How To Save Two Lives escrita por Mor Sega


Capítulo 12
Capitulo 11: Broken Crown/Invence No


Notas iniciais do capítulo

Cheguei de novo, mas antes de sabermos mais sobre a condição de Hans! Mas antes eu queria avisar que, na medida do possivel, os capitulos vão sair toda quarta-feira e sábado, OK?
Playlist:
Capitulo 1:
Eleanor Rigby - The Beatles
Cool Kids - Echosmith
Capitulo 2:
The Monster - Rihanna e Eminem
Capitulo 3:
Frozen - Within Temptation
Capitulo 4:
Caractère -- Joyce Jonathan
Capitulo 5:
Into My Arms - Nick Cave
Slipping Through My Fingers - ABBA
Capitulo 6:
Give Us a Little Love - Fallulah
Illuminated - Hurts
Capitulo 7:
A la faveur de l'Automne - Tété
Never Say Never - The Fray
Capitulo 8:
Wasting My Young Years - Londom Grammar
All These Things That I've Done -- The Killers
Capitulo 9:
Everybody Wants to Rule the World -- Tears for Fears (Lorde)
Capitulo 10:
I Cried Like a Silly Boy - DeVotchKa
Capitulo 11:
Broken Crown - Munford and Sons
Invence No - Laura Pausini
Lembrando que as músicas são opções. Certo?



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“Não vou falar do seu pecado
Há uma saída para ele
O espelho não mostra
Seus valores são todos abatidos”
Broken Crown (Munford and Sons)

#

— Porque imaginei que estava chegando? — perguntou uma voz saída de trás de uma das pilastras no corredor do quarto de Brienne — Ah! Claro, o céu se abriu.
— Porque você me persegue? — retribuiu ela com o mesmo tom, se virando para ele — Já tive muitos inimigos, mas isso é doentio.
— Não quero ser seu inimigo — ele respondeu se aproximando — Eu juro que não — disse erguendo as mãos em sinal de paz e confiança.
Isso só fez Brienne se sentir mais intimidada pela presença do príncipe, mas não se deixou transparecer, aguentou firme com as palavras da mãe ecoando em sua cabeça, não podia desistir de Hans e Elsa, não agora que chegara tão longe, ela tinha certeza.
— Então pare de estragar os meus planos — respondeu se virando para continuar o caminho até seu quarto, mas foi pega de surpresa quando o homem agarrou o braço dela e a prendeu contra a parede. — Você quer mesmo me machucar?
— Não vejo porque precisaria — respondeu ele com o rosto pairando logo a cima do dela — Também não entendo porque seus planos não podem ser os meus planos.
— Porque eu não sou como você — respondeu com simplicidade, mexendo os punhos para tentar se libertar, mas o príncipe continuava mantendo seu aperto — Simples assim.
— Não jogue como se faça de superior — respondeu ele com um sorriso sarcástico nos lábios finos — Sei coisas sobre você poderiam te colocar no meu patamar, talvez até pior. Ai sim! Você saberia que sou seu inimigo.
— O que pode saber sobre mim? — perguntou com o mesmo sorriso refletindo em seus olhos e nos lábios carnudos — Eu estou longe de ser você, por isso, qualquer coisa tem uma explicação simples.
— O que aconteceu com o rei da Inglaterra? — perguntou ele próximo a seu ouvido em um sussurro.
— Henry? — perguntou ela com uma gargalhada sonora enquanto encostava a cabeça na parede atrás de si — Está em seu castelo, firme e forte, estive lá ajudando com alguns assuntos de estado.
— Não é disso que estou falando — ele respondeu se aproximando depressa até cochichar em seu ouvido. Na mesma hora os olhos se arregalaram e as pupilas se dilataram. Ninguém deveria saber aquilo, muito menos Manfred — Agora você está assustada.
— Mesmo isso tem uma explicação — respondeu ela claramente atordoada demais para fugir quando ele a soltou.
— Eu sei que tem — respondeu ele se afastando — Mas quantos irão acreditar em sua carinha bonita? — ele perguntou segurando o queixo dela e a forçando a olha-lo nos olhos — Elsa? Anna? Quando Anna descobrir que você empurrou Elsa para os braços de Hans e sobre esse seu passado, mesmo alguém tão inocente quanto ela é capaz de juntar dois mais dois, quanto mais alguém tão auto protetiva como Elsa. — ele observou os olhos castanhos tão bem feitos começaram a dar lugar a um azul mais turbulento e assustado — Você sabe que é verdade, você as conhece tão bem quanto qualquer um, talvez até melhor.
— O que você quer? — perguntou certa de que seria chantageada.
— Por hora nada — ele respondeu — Agora vá para seu quarto e tome seu banho, algumas criadas subiram com uma tina de água quente para lá agora mesmo e os cachorrinhos não demoraram com seu baú, devem estar ansiosos. — ele disse com outro dos assustadores sorrisos maliciosos — Acho que eles não vão gostar de esperar.

#

O olhar congelado de Hans a deixou nervosa e começou a sentir seus poderes tomando o controle novamente. Tudo o que ela tocava, instantaneamente, se transformava em gelo.
Ela parou contra a janela e se pôs a apenas a respirar como Brienne havia ensinado. Conforme aspirava e expirava o ar, o gelo na janela aumentava e diminuía, ficou assim por alguns momentos até achar que estava mais tranquila, o arrepio que se instalara em seus braços desde a primeira aproximação do principe cedeu e o coração voltou a bater normalmente: “Esconder, não sentir”, ela começou a repetir, mas então parou. Aquilo estava errado “Sentir, não temer”, repetiu o mantra enquanto descongelava o vidro, as peças de madeira e a sala de um modo geral e quando, finalmente, acho que estava pronta, colocou as duas mãos sobre o peito do príncipe das Ilhas do Sul.
“Sentir, não temer” repetiu em um sussurro enquanto fechava os olhos e se concentrava em trazer o gelo de volta, mas foi um esforço inútil como logo descobriu.
Tentou pensar em Anna, em Kristoff e em Olaf, mesmo em Sven e em suas aulas com Brienne e tantos outros momentos alegres que passaram no castelo para poder controlar a magia, mas algumas lembranças se infiltraram no meio dessas sem pedir permissão: “Não seja o monstro que eles acreditam que é”, uma mão estendida, “Ele nunca achou que fosse um monstro”, um sorriso, “se um dia eu puder ser um homem melhor saiba que a culpa é sua.”, uma taça no ar, “Você precisa estar constantemente provando que merece o que consegue”, Um beijo na mão e, por fim,”nunca mais vou lhe ver”. Aquilo lhe trouxe os arrepios de novo e a camada de gelo entorno do príncipe se tornou mais grossa.
— Não! — ela falou levando as duas mãos aos ouvidos como se isso pudesse impedir qualquer coisa ruim, mas ao invés disso tudo o que conseguiu foi uma tempestade de neve que deixou toda a sala branca — Isso não pode estar acontecendo! Não de novo!.
— Rainha Elsa? — ouviu alguém chamar da porta — Está tudo bem, estamos preocupados.
Mas ela apenas olhou os empregados com um medo claro enquanto se afastava ainda mais do corpo e dos criados. Eles, espantados, correrem para chamar o conselheiro Kai que, em pouquíssimo tempo, apareceu na sala.
— Elsa! — gritou ele com sua voz sendo abafada pelos ventos ferozes que revolviam a neve dentro da sala — Corram! — ordenou aos criados que foram busca-lo — Chamem Lady Brienne, a rainha precisa de ajuda mais experiente do que eu.
Enquanto os dois corriam. Kai procurou uma maneira de se aproximar e observou que a perna já afundava nos montinhos de neve recém formados.
— Acalme-se majestade — disse o conselheiro com o braço redondo em frente ao rosto para se proteger das rajadas que vinham com força contra ele — Lembre-se do que Brienne disse.
— Sentir, não temer — ela repetiu debilmente — Eu não posso, eu não consigo! — ela balbuciou enquanto estendia os braços para afastar o homem — Eu tentei, mas Hans…
— Não importa o que Hans fez — falou ele se aproximando e abraçando a mulher como apenas um pai poderia fazer — Está tudo bem, eu estou aqui, Gerda também. Nós te amamos e Anna também e Olaf — ele começou a lista, como Brienne o havia treinado — Kristoff e Sven também e agora Brienne e seus pais que não estão aqui, mas onde quer que estejam te amam mais que tudo — ela começou a se acalmar relaxando nos braços do homem e a tempestade começou a se desfazer — Seu povo e todos.
— Obrigada Kai — respondeu se soltando — Eu perdi o controle por alguns minutos.
— Está tudo bem — respondeu o conselheiro, observando em volta a bagunça da sala — O que houve aqui?
— Nada que deva se preocupar realmente — ela respondeu tentando evitar de pensar na resposta — Já chamou Brienne?
— Sim — ele disse com algo que se assemelhou muito a uma tristeza.
— Kai! — chamou enquanto ele se afastava e lhe devolveu o abraço de alguns momentos antes — Não se preocupe se há coisas que não lhe falo, você é como um pai para mim e algumas coisas não contaria nem a Agdar. — com um sorriso o deixou ir e voltou a se sentar na mesa, evitando olhar para a estátua que era Hans.

#

— Podem ir, obrigada! — disse quando entrou no quarto, mandando os dois cavaleiros que levaram seu malão para dentro e mais duas ou três criadas que fossem embora sem qualquer tipo de pudor — Eu posso me virar sozinha daqui.
Quando eles saíram, ela fechou a porta e explodiu um vaso de plantas como gostaria de fazer com a cabeça de Manfred, como ele ousava chantagea-la daquela maneira?
Depois de respirar algumas vezes, se acalmou. Não poderia deixar que lhe tirassem o próprio controle assim ou Arendelle sofreria quase tanto quanto sofrera quando Elsa perdeu o controle. Sem contar que a rainha ainda precisava dela e… de Hans.
Com paciência, usou a magia para reconstruir o vaso e colocar as plantas no lugar, então tirou as roupas e se afundou na tina de água quente até os ombros. Não soube exatamente quanto tempo ficou ali com o corpo encolhido na banheira até que ouviu alguém batendo a porta e entrando sem pedir maiores licenças. Eram dois jovens que se encolheram ao perceber a cena e viraram os olhos para a parede.
— Me desculpe Lady Brienne — pediu o mais jovem ainda com muita envergonhada, o menino não podia ter mais que doze anos e o reconheceu das cozinhas, talvez estivesse começando a limpar, mas nunca trabalhara com outra coisa que não fossem legumes e rodos — Mas o conselheiro Kai mandou que eu viesse imediatamente atrás da senhora, parece que a rainha perdeu o controle da magia novamente e precisa de você.
— O que houve? — perguntou saltando da tina e, ainda molhada, jogando uma saia preta de tecido grosso enquanto puxava um vestido azul para cobri-la — Para desatar a magia?
— Eu não sei — explicou o jovem enquanto seguia a afobada feiticeira pelas escadas, enquanto tentava amarrar os próprios cordões — Nós não conseguimos ver! — respondeu um e o outro emendou.
— Estava tudo branco como em uma tempestade de neve — esse parecia ser um pouco mais velho tendo em consideração a quantidade muito maior de acnes no rosto, mas não muito, talvez uns 14 anos no máximo. — Só sabemos que era a rainha porque, bem… — falou ele parando no meio da frase e dando a chance do outro falar.
— Não é comum uma tempestade de neve em uma sala fechada.
— Se você diz — respondeu ela caminhando um pouco mais rápido quando, finalmente, conseguiu fechar o vestido por completo — Ela está no escritório.
— Sim — responderam os dois em Uníssono.
— Nós a encontramos enquanto limpávamos a biblioteca — respondeu o mais novo — Nós ouvimos a porta do escritório bater.
— E foi ai que foram ver? — perguntou a mais velha se atirando pelo corredor, quando finalmente chegou ao andar do escritório.
— Não — respondeu o mais velho com sinceridade — Achamos que podia ser…
— Desculpe senhora Brienne — disse o mais novo admitindo que nem ao menos haviam pensando em ir ver — Nós não pensamos em ver, sabíamos que os príncipes do sul estavam partindo e por isso não nos preocupamos quando não vimos Hans na biblioteca.
— Vocês viram que Hans não estava na biblioteca e ainda assim não se preocuparam que algo pudesse estar acontecendo com a rainha? — perguntou se virando perturbada para os mais jovens que apenas se calaram de medo — Estão dispensados, podem voltar à suas tarefas.

#

Brienne parou em frente a porta e observou Elsa com a cabeça baixa sobre a mesa enquanto a neve tomava conta da sala e, no canto, próximo da lareira era possível ver um Hans completamente congelado.
— O que aconteceu aqui? — perguntou observando a posição do jovem príncipe — Porque Hans está aqui?
— É uma longa história — respondeu Elsa — Feche a porta, por favor! — pediu.
Brienne fechou a porta e se sentou na poltrona olhando para a estátua de Hans que já denunciava muito do que poderia ter acontecido.
— Eu perdi o controle dos meus poderes — disse com simplicidade.
— Eu percebi — respondeu analisando mais de perto a imagem — Mas me perguntou o que Hans fez para merecer ser vitima disso.
— Ele me beijou — disse a rainha, rendida.
— Isso explica essa posição — respondeu enquanto segurava o riso.
— Não ria, Brienne! — ordenou Elsa escondendo o rosto com as mãos — É um assunto sério. Manfred estava pensando em partir hoje e me veria livre e agora eu tenho muito mais problemas do que tinha antes — se queixou ela — Como pode ser engraçado?
— Desculpa — pediu aos risos — Não é engraçado — ela tentou ficar séria, mas ao desviar o canto dos olhos para a estátua não pode mais se conter — É muito engraçado, eu sinto muito, mas é muito engraçado.
Elsa também riu um pouco, contagiada pela risada da amiga, mas então parou, se levantou e disse.
— Acontece que eu não sei o que aconteceu para as coisas chegarem ao ponto de eu criar uma tempestade de neve aqui dentro — resmungou olhando para o lado de fora onde o sol já começava a dar sinais de sua descida no horizonte.
— Eu tenho algumas teorias — respondeu se sentando com as pernas apoiadas sobre o braço da poltrona — Você disse que Hans lhe beijou, não foi?
— Sim! — respondeu a governante voltando a se sentar em sua cadeira para encarar a amiga.
— E o que sentiu nessa hora? — perguntou a mais nova.
— Eu realmente preciso responder isso? — perguntou com receio de ter que pensar naquele momento de novo e perder o controle.
— Sim — respondeu depois de algumas caretas, mas o silencio prosseguiu — É o seguinte, o ódio e o amor são dois sentimentos muito fortes e que tem grande efeito na magia, mas cada um possui uma forma diferente de se lidar, entende? — perguntou e viu a rainha balançar a cabeça em sinal de afirmação — Se for ódio, é muito fácil, só precisamos mandá-lo de volta para as Ilhas do Sul, mas se for…
— Não! — respondeu se levantando e fazendo uma pequena revoada de neve ondular pela sala — Nem cogite isso.
— Então você tem certeza do que não sentiu? — respondeu Brienne e viu o rosto da rainha se tornar tenso — Será mais fácil então, mas primeiro vamos ter que descongelar Hans.
— E como vamos fazer isso? — perguntou Elsa preocupada.
— O mais lógico e fácil seria um beijo de amor verdadeiro — respondeu Brienne se perguntando por que um beijo de amor verdadeiro era sempre a solução — Mas como você acabou de dizer, você não o ama, então deve odiá-lo — concluiu ela, dando voltas no corpo congelado — Pena que um chute de ódio verdadeiro não resolve nada — respondeu com um sorriso, mas recebeu um olhar de censura — Foi sem querer.
— Precisamos pensar em uma forma de descongela-lo — respondeu com os braços cruzados e eu um olhar sério — Uma forma séria.
— Você podia tentar — respondeu Brienne — Eu não posso descongela-lo é contra minha ética como professora e eu não sei qual foi a extensão do dano, posso não conseguir alcança-lo sem uma magia de gelo especifica.
— Já tentei — respondeu Elsa — Mas não consegui.
— Então só com muita sopa, cobertores e uma lareira,ou… — respondeu Brienne se voltando para Elsa — Um beijo de amor verdadeiro.
— Freya — ela respondeu como em clique.
— O que? — perguntou Brienne.
— Como aconteceu comigo e Anna. — respondeu Elsa, como se só agora pensasse nisso com clareza — Foi uma prova de amor verdadeiro.
— Não é a mesma coisa — respondeu Brienne — São tipos diferente Elsa — ela suspirou e se sentou para explicar melhor — Não sei se vai entender, mas uma coisa é um feitiço como o que lançou em Anna, motivado apenas pela intenção de proteção — ela fez uma pausa e olhou para o corpo do rapaz — Esse foi motivado por um beijo, então não é qualquer coisa que vai desfaze-lo, eu sinto muito.

#

“Agora não
Aqui chovem as lembranças
E eu teria que fazer mais
Para admitir que já é tarde”
Invence No (Laura Pausini)


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Notas finais do capítulo

Vai ter prévia!!
Cenas do Próximo capitulo:

— Majestade, alteza! O conselheiro da rainha Elsa quer vê-las agora.
.
— Você congelou Hans! — acusou Manfred — Como ousa!
.
— Então parece que não tem problemas com o fato de Elsa saber de seu passado, não é?

(fim da prévia)
Agradecimentos especiais as minhas lindas Vtmars e Duda que estão sempre comentando e, principalmente, a Duda (sua diva) que favoritou a história.
E também ao meu 16 acompanhante que não sei se vai entrar para o hall dos meus mais ou menos 11 fantasminhas, mas sinta-se bem-vindo para dar pitaco, adoro pitaco!
That's all folks, beijos e até sábado.



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