O carro que Marco dirigia parou de frente ao grande portão da casa em que antigamente Stella vivia com os pais. Ela se sentiu tão feliz quando colocou os pés na casa que não aguentou  a emoção e caiu em lágrimas. Uma senhora já de idade entrou na sala correndo de forma mais rápida que seu corpo cansado permitia. Apesar das varias rugas no rosto e os cabelos brancos os olhos azuis cor de oceano ainda estavam mais vivos.

— Oh Gerry – Stella disse abraçando ela – Que saudades

— Oh minha menina faz tanto tempo que não há vejo – disse ela – Olhe só você, está tão bonita tão crescida e seus olhos – apontou a senhora – Sãos os olhos de uma mulher...

— Gerry quero te apresentar três pessoas – sorriu e levou ela até a porta, assim que a mulher viu as crianças ficou surpresa – Gerry esses são meus filhos Charlie..

— Oi – disse ele com um aceno

— Evan ...

— Olá – sorriu a garotinha

— E meu marido – Stella foi para perto de Mac que deu um paço para frente e estendeu a mão para a senhora – Mac Taylor...

— Taylor? Filho do Mackenna Taylor?

— Sim, prazer em conhece-la – disse ele

— Oh, o prazer é todo meu senhor – disse ela apertando a mão de Mac com firmeza – Eu devo dizer que não esperava por isso, quero dizer... – Stella sorriu com o nervosismo dela – Eu nunca imaginei Stella com filhos! Perdoe-me minha filha mas você é um poço de irresponsabilidade ...

— Era Gerry – corrigiu ela – Eu era, não sou mais até por que – sorriu e olhou para Mac – Tive quem me orientar...Mac me ajudou muito a superar o que passei à anos atrás e é graças ele que tenho tudo isso – disse pegando os filhos no colo e ficando ao lado de Mac – Minha família...

— Não me faça chorar menina – disse a senhora e eles riram – Meu coração velho não aguenta tanta emoção...

— Nem me fale nisso! – reprovou ela sorridente voltando a abraça-la – Cadê mamãe

— No ateliê...ela soube mas não soube que você estava bem..

— Como não, achei que papai...

— Não, não ela recebeu uma ligação faz algum tempo dizendo que aquilo que ela mais amava estava morto – Stella olhou para Mac que balançou a cabeça – Seu pai ficou sabendo e foi correndo para casa de vocês, foi quando eu soube da explosão...

— E...e como ela está..

— Chorando, seu pai não ligou ela deve achar que você está...

Stella não terminou que ela terminasse de falar pois saiu correndo os degraus da escadaria atrás de sua mãe. Ela abriu uma porta azul com detalhes de margaridas brancas – a única daquele jeito – ela viu a mãe caída no chão do ateliê chorando agarrada as própria pernas.

— Mãe saia do chão – disse ela abraçando a mesma- Pare com isso...estou aqui

— Eu...eu achei que –soluçou ela

— Shiii, eu estou aqui mãe! Estou viva – disse ela forçando a mãe e olhá-la – Estou aqui...

— Oh minha filha!!

Stella e sua mãe ficaram um tempo muito longo no chão abraçadas e chorando juntas, até que Marco entrou no ateliê e as levou para sala. Sophia ficou ainda mais emocionada ao ver seus netos, ela os mimou e os encheu de beijos e abraços fortes – tanto que as crianças já nem aguentavam mais naquele dia – Ao anoitecer a família se reuniu para um jantar agradável claro que Sophia insistiu para que ficassem na casa até conseguirem outro lugar – mas se dependesse dela isso jamais aconteceria concluiu Stella sabendo da angustia e medo que ela sentia.

— Boa noite minha flor – disse Stella a pequena que dormia agarrada a seu ursinho, ela virou-se para o lado e viu Mac sentado ao lada da cama de Charlie pensativo, o menino dormia tranquilamente segurando o dedo mindinho do pai com força – Mac?

— Eu...eu me arrependo do que fiz...

— Querido... – disse ela ajoelhando-se à sua frente – Não se culpe...

— Stell eu acusei meu filho, eu bati nele e na mesma noite somos atacados – sussurrou ele passando a mão nos cachos do menino – O que teria acontecido se ele não tivesse acordado... meu filho estaria morto, assim como todos nós e...

— Mac pare! Chega disso – disse ela firme – Você está vivo, eu estou viva nossos filhos...estão vivos – ele suspirou – Vamos achar quem fez isso? Sim nós vamos e quando isso acontecer pode ter certeza vou chutar o traseiro dele por isso! – Mac riu

— Só você meu amor – ele tocou os cabelos dela e a trouxe para um beijo terno – Eu te amo Stella

— Eu te amo Mac... – repetiu ela em seu ouvido beijando seu pescoço descendo lentamente até chegar em seu queixo...

— Ei..

— Shii... fique quieto – sussurrou ela se levantando e levando ele até o quarto que ficariam – Aproveite – disse e tomou os lábios dele para si.

Suas línguas travaram uma guerra incontrolável por domínio, o atrito que seus corpos tinham mandavam pequenas ondas de choque para seus pontos mais sensíveis. Mac conseguiu habilidosamente se livrar de cada peça de roupa que eles tinham no corpo e a levou para cama onde fizeram amor incontrolavelmente, deliciosamente e cheio de promessas.

— Sabe o que não entendo – disse ela deitada sobre ele

— O que? – perguntou

— Meu pai disse que minha mãe não sabia de nada – Mac franziu o cenho – Mas quando chego aqui recebo a notícia de que ela já sabia...

— Gerry disse que ela recebeu uma ligação – apontou Mac, Stella o encarou – Algo não está batendo

— Eu vou descobrir o que está acontecendo – disse ela desenhando círculos em seu peito – Mac...

— Humm?

— Você acha que foi ele?

— Não sei, Charlie disse que o viu – Stella sentou-se sobre ele encarando seus olhos azuis – Ele desenhou o rosto dele na areia e eu juro é ele...

— Se for ele, estamos com problemas – Mac se sentou na cama também ficando na mesma linha que ela...

— Tem mais – disse ele

— O que..

— Eu falei com uma pessoa em New York

— Pra que?

— Vamos nos mudar pra lá

— O QUE!? Você enlouqueceu!

— Stella me escuta! Se for o Frankie temos que tirá-lo daqui eu não quero desrespeitar sua cidade muito menos os profissionais mas se a gente for pra lá terei mais chances

— Chances de que? – disse ela nervosa

— De pegá-lo olha sejamos sinceros sei pai não gosta de mim e não gosto dele morar aqui será como passar uma temporada de férias no inferno e adivinha quem é o anfitrião – Stella lhe deu um tapa – Aiii!

— É do meu pai que você está falando Taylor e escute bem eu confio nos profissionais da cidade e tenho certeza que eles também podem pegar o Frankie...

— Amor as vazes você é so um pouco burrinha – ela bufa levantando a mão outra vez ameaçando dar-lhe outro tapa – NÃO!

— Digamos que a gente vá – começa ela – O que vamos fazer...

— Stella somos formados eu tenho uma vaga no laboratório só que eu não assumi ainda meu lugar e pelo que sei você também recebeu uma proposta de trabalho para trabalhar lá você não foi por que não queria deixar sua mãe...

— Faria o mesmo se você fosse eu, eu não quero deixar minha mãe ainda mais agora...

— Stella temos que seguir a vida, eu sei que é difícil amor mas se você não sair das asas dela nunca vai ser livre – ela sai do seu colo se cobrindo e saindo da cama – Stella meu amor confia em mim...

— Ah Mac eu...eu não consigo

— Consegue, é claro que consegue – sorriu ele saindo da cama também – Você conseguiu sair daquela vida que seguia e hoje você tem uma família de verdade, você conseguiu superar o seu medo e tudo isso foi por força de vontade o que te custa fazer isso agora.

— Se a gente for pra lá e cuidar desse caso como vamos analisar as pistas?!

— Eu cuido disso – disse ele e ela suspirou – O que você me diz, vamos para NY?

— Eu..eu não sei

— Stell – sorriu ele e ela retribuiu

— Não faz essa cara moço, eu não resisto – ele sorriu – Ok, você venceu

— YES!

— Vamos para New York!