seus braços e seu rosto estava totalmente vermelho junto com os olhos marejados

– Vocês duas estragaram tudo Dandara! - Tia Ana gritou e ficou frente a frente com a minha mãe, enquanto eu e Bianca continuávamos frente a frente nos encarando sem quebrar o olhar - O Renée queria ficar comigo...ele ia ficar comigo...mas não ficou! Ele ia ficar comigo e com a Bi...mas você engravidou! Ele me largou, e nunca assumiu a Bianca, nunca nem registrou o nome dela...- Ana dizia com o rosto lavado de lágrimas e totalmente vermelho

– Então...então era por isso que você sempre usou aquela desculpa de doador anônimo Ana...pra esconder que a Bianca era um fruto do seu caso com o meu marido! - Mamãe gritou e a tia Ana gargalhou friamente

– Caso? Caso de amor minha querida! Afinal...com quem ele está agora?

– Ele só está com você porque EU om mandei embora! Do contrário ele teria continuado aqui, comigo, com a nossa filha, nossa filha que ele ASSUMIU! - foi ai que o inferno começou, tia Ana deu um tapa estalado no rosto da mamãe que avançou sobre ela e as duas caíram no chão com Dandara por cima, eu não consegui ver muita coisa, porque logo Gael e Renée seguravam respectivamente suas mulheres

– Sua vadia! Vagabunda! Eu tenho nojo de você! Difícil é acreditar que eu nasci da mesma barriga que você sua invejosa! - minha mãe cuspiu as palavras e tia Ana gargalhava - E leva essa garota com você! - mamãe apontou pra Bianca que pôs a mão no coração se fazendo de ofendida

– Eu?

– Você mesma sua nojenta! - eu gritei olhando pra ela e sentia as mãos de Pedro apertarem minha cintura prevendo o pior - Sua vagabunda! Você não vale nada! Nunca valeu nem a merda que fazia no banheiro, egoísta...não gosta de ninguém...só de você, fez um inferno com minha vida esses anos, mas agora, eu não preciso mais passar por isso, nunca mais! - eu gritava e podia ouvir o silêncio mortal que se encontrava minha casa, não caíam lágrimas, o bolo na minha garganta havia saído, mas tudo que eu tinha pra falar ainda não tinha acabado

– Olha só...a mosca morta resolveu soltar o verbo! Vai me xingar agora? Deixa cair essa tua máscara ridícula de menininha tímida! Sua sonsa! Se não fosse por você...meu pai teria ficado comigo...eu teria uma família, não teria sido largada aqui pela minha própria mãe...- Bianca gritava, mas ao falar do "abandono da mãe" a voz falhou e as lágrimas explodiram sobre o rosto dela, que estava vermelho. Então era isso...tia Ana, sempre teve raiva da mamãe por ser a mulher de Renée, enquanto ela era apenas a "outra", e ai, depois que eu nasci, ele largou minha tia, sem assumir Bianca, e ficou conosco até mamãe descobrir da suposta traição, mesmo sem saber quem era, e expulsá-lo de casa. Tia Ana jogou Bianca aqui pra se vingar, sem saber que Renée já havia ido embora, e mesmo depois de descobrir, simplesmente largou a filha aos cuidados da minha mãe...então Bianca que antes era minha prima agora é minha...irmã?

– Ah sua vadia mentirosa...eu vou acabar com você! - fui pra cima dela, apesar de entender o porque de tanto ódio eu não aceitava, e a raiva ultrapassava qualquer autocontrole que eu pudesse ter

– Para com isso Isabella! Você não sabe de nem metade do que ela passou, pra julgá-la desse jeito! - João segurou Bianca pelos braços, e o choro dela continuava, eu arregalei os olhos, e Pedro o olhou confuso, e foi ai que eu decidi que se hoje era a noite das revelações, então que todas fossem feitas

– E você ta defendendo ela porque hein? Ah é, esqueci que você defende porque você é um amigo tão bom, que a pegava enquanto o Pedro namorava com ela, você defende porque assim como a mãe dela, e meu pai, você gosta de trair quem te ama!


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Notas finais do capítulo

Dúvidas e sugestões, criticas e opiniões, estou aqui! @vittimaginar Twitter e falem cmg por lá tb ❤ quem gostou, comenta, surta e me diz o que achou hein? Beijuuuuuuuuuu



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