Linked By Love escrita por Dianna Lea


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Heeeey, eu voltei, e espero que ainda tenha alguém lendo. Volto com o último capítulo em dois dias.



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Capítulo 30

 

Rachel

 

—Está fácil demais, muito fácil. - Ouvi o detetive murmurar.

 

 

—Fácil? Quinn está desaparecida há mais de uma semana, deveríamos conseguir encontrá-la apenas após alguns meses? - Falo completamente irritada.

 

 

—Pense com clareza, Berry. É do Alec que estamos falando, ele sempre pensa em todos os detalhes, por menores que sejam. - Ele dizia igualmente irritado.

 

 

—E então como sugere que façamos? - Finalmente me rendo.

 

 

—Vocês não iram fazer nada, eu irei até Alec, isso não precisa virar uma guerra. Eu tentarei conversar com ele. - Ele disse calmo dessa vez. O olhei com os olhos arregalados, e a boca levemente aberta, para logo em seguida sentir a raiva percorrer meu corpo.

 

 

—Esse é seu plano? Você é idiota? Pensa em chegar lá e dizer "Oi, Alec. Lembra de mim? Sou eu, seu irmão, estou vivo.. Agora solte a Quinn e vamos nos abraçar." - Ironizei balançando as mãos no ar de um lado para o outro.

 

 

—Eu não ia dizer nada, mas cara, você é muito idiota. Alec é um maníaco, ele não vai simplesmente conversar.- Ouvi Ian falar seriamente para o detetive.

 

 

—Uma luta não vai resolver nada. - Diz apenas isso.

 

 

—Mas é claro que vai, eu vou matá-lo, e então tudo se resolve. - Digo entre dentes.

 

 

—Ele é meu irmão, Rachel Berry. - Vejo uma faísca perpassar pelos olhos do detetive.

 

 

— E a Quinn é a MINHA VIDA, eu não vou e não posso perdê-la. - Grito exaltada, mas logo busco uma voz controlada e decidida.

 

 

—Você não vai perdê-la, me deixe fazer do meu jeito, está bem? Confie em mim. - Pede controlado.

 

 

Um gargalhada escapa pela minha garganta.

 

 

—Você só pode está louco se acha que confiarei em alguém que tem o mesmo sangue de Alec. - Rio incrédula.

 

 

— O caráter não vem do sangue, Rachel. - Pude detectar uma certa mágoa em sua voz.

 

 

—Tudo bem. - Ian quebra o silêncio que se instala no local. - Supondo que aceitemos o seu plano. O que irá dizer para Alec? Isso é claro, se ele permitir que chegue perto antes mesmo de mandar matá -lo. - Ian encarava o detetive de forma pensativa, passei a encará-lo também após essa pergunta. 

 

 

—Sinceramente? Eu não faço ideia, há tanto que eu o procuro, e agora que estou perto não faço a menor ideia do que dizer, ou fazer.

 

 

—Isso só pode ser brincadeira. - Resmungo irritada. - Ian, faça uma escala com os nossos melhores lutadores, quero atiradores também, os melhores à longa distância. Quero Izzy aqui, diga à ela que esteja aqui o mais rápido possível, não quero perder mais tempo. - Ordena sem deixar de encarar o detetive que a encarava balançando lentamente a cabeça de forma negativa.

 

 

— Vai acabar cometendo um erro. - É tudo o que ele avisa após sentar em uma cadeira próxima a mesa.

 

 

— Pode ser. - Me retiro o mais rápido possível daquele local.

 

*-**-**-*

 

— Mamãe. - A voz doce de Nicole me fez voltar ao momento presente.

 

 

— Sim, meu amor. - Olho na direção da voz, e vejo minha pequena sentada no terceiro degrau da escada.

 

 

— Você encontrou a Quinnie? - Ainda havia farelos de trigo no cabelo de Nicole, a ponta do nariz estava com uma pintinha de chocolate.

 

 

— Eu espero que sim, meu anjo. - Me aproximo, e à pego no colo.

 

 

— Quando você irá buscá-la? Sinto falta da Quinnie. - Seus pequenos dedos brincavam com as pontas dos meus cabelos, enquanto eu subia calmamente a escada com Nicole no colo.

 

 

— O quanto antes, logo ela estará aqui. - Entro no quarto da pequena.

 

 

— Promete? Jure para mim. - Ela encarava meus olhos fixamente.

 

 

— Prometo, e juro pela minha vida. - Encaro seus olhos também.

 

 

— Agora vamos tomar banho, senhorita. Você está parecendo um bolinho cru com toda essa farinha no cabelo. - Dou uma leve bagunçada em seus cabelos loiros, e aperto seu nariz levemente fazendo-a rir.

 

 

— Eu sou um bolinho gostoso. - Minha pequena sorria. Há dias que eu não via esse sorriso em Nicole, há dias que não havia essa expressão de alegria no rosto da minha loirinha.

 

 

— Com toda certeza você é.

 

 

Balanço minha cabeça levemente e solto uma risada. A pequena estava ligada à mim e a Quinn mais do que eu imaginava.

 

—RACHEL - Um grito me tira da bolha em que eu me encontrava, enquanto observava Nicole na banheira.

 

 

Corri o mais rápido possível em direção a voz, era Brittany. A loira chorava e sorria apontando para o quarto com uma expressão totalmente incrédula.

 

 

—A San, ela... -Gagueja - Deus, minha San está viva. - Ela finalmente explode em um choro aliviado.

 

*-*-*-*-*-**

 

Quinn

 

Alec me analisava minuciosamente, seu olhar me causava náuseas. Seu toque arrepiava minha pele, mas não de um jeito bom como o de Rachel.

 

 

—Bom, está perfeita, Querida. - Ele sorria de um jeito assustador.

 

 

—Eu não entendo, porque tudo isso? - Não consigo me controlar, eu precisava de mais respostas.

 

 

—Eu já disse o que aconteceu. - Podia perceber que ele estava contendo a voz.

 

 

—Não, eu quero a história toda, todos os detalhes. - Endireito o corpo, e mantenho um olhar firme, como a Ice Queen que sempre fui.

 

 

—Pois bem, lhe contarei tudo, saberá que o seu "amorzinho"... -Diz com desdém. - É pior do que eu. - Sorrir assustadoramente.

 

*-**-*-*-*

 

 

Rachel

 

Santana ainda estava meio verde? Não sei dizer bem que cor era aquela, mas ela estava viva, e isso era o bastante, certo? Certo!

 

 

—Ei latina teimosa. - Chamo suavemente. Os seus olhos ainda estavam desfocados, as olheiras não ajudavam muito, mas ela ficaria bem.

 

 

—Rachel? O que aconteceu? - As sobrancelhas negras ergueram-se, e direcionou um olhar confuso para Brittany que chorava e sorria ao mesmo tempo.

 

—Como se sente? - Ignoro sua pergunta. Me aproximo para analisar sua temperatura, e a pulsação. Cada vez mais rápido, firme. 

 

 

—Estranha. - Sua voz sai grave.

 

 

—Isso você sempre foi, Santana. - Brinco, mas não ganho um sorriso, menos ainda qualquer xingamento.

 

 

Vejo seus olhos arregalarem do nada.

 

 

—Onde está, Quinn? Como cheguei aqui? Cadê a Quinn, Rachel? - Ela repete a pergunta gritando nervosa.

 

 

—Você precisa se acalmar, Santy. - Brittany intervém tocando suavemente no ombro da latina.

 

 

—A Quinn está bem, logo ela estará aqui, mas agora não tenho tempo para explicar. - Vejo-a se acalmar com o toque da loirinha, quem é a revenants ali? Deixo escapar um sorriso.

 

—Rachel... - Paro no meio do corredor, Brittany estava sufocando Santana em um abraço, e a latina por mais que exibisse caretas de dor, apertava ainda mais a sua loira, era um momento só delas.

 

 

—Obrigada. Santana está viva, e.... - Ela chora desesperada. Foi instintivo o que eu fiz, puxei-a para um abraço apertado.

 

 

—Não me agradeça, isso não teria acontecido se eu não tivesse voltado. A culpa foi minha. - Murmuro contra seus cabelos.

 

 

—Você não tem culpa de nada, nós te amamos, Rachel. A Quinn te ama, e aqui é sua casa, onde as pessoas que você ama estão. - Ela se afasta para me encarar.

 

 

Eu não queria discutir com Brittany, a culpa era toda minha sim, eu amo essas pessoas, e por isso devia ter ficado longe, para o bem de todas.

 

 

—Tudo bem, vá ficar com Santana agora... - Limpo suas lágrimas fazendo-a sorrir abertamente. - Não posso mais me demorar. - Sorrio de lado.

 

 

—Certo. Vai dá tudo certo, Rach. Eu sei que vai. - Sinto um beijo rápido em minha bochecha, e então me vejo sozinha no corredor novamente.

 

 

—Eu espero que sim, Brittany. Espero mesmo. - Murmuro para mim mesma, meus dedos involuntariamente tocam as linhas finas do pulso.

 

*-*-**-*-*

 

Flashback

 

—Ele virá mesmo? - Pergunto ansioso.

 

 

—Claro, Alec, se acalme. - Sorrir tranquilo.

 

 

—Eu não consigo me acalmar, Adam não é confiável. Ele aceitou fácil demais. - Murmuro andando de um lado para o outro. Sinto mãos quentes puxarem meus punhos, e me fazerem parar aquela caminhada inquieta.

 

 

—Se acalme, Querido. Tudo dará certo. - Depois daquele sorriso, eu conseguiria acreditar em tudo, aqueles olhos puxados, os cabelos espetados. Magnus era tudo, tudo o que eu sempre quis.

 

 

—Certo, parem com isso, vocês são gays, mas não precisam ser tanto assim. - A voz de Jace era brincalhona.

 

 

—Você precisa arrumar alguém, irmão. - Devolvo sorrindo mais tranquilo.

 

 

—E o que faz você pensar que... - Foi interrompido bruscamente por uma flechada no peito.

 

 

— Mas o que? - Eu não conseguia falar, não conseguir reagir, tudo mudou em questões de segundos. O armazém ao qual esperávamos por Adam, foi atacado. Flechas, barulhos de bombas eram ouvidas, bombas? Eu conhecia todas aquelas coisas, foram alteradas, todas estavam com símbolos celtas, e coisas rabiscadas em latim.

 

 

Alterados exclusivamente para nos matar.

 

—ALEC SAIA DAQUI. - A voz de Magnus perfurou a barreira que até então estava me impedindo de fazer algo.

 

 

—SAIA DAQUI, MEU AMOR. - Gritou mais uma vez, para que sua voz fosse ouvida acima de todo aquele barulho.

 

 

—Não, a gente consegue detê-los. - Tirei o casaco grosso, e já afrouxava a camisa fina que estava por baixo.

 

 

—Não, sinto que são muitos. Foi uma emboscada, saia daqui, por favor, eu vou segurá-los. - Conseguia ver pontas azuladas em seus dedos. Magnus possuia uma dom extra, não era lá grandes coisas, apenas alguns truques de mágica.

 

 

— Não posso deixá-lo. Não me peça isso. - Eu não era do tipo que demonstra sentimentos, mas naquele momento, eu podia sentir ódio, amor, medo, um medo terrível de perder às pessoas que consegui tão arduamente amar.

 

 

—Eu vou está logo atrás de você, vá... Por favor, Alec. Não posso deixar nada acontecer com você. - Ele estava virado para mim nesse momento. E nesse mesmo momento às portas do armazém explodiram, e como anjos vingadores, lá estavam Adam, Rachel, Ian, e o resto de sua 'prole' miserável.

 

—Vá, Alec. - Magnus gritou no momento em que outra flecha veio, e acertou seu peito. Vi suas pernas trêmulas, os olhos castanhos exibiam amor, o mais lindo e puro amor, e eu sabia que era tudo por mim.

 

 

Senti um impulso forte, como se algo invisível me jogasse para bem longe dali, e jogou. Fui jogado contra às janelas altas, atravessando-as e caindo de mal jeito muitos metros à frente.

 

 

Estava atordoado demais para levantar, esse não era eu, eu não era tão incapaz assim, não era tão fraco. A explosão do armazém aconteceu em seguida, alta, e intensa demais para qualquer um sobreviver, ainda mais quando tudo tenha sido alterado.

 

 

Ouvi passos se aproximando, e eu não tinha forças para descobrir quem era, eu desejava tanto que fosse Magnus.

 

 

—Vocês são tão desprezíveis. - Uma risada rouca foi ouvida.

 

 

—Achavam mesmo que teriam um acordo? O equilíbrio precisa ser mantido, e você vai cuidar para que isso aconteça. Não tente mudar novamente, verme imundo. - Pelas frestas dos olhos, eu consegui ver um sorriso maldoso, e então os olhos com uma sombra maligna apareceram, era Adam.

 


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Notas finais do capítulo

Comentem, se ainda tiver alguém, mas comentem se gostarem viu gente, não só continua ou carinha. Isso me broxou bastante antes. Enfim, até o próximo e último.



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