CSI:NY : 10° Temporada - A Reviravolta escrita por Dami Smitt


Capítulo 20
O que o tempo fez conosco?


Notas iniciais do capítulo

Olá



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— Isso pode soar um pouco macabro, mas esse psicopata Gray Enzo, parece que devemos algo a ele se considerarmos que ele juntou todos nós de novo – Danny falou no tom casual cômico

— Danny, isso definitivamente é macabro – Lindsay riu enquanto entrava na sala

— Qual é, ele nos colocou na mesma sala discutindo sobre ele como se ele fosse o centro das atenções, quando na verdade é todas as histórias mal resolvidas de cada um de nós – Danny completou no tom mais sério

— Uau, isso foi profundo, cara – Adam comentou pensativo – Isso que chamam tragicomédia?

— Me parece que só tem a parte trágica – Sheldon replicou

A reunião ocorreu de maneira estritamente profissional, todos pareciam concentrados demais nas suas devidas tarefas para permitir sentir o óbvio sentimento de confusão comum a todos. As informações genéricas do assassino pareciam vagas e precisas ao mesmo tempo, a certeza de que ele estava em Nova York deixava todos preocupadas e com sentimento de urgência perante o dever básico de sua função. No entanto, pareciam um tanto perdidos. As perguntas sobre exatamente aonde ele estava e como chegar até lá ou se existe alguém o protegendo pairavam entre as inúmeras informações que pareciam uma mesa bagunçada sem resposta.

Em uma base secreta em algum lugar dos Texas

— Deixa eu ver se eu entendi bem, senhorita Johnson, a informação que eu estou recebendo diz que um protótipo altamente sigiloso está sendo usado como detetive em Nova York, a qual é seu lugar anterior de residência e trabalho, no caso que tem mais atenção no momento? – o senhor grisalho e postura firma falou em um tom ríspido e incrédulo – Quem autorizou essa insanidade?

— Desculpe, Senhor. As informações são vagas e temo que está fora de nosso controle no momento, ela já foi exposta publicamente ao seus antigos colegas de trabalho.

— Meu Deus – suspirou – organize uma reunião com o responsável pela divisão em que ela trabalha

— Certo, Senhor.

Delegacia de Policia de Nova York

— Cara que caos, hein? – disse Danny ao Don olhando a correria e cenário caótico de todo departamento

— Não duvido que isso piore quando vazar para mídia e as especulações começarem

— Não fala em voz alta, Flack, não queremos atrair esse tipo de energia – Danny fala em tom irônico

— Vou ganhar cem milhões de dólares essa semana – Don fala com um sorriso

— É por aí, meu caro, tá no caminho certo – respondeu e saiu

Don saiu ao encontro de Jennifer (Jéssica) no jardim do hotel em que ela está hospedada

— Donald Flack? – Jennifer chamou – Como posso ajudar?

— Parece formalidade demais, Don ou Flack é o suficiente, Senhor Donald Flack apenas para marginais – falou em tom mais relaxado que o habitual

Jennifer riu – Tudo bem, Don ou Flack

— Eu gostaria de me desculpar, sinceramente, pelas minhas reações e atitudes muito não profissionais, espero que possamos trabalhar adequadamente. Suas feições me lembram alguém muito importante, mas isso não vem ao caso. Espero que possamos recomeçar, Jennifer. – o nome Jennifer ecoou mil vezes em cada parte do corpo de Flack

Jéssica sentiu seu coração de fragmentar ao ver o amor da sua vida a chamar por um nome diferente que era dela na mesma medida que não era. Com a voz vacilante e as mãos trêmulas

— Tudo bem, Flack – olhou para o chão, encara – lo parecia apertar seu corpo contra uma parede, porém talvez olhar para ele como Jennifer fosse de fato mais fácil – Vamos fazer um ótimo trabalho – viu o seu rosto e sorriu. Sorriso triste. E se perguntou “o que a morte nos fez?”

Sala Mac – Laboratório

Stella passou em frente e Mac acenou para que entrasse.

— Ainda aqui essa hora, Mac? – sorriu em meio as memórias de todas as vezes que lhe fez essa pergunta

— Algumas coisas nunca mudam – respondeu com um sorriso ainda maior

— Essa sala me parece como sempre, é confortável. É mais casa do que muitos lugares

— Talvez pelo tempo que passamos aqui, fomos cativados por ela

— Parece uma coisa que Melry diria – riu

—  Ouvi dizer que fez um excelente trabalho. Parabéns, sempre soube que independente de onde estivesse faria um ótimo trabalho.

— Obrigada, Mac. Eu certamente aprendi muito com o melhor.

Stella sentiu como se nunca estivesse saído dali, como se fosse jantar com ele e voltar a sala ao lado para cuidar dos casos. Ao mesmo tempo que parecia inadequado. Um jogo infinito de pertencer e não pertencer, de ir e de ficar. Se perguntando o que o tempo fez conosco?

Mac parecia diante do passado de uma forma simples e complexa. Como se a parte mais fácil de tudo fosse resolver os grandes mistérios, mas não o que estava diante dele.

Se todos compartilhavam de um sentimento uníssono era a confusão de ver o passado no presente se fundir de uma maneira enigmática que parecia errado e inconveniente ao mesmo tempo que todos ansiavam para isso. E sem perceber todos estavam presos a uma teia invisível de possibilidades e questionamentos que explicações não seriam suficientes. Nada parecia suficiente ou razoável. O grande problema de toda essa ideia de retorno é que muitas vezes não há solução. O tempo e as decisões tomadas ao longo dele mudam a direção e o encaixe das coisas?


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Notas finais do capítulo

Quanto tempo



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