One Last Time escrita por wowmedicine


Capítulo 1
Dangerous Killer


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!
Boa leitura!!



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“And I swear that I don't have a gun. No, I don't have a gun”

Eu estava caminhando pelas ruas de Washington DC. Tinha escurecido rapidamente, ali estava muito tranquilo para uma sexta à noite. Provavelmente as pessoas estavam aterrorizadas pelo acontecido na Theodore Roosevelt Island. De acordo com o noticiário, o perigoso assassino, que fora responsável por mais de uma dúzia de mortes, ainda estava foragido. Pessoas foram aconselhadas a trancarem as portas e não abrirem-nas para nenhum estranho.

Já era para eu estar em casa se meu chefe não tivesse me feito ficar até àquela hora para terminar alguns papéis para a reunião do dia seguinte. Eu não gostava de caminhar nos arredores da cidade sozinha, principalmente à noite. E ainda mais quando o assassino, do qual as pessoas estavam falando o dia todo, ainda estava solto.

Apressei o passo virando a esquina e atravessei a rua, mesmo sem saber se algum carro estava se aproximando. Nas sombras dos prédios avistei um homem cambaleando em minha direção. Seus cabelos longos e castanhos estavam grudados em seu rosto e ele olhou para mim de forma dolorosa.

— Senhor, você está bem? — perguntei a ele que se manteve tropeçando e vez ou outra se segurava nas paredes. Tirei meu celular do bolso e comecei a discar o número de emergência. — Você precisa que eu chame uma ambulância?

Antes que eu pudesse pressionar o pequeno botão verde na tela do meu telefone, o homem tirou uma arma do coldre e apontou em minha direção disparando-a, meu celular voou da minha mão em vários pedaços.

Soltei um pequeno grito, sentindo uma forte dor aguda em minha em meus ossos. Olhei para meu celular quebrado no chão. O homem deu um passo para mais perto, colocando a mão em minha boca, antes que eu pudesse gritar novamente, empurrando-me em um dos becos, contra uma parede de pedra fria. Gemi devido a dor nas costas.

Ele apontou a arma para minha cabeça, engoli em seco vendo a determinação em seus olhos. Não havia nenhuma dúvida, ele iria me matar se eu não desse o que ele queria. Eu só precisava descobrir o que era.

— Quem sabe que você está aqui? — ele sussurrou em meu ouvido, enquanto as lágrimas corriam pelo meu rosto. — Responda-me! — Ele gritou em voz baixa quando eu não respondi de imediato.

— Ninguém! — chorei. — E-Eu estou sozinha...

— Onde você mora?

— A dois quarteirões daqui... Por favor, não me machuque! — Implorei, olhando para o braço de metal que refletia a luz da lua.

— Eu não vou, se você fizer o que eu mandar, entendeu? — Ele disse com firmeza, olhando para mim com seus olhos frios e azuis que pareciam queimar diante dos meus.

Concordei com a cabeça, olhando-o com cuidado, pois ele se afastou de mim e enfiou a arma de volta no coldre.

— Mostre o caminho. — ele murmurou, gesticulando para guiá-lo ao meu apartamento.

Isso não está acontecendo, pensei comigo mesma eu estava andando pelas ruas, seguida de perto pelo homem que eu suspeitava ser o assassino que estava aterrorizando a todos. Por que diabos isso está acontecendo comigo?

Com as mãos trêmulas, procurei as chaves em minha bolsa. Eu estava quase no meu prédio e mantinha dificuldade em controlar meu medo. Eu não tinha ideia do que aquele homem ia fazer para mim. Eu só conseguia visualizar o pior.

— Depressa! — O homem sussurrou, olhando ao meu redor, enquanto ainda estava procurando minhas chaves.

Ainda tremendo, achei as chaves em minha bolsa e as coloquei na fechadura da porta da frente. Rapidamente as virei na tranca, sentindo o metal frio de sua arma contra a parte de trás da minha coluna.

— Por favor, não me machuque. — falei novamente, olhando em seus olhos quando abri a porta.

O homem engoliu em seco, olhando pra mim. Por um momento eu pensei ter visto um brilho de tristeza em seus olhos, mas rapidamente foi substituído pela mesma raiva que eu recebia durante os últimos quinze minutos.

— Eu disse a você, — disse ele, entrando no apartamento — eu não vou.

O segui, fechando a porta atrás de mim e fechando as cortinas. Talvez eu devesse mantê-las abertas, mas uma parte minha acreditou nele. Ele não iria me machucar. Pelo menos não ali. Não agora.

— O que você quer de mim? — Perguntei a ele depois de vários minutos em silêncio. Ele tinha jogado o telefone na parede, quebrando-o em vários pedaços, ele havia se sentado no sofá, colocando a arma na mesa de centro.

— Eu só preciso de um lugar para descansar essa noite. Isso é tudo.

Olhei para a arma, dizendo a mim mesma que não se deve transformar a situação pior do que já estava. Ele não ia me machucar. Mas se tivesse essa arma, pelo menos eu teria algo para me defender. Balancei a cabeça varrendo esse pensamento da minha mente, lembrando-me do olhar determinado em seu rosto quando ele tinha me apontado sua pistola.

— Quem é você? — Franzi a testa, o olhando quando ele levou suas mãos à cabeça e esfregou os olhos.

— Eu não sou ninguém...

— Certo. — suspirei, entrando na cozinha. — Então, o que isso faz de mim?

Ele voltou seu olhar para mim, observando cada movimento meu, usando a cafeteira. Meu coração havia recuperado lentamente o batimento constante e de alguma forma o medo avassalador que sentira quando ele tinha me puxado pela primeira vez para o beco, tinha desaparecido. O quão perigoso os noticiários o transformaram, tudo o que eu podia ver era um homem confuso e solitário sentado em meu sofá. Ele parecia ser um homem quebrado e que não sabia mais quem ele era. O olhei por mais um tempo e vi a dor e a desesperança no seu olhar, comecei a me perguntar se ele já teria verdadeiramente se conhecido.

— Eu imagino que você possa querer dormir. O quarto é bem ali. — apontei na direção do meu quarto.

— Vou dormir no sofá... — disse ele, sua voz fria. — Não tente nada estúpido. Eu não quero feri-la, mas eu irei se precisar.

Concordei com a cabeça, engolindo em seco não pela primeira vez no dia. Peguei uma xícara fumegante de café do balcão da cozinha e caminhei passando por ele em direção ao meu quarto.

— Não se preocupe. Eu não vou estar aqui quando você acordar... — ele falou baixinho, pouco antes de sair da sala.

— Tudo bem — respondi, virando-me para olhar para ele. — Nesse armário ali podem ter algumas roupas do seu tamanho. Pertencem ao meu ex, mas ele é um idiota, então você pode ficar com elas — sorri amarelo. — E tem café na cozinha.

— Obrigado. — ele falou ainda mais suave.

— Claro... — murmurei, voltando-me para a porta e o deixando com os seus demônios. — Boa noite.


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Notas finais do capítulo

Comentem mesmo que seja para deixar algum pensamento negativo. *-*



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