Love me like you do escrita por MorgsValdez


Capítulo 4
Vizinhança


Notas iniciais do capítulo

Pessoas ;3 Espero que estejam gostando, porque hoje quando comecei a escrever não conseguia parar, mas como dei um prazo até meia noite resolvi postar :*



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Ao chegar ao meu apartamento larguei a pasta em cima da mesa, disposta a um banho bem quente antes de qualquer coisa. Fui ao banheiro e liguei a torneira para a banheira ir enchendo, sim uma banheira, chique não?! Após procurar no meio das minhas malas tudo o que precisava, voltei ao banheiro e vi algo que me deixou mais do que indignada, o teto estava pingando e com um cheiro estranho de mofo que não havia antes, aproveitando que ainda estava vestida resolvi conhecer o vizinho de cima e perguntar que merda era aquela.

Subi de vagar os degraus respirando fundo, não queria fazer barraco logo no meu primeiro dia ali, mas explodir tem sido tão fácil para mim ultimamente que não sabia se ia conseguir me controlar. Bati três vezes na porta já programando tudo o que eu diria:

Com licença, eu sou a nova vizinha, Anna Del Ray, e estou com um sério problema. O seu banheiro está com algum problema, pois o meu teto está encharcado, e está molhando todo o meu banheiro, eu gostaria que mudanças rápidas fossem providenciadas.

Então eu sairia teatralmente e com ar de superioridade. Porém quando a porta se abriu, eu acho que a vida estava tentando me pregar alguma peça, não havia outra explicação.

– Anna? – disse Iris abrindo a porta ao lado de um homem loiro.

– Iris? Digo, Srta. West. Olá. – falei ficando um pouco confusa.

– Quem é ela querida? – disse o homem ao seu lado.

– Ela começou hoje na delegacia, você não a viu?

– Não. – disse ele – Prazer, eu sou Eddie Thawne, parceiro do Joe.

Ele era muito educado, assim como muito bonito, diferente de Iris que me olhava como se algo em muito fosse azedo e a fizesse sentir náuseas.

– Prazer Eddie, sou Anna Del Ray. Bem, não queria que nos conhecêssemos assim detetive, mas eu acho que o senhor tem um cano com problemas, meu teto está encharcado.

– Oh não me chame de senhor, e sim, eu já chamei o encanador, desculpe o incomodo.

A cara, eu não ia ser mal educada com um cara tão legal.

– Tudo bem. – falei levantando as mãos para cima – então ta, tchau.

Voltei para o meu apartamento com algo muito estranho no peito, eu não sabia por que, mas algo em Iris me incomodava muito, e eu não sabia o que. Ela em nenhum momento fora mal educada comigo, mas era seca, no fundo acho que o fato de eu incomodá-la, me deixava incomodada. Enfim. É claro que quando voltei a minha banheira já estava quase transbordando, fechei e me despi, a água estava agradabilíssima, e então me desliguei do mundo.

***

So no one told your life was gonna be this way
Your job is a joke, you're broke, your love

life's D.O.A. ♪

Meu celular começou a tocar e me despertei, eu havia dormido na banheira! Sai correndo para atender e levei aquele tombo no chão com os pés ensaboados, consegui alcançar o telefone de cima da mesa e o atendi sem nem mesmo ver quem era. Grande erro.

– Alô?

– Cara mia, achei que não atenderia. – disse Gianluca.

– Ah se eu visse que era você eu realmente não ia atender. O que você quer?

– Como o que eu quero? Quero você, me dê seu endereço, sua mãe não quis me falar para onde você ia e...

– Gianluca, para! – gritei, já com lágrimas nos olhos – Eu não quero mais você perto de mim, esqueça que eu existo, EU TE ODEIO!

Desliguei o telefone, completamente furiosa e tentei me levantar, após me segurar no sofá que ao contrário das cadeira traidoras não se movia, levantei-me e voltei ao banheiro, terminei meu banho e pus meu pijama que se baseava em uma calça enorme cinza e uma camiseta preta com um gato na frente. Peguei o cappuccino frio e pus no microondas enquanto beliscava a torta de limão e abria a pasta de Ronald Raymond, eu talvez precisasse passar a noite em claro, mas eu desvendaria aquele mistério, e mostraria que mesmo sendo mulher não seria subestimada pelo machismo que havia naquela delegacia.

Sentei á mesa bebericando o líquido quente enquanto avaliava os documentos, ele estava noivo de Caitlin Snow, bioengenheira dos Laboratórios Star, onde ele também trabalhava como engenheiro estrutural e morrera tentando ajustar o acelerador de partículas. Que heróico. Não havia ficha na polícia, e era muito gato. Ronald, Ronald. O que foi que você fez?

De manhã...

– Ham, você está babando. – falou alguém ao meu lado enquanto me balançava o ombro.

– O que? – levantei rápida buscando minha arma.

– Hey, calma. Eu estava descendo do meu apartamento e vi pela janela você dormindo em cima da mesa. Você leva o trabalho a fundo. – apontou Eddie para os documentos em cima da mesa.

Os reuni rapidamente e os guardei dentro da pasta colocando-os dentro da gaveta do balcão, olhei para Eddie e ele sorria de um jeito cordial, nada superficial, apenas legal. Mesmo. Tipo, um cara qualquer que possivelmente você será colega de trabalho e quer fazer amizade. Curti.

– Sim, eu faço isso, né? – minha resposta pareceu mais uma pergunta, o que o fez rir.

– Pelo jeito. Quer uma carona pra delegacia? – perguntou ele apontando para fora.

– Não obrigada, eu tenho carro. Digo, não querendo ser rude, eu só quis dizer que eu não precisaria te incomodar com uma carona de ida e de volta porque eu tenho como fazer isso sabe. Eu falei muito né.

Eddie riu tanto do meu nervosismo que segurou a barriga, eu era tão atrapalhada.

– Não se preocupe Anna, eu entendi te vejo lá então. Tchau.

Ele saiu balançando a cabeça, com certeza pensando o quanto eu era idiota. Vesti rapidamente qualquer roupa que vi na frente e corri para o carro, queria comprar algo para comer ainda antes de ir para a delegacia, o mais legal foi ver uns papéis babados em cima da mesa.

Rolei os olhos e sai pisando forte, eu era muito idiota.

Estava checando meus e-mails quando abri a porta da cafeteria, me bati em alguém que quase derrubou o café em mim, por sorte como ainda estava com tampa apenas respingou, eu estava um pimentão e prestes a soltar mais de trinta palavrões diferentes quando vi em quem me bati.

– Sr. Allen. – falei engolindo minhas palavras de baixo calão.

– Barry, por favor. Anna não é?

– A própria. – soltei aquela risada nervosa que toda pessoa tem e é ridícula.

– Indo para a delegacia? Quero dizer, depois daqui. – falou ele colocando a mão na nuca.

– Sim, só vim comprar um café. Quer uma carona? – ofereci.

– Claro.

Entrei para pedir o café tentando não demonstrar o tremor das minhas mãos, Barry me olhava de canto e sorria de vez em quando, eu já estava buscando oxigênio quando a funcionaria finalmente trouxe o café, o peguei e caminhei um pouco rápido demais para o carro, ao entrarmos tentei não bater no carro da frente, de tão nervosa que estava, mas porque eu estava tão nervosa? Ele era só um cara normal que eu não estou a fim. Soltei um suspiro e vi que ele me olhou, eu virei o rosto para sorrir, mas numa fração de segundo a expressão de Barry mudou, ele olhou para a frente e tudo aconteceu tão rápido que não pude acompanhar.

Ele me tirou para fora do carro num piscar de olhos, não sei como ele tirou o nosso cinto tão rápido, não sei como ele abriu a porta do carro mais rápido ainda, só vi quando ele me deixou na calçada e sumiu, o meu carro, completamente congelado. Sim, congelado. Como? Não sei.

O famoso criminoso Leonard Snart estava de pé ao meu lado.


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Notas finais do capítulo

Então? *-----* Se gostaram deixem um review lindo como a carinha de vocês pra mostrar pra autora que ela é uma pessoa legal kkkk Legais são vocês que me fazem me apaixonar mais pela minha história e querer escrever mais, beijo!
PS: A música de toque é a música tema da série Friends: https://www.youtube.com/watch?v=nzQWmAwNNCw