Linked By Love escrita por Dianna Lea


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oii :D Desculpem pela demora :/...Estou sem net no computador >



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Rachel

Durante todo o caminho para minha casa, eu estava completamente perdida em pensamentos... Quinn havia chorado, e se ela realmente mudou?!

Droga!

Preciso conversar com ela, pedir desculpas talvez? Sim, devo pedir desculpas. Ao chegar em casa só percebi a presença de meus pais quando já estava no meio da escada, indo em direção ao meu quarto.

–Rachel? – Papai Leroy chama minha atenção

–Sim?

–Esqueceu do seu compromisso de hoje? – Quem fala dessa vez é meu pai Hiram.

Merda!

Como eu pude esquecer-me disso?! Claro que eu iria esquecer, certa loira que está constantemente em meus pensamentos me faz esquecer qualquer outra coisa.

–Temos que ir agora? Não dá para esperar mais um pouco? Queria descansar um pouco – Tento adiar esse encontro com a policia, preciso pensar no que vou dizer a eles.

–Rachel Barbra Berry, você não vai fugir mais uma vez desse encontro e não invente mais desculpas – Papai Leroy fala em voz alta.

Suspirei e desci as escadas, indo em direção a eles.

–Vamos logo então – Disse revirando os olhos.

Meus pais se encararam por um segundo, logo em seguida assentiram, e foram em direção a porta...

O caminho até a delegacia foi feito em silêncio, de cinco em cinco minutos meu pai Hiram olhava para mim, e eu sempre estava da mesma forma. Olhando através do vidro, vendo casas e casas ficando para trás. 15 minutos depois estávamos parando no estacionamento da delegacia.

–Vamos? – Papai Leroy fala comigo, me fazendo assim sair do labirinto de pensamentos em que eu ia entrar e esquecer tudo mais uma vez.

Quinn

Vi alguns jogadores de futebol intimidando uma garota, acho que ela é nova aqui. Quando eles iam jogar raspadinha na pobre garota alguém interrompe. Rachel?

Passei toda a manhã tentando evitá-la, fugindo até mesmo de encontros com olhares. De onde eu estava não conseguia ouvir o que Rachel falava para o idiota do Karofsky... O vi sair de perto dela rapidamente junto com os outros jogadores, logo em seguida a garota nova a abraçou, e Rachel correspondeu o abraço, dando um beijo no topo da cabeça da garota logo em seguida.

–Mas o que? – Sussurrei para mim mesma.

Então é por isso que nosso beijo foi um erro? Calma, Fabray. Não foi nada demais, talvez elas sejam só amigas, mas de onde elas se conhecem?

Olhei para elas novamente, e ainda estavam abraçadas. Havia algumas pessoas no corredor e todos estavam olhando para elas, nesse exato momento Rachel resolveu olhar em volta, parando o olhar em mim... O sustentei por alguns segundos, sai rapidamente logo em seguida.

Fui direto para casa, não quero causar acidentes em nenhuma cheerio hoje. Sim, estou faltando pela primeira vez um ensaio das cheerios, e sim, a culpa é da Berry... Mais uma vez eu digo, SIM, estou com ciúmes.

Ao chegar em casa vejo meus pais e minha irmã na sala, espera um minuto, eles estão jogando? É isso mesmo? Oh! Isso está ficando cada vez mais estranho; ta legal... O que aconteceu com os meus verdadeiros pais? Primeiro eles aceitaram numa boa os sentimentos que tenho pela Rachel, agora estão mais presentes na minha vida e na de minha irmã.Tenho que levar a sério mesmo toda aquela conversa de mudança, e de serem pais melhores.

–Quinnie – Mamãe fala assim que me ver.

–Querida, jogue conosco – Papai fala animado...

–Não, papai, não estou muito bem agora, depois talvez – Tentei dá um sorriso, o que não deu muito certo; creio que saiu mais como uma careta. Meus pais e minha irmã de entreolharam por alguns segundos, logo depois os três estavam me encarando com uma sobrancelha arqueada.

–Aconteceu alguma coisa, Quinnie? – Perguntou Frannie

–Não, não aconteceu nada – Tento mentir, o que não deu muito certo. Minha irmã intensificou ainda mais o olhar para mim. Como que dizendo “Não adianta mentir para mim, eu sei que tem algo errado ai.”

–Vou para meu quarto descansar um pouco – Falo saindo rapidamente da presença dos três, antes que me façam alguma outra pergunta.

Chegando ao meu quarto joguei a mochila em um canto qualquer, e os outros livros na mesinha de estudo perto da porta ao qual foi aberta por uma loira, de olhos azuis. Parecida comigo, a não é claro pelos olhos, os dela são azuis e os meus são verdes com pequenas gotas douradas.

–Frannie? O que você quer? – Pergunto me deitando na cama.

Ela andou até a cama e deitou-se também.

–Quero saber a verdade, e não tente mentir, eu sei que aconteceu algo e tem haver com a Rachel, não é? – Ela pergunta.

Frannie e eu só tivemos uma à outra por muito tempo, nossos pais viviam viajando a trabalho. Sempre nos ignorando... Até que um dia Frannie sofreu um grave acidente, os médicos disseram que foi um verdadeiro milagre ela está viva. Desse dia em diante meus pais mudaram, passaram a ser mais dedicados a nós duas, sempre nos apoiando em qualquer coisa. Por sermos apenas nós duas por muito tempo Frannie me conhece muito bem, e sabe exatamente quando estou mentindo. Então resolvi contar a verdade para ela.

–Ontem eu fui a casa de Rachel para fazermos um trabalho – Comecei.

–Sim, eu sei, conta logo – Ela pediu impaciente.

–Calma, e não me interrompa, Francine – Brigo com ela, ela apenas revira os olhos.

–Então não enrola e vai direto ao ponto.

–Eu a beijei – Falo rapidamente.

–O QUE???? Como? Onde? Na casa dela? COMO FOI? Explica isso direito, Quinnie – Frannie estava fazendo várias perguntas ao mesmo tempo, e andava de um lado para o outro, já estava ficando tonta com isso.

–Frannie? – A chamei, ela não ouviu, continuou a tagarelar.

–FRANNIE? – Gritei e dessa vez ela me ouviu, não só ela, mas nossos pais também, porque no segundo seguinte estavam no meu quarto com expressões de preocupação em seus rostos.

–Vocês estão bem? – Papai perguntou.

Fuzilei Frannie com os olhos, uma ameaça silenciosa “te mato mais tarde, Francine”...

–Estamos sim, papai – Respondi olhando para ele e mamãe que soltou uma expressão de alivio.

–É que ouvimos você gritando e... – Antes que ele prosseguisse, eu os cortei.

–Estávamos apenas brincando, e vocês sabem como a Frannie é, só gritando para ela parar de ficar tagarelando.

Frannie fez uma cara emburrada, meus pais sorriram e logo em seguida saíram do meu quarto, deixando Frannie e eu sozinhas novamente.

–Agora pode me contar tudo – Frannie diz e senta ao meu lado na cama.

–Não há nada o que contar, eu só a beijei e ela disse que foi um erro isso ter acontecido. E hoje eu a vi abraçando uma garota nova lá do colégio – Falei, estava tentando ao máximo não chorar, mas as lágrimas rolavam livremente pelo meu rosto.

–Ah, Quinnie, sinto muito – Minha irmã fala me abraçando... – Mas você devia falar com ela.

–Falar o que? – Pergunto olhando para minha irmã.

–Vocês só precisam conversar, tenta ser amiga dela, e depois quem sabe outra coisa. Você já fez muito mal a ela e pode ser que ela pense que isso é só mais uma brincadeira sua.

–Vou tentar...

Rachel

Já estávamos a exatos 20 minutos na frente do detetive e daquele peixe boi que ele chama de parceiro. Contei toda a história, e eles continuam a fazer as mesmas perguntas.

–Então senhorita Berry, porque não avisou aos seus pais que estava viva? Que estava apenas dando um “tempo” longe de todos como você mesma disse. – Detetive Spad perguntou olhando para mim com aqueles olhos verdes penetrantes.

–Eu já respondi essa pergunta – Falei impaciente.

–Rachel! – Meu pai Hiram repreendeu meu tom de voz.

Suspirei e respondi novamente...

–Precisei de um tempo para mim mesma, todos os meus amigos me odiavam ou ainda me odeiam. – Falei sem emoção nenhuma, já havia aprendido e superado tudo isso.

–E porque eles odiavam você? Ou odeiam? – Ele perguntou.

–Quantas vezes vou ter que responder as mesmas perguntas? – Eu pergunto com apenas um resquício de paciência.

–Quantas vezes for preciso, até me convencer... – Ele diz firme.

–Está dizendo que eu estou mentindo? – Perguntei já sentindo a raiva crescer dentro de mim.

–Não, claro que não, só que ainda não me convenci dessa sua história de tempo – Ele fala. Espera ai, ele foi irônico. Vou matar esse detetivezinho de quinta categoria.

Calma, Rachel respira e fica calma. Não estrague tudo...

–Você não viu as noticias sobre você nos jornais? – Ele torna a perguntar.

–Não, tentei me manter longe de tudo, quando enfim eu vi, resolvi voltar para casa.

–Como conseguiu ficar todo esse tempo fora de casa sem pedir ajuda de seus pais?

–Ainda há pessoas boas nesse mundo – Respondi secamente.

–Sim, existem...

–Não estou me sentindo muito bem – falo olhando para meus pais. Pedindo alguma ajuda silenciosa.

–Ela pode continuar com esse interrogatório depois? – Papai Leroy perguntou ao detetive, ele apenas assentiu.

Permitir-me soltar um suspiro de alivio já dentro do carro, meus pais continuaram com os olhares preocupados em minha direção. Eles resolveram ir por outro caminho, às casas desse lado da cidade eram enormes, elegantes. Espera, Quinn mora desse lado da cidade. E ela estava ela nos meus pensamentos novamente, isso já está começando a ficar chato.

Estávamos perto de sua casa já, meus pais conversavam entre si e eu olhava fixamente para fora da janela...

–Pai para aqui, por favor – Disse sem pensar.

Pai Hiram olhou para mim me questionando.

–Por favor – Pedi mais uma vez e ele o fez.

–O que houve, Estrelinha? – Papai Leroy pergunta

–Preciso conversar com uma pessoa que mora aqui – Digo apontando para a casa enorme.

–Mas essa é a casa dos Fabray’s – Pai Hiram diz confuso.

–Sim, eu sei. – Falo já saindo do carro.

–Espera, Rachel.

–Sim, pai? – Pergunto sem entender.

–Você já está se sentindo melhor? – Ele pergunta preocupado.

–Sim, pai, estou bem.

–Quando quiser ir para casa me ligue, virei lhe buscar – Dessa vez foi papai Leroy quem disse.

–Não precisa, vou caminhando e eu sei que é muito longe, mas eu preciso relaxar um pouco e caminhar faz bem – Falo antes mesmo de eles dizerem algo mais, eles assentiram e foram embora.

Encarei a casa à minha frente, e suspirei. Andei lentamente até a entrada, fiquei olhando por dois minutos a campainha... O que estou fazendo aqui mesmo? Droga! O que vou dizer a ela?

Apertei a campainha e esperei... Vamos lá, Rachel, fica calma. É só pedir desculpa e tentar ser amiga? É tentarei, tentar ser amiga de Quinn Fabray. Estou ficando louca.A porta a minha frente se abre e...

–Rachel?

–Quinn...


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Notas finais do capítulo

Comentários? Até o próximo ^^