How To Save Two Lives escrita por Mor Sega


Capítulo 10
Capitulo 9: Everybody Wants To Rule The World


Notas iniciais do capítulo

Capitulo 10 (segundo a contagem do nyah) e vocês são os melhores leitores, que coisa mais linda chegar a esse numero com 14 acompanhamentos e 5 favoritos.
Vamos lá?
playlist?
Capitulo 1:
Eleanor Rigby - The Beatles
Cool Kids - Echosmith
Capitulo 2:
The Monster - Rihanna e Eminem
Capitulo 3:
Frozen - Within Temptation
Capitulo 4:
Caractère -- Joyce Jonathan
Capitulo 5:
Into My Arms - Nick Cave
Slipping Through My Fingers - ABBA
Capitulo 6:
Give Us a Little Love - Fallulah
Illuminated - Hurts
Capitulo 7:
A la faveur de l'Automne - Tété
Never Say Never - The Fray
Capitulo 8:
Wasting My Young Years - Londom Grammar
All These Things That I've Done -- The Killers
Capitulo 9:
Everybody Wants to Rule the World -- Tears for Fears (Lorde)
Lembrando que as músicas são opções. Certo?
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Eu concertei a numeração dos capitulos que estavam erradas (D:) Então as surpresas que prometi para esse ficarão para o próximo, ok?
Esse é um capitulo mais voltado aos... digamos que vão entender um pouco mais da Brienne.



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"Bem-vindo à sua vida
Não há volta
Mesmo enquanto dormimos
Nós encontraremos você"

– Everybody Wants to Rule the World (Tears for Fears)

#

O mar a sua frente reluzia a luz fraca do sol que brilhava fracamente entre as nuvens de tempestade quando subiu ao convés. As velas da embarcação estavam cheias com o vento da tempestade que se formava à popa do navio, trazendo consigo uma tempestade de raios que certamente derrubaria qualquer embarcação que seguisse do leste para oeste.
— Chegamos em boa hora princesa — disse o capitão se aproximando dela na murada à bombordo — Teria sido terrível pegar essa tempestade à caminho, no entanto ela favoreceu em muito a viagem. — ele fez uma pausa olhando para o breu que se tornara o céu no horizonte e disse — Do contrário teríamos levado mais duas ou três horas para chegar.
— Me lembre de agradecer aos deuses por isso — respondeu ela com um sorriso.
— Agradeça a quem quiser — respondeu ele um pouco incomodado.
— O senhor não acredita em deuses? — ela o encarou com os grandes olhos castanhos — Nem mesmo no Deus cristão?
— Não acredito, mas também não desacredito — respondeu o homem dando um trago longo em seu cantil e voltando a falar com o cheiro de rum intensificado no bafo.
— Me explique senhor — pediu ela com um sorriso brilhante.
— Talvez haja um deus — respondeu ele com os olhos perdidos no horizonte distante a estibordo — Mas não posso acreditar em sua bondade.
— Então eu posso acreditar por nós dois — ela respondeu ainda mais brilhante enquanto o homem guardava o odre no cinto largo de couro.
— Só espero que não se decepcione — ele concluiu enquanto se afastava dando ordens aos seus homens para entrar no embarcadouro.
O barco parou certeiro e a prancha a baixou e entre toda a multidão que cercava o porto com seus vestidos de tecido grosseiro em cores vivas, Brienne pode ver a cabeça negra com alguns destaques em branco que pertencia ao seu velho pai.
— Melhor colocar o capuz — recomendou o capitão — A Inglaterra anda um caos por esses tempos.
— Em quanto tempo pretende voltar para Arendelle? — perguntou enquanto o via dar ordens aos homens que iam e vinham com a mercadoria que seria vendida nas feiras aos comerciantes ambulantes.
— Dois dias se o tempo abrir — respondeu ele distraido com os baús que iam e vinham — Mas poderemos levar mais tempo para partir se o tempo não melhorar. De qualquer forma, assim que a tempestade se dispersar nós partiremos.
— Obrigada — respondeu ela deixando o convés em direção ao homem com grandes olhos azuis que a esperava no embarcadouro. — Pai! — chamou o abraçando com força.
— Brienne — respondeu ele segurando os cabelos espesso e de um castanho escuro com força — Como você não cresceu nesse tempo.
— Como o seu cabelo embranqueceu nesse tempo — respondeu ela com o mesmo tom, não havia crescido com o homem, mas ainda assim admirava saber que os sensos de humor eram parecidos, quase como algo hereditário.
— Henry mandou que eu viesse lhe buscar — respondeu ele subindo em um dos cavalos que o rei despachara para pegar a prima.
— Quando ele irá aprender que eu sou grandinha para me cuidar sozinha — respondeu enquanto subia na enorme égua negra que lhe servira em diversas batalhas — Sem contar que eu o salvei diversas vezes — ela respondeu batendo no vão entre os seios.
— Não pense que ele quis menosprezar-te minha querida — falou o homem com um tom manso e conciliador que quase nunca tinha efeito sobre a primogênita — Ele só está preocupado, as coisas ainda estão um caos por aqui e ele teme que caia nas mãos de quem ainda lhe caça.
— Camponeses e acima deles os padres — respondeu ela com um ar sombrio — E os padres tem memória de ferro segundo a mamãe. Como Henry pode deixar passar um fato tão importante?
— Ele não deixou passar, por isso mesmo mandou que eu viesse acompanha-la — ele respondeu com preocupação e então fez — Mas parece que estamos subestimando seus poderes minha querida. Se apresentou a rainha de Arendelle com esses olhos?
— Isso não me esgota — respondeu ela retornando ao azul natural de seus olhos — Aprendi com a mamãe.
— sua mãe realmente tem habilidades excepcionais — ele disse se calando em seguida, nenhum dos dois queria entrar no fato de que a mulher havia criado a filha durante sete anos completamente sozinha, nem do fato de que Brienne havia sido um artifício para tomar o trono.

#

Manfred estava concentrado na janela. Sua vista dava para oeste em direção aos mares revoltos. Havia dito ao capital que queria partir de qualquer maneira, mas o homem o chamara de louco, sem ao menos levar em conta sua posição, também não havia muito o que levar em conta, era apenas o nono em linha de sucessão e Jansen era o responsável pela marinha, enquanto ele só se ocupava de prisioneiros mal-educados que nem ao menos conheciam uma tina de água.
Afastou esse pensamento da mente. Há menos de alguns meses tinha planos importantes, há menos de um ano teria a Inglaterra, a França e Arendelle e retomaria as Ilhas do Sul com mãos de ferro junto do, pouco, povo que, ainda, defendia sua forma de reinar.
Em um acesso de raiva apertou a taça com força entre os grandes dedos até que os nós se tornaram brancos com a pressão e então a atirou em algum canto, fazendo um barulho pesado de cobre contra madeira. O vinho se espalhou pelo chão e ele pisou nele sem se preocupar.
Já estava exausto de seus planos e não conseguia acreditar que de uma ideia brilhante não sobrara nem frangalhos. O plano era muito simples, separar para conquistar: Ele iria até a Inglaterra conquistar a princesa Linnette, enquanto Bjorn e Alvan tentavam a sorte com a possível futura herdeira da França e Hans ficara com o menor dos três, o mais fácil e mesmo assim não havia conseguido nenhum avanço.
Alguém bateu à porta.
— Entre Alvan — respondeu ele. Entre os três Alvan era o seu preferido, nunca fazia perguntas, mas ao mesmo tempo não agia como um cãozinho ansioso por atenção, nunca o fizera, diferente de Bjorn e Hans. Se Alvan tinha algum plano pelas suas costas? Acreditava que não, o mais novo não tinha muita ambição e isso o tornava um amigo e conselheiro melhor que os outros dois.
— Mandou me chamar irmão? — perguntou ele.
— Sim — respondeu se dirigindo para a cômoda onde ainda se encontrava um jarro do vinho que um servo qualquer havia trazido — Feche a porta, a conversa é séria.
— Qual o assunto? — perguntou ele.
— Precisamos sair daqui o mais rápido possível — ele disse sem rodeios, tomando um gole do vinho doce.
— Você não confia que Bjorn possa conquistar a rainha — deduziu o mais jovem se apoiando contra um moveu e recolhendo a taça para enche-la para si próprio.
— E você também não — disse enquanto se sentava com os pés sobre as roupas de cama.
— E sobre Hans? — perguntou se sentando em uma poltrona na frente do irmão — Ele parece ter tudo sobre controle e confiante.
— Eu sei — respondeu Manfred concentrado na bebida escuro no fundo do recipiente — Mas eu não confia nas novas atitudes de Hans. Prefiro não arriscar.
— Você acha que ele se apaixonou? — perguntou se apoiando na ponta da poltrona.
— Elsa é um tipo especial, não é difícil se encantar por ela. Pergunte a Bjorn — respondeu ele sério — Não! Não é esse o problema — ele suspirou fundo — Hans está sendo manipulado.
— Sim! Por você — respondeu Alvan.
— Por outra pessoa — disse se levantando novamente para encarar o céu de um cinza tão escuro — Eu falei com a mestre da rainha hoje — ele disse sem se virar par ao irmão.
— Você acha que Brienne está manipulando Hans? — perguntou em um tom mais baixo.
— O que te faz pensar o contrário Alvan? — perguntou finalmente se virando para o mais novo e deixando o copo sobre o aparador da janela.
— Você acabou de dizer que ele está encantado com a rainha — respondeu como se isso fosse simples, mas quando Manfred não anuiu ele continuou — Por que dormiria com essa outra?
— Ninguém disse que ele está dormindo com ela — respondeu Manfred apertando os dedos — Ela é inteligente e sabe jogar, não precisa desse tipo de coisa.
— O que está pensando? — perguntou ao perceber que essa ideia toda perturbava o irmão.
— Partir antes que ela volte — ele respondeu sem pensar duas vezes — Se não conseguir isso — cogitou — Pretendo fazê-la jogar do nosso lado.

#

Uma chuva fina já havia começado a cair no grande castelo de Hull no litoral da Inglaterra. Henry havia levado parte da corte para lá a fim de receber a prima. Brienne sempre recebia esses tratamentos do jovem rei, mesmo após ser exilada e, supostamente, perder sua pretensões, mas claro que Henry continuava mantendo um pequeno ducado no norte da bretanha menor para ela.
O vento estava forte e levava as saias e a capa já pesadas pelas gotas que se acumulavam no tecido pesado e o céu já estava escuro como a noite e apenas alguns poucos raios de sol passavam pelas grossas camadas de nuvens.
— Meriel! Meriel! — chamou uma voz quase infantil, na verdade pertencia a pequena Fiona de 11 anos, não era mais tão criança e logo em breve estaria em idade de casar — Meriel, mamãe mandou que entrasse — disse se aproximando e pegando a capa de um azul vibrante com as mãos finas — Disse que vai ficar resfriada com essa chuva.
— Ela não é sua mãe — respondeu áspera, ainda guardava rancor pela morte da mãe e não podia simplesmente acreditar que morrera de parto, até porque Fiona era uma criança muito pequena para dar qualquer complicação — Não deveria chama-la assim.
— É a única que conhecia — respondeu com um fio de voz, fazendo o rosto da irmã se voltar para ela com tristeza.
— Oh! Meu amor, não foi isso que quis dizer — falou enquanto apertava a pequena entre seus braços — Você já está tão fria, vá para dentro e coloque uma toalha sobre os seus braços, sim? — perguntou, depois de um tempo.
— Mas você vem junto? — perguntou a pequena enquanto se soltava dos braços molhados.
— Não — respondeu ela — Vou esperar mais um pouco. A Inglaterra está uma bagunça — respondeu ela se voltando para a floresta novamente — Tenho medo de que ele precise de ajuda.
— Ma… — começou a pequena Fiona, mas logo se corrigiu — Ela disse que não será necessário, ele vem com Brienne e o poder dela tem crescido muito, tanto com a magia quanto com as armas.
— Uma princesa não deveria usar armas — respondeu secamente, sabendo que a mais nova carregava uma pequena faca que havia recebido da irmã bastarda quando completou seus 10 anos dizendo que toda menina deveria ter uma forma de se defender — Mamãe sempre dizia isso.
— Você deveria entrar para não ficar gripada — respondeu a pequena se afastando com os olhos baixos.
Fiona não era de fato baixa, havia puxado a altura do pai e tinha membros grandes para a idade, já tendo quase a altura de Brienne e da própria Meriel que era a filha mais baixa dele, mas ainda se sentia acuada por ser a mais nova e a irmã nem sempre tornava isso mais fácil.
— Eu sinto muito minha irmã, você é nova demais para entender — disse quando a caçula já estava longe o suficiente e cravou as unhas contra a carne fina da palma. — Mas eu não posso aceitar que Brienne seja melhor que eu em tudo.
Observou por mais alguns instantes até que a silhueta negra do pai começou a se formar atrás da chuva, agora mais grossa e constante que antes e com ele vinha alguém montado no cavalo negro que levará até o pier.
Shadow era o nome do cavalo e não precisava pensar muito para deduzir quem se encaminhava até ali, montando a velha égua de sua irmã bastarda. Brienne cavalgava com uma habilidade muito próxima a da mãe e se mantinha com graça sobre o cavalo, mesmo em roupas masculinas sabia que qualquer um a olharia e amaria como se fosse a mais bela mortal, coisa que não era, mas ninguém realmente ligaria para os dentes tortos ou a pele de um marrom opaco.
— Baixem o portão — ordenou enquanto descia das ameias para receber o pai.
Não tardou para que os dois adentrassem o pátio interno do castelo e o homem desmontasse e a apertasse em um abraço.
— Que grande recepção — exclamou, entregando as rédeas de seu cavalo para um dos cavalariços.
— Me dê sua capa, pai! — exclamou estendendo o braço para toma-la — Sua esposa está o esperando lá dentro com uma comida e um banho quente — não gostava da nova mulher do pai, mas sempre tomava cuidado para não destrata-la afinal, era uma bruxa poderosa e o grande amor do homem.
— Está bem! — disse indo em direção aos salões — Mas leve sua irmã aos aposentos dela, por favor! — então se virou para a outra filha — Já mandarei sua mãe ir vê-la. Está louca de saudades.
— E eu dela — respondeu com um sorriso enquanto o pai se afastava.
Nenhuma das duas irmãs teve a preocupação em puxar assunto, mesmo que não se vissem a mais de um ano. Já haviam deixado qualquer tentativa de construir laços em um passado distante e o silêncio era menos vergonhoso do que procurar um assunto que interessasse a ambas.
— Já pode me deixar, Meriel, obrigada! — disse entrando no espaço escuro, mas muito bem preparado que lhe fora destinado para a noite.
— Não sou sua empregada Brienne — respondeu ela com uma hostilidade que a mais velha nunca ouvira — Você não pode me dispensar como uma.
— Então fique — respondeu dando as costas a irmã e começando a se despir para entrar na tina de água quente que estava a esperando.
— Você não vergonha? — perguntou a outra.
— Vergonha de que, mulher? — perguntou se voltando de supetão para a irmã, ainda vestida com a camisa de baixo — Céus!
— Vergonha de tudo — respondeu ela avançando um pouco — Você não fez qualquer bem a esse país e ainda assim mantém um pedaço de terra e o controle sobre o rei.
— Então é isso? — perguntou estressada — Esse é o problema? Eu falarei com Henry se é isso o que quer, mas eu tenho problemas muito maiores para resolver então, por favor, me deixe tomar meu banho em paz.
— Obrigada, irmã querida — respondeu ela com um sorriso que só poderia ser classificado como falso enquanto se afastava.

#

Depois de terminado o banho, tomou uma taça de vinho com a mãe enquanto trançava os cabelos de Fiona e quase pode se sentir em casa, mas isso não durou muito quando se deitou no colchão e as lembranças que se esforçou tanto para esquecer voltaram em um raio. Meriel não era uma pessoa tão má quando deixara a Inglaterra pouco mais de uma ano antes, mas isso não importava.
Mesmo passando a noite acordada, encontrou-se plenamente disposta para encontrar o primo na manhã anterior. Chegou cedo a sala que servira de escritório ao seu tio e agora ocupava a mesma função para Henry.
Passou pela portas duplas de carvalho sem que qualquer guarda tentasse para-la, poderiam, claro, estar sob ordens do rei, mas mais provavelmente se encontravam dormindo, pois o sol mal havia surgido e o galo só cantaria mais tarde.
Entrou na sala pensando que ainda teria de esperar mais algumas horas e aproveitaria esse tempo para se inteirar de todo o assunto, mas ficou surpresa ao ver o corpo firme de Henry apoiado na mesa de madeira e de costas para a porta.
— Não é seguro ficar de costas — disse ela apoiando uma pequena adaga de metal contra o pescoço dele que se arrepiou ao sentir o frio — Seus guardas estão dormindo — ela sussurrou e guardou a arma.
— E toda essa encenação foi para mostrar como minha guarda está baixa? — perguntou ele se virando e a encarando com escárnio nos olhos — Você é uma guarda-costas muito melhor que qualquer um que possa arranjar por aqui.
Qualquer observador de fora poderia pensar que se odiavam até que ele enrolou os braços na cintura da jovem e ergueu os pés dela do chão.
— Que saudades eu senti de você minha pequena — exclamou ele, havia crescido alguns centímetros desde a última batalha que enfrentaram lado a lado, quando Brienne ainda podia chama-lo de baixinho e por isso se vingava sempre que possível.
— Saudades é apelido — respondeu retribuindo o abraço apertado — Mas… — respondeu enquanto secava uma lágrima teimosa do olhos esquerdo — Temos assuntos de estado para falar.
— Temos — ele respondeu se sentando em sua cadeira de espaldar alto — Sente-se — pediu com um maneio de mãe apontando para uma cadeira pouco menor em frente a um mapa da Inglaterra — Problemas com…
— As Ilhas do Sul — respondeu em antecipação se esticando na cadeira como um gato.
— Também — Henry respondeu sem se espantar com a adivinhação certeira da melhor amiga — Mas tem mais. — ele fez uma pausa e a encarou com os olhos azuis e grandes como duas safiras — Como você disse, Rayne é um diplomata e Manfred, general do exército é o maior perigo.
— Ele também tem o poder sobre Alvan e Bjorn — respondeu ela — Mas agora está em Arendelle, se conseguir voltar ainda hoje acho que posso…
— Não, você não pode — respondeu ele sem deixa-la terminar a história.
— Você nem ao menos sabe o que eu iria dizer.
— Não preciso — ele respondeu — Conheço muito bem seu poder de sedução e sei que está planejando jogar com ele. Eu não estou com disposição para jogos Brienne — disse ele com um olhar que a assustou e então continuou — A bretanha menor está um caos. Meu problema não é Manfred ou qualquer um de seus irmãos, todos sabem que apesar dele ter o poder dos exércitos das Ilhas do Sul ele não pode atacar sem o consentimento de Rayne ou Jansen.
— Então qual o seu medo?
— Eu não posso perder a bretanha menor.
— Seus súditos me detestam — respondeu ela — Se a sua ideia é que eu ocupe o trono do meu ducado para tentar manter sua paz, isso só irá gerar mais guerra — ela fez uma pausa olhando para o rosto exasperado dele — E eu não posso deixar Hans agora, eu preciso…
— É sempre sobre você, não é Brienne — disse com um tom mais baixo — Eu estou com um país nas mãos, prestes a sucumbir por sua culpa e você me fala sobre um romance?
— Não é apenas sobre mim — respondeu ela — Eu quero te ajudar, confie em mim.
— Então me diga o que faço? — perguntou exasperado.
— Coloque Meriel em meu lugar — respondeu a jovem — Case-a com um lorde qualquer — ela começou, mas então se interrompeu — Não um qualquer, algum lorde da bretanha menor que tenha a confiança do povo.
— Eu não posso fazer isso — respondeu ele — O ducado é seu por nascimento, pelo lado materno e vocês não tem a mesma mãe.
— Minha mãe se casou com meu pai há, pelo menos, dez anos.
— Mas ela é a legitima herdeira e não passaria aquele lugar para o marido tendo uma filha viva que pode assumir o trono.
— Eu estou passando para ela — respondeu com um suspirar — Um presente no qual minha mãe não pode interferir e, se tentar, explique os motivos. — ela se levantou devagar do seu lugar — Afinal ela é mais culpada de tudo isso do que eu.
Brienne caminhou até a porta com o vestido arrastando atrás de si e parou, virando para Henry falou — Eu partirei hoje após o café.

"É o meu próprio projeto
É o meu próprio remorso
Me ajude a decidir
Me ajude a aproveitar
O máximo da liberdade e do prazer
Nada dura para sempre"

– Everybody Wants to Rule the World (Tears for Fears)


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Notas finais do capítulo

Cenas do Próximo capitulo:

— Majestade! Posso levar Hans para um passeio, acredito que meus irmãos gostariam de partir ainda hoje, aproveitar que o tempo abriu, mas eu não gostaria de partir sem, ao menos, imaginar o pátio. Hans me serviria de olhos.
.
— Por favor, por mim, por seu pai, por você, não desista.
.
— A rainha está bonita, Hans?
.
— Eu preciso fazer isso, afinal nunca mais vou lhe ver.


(fim da prévia)

Agora que deixei todo mundo louco de raive de mim, vamos aos agradecimentos.
Suas lindas, maravilhosas que merecem todos os beijos e abraços do mundo e dessa vez vão ganhar uma lambida do Sven são Vtmars, Duda e Amorita, que deixaram comentários lindos, para aumentar meu ego.
E um beijo especial a Rumbelle que favoritou e também e mais uma que apareceu no meu marcador de seguidores ocultos, mas não vou falar seu nome, ok?
Beijos suas bolinhas de neve, nos vemos logo mais.



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