Olicity - Dois Caminhos escrita por Buhh Smoak


Capítulo 3
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas finalmente saiu um capítulo novo nessa fic.
Prometo que vou postar com mais frequência.
Espero que gostem e comentem, ok?



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Felicity se sentia em uma zona de guerra. Nunca tinha visto Oliver tão zangado e alucinado como o via nas últimas semanas. Perdeu as contas de quantas vezes ele arremessou alguma coisa contra a parede, o que acabou com que ela se acostumando com os ataques de fúria e não se assustando mais.

– Como está as coisas hoje?

Thea estava parada ao seu lado observando os monitores, mas como ela sempre dizia, sem entender nada. Ela tinha se tornado uma presença constante depois que Oliver voltou de Nanda.

– Um caos.
– Então está normal. - rindo. - Onde está meu irmão?
– Acabou de ser encurralado pela policia e está voltando pra cá. Feliz da vida, acredito.
– Ah, como todos os dias.

Aquela era uma amizade improvável pra Felicity, mas ela estava gostando de ter alguém por perto que não fosse Laurel, essa sim a intimidava, mesmo que a própria dissesse que não tinha motivo pra isso.

– Tem alguma coisa errada. - buscando por informações que nem mesmo ela sabia do que se tratavam.
– O que?
– Não sei, esse é o problema. Só que eu sei que tem alguma coisa acontecendo debaixo do meu nariz, mas não consigo identificar.

O zumbido chegou antes da compreensão do que estava acontecendo, antes que Felicity pudesse dizer alguma coisa uma luz muito forte tomou conta de tudo e a caverna explodiu.

–--

– FELICITY.

A voz de Oliver estava muito distante, mas ela sabia que era real. Estava com o corpo sobre o de Thea, por ter sido a única coisa que conseguiu fazer antes que tudo desabasse. A sua volta não existia nada além de destroços.

– FELICITY.
– Aqui. - respondendo, mesmo que sua voz não saísse.

Caído no chão, ao lado de onde elas estavam, ela viu seu celular. Mesmo com a explosão ele ainda estava funcionando. Acionou a tela e clicou em qualquer toque para que Oliver pudesse localiza-las. Um uivo de lobo invadiu o lugar, para o desgosto de Felicity.

– Que maravilha. - saindo de cima de Thea, que estava desacordada.

Não demorou muito para que Oliver as encontrasse, com a testa franzida pelo som que saia do celular.

– Não diga nada.
– Nem me passou pela cabeça dizer algo. - aliviado por encontra-las.

Verificou se Thea estava bem, para somente então puxar Felicity para perto, a apertando contra o peito.

– Como você está?
– Acho que bem.

Se afastando, ele a olhou de cima a baixo vendo que ela realmente parecia bem, apesar de seu estado devido a explosão.

– Temos que sair daqui. DIGGLE. - gritou para que o amigo o localiza-se.
– Graças a Deus vocês estão vivas. - abraçando Felicity e olhando para Thea que agora estava nos braços de Oliver.
– Vamos, logo isso aqui vai estar cheio de policiais.
– Quem fez isso?
– Só pode ter sido Ras.

Assim que ela tentou andar, sentiu uma fisgada na perna, só então percebendo que tinha se machucado.

– Você está ferida? - questionou Diggle ao vê-la pressionar a mão sobre a calça, que estava rasgada.
– Acho que sim.
– Vem, eu te ajudo. - envolvendo sua cintura com o braço e começando a caminhar.

Oliver tinha parado assim que ouviu o que Diggle disse, mas voltou a caminhar quando a primeira sirene ecoou pelo lugar.

– Pra onde vamos? - questionou Diggle.
– Acho que o Palmer pode nos ajudar.

Chegaram nos fundos do galpão, em um beco deserto. Oliver colocou Thea sentada no chão com as costas contra a parede enquanto pegava o celular e discava para Palmer.

– Oliver? - questionando o amigo sobre receber ajuda do namorado de Felicity.
– Não temos opção, Diggle. - aceitando, mas não gostando do rumo que as coisas estavam indo.

Em poucos minuto Ray estava estacionando o carro na rua paralela onde eles estavam.

– O que aconteceu? - abraçando Felicity e se virando para os outros.
– Longa história.
– Entrem no carro, vamos deixar as explicações pra depois.

Oliver acomodou Thea no banco de trás e depois ajudou Felicity a entrar. Ele foi ao lado dela, que sustentava a cabeça de Thea em seu ombro.

– Além da perna você sente dor em mais algum lugar? - perguntou quase sussurrando em seu ouvido.
– Não, só a perna.
– Estávamos entrando no Verdant quando tudo explodiu.
– Porque ele faria isso, Oliver? Se quer você como substituto, não deveria tentar mata-lo.
– A intenção não foi me matar e sim tirar de mim o que mais importa.

O olhar dele era intenso e Felicity precisou desviar sua atenção para não fazer alguma besteira. Sem que eles percebessem, Ray observava a intimidade que eles compartilhavam pelo retrovisor, tendo a certeza que independente do que eles tivessem nada chegaria aos pés do amor que existia entre ela e Oliver.

–--

Felicity esperava qualquer coisa, mas não imaginava que Ray tinha um laboratório em um dos andares da Palmer Corporation. Tudo era além do que ela já tinha visto, desde a tecnologia até um pequeno posto de atendimento isolado do resto.

– Posso perguntar o motivo de você ter um laboratório como esse? - quis saber Oliver, colocando Thea na maca.
– Claro que pode, desde que você me dê explicações sobre o que aconteceu hoje, Oliver. Ou devo te chamar de Arqueiro?

Só então Oliver percebeu que ainda estava vestido como Arqueiro, sem opção, ele deixou Thea aos cuidados de Diggle e Felicity, para ir com Palmer a uma sala reservada.

– Acho que o pronto socorro de Starling precisa se inspirar nisso aqui. - disse Diggle mexendo nos aparelhos e conectando em Thea em alguns deles para verificar seus sinais vitais.
– Ela bateu a cabeça, vou fazer um curativo.
– Aqui. - empurrando um gaveteiro até onde ela estava. - Tem tudo o que precisa para cuidar dela.
– Achei que iriamos morrer, Dig. - olhando pro amigo antes de começar a limpar o machucado na cabeça de Thea.
– Nós também pensamos, Fel. Foi uma explosão muito forte.
– O que faremos agora sem a caverna? De onde vamos vigiar a cidade.
– Esse problema vocês não terão. - disse Palmer se aproximando de Felicity.
– Como assim?
– Digamos que agora somos um time. - sorrindo, mais feliz do que deveria.
– Um time? - questionou Diggle.

Oliver chegou em seguida, não gostando muito da aproximação de Ray e Felicity, mas estava no território dele e não tinha o direito de se incomodar com isso.

– Sim, esse laboratório é muito além do que tínhamos na caverna e as intenções do Palmer são semelhantes as nossas. Podemos confiar nele.
– Claro que podemos. - disse Felicity. - Mas porque você tem tudo isso?
– Depois que perdi minha noiva eu comecei a trabalhar para encontrar um modo de ajudar a cidade, pra que outras pessoas não passassem pelo que passei ao perde-la pelas mãos de bandidos. Por isso tudo isso.
– Nossa, não imaginava que você tinha ido tão longe.
– E agora tudo isso também é de vocês, inclusive os recursos da empresa. Oliver já me contou o que está em jogo e estou disposto a ajuda-los.

Assim que terminou o curativo de Thea, Felicity abraçou Ray. Ela não conseguia expressar em palavras a gratidão por ele ser tão altruísta, mesmo sabendo que entre ela e Oliver existia uma conexão que talvez nunca seria quebrada.

– Obrigada.
– Tudo que precisar, lembra? - sorrindo.

Oliver queria ter raiva de Ray, mas não conseguiu. Além de se colocar a disposição para ajuda-lo a lidar com o Demônio que o estava caçando, ainda cuidava da Felicity muito além do que ele imaginava. E pela primeira vez ele ficou aliviado por saber que caso alguma coisa acontecesse com ele, ela estaria em boas mãos, mesmo desejando que fosse ele a protege-la a qualquer custo.

– Como está minha irmã? - se aproximando da maca.
– Bem, mas a pancada na cabeça fez com que ela perdesse os sentidos.
– Vamos ficar de olho nela então, mas preciso de você tente encontrar alguma pista do paradeiro do Ras, Felicity.
– Claro, mas onde posso fazer isso? - se virando pra Ray.
– Vem comigo, você vai adorar meus brinquedinhos.

Oliver revirou os olhos ao vê-los ir em direção a mesma porta que Oliver conversou com Ray. Diggle observava o amigo e sabia que aquela convivência não seria nada fácil.

– Dê tempo ao tempo, não acho que ela e Palmer tem um futuro.
– Não acho que isso seja verdade. Na minha situação atual, acho que ele é a melhor opção pra ela.

Não demorou muito para começarem a ouvir os gritos de animação na sala ao lado. Aquilo era o paraíso para Felicity e Oliver sabia que pior do que ser caçado pelo demônio, era ter que admitir que sua garota não parecia ser mais tão sua como antes.


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