—Então... É isso... — Taizai fala com as mãos na cintura. Ele e seu irmão estão de frente para a saída da vila. Atrás deles estão várias pessoas de várias vilas brigando.

—Tem certeza de que quer sair da vila? Aqui vivemos toda a nossa infância — Hamatsu pensa no tempo que eram crianças.

—Não tem como ficarmos aqui! Olhe para trás! — Os dois se viram e observam a briga — Quanta agressividade, se continuarmos aqui, vamos morrer como nossos pais.

—Certo! — Os dois partem para uma jornada. Uma boa parte da fronteira entre Dare no Kasai e Dare no Mizu é composta por oceano. Uma hora depois, mais ou menos, eles chegam à terra firme de Dare no Mizu e avistam uma silhueta bem longe, em terra firme. Em pouco tempo eles se aproximam da pessoa.

—Olá! Para onde estão indo? — A pessoa é um garoto.

—Estamos saindo de nossa vila! Está tendo uma guerra! — Hamatsu se pronuncia.

—Vocês são de qual vila?

—Dare no Kasai!

—Hm... Eu sou de Dare no Kuki! Eu estou me treinando para me tornar kabihunter do ar.

—Eu também estou, mas meu irmão já é um kabihunter!

—Eu estou na mesma situação que vocês! Tive que fugir da minha vila por causa da guerra. Minha família foi presa dentro de sua própria vila...

—Quer seguir essa jornada com a gente? Estamos em busca da vila da terra, porém precisamos passar pela vila da água — Taizai pergunta.

—Vamos nessa! — O caminho é muito grande, pois as primeiras construções da vila estão muito no centro da ilha e eles demoram cerca de duas horas para avistarem a vila da água.

—Estamos bem perto! Olhem lá a vila da água — Hamatsu aponta para frente, onde a fauna e flora começam a se enriquecerem (árvores grandes, pássaros, arbustos, terra molhada, etc.).

—É a vila! Finalmente! A nossa água está esgotada, vamos pedir um pouco de água em alguma casa — Taizai fala, eles estão andando agora pela vila. Eles avistam uma casa no meio de tanta loja, restaurante e muita briga.

—Tem alguém em casa? — Kiryu pergunta abrindo a porta. A casa parece silenciosa, eles entram de fininho. Eles não veem ninguém até escutarem um barulho de uma pessoa chorando. Eles entram em um quarto e olham para uma menina que está sentada, encostada na parede e chorando.

—Quem são vocês? Vão me matar? — A menina pergunta, com medo.

—Somos pacíficos, calma! — Taizai alerta.

—Por que está chorando? — Kiryu pergunta.

—Minha família foi morta a facadas!

—Você teria um pouco de água para nós? — Hamatsu pergunta.

—Sim — A garota se levanta e pega a água da cozinha.

—Obrigado!

—Qual o seu nome? Quer participar da nossa jornada? — Taizai pergunta.

—Meu nome é Keita. Tudo bem... Eu não tenho mais nada que me pertença nessa vila mesmo... — A garota aceita o convite. Eles saem da casa e ficam de frente da porta.

—Todos prontos? — Enquanto Kiryu perguntava, uma grande gota de água ácida vai em direção às costas de Taizai. Quando a gota atinge as suas costas, ele cai no chão morto, pois o ácido corrompeu alguns de seus órgãos.

—Taizai? — Hamatsu pergunta tentado ver o que aconteceu com Taizai.

—Ele deve ter morrido! Vamos sair logo daqui antes que outro de nós seja atingido... — Os três saem da vila.

—Vamos para Dare no Tochi! Não é muito longe daqui... — Kiryu fala, olhando um mapa que ele tem em sua mão, encontrado na vila da água. Eles sobem em um barco.

—Pelo menos não tem um sol muito quente nessa hora, deixando um ar fresco na estrada — Hamatsu fala, observando que a água trás um ar fresco.

—O que vamos fazer lá, exatamente? — Keita pergunta para os outros dois.

—Vamos participar do Torneio Mundial de Kabihunters! [Ou TMK] — Kiryu fala, lembrando-se do anúncio que leu em um jornal.

—Esse TMK vai ser o meu primeiro! — Hamatsu lembra-se de seu irmão que já é um kabihunter.

—O meu também... — Keita comenta.

—Nenhum de nós nunca participou desse torneio, porque só permitido kabihunters para participar desse torneio. Para a nossa sorte, esse torneio só começa daqui a um ano: o tempo certo para treinarmos e tornarmos kabihunters! — Kiryu fala.

—Tudo bem... Mas, como funciona esse torneio? — Hamatsu pergunta.

—É cada um contra si, possuindo oitavas de final, quartas de final, semifinais e final — Kiryu começa a se cansar da viagem.

—Eu estou confiante de que vou ganhar de dois lixos como vocês... — Keita sorri, confiante.

—Você nunca vai ganhar de mim, sua vaca! — Hamatsu ameaça.

—Isso é o que veremos! — Keita lança um olhar de raiva.

—Parem de ser idiotas! Vocês não são páreos para mim! Eu posso controlar o ar! O ar é o elemento mais forte! — Kiryu aponta para si mesmo com o dedão da mão.

—Você que pensa! O ar é só uma coisa invisível que nem consegue tocar muito bem as pessoas! — Keita se pronuncia.

—O elemento ar é um lixo! O elemento fogo é o melhor! — Hamatsu protesta.

—Cala essa boca! O elemento água é o melhor de todos. Inclusive, a água apaga o fogo! — Keita sorri ao fim da frase.

—Depende de qual fogo você está falando, minha cara! — Hamatsu sorri como se fogo não fosse apagado pela água.

—Você é um idiota! Se eu sair contra você, vai perder na hora! — Keita ameaça.

—Quem vai perder é você se ficar com essa ideia de que água é mais forte que fogo! — Hamatsu cruza os braços e fecha os olhos, fazendo bico.

—Vocês dois querem parar de brigar? Eu estou querendo me concentrar nesse mapa e na bússola! — Kiryu grita.

—Estamos indo para o lado errado? — Hamatsu e Keita perguntam.

—Ainda não sei! Vocês não me deixam concentrar! — Kiryu reclama.

—Você não sabe olhar na bússola? — Keita pergunta como se fosse fácil.

—Claro que sei, mas vocês me desconcentram! — Kiryu quase grita.

—E depois eu que fico brigando por besteira! — Hamatsu fala, olhando o horizonte.

—Cale-se, Hamatsu! — Keita se dirige a ele.

—Ei! Olhem lá no horizonte! Parece uma ilha! — Kiryu aponta para a frente, percebendo um pequeno bloco de terra na frente deles.

—Eu não me lembro de ter uma ilha perto de Dare no Tochi! — Diz Keita.

—Eu também não! Onde será que estamos? — Hamatsu se pergunta.

O que eles verão pela frente?

Será que estão perdidos?