New Life - Thalico/Nicalia escrita por Maylla


Capítulo 12
Um dia Fora do Normal


Notas iniciais do capítulo

Olá meu lindos! Eu sei que todos estão me odiando e que eu demorei mais de dois meses para postar um capítulo nessa história mas aqui estou eu com um capítulo com mais de 2670 palavras, e sem músicas no meio!

Boa Leitura!



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Nico

— Como assim você não vai mais precisar de minha ajuda? – Pergunta a loira histérica a minha frente.

— Eu já resolvi meu problema com meus pais e não preciso que você finja ser minha namorada – Repito pausadamente pela segunda vez – Eu já disse, você não apareceu ontem e agora é tarde demais.

— Mas eu já expliquei que ouve um imprevisto e que não deu pra chegar a tempo – Repete a ladainha – Você não pode fazer isso comigo!

— Eu já fiz – Digo firmemente – Agora eu tenho uma nova namorada de mentira que eu já apresentei pros meus pais, não tem volta.

— Mas e a minha parte do acordo? Você se deu bem mas eu não consegui o Jason pra mim, Você tem que me ajudar.

— E por que eu faria isso? Você não me ajudou em nada, eu não tenho obrigação nenhuma com você – Afirmo, me virando pra ir embora, deixando Victoria para trás.

— Se você não me ajudar eu conto pra seus pais que você tem uma namorada de mentira! – A ouço gritar as minhas costas. Nesse momento eu agradeço por tê-la arrastado para um local mais reservado do Colégio.

— Você não vai fazer isso – Digo me virando, olhando dentro de seus olhos.

— Mais é claro que eu vou fazer – Afirma convicta.

— Não, você não vai – Me aproximo novamente – Por que se você abrir a boca eu conto pra todo mundo de seu plano mirabolante pra roubar o namorado de Piper por puro recalque – Lhe ameaço – E faço questão de fazer com que essa noticia chegue até seus queridos pais.

— Ninguém acreditaria!

— Mas é claro que acreditariam! É a minha palavra contra a sua, que por acaso é uma novata metida. Aqui é meu lugar, obviamente acreditarão em mim.

— Meus pais confiam em mim – Diz insegura.

— Podem até acreditar, e ficar ao seu lado. Mas duvido que isso aconteça com toda a repercussão que essa noticia vai ter na imprensa. Eu posso apostar que eles não vão gostar da má fama que a filha deles vai ter na mídia.

Assim que eu termino de falar um silencio se instala no ambiente. Ainda olhado dentro de seus olhos posso ver que minhas ameaças estão surtindo efeito, por isso espero pacientemente por sua resposta.

É claro que eu não esperava que Victoria aceitasse o fim de nosso acordo de bom grado, e é por isso que cheguei a investigar um pouco de sua vida e descobrir alguns podres muito significativos que eu esperava usar hoje com ela no momento em que ela começasse a me ameaçar, o que eu já imaginava que iria acontecer. Muitos não sabem, mas eu sou um ótimo hacker, foi fazendo um curso de informática avançado que eu conheci o Valdez.

— Mas se eu contar tudo sobre sua farsa você também vai sair prejudicado – Sussurra ainda insegura, tentando achar um jeito de sair por cima. Eu não queria utilizar isso contra ela agora, mas ela pediu.

— Tudo bem, você vai pros meus pais, conta que eu tenho supostamente uma namorada de mentira, eu vou pra imprensa e digo que você esta tentando roubar o namorado de uma garota e que não é a primeira vez que você se mete nesse tipo de confusão. Ai eu pego as matérias de varias revistas de fofoca de dois anos atrás onde você aparece como o pivô da separação de um de seus professores no internato no qual você morava. Foi noticia em todas as revistas de fofoca durante semanas que a querida e mimada filha de Ávila e Cleiton Neichet havia se envolvido em tamanho escândalo – Disse enquanto abria minha mochila e pegava algumas das matérias (Que por um mistério haviam sumido da internet e que eu como um bom investigador encontrei e imprimi) e lhe entrego.

Satisfaço-me com o choque refletido em seus olhos ao folhear os papeis em suas mãos. Logo em um momento de raiva Victoria rasga o máximo de folhas que consegue, enquanto grita que me odeia.

— Onde você conseguiu isso? – Pergunta logo depois de extravasar a raiva.

— Isso não importa agora, o que importa é que você não pode me ameaçar, se não eu vou espalhar essas noticias por todas as revistas de fofoca desse e se necessário de outros países. E não vai ter troca de sobrenome que faça com que os outros se esqueçam de quem você é! – Conclui com minhas ameaças, virando para ir embora.

— Como você sabe que eu troquei de nome? – Ouço-a sussurrar já longe.

— Eu sei de tudo – Respondo, entrando no corredor mais próximo que me leva pra segunda parte do Jardim.

Sim, você leu certo, é a segunda parte do jardim. A primeira é uma parte mais reservada que normalmente serve como ponto de encontro para namorados ou ficantes que não aguantam até o horário de saída do Colégio. Era na primeira parte que eu estava com Victoria.

Saio de vez da área dos jardins e vou direto pra minha segunda aula, afinal a primeira eu já havia perdido.

{Duas aulas depois}

PLINNNNNNNNNNN

Intervalo. Até que enfim o intervalo.

Assim que eu entrei na sala de aula pro segundo horário tive a mais traumática das noticias: No segundo e terceiro horário eu tive aula de Língua Inglesa, a mais entediante das matérias. Eu não tenho nada contra a minha língua, mas ter que aprender varias regras sobre como se escrever é um saco!

Agora eu estou indo rumo ao refeitório sentar em uma mesa com meus amigos falar sobre qualquer coisa que possa me fazer esquecer todos os meus atuais problemas.

Mas como eu sou sortudo, nada disso acontece.

Eu já falei que o universo conspira contra mim? Pois é, ele conspira contra mim. Assim que eu cheguei à costumeira mesa que eu divido com meus amigos eu encontro a pessoa que eu menos queria ver no momento, (Depois de Victoria) sentada rindo de algo que alguém disse. Isso mesmo, ao lado do único lugar vago na mesa se encontra Thalia Grace, minha namorada de mentirinha.

— Nico meu chapa, até que enfim você chegou – Recebo o comprimento animado do Valdez assim que alcanço o seu campo de visão – Você acabou de perder a piada do ano.

— É mesmo? – Finjo interesse, enquanto me sento na cadeira vaga ao lado de Thalia – Que piada foi essa?

— O Jason disse que você e a Thalia estão namorando – Repetiu e caiu novamente na risada, não só ele como também todos na mesa, menos Thalia, Eu e Jason.

— E qual é a graça disso? – Perguntei o mais serio que eu consegui, em outro momento eu estaria rindo junto com eles.

— Como assim qual é a graça disso? Ele disse que você e a Thalia estão namorando entendeu? Você e a Thalia!

— E qual é o problema? – Perguntei – É verdade!

Um silencio impressionante se instalou na mesa. Os poucos que estavam rindo pararam instantaneamente e só após uns segundos de suspense todos voltaram a rir, achando que eu havia feito uma piada com o assunto. Eu, Thalia e Jason continuávamos sérios.

— Ah cara, você quase me matou de susto! – Afirma o Valdez, secando algumas lagrimas.

— Eu ainda não entendi a graça – Continuei sério – Eu não estou brincando, eu e Thalia estamos realmente namorando – Afirmei mais uma vez, vendo o retardado do Leo e do Percy, junto com as meninas, rirem descontroladamente mais uma vez.

— Para Nico, eu não estou aguentando mais – Ainda entre risos Reyna quase caiu no chão, chamando toda a atenção do refeitório pra nossa mesa – Essa sua cara de quem está falando sério esta me matando – Completou tentando se recompor.

— Será que vocês não entenderam? Eu não estou brincando nem fazendo nenhuma piada, Thalia e eu estamos namorando de verdade! – Me exaltei, não aguentando mais todas aquelas risadas. Se eles não estavam acreditando imagine meus pais?

E adivinha? Eles riram mais ainda.

Já sem paciência eu rapidamente levantei e puxai Thalia, que se mantinha neutra na "conversa" e fiz menção de ir embora.

— Ei! Onde é que vocês vão? – Perguntou o retardado do Valdez, agora parando um pouco de rir.

— Eu estou indo com minha namorada comer em outro lugar, de preferencia bem longe de vocês – Respondi grosseiramente, puxando Thalia pela cintura e indo embora do refeitório sobre o olha atento de todos ali presentes.

Pronto, não tinha jeito melhor de anunciar para todos que eu e Thalia estamos juntos.

{Três aulas depois}

— Nico, eu preciso falar com você – Foi o que eu ouvi assim que sai da sala de aula no meu último horário.

Assim que eu me virei para ver quem estava em tamanho desespero, procurando avidamente por minha companhia, quão grande não foi a minha surpresa ao encontrar Thalia Rogéria Batista Grace a minha frente.

— O que você disse? – Surpreso, tentei confirmar que não estava ouvindo coisas.

— Pare de se fazer de cínico Di Ângelo, você ouviu muito bem o que eu falei.

— Não, eu não ouvi não – Afirmei – O que eu ouvi foi você dizendo que precisava de minha ajuda, e como é impossível acontecer isso eu acho que é melhor você me dizer o que você quer comigo.

— Você não ouviu errado Di Ângelo, eu disse que preciso de sua ajuda com todas as letras e não estou com tempo nem saco pra brincadeiras – Disse se aproximando e me puxando rumo á saída do Colégio – Eu já estou cumprindo com a minha parte no acordo e agora é a sua vez.

— Ok, e o que é quê você quer de mim?

— Eu quero que você me ajude a treinar as meninas, agora! – Enfatizou a palavra agora, assim que me viu fazer uma careta. Mesmo assim eu insisti.

— Não pode ser outro dia não? Agora eu tenho uns assuntos importantes pra resolver.

— Eu não estou nem ai pra seus assuntos. O que você tiver de compromisso é melhor desmarcar por que eu não vou deixar você escapar dessa – Disse assim que chegamos ao portão de saída do Colégio indo rumo ao estacionamento – Eu já fingi ser sua namorada na frente dos seus pais, de meus amigos e do Colégio inteiro! Agora é a sua vez de cumprir com o prometido e me ajudar.

— Então você confessa que precisa de minha ajuda? – Provoco, chegando até meu lindo carro (Que havia saído do concerto) e me acomodando rapidamente no meu querido assento de frete por volante.

— Pare de gracinhas Di Ângelo, eu já disse que não estou pra brincadeiras hoje – Já sentada ao meu lado Thalia diz enquanto eu coloco o carro em movimento.

— Pra onde nós vamos? – Mudo de assunto.

— Pra casa da Reyna.

— Você não tem trabalho não Grace?

— Eu só começo a noite Di Ângelo.

— Nossa que chefe bonzinho o seu, não? – Provoco.

— Vê se cala a boca e me deixa em paz por favor?

— Você esta bem? – Pergunto ironicamente, colocando a mão em sua testa pra ver se ela esta com febre – Acabou de pedir por favor!? – Recebo um tapa como resposta.

— Dá pra você parar de ser um idiota!? Concentra-se em dirigir essa joça e me deixa quieta.

O caminho até a casa de Reyna a partir dai foi em absoluto silencio, e assim que eu estacionei em frente á casa nós dois descemos e seguimos rumo o portão de entrada sem falar nada, em silencio. Assim que foi autorizada a nossa entrada eu voltei pro meu carro e estacionei ele em frente a porta de entrada da mansão de Reyna, já vendo na porta a mesma recebendo Thalia com um clássico comprimento de amigas.

Logo que cheguei junto as duas pude ver o choque refletido no rosto de Reyna, que provavelmente não me esperava ali.

— O que você esta fazendo aqui? – Perguntou, confirmando minhas suspeitas.

— Eu vim a pedido de Thalia – Enfatizei a palavra pedido, querendo provoca-la.

— Como assim a pedido de Thalia? – Reyna lança um olhar significativo para Thalia, que vira a cabeça de lado.

— É uma longa historia, será que nós podemos entrar? – Desconverso, tentando aliviar a tensão do momento.

— Mais é claro, que indelicadeza a minha, entrem. Lá dentro conversamos melhor.

Fomos guiados por Reyna até sua sala de visitas, onde se encontravam todas as outras meninas. E qual não foi a surpresa de todas ao me verem ali junto com Thalia. A conversa animada que elas mantinham rapidamente se encerou e um silencio constrangedor se instalou no ambiente.

Eu estou começado a odiar o silencio com todas as minhas forças.

— Olá – Falei educadamente, encarando suas faces surpresas com a minha presença ali – Vamos direto ao ponto que eu não estou aqui pra enrolação. Vocês querem formar uma banda e estão provavelmente enferrujadas, obviamente vão precisar de ajuda e eu estou aqui pra ajudar. Ninguém, eu disse NINGUEM! Pode ficar sabendo que eu estou ajudando vocês, os caras me matão se sequer desconfiarem que isso esta acontecendo, então pra contar com minha ajuda tem que ter boca de siri, ok? – Pontuei minhas condições ainda olhando para suas caras de tacho – Ok. Eu estou aqui por que Thalia pediu minha ajuda e estou realmente disposto a ajudar, só que pra isso eu vou precisar ouvir vocês cantarem pelo menos uma vez e isso tem que ser agora, então tirem essas caras de tacho e botem a mão na massa que eu não tenho tempo pra perder.

Mais uma vez o silencio reinou na casa, e se não fosse Thalia chamar as meninas pra pegar o material e ter uma conversa séria em outra sala eu acredito que até agora, 10 minutos depois, elas ainda estariam aqui me encarando chocadas. E passados mais cinco minutos do completo sumiço delas eu é que estava com cara de tacho quando elas chegaram em fila indiana tentando manter os instrumentos apoiados corretamente. Essa é com certeza uma das cenas mais ridículas que eu já vi.

E após o que pareceram pra mim horas de poluição sonora eu enfim entrei no meu carro e pude respirar em paz.

— E então? O que você acha que devemos fazer? – Ouço Thalia sussurrar ao meu lado, também exausta.

— Acho que compra uns protetores auditivos para o próximo ensaio é uma boa ideia – Sugeri, vendo-a sorrir pela primeira vez desde a nossa saída do Colégio – Ou melhor, podemos distribui esses protetores nos shows das Crazy in Neverland, colocar umas roupas curtíssimas e ousadas pra vocês usarem e deixar acontecer, com certeza vai fazer muito sucesso.

Esse foi o estopim para que Thalia caísse na risada, e eu logicamente a acompanhei. E foi assim o nosso caminho até o prédio dela. Fizemos diversas piadas do desempenho constrangedor das meninas, apostamos quem é que desistiria primeiro e quem acertaria a primeira nota. Nem parecia que há poucas horas, depois de sairmos do refeitório, nós estávamos discutindo.

E foi ainda tomado por essa contagiante conversa que eu cheguei em casa. Mas como felicidade de Nico dura pouco, assim que eu entrei em meu quarto meu sorriso morreu, dando lugar a uma carranca nada divertida.

— O que você esta fazendo aqui? – Perguntei pro homem sentado em minha cama folheando meu caderno de composição – Quem foi que te deu autorização pra entrar no meu quarto e mexer em minhas coisas? – Gritei com Hades, tomando grosseiramente o caderno de suas mãos – Vai embora daqui! – Gesticulei pra porta, lhe expulsando.

— Calma estressadinho, eu só vim conversar – Me diz cinicamente, olhando em meus olhos – Tenho um convite pra te fazer.

— Então fala logo e me deixa em paz.

— Ok, já que você enciste – Se levanta indo rumo à porta – Amanhã teremos um jantar de família aqui em casa e queremos que sua "namora" compareça.

— Ela não vai poder vir – Digo, o parando na porta. Tudo que eu menos quero é ter que passar uma noite inteira em uma mesa ouvindo as indiretas de Hades em relação à Thalia.

— Reformulando: Não é um convite, não tem como negar, ou você aparece com sua namorada aqui amanhã pra janta ou volta pro seu castigo. Você que escolhe.

Vejo Hades sumir no corredor e entro no meu quarto batendo a porta com toda a força. Mas que merda de sorte que eu tenho.

Esse com certeza foi um dos dias mais anormais da minha vida.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que vocês acham que vai rolar nesse jantar? Ansiosos pelo desenrolar da história? Espero que sim!

Beijos e até o próximo!