Ela disse, Ele disse escrita por Beandrader


Capítulo 22
Sampa


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeeee, é, capaz que eu tenha demorado um pouco, mas se já é difícil escrever um cap de sexo, um pós sexo eu acho ainda mais complicado! Enfim, esse cap era só pra encher linguiça mesmo e ele vai servir de gancho pros próximos que estão decisivos e trazem tudo que vcs querem saber e ficam falando no meu ouvidinho! Enfim é isso! Aproveitem e boa leitura 😚



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– Pê...posso perguntar uma coisa? - Bella perguntou, enquanto estávamos deitados olhando pro céu deitados em uma pedra qualquer. Nunca imaginei que iria me sentir assim depois de um momento como aquele. Antes me parecia algo qualquer, como se fosse apenas "foder" alguém, mas não, acabei percebendo que ia muito mais além disso, era sentir alguém de verdade, era sentir algo de verdade, coisa que eu nunca havia sentido antes...parecia maior que eu...parecia amor, na verdade...era amor.

– Claro linda...fala - eu disse acariciando os cabelos dela que estava deitada sob meu peito. Isabella realmente tinha pensado em tudo, havia levado toalhas pra que não ficássemos molhados, e ainda por cima uma coberta pra que a gente pudesse ficar ali deitados nas pedras observando o céu, e a Lua, que brilhava intensamente.

– Como é que você ahn...porque você...ahn...é que eu queria saber...- ela se enrolava em meio as palavras, mas se fosse o que eu estava pensando, dava pra saber do que ela falava.

– Bella eu sou homem! Ando sempre prevenido! - falei risonho e ela levantou a cabeça com uma expressão surpresa

– Ah...então quer dizer que você anda sempre prevenido porque está sempre pensando em sexo? Seu pervertido! - ela exclamou e me deu um leve tapa no peito e eu fiz uma careta

– Ei calma! Pra alguém que teve tanto prazer há tão pouco tempo você ta muito nervosinha não acha? - falei e logo me arrependi. Vi a coloração de seu rosto mudar totalmente pra um vermelho tomate, e eu sabia muito bem que ela não estava assim por vergonha, estava com raiva

– Seu idiota! Não respondeu minha pergunta e ainda fez gracinha com a minha cara ! - agora ela já estava sentada me olhando, e não estava ajudando nem um pouco. Havíamos apenas colocado as roupas íntimas, ou seja, Bella estava de calcinha e sutiã enquanto eu vestia apenas uma boxer preta. Me perdi por não sei quanto tempo, encarando sem pudor algum o tronco desnudo de Isabella e não sei como mas ela quando se deu conta disso conseguiu ficar ainda mais vermelha

– Não linda! Não foi nada disso quer dizer...eu penso em sexo mais que você, mas isso é normal porque sou homem, meus hormônios estão muito aflorados...e te vendo assim tão gostosinha desse jeito, meus hormônios já estão até pedindo arrego...- eu falei rindo e a puxei pra perto de mim de novo, ela se inclinou e me beijou, aquele beijo gostoso, com aquele sabor doce que só ela tinha... Mas como alegria de pobre dura pouco ouvimos um ruído, que por mais que tivesse sido ignorado parecia insistente, então sob protestos de ambas as partes, Bella se separou de mim, e em meio a sua mochila - cheia de bugigangas - conseguiu achar o celular que tocava insistentemente.

(...)

Ligação On

– Alô?

– Alô, Isabella? Aonde foi que você se meteu filha?

– Ah...oi mãe... ér...eu... eu mandei uma mensagem dizendo que ia sair com o Pê...

– Eu sei Isabella, mas já é mais de meia noite! Não acha que essa saída ta demorando muito não? Sei que não costumo te cobrar mas...o Rio anda muito perigoso pra dois adolescentes estarem na rua até essa hora...melhor vocês voltarem!

– Ahn...ta legal mãe...ah ! Será que eu podia dormir na casa da TomTom hoje?

– Na casa do Pedro?

– Na casa da TomTom mãe!

– Pois é a mesma coisa! E eu sei muito bem que você não quer ir na intenção de ver sua "cunhadinha"... pra casa dona Isabella Duarte!

– Ta legal, ta legal...Estamos indo! Tchau!

– Tchau filha, cuidado, beijo!

Ligação Off

– Pê más notícias... temos que ir embora! - falei fazendo um biquinho enquanto pegava minhas roupas e as vestia rapidamente

– Já tava até achando estranho que não tinha ninguém pra atrapalhar a gente...- ele falou emburrado enquanto se levantava e se vestia também. Em alguns minutos eu já havia guardado tudo, e nós já estávamos caminhando pela reserva em direção de volta ao Catete.

Chegando por lá, eu caminhava de mãos dadas com ele, pela praça quando ouvi um latido familiar.

– Simba! - o grandão veio correndo e por pouco não me derrubava, me abaixei pra fazer carinho nele, sem perceber quem se aproximava

– Bella que saudade de você pequena! - Ricardo chegou com seu sorriso iluminado de sempre, e Pedro apenas revirou os olhos quando eu me levantei pra cumprimentar meu amigo

– Oi Cobraa! - o abracei e quando ouvi um pigarro me afastei rapidamente

– Ahm...acho que não vou precisar apresentar vocês dois não é? - bufei irritada. A rixa dos dois me incomodava profundamente. Pedro revirou os olhos e Cobra apertou os lábios com força - Porque se formos recapitular, da ultima vez que vocês se viram estavam até que bem próximos...- falei ironicamente e soltei um riso sem humor

– E eu adorei estar próximo daquele jeito! Quebrando a cara dele! Quem sabe eu até queira repetir a dose...- Pedro cerrou os punhos e tentou chegar perto de Cobra

– Vamos ver quem é que vai apanhar dessa vez guitarrista! - Ricardo falou com um sorriso sacana e Simba uivou anunciando que mais um conflito se aproximava, mas não se eu pudesse impedir, já estava de saco cheio. Respirei fundo e aproveitei a pausa dramática de ambos que se encaravam com fogo saindo pelos olhos

– Agora que as bichinhas calaram a boca, será que dá pra encerrar o papo? - falei irritada e vi quatro par de olhos se arregalarem ao me encarar incredulamente. Ta legal, a essa altura do campeonato eu sabia muito bem que Pedro de bichinha não tinha nada, mas eu precisava fazer algo né? - Vou aproveitar que vocês ainda estão calados e vou esclarecer uma coisa pros dois manés! - me virei para Cobra que me olhava um tanto confuso - Cobra o Pedro é MEU namorado, e nada do que você disse vai mudar isso! - me virei na direção contrato encarando o guitarrista que me encarava incrédulo e com um sorriso vitorioso no rosto - E Pedro, o Ricardo é meu amigo, e essa palhaçada de ciúme comigo não cola não ouviu? Agora o recado é pros dois! Aceitem que dói menos! - falei e dei um selinho rápido em Pedro que ainda me encarava perplexo e sai andando em direção a minha casa.

Os dias que se passaram foram até que tranquilos. Eu tive que continuar frequentando a terapia que era cheia de malucos, mas aquilo realmente estava me fazendo bem. Eles se tornaram meus amigos, de um jeito torto, mas ainda sim eram meus amigos. Por falar em amigo, Antônia era uma amiga que estava radiante, há algumas semanas havia conhecido um garoto, um novo lutador da academia do mestre Gael que tinha mudado a pouco tempo pra cá com sua avó. A praça José Wilker que antes era tão vazia apenas com aquele chafariz sem graça, agora dispunha de uma banca de jornais, comandada justamente por dona Dalva, uma velhinha de cadeira de rodas e muito da malcriada, ela era a avó de Carlos Eduardo, o Duca, novo...ahm...eu não sei exatamente o que ele era da TomTom, só sei que eles estava ficando e que ela estava muito feliz, e minha amiga feliz, eu também estava!

Por falar em felicidade quem andava um tanto triste era Bianca. Minha prima estava sempre cabisbaixa e quieta, nem parecia a mesma pessoa. Na escola ela sumia no intervalo, e em casa estava sempre fechada no quarto sem conversar. Minha mãe não parecia tão preocupada, e eu acabei descobrindo que era porque ela sabia qual era o problema. Um dia ouvi uma conversa dela com o Gael, dizendo que Bianca estava sentindo falta da mãe, e que estava assim principalmente porque o aniversário dela estava chegando e ela sabia que mais uma vez a mãe não daria as caras e só mandaria um cartão com dinheiro à ela. O aniversário de Bianca era uma semana antes do meu, então se o dela se aproximava o meu consequentemente, e logo eu seria maior de idade e poderia ser livre. Por isso também que eu nunca mais havia visto minha prima com algum garoto...desde...desde o João. Esse sim estava irritado, não sei se tinha levado um fora da minha prima, mas sei que sempre que ele via TomTom com Duca dava um jeito de alfinetar o casal como podia. Ele estava próximo de Pedro novamente, sabia que eu não falaria nada, não ia estragar a amizade dos dois com algo que não valia mais a pena.

– Como estamos hoje? - Chico, nosso médico perguntava mais uma vez. Hoje era sábado de manhã cedo, uma exceção, em que estávamos fazendo a sessão pois a clínica tivera alguns problemas durante a semana que acabara atrasando as consultas

– COMO VAI VOCÊEE...EU PRECISO SABER DA SUA VIDA...NÃO SEI SE GOSTO MAIS DE MIM OU DE VOCÊ...- Joaquina com mais um de seus ataques musicais respondia primeiro sentada de frente a Chico no costumeiro círculo que fazíamos

– É...ta ótima né Jo? - Chico falava coçando a nuca tentando controlar o riso, realmente, Joaquina era doidinha

– Todo mundo já notou, agora é minha vez de falar! - Rico, gêmeo de Guta erguia os braços com a voz um tanto fina demais, talvez estivesse em mais uma crise de personalidade na qual trocava com a irmã

– Claro Rico, conte como foi sua semana! - Francisco falou animado e o garoto fez uma careta

– Rico nada! Ta brincando com a minha cara doutor? Eu sou a Guta! - ele falou e todos seguraram o riso. Uma de nossas regras inquebráveis era nunca rir um do outro. Todos ali eram cientes de que precisavam de acompanhamento e precisavam da terapia tanto quanto o outro então rir, significava rir de si mesmo, ofender o outro era ofender a si mesmo. Ali todos eram iguais.

– Xiii...ta brisadão ó lá...fumou um baseado violento né Chico? - Guta falava com a voz grossa, tentando claramente imitar a do irmão que agora lixava as unhas sem se preocupar com o mundo a sua volta

– Não Guta...- o doutor respondeu passando a mão pelos cabelos bagunçados e respirou fundo, teria que ter paciência - Não fumei nada, agora vocês dois né? Pelo visto não estão tomando a dose certa dos medicamentos o qual eu receitei !

– Claro que estamos xuxu, estamos ótimos afinal de contas, não ta vendo não? Sem falar que esses remédios são ótimos, fizeram um bem pra minha pele que é uma loucura! - Rico respondeu alisando o próprio rosto e Francisco tampou o rosto com as mãos suspirando alto

– Ahan claro...Mas eu como seu médico tenho que esclarecer que na verdade você não é a Guta, você é o Henrico, irmão gêmeo dela, e está tendo mas uma de suas crises de transtorno de personalidade...

– Eu discordo! - Bárbara interrompeu levantando-se da cadeira com uma mão levantada, e eu pude ouvir Jade cochichar ao meu lado, mas não baixo o bastante

– Lá vai a revoltadinha do Flamengo! - Jade falou recebendo um olhar reprovador de Chico que ainda tentava entender do que é que a ruiva discordava

– Discorda do que Bárbara? - Francisco perguntou a contra gosto

– Acho que cada um tem o direito de ser o que quiser, se o Rico quiser ser a Guta e vice-versa é um direito deles! - ela disse com as mãos levantadas e gesticulava muito. Francisco tentou rebater mas parecia não dar certo, porque ela era cheia dos argumentos. Enquanto a ruiva revoltada discutia com o médico, e Joaquina fazia mais uma de suas performances musicais mais um maluco apareceu

– Ta calor aqui né? - Lírio, o narcisista resolveu se manifestar e arrancou a camisa em um súbito. Eu e Jade nos olhamos segurando o riso, aquela manhã ainda iria render muito.

– Nossa hoje ta calor aqui hein? Filial do inferno meu Deus! - Jade falava se abanando enquanto saíamos da clínica, ainda era cedo, talvez desse tempo pra aproveitar a manhã perfeitamente

– O dia ta lindo né? Bem que a gente podia fazer alguma coisa o que acha? - sugeri animada e ela revirou os olhos

– Claro, dai vamos nós três! Eu, você e o seu namorado gostoso e tudo de bom! - ela disse com uma voz afetada levando um tapa meu no braço logo depois

– Ai Jade para de ser reclamona! Não vai passar o dia enfurnada em casa né? - eu perguntei e o rosto dela se iluminou

– Claro que não Bells! Marquei de sair com a minha prima de São Paulo que veio pra cá, Victoria! Acho que vocês deviam se conhecer, ela ia te adorar! - ela disse batendo palmas e na mesma hora meu celular tocou

Ligação On

– Oi Pê!

– Oi Bella! Já saiu da clínica?

– Já sim porquê?

– Sua mãe e sua prima, meus pais e o Gael e família marcaram de ir pro clube hoje pra aproveitar o dia bonito, já estão todos lá, eu disse pra sua mãe que ia depois com você, vamos?

– Ahan! E eu ainda tenho companhia!

– Jura? Que bom! Vai pra casa e se troca, quando tiver pronta me avisa pra eu ia te buscar tabom?

– Pode deixar! Beijo!

– Beijo linda, até mais tarde!

Ligação Off

(...)

– Ai Bells, não acredito que você conseguiu me convencer a dispensar o shopping e vir pra um clube junto com a sua "família"! - Jade resmungava enquanto estacionávamos no clube. Pedro e eu estávamos no banco de trás e sua prima Victoria estava na frente com ela.

– Agora que já esta aqui parar de resmungar e vamos entrar e curtir essa piscina! - falei saindo do carro acompanhada pelos outros três

– Ah não sei porque ela esta achando tão ruim, eu curti a ideia de vir pra cá ! Shopping eu tenho em São Paulo, aqui eu quero é praia, sol e piscina! - Victoria dizia batendo palminhas. A garota parecia realmente muito legal, tinha cabelos pretos curtos e mais claros nas pontas, tinha estilo, e apesar da vozinha fina, era muito simpática

– Ah Vicky você também contra mim? Fala sério! - Jade bufou e pegou sua bolsa enorme colocando no ombro e todos nós entramos no clube. Estava cheio, mas logo consegui achar as nossas famílias e nos aproximamos

– Oi gente! - falei abraçada a Pedro, Delma, minha mãe e Bianca estavam deitadas na espreguiçadeira, e viraram simpáticas

– Oi filha!

– Oi casal! - Delma cumprimentou simpática

– Oi gente! - Bianca falou e todos olhamos surpresos, ela andava tão quieta que ouvi-la nos cumprimentar assim era até estranho. Ate que eu ouvi um pigarro e lembrei que havia esquecido de apresentar as meninas

– Ahn...gente, essa aqui é a Jade, minha amiga, e essa é a Victoria prima dela - apresentei as garotas e Jade acenou com um sorriso amarelo

– Podem me chamar só de Vicky mesmo, prefiro assim! - Vicky sorriu simpática, e na mesma hora pude ver os garotos saindo da piscina

– Opaa...Oi Vicky, muito prazer...sou o João, a seu dispor...- João surgiu e beijou a mão da morena que sorriu sedutora e a troca de olhares entre os dois, fez eu e Pedro segurarmos o riso, Johnny era mesmo um galinha

– Prazer Johnny...- Vicky respondeu simpática e ouvimos um pigarro de longe que eu pude identificar como sendo de Bianca

– Ah...você não parece carioca, veio de onde hein Vicky? - Bianca perguntou e eu consegui identificar a ironia na voz dela, aquilo era...ciúmes?

– Vim de São Paulo!

– E depois ainda me dizem que não tem amor em Sampa! - João falou rindo e ignorando minha prima que bufou

– E ai gente! - Ricardo se aproximou sorrindo e eu pude ver os olhos de Jade brilharem ao vê-lo

– Oi... Prazer...Jade Gardel! - minha amiga assanhada deu um beijo no rosto de Cobra que ficou sorrindo abobalhado e eu já conseguia enxergar um romance por ali


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? COBRADE chegandoooooo, e Jovicky? Hahaha não é oficial eu só coloquei pra divertir um pouquinho vcs hahaha enfim, o próximo começa as verdades e espero q vcs fiquem muito ansiosos! Não se esqueçam, duvidas e opiniões, criticas e sugestões, estou sempre a disposição e no tt tb! @vittimaginar então é isso...beiju ❤



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