O rio de flores brancas (A viagem de chihiro) escrita por Spring001


Capítulo 19
Capítulo 19 - O Reino das sombras e suas peças


Notas iniciais do capítulo

CARACA! Amei esse cap ♥ Sério! Acho que foi o que eu mais gostei de escrever, ficou muito dramatic! Mas acho que foi um dos melhores que eu escrevi, me digam ai hahaha, Bom voltando, Desculpa a demora ai, estou fazendo curso e fico um pouco sem tempo para escrever, mas jamais abandonarei isso aqui, mas vou tentar escrever outro cap ainda hoje e deixar prontinho pô cêis.

Não esqueçam de comentar, pq me ajuda muito mesmo, sem os comentários não sei se estou indo pelo caminho certo e gosto mesmo de saber se vocês estão gostando, pq a história é minha, mas se não fosse para todos gostarem não estaria aqui, não é mesmo? Então deixem ai o que estão achando e Um queijo O/



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Não se sentia o tocar da pele com a água, mas sentia-se frio, que na verdade não vinha dela. Os olhos não ficavam embaçados com a profundidade, pois eles se tomavam por uma escuridão indescritível , mais escura que o céu em seu horário mais sombrio e que as sombras. Mesmo observar a quem estava ao seu lado parecia impossível enquanto estavam caindo naquela escuridão, o vácuo fazia com que o único som audível fosse o do vento soprando forte contra os seus ouvidos, mesmo o próprio grito era abafado por aquele vazio. Este sentimento, como uma cadeira sem chão ou cela terminou quando seus pés tocaram abruptamente o piso pedregoso de um lugar desconhecidos.

Pouco a pouco, alguma luz surgiu do meio da escuridão em frente aos olhos de Chihiro, e o local começou a tomar forma, não que houvessem muitas coisas ali que formatassem a localidade, ao pouco começaram a aparecer algumas pedras, e a grama do chão. O local era gélido, e nevoado  e pouco a pouco ela foi percebendo que estava completamente sozinha.

— Harumi! – Ela gritou e não houve resposta, apenas o retorno de sua voz com o eco que se formara no nada, parecia uma ilusão, e poderia ser – Hiro! Alguém...?!  Ai!

Com um susto Chihiro olhou para baixo, depois de sentir o chão em que pisara ceder embaixo de seus pés. Ali havia se formado algo semelhante á uma areia movediça, no entanto de uma gosma negra e asquerosa, que a prendeu no lugar onde estava, ela tentou com vontade puxar seu corpo para cima novamente, mas não houve sucesso e quando se deu conta já estava com a cintura naquela poça, quando ela parou e se solidificou a prendendo no que seria um chão.

— O que? – Ela se questionou – Alguém! Socorro! Por favor! Ajude...

— Chihiro – Uma voz muito mais do que familiar a interrompeu, sua mãe não podia estar ali, mas a voz era definitivamente a dela – Chihiro, onde você está filha...

— Mãe! – Ela gritou o mais alto que pode – Mãe!! Eu estou aqui me ajude!

— Chihiro – Desta vez era o seu pai – Chihiro?

— Pai! Pai! Aqui! – Sua garganta falhava com os gritos altos demais para a capacidade de suas cordas vocais, mesmo assim ela não desistiu, quando em sua frente a figura de seus pais realmente surgiu.

— Mãe! Pai! – Ela disse com a voz chorosa – Como chegaram aqui?

— Por que fez isso? – Disse sua mãe, a espantando com a frieza de sua voz – Por que nos deixou?

— Eu não deixei mãe...

— Como ousa nos chamar de pais? – Sua atenção voltou-se ao pai que dizia com grande ódio em suas palavras – Sendo que você acaba de nos matar...

— Como? – Ela sussurrou sem entender.

— Como pode? – Eles disseram em uníssono.

— Eu não! Eu não fiz isso! Eu...

Então o som, ríspido de um tiro tomou os ouvidos da menina, junto com o tombar do corpo de seus pais e passos distantes em sua direção. Os rostos de seus pais parados bem em frente a seus olhos, trouxeram-lhe lágrimas e gritos.

— MÃE! PAI! NÃO! NÃO! POR FAVOR ACORDEM! POR FAVOR!!!

— Eles não vão acordar – Alguém falou ao fundo, uma voz necrupulosa, desumana e assombrosamente familiar.

Era sua própria voz. Assim como os passos cada vez mais próximos revelaram um corpo, que vinha em sua direção, e era seu corpo. Seu rosto. Seus olhos, cabelos, aparência, era tudo seu. Era ela quem agora havia parado bem em frente a menina que estava presa no chão.

— Olá Sen...- Disse-lhe o ser. Chihiro não se atreveu, ou se quer conseguiu dizer qualquer coisa. A figura de si mesma em sua frente havia acabado de matar seus pais, bem em frente à seus olhos – É aterrorizante não? – Com os pés, aquela criatura empurrou o rosto de sua mãe, que subitamente desapareceu, transformando-se em um punhado de cinzar, assim como seu pai em seguida.

— O que? – Chihiro sussurrou.

— É isso que vai acontecer com eles, se não parar com essa ridícula busca – Disse seu clone – Todos os que você ama, tudo o que você mais teme, dominará seu coração e todos que estão perto de você irão morrer, e não terão salvação.

— Pare...

— Eu posso parar, mas você ainda não percebeu? – Continuou aquilo – Eu sou parte de você, aquilo que você mais teme de dentro do seu ser...Eu sou seu medo e sua ambição mais sombria e logo...O quê?

Vinha de trás daquele corpo uma luz, verde esmeralda que o desconcentrou, a criatura ficou observando o brilho verde quando a verdadeira Chihiro se sentiu sendo puxada e quando sentiu seus pés sendo retirados do falso chão, o ser voltou o olhar para a verdadeira.

— Não!!! – Ela exclamou e voou para cima da menina.

Et fixum constitit!— Houve um grito ao fundo e a luz verde prendeu o clone da Chihiro que tornou-se em frente da própria uma das sombras de Ankoku e pouco a pouco, contorcendo-se desesperadamente, como seu estivesse sofrendo de uma insuportável tortura desapareceu para dentro da luz que foi-se assim como surgiu.

— Chihiro! – Ela não podia mais reconhecer as vozes, depois do choque, então o máximo que fez quando ouviu seu nome foi cerrar os olhos com força e segurar com as unhas o braço que a segurava.

— Chihiro abra os olhos – Uma voz mais suave falou e ela obedeceu.

— Harumi...- Ela falou depois de ter os olhos abertos.

— Você está bem? - Ela perguntou parecendo alarmada e assustada assim como Chihiro – O que você viu?

— Meus pais...estão mortos – Ela chorou para a feiticeira, sentia-se novamente a menina fraca e descontente que era há seis anos.

— Não – Hiro disse atrás dela, ele que a havia retirado do chão, percebera naquele momento – Foi só um pesadelo, é o que o mundo da sombras preparou como recepção para nós...

Quando Hiro a informou disso, que Chihiro percebeu a mudança súbita de cenário. Estavam agora em uma pedra igual a que estivera com Harumi quando haviam seguido Kohaku. Em meio as mesmas nuvens e o mesmo frio amedrontador, mas qualquer coisa era melhor do que aquela escuridão.

— E não será o único...- Disse Harumi – Quando Ankoku descobrir que estamos vivos provavelmente fará coisa bem pior...

— Vocês também viram coisas? – Chihiro perguntou.

Ambos assentiram com as cabeças, mas não pareciam muito animados em dizer o que passara por suas mentes.

— Precisamos tomar cuidado...- Hiroyuki continuou – Provavelmente ele tentará fazer com que fiquemos sozinhos nisso...

— Chihiro me escute – Harumi falou, severa do mesmo modo que falara com a garota da primeira vez que conversaram em seu quarto – Eu pude salvá-la agora, mas se acontecer de sermos separados, terá que lhe dar com seu medo sozinha, não posso te ajudar se algo acontecer a partir do momento que sairmos dessa rocha, entende isso?

Chihiro lembrou-se, detalhadamente de todas as vezes que Haku à ajudara, desde a vez que ela caíra no rio quando criança até o dia que ela segurara a mão dele pela última vez e ele à dissera para nunca olha para trás, e mesmo assim, ela olhara. Via Haku todas as vezes que passava por meio de flores ou que olhava para o rio a cerca de sua casa,lembrava-se dele tanto que não sabia mais se ele era parte de seu passado, se seria parte de seu futuro ou se lhe acompanharia no presente. Mas, desta vez ela sabia que ele estava perto, e que o tal futuro, estava em frente e não mais para trás, que não devia olhar. Se o medo lhe fosse um empecilho, ela deveria ultrapassá-lo independente do quão difícil pudesse ser, pois valia a pena lutar pelo futuro.

— O medo não passa daquilo que nosso cérebro acredita que não devamos fazer – Ela falou surpreendendo Harumi e Hiroyuki – Não deixarei que ele impeça o que vim aqui para fazer.

Harumi sorriu suavemente e então todos se levantaram.

— Vamos ter que pular entre as nuvens...É o único modo – Hiro falou.

— São como os portais da cidade perto da casa de banho? – Perguntou Chihiro.

— Exatamente – Harumi respondeu – Só não sabemos o destino que eles nos trazem.

Chihiro segurou a mão de Harumi com força e sentiu o apertar da feiticeira em resposta, então os três se entreolharam e chegaram, depois de alguns poucos instantes à borda onde havia menos nuvens. Mesmo ali, ao tentar observar o que tinha entre elas, não parecia haver realmente algo, era um vazio sem fim e amedrontador que fazia o coração dos três que ali estavam bater mais forte.

— 1...- Disse Hiro.

— 2...- Harumi continuou

Depois de um intervalo de tempo, desejado pelos três:

— 3...- Finalizou Chihiro, com um outro pulo para uma nova fase do mundo sombrio.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar, pq me ajuda muito mesmo, sem os comentários não sei se estou indo pelo caminho certo e gosto mesmo de saber se vocês estão gostando, pq a história é minha, mas se não fosse para todos gostarem não estaria aqui, não é mesmo? Então deixem ai o que estão achando e Um queijo O/



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