Entre erros e escolhas escrita por I am Gleek
Notas iniciais do capítulo
Chegamos a parte em que a história muda!
É a partir daqui que temos dois finais. O link do outro vai estar nas notas finais. ;)
— A senhorita Fabray já não corre mais risco de vida. – o médico disse, fazendo todos respirarem aliviados.
— Ela está acordada? Podemos vê-la? – Frannie perguntou.
— Ela ainda está sedada. E... Apesar de não correr mais risco de vida, a senhorita Fabray terá sequelas desse acidente.
— Sequelas? – Frannie gaguejou.
— Não podemos saber se terá mais alguma até que ela acorde, mas... Ela não vai mais poder andar. – ele disse e respirou fundo – Sinto muito.
***
Rachel e Frannie estavam sentadas uma do lado da outra, observando uma Quinn inconsciente, machucada e tomando soro na veia havia quase meia hora. Apesar de todo o tempo que ficou na sala de cirurgia, Quinn não precisou de nenhum aparelho para respirar ou monitorar qualquer coisa – o que já deixou todos mais aliviados.
— Como vamos contar pra ela? – Rachel murmurou.
— Eu não sei. Mas vamos deixa-la saber que você não casou antes, ok? Vai... Diminuir o impacto. Eu acho.
— Não esqueça de mencionar o fato de que estou gravida. – a judia suspirou – Ela não precisava passar por isso. Se eu...
— Ela já sabe.
— O que?
— Ela já sabia. Sobre a criança.
Rachel a encarou por alguns minutos antes de gaguejar.
— Eu... Vou lá fora. Preciso... Eu...
— Tudo bem. – Frannie forçou um sorriso – Se ela acordar eu te aviso.
— Obrigada Frannie.
Rachel saiu do quarto e respirou fundo, passando a mão pelo rosto enquanto se perguntava quando sua vida tinha virado aquele inferno.
— Nós só queremos ver ela! Ter certeza que ela tá viva. É pedir muito? – Rachel ouviu alguém reclamar quando se aproximou da sala de esperas.
— Olha só, mini Faberry, eu tentei por quase uma hora. Não vai rolar. – Santana falou.
— Você desistiu fácil.
— Estamos em um hospital. Eu não gosto disso, mas não vou fazer um escândalo. Vamos entrar quando deixarem.
— O que ainda fazem aqui? – Rachel murmurou se aproximando do grupo.
— Viemos ver a Quinn. – Wes respondeu.
— Não vocês. Os outros. – Rachel suspirou, virando para Santana, Dani, Brittany e Puck – Ela ainda está sedada. Eu ligo quando ela acordar.
— Não saio daqui até ver a Quinn. – Santana falou.
— Vocês quem sabem. Mas acho que deveriam descansar.
— Você também, filha. – Hiram falou.
— Não. Eu vou ficar com Frannie.
— E nós vamos ficar aqui. – Brittany falou.
— Tudo bem. Vocês que sabem. – Rachel disse e virou para os outros quatro que a encaravam – Sinto muito que não possam ir vê-la agora. Mas tenho certeza que ela vai ficar feliz em vê-los.
— Quando você ficou tão formal e... Responsável? – Nick reclamou e Rachel riu fraco.
— Não faz muito tempo. – brincou – Vou avisar Frannie que vocês já chegaram. Ela... Liga para o Cooper levar vocês pra casa dela.
— Vamos ficar. – Wes falou.
— Tudo bem, eu odeio dar uma de adulto chato, mas Rachel está certa. Vocês têm que ir. Estão cansados e não vai resolver de nada ficarmos aqui. – Leroy falou – Rachel e Frannie nos avisam assim que ela acordar. Certo, Rach?
— Claro.
— Avise Frannie que os quatro chegaram. Eu os levo para casa. E sem reclamações!
— Queremos ficar! – Harmony reclamou.
— Eu vou. – Liz resmungou.
— Você o que? Liz! Pensei que você quisesse ver a Quinn.
— E eu quero. Olha, nós podemos não namorar mais, mas Quinn é importante pra mim.
— Então? – Nick a encarou.
— Vocês ouviram o que Santana falou. Quando acordar, Quinn vai ficar sabendo que nunca mais vai andar. Isso... Ela tem que estar com a menor quantidade de gente possível. Ela vai saber que estamos aqui por ela. Mas vai precisar aceitar isso primeiro. – a morena suspirou e cruzou os braços – Eu amo Quinn. Como uma amiga. – acrescentou quando viu Hiram franzir a testa – Mas acho que ela não vai querer que estejamos todos aqui.
— Ela tem razão. – Dani suspirou – Assim que Quinn acordar Rachel nos avisa e então a gente volta. Ou... Podemos vir todos amanhã, dependo de como ela reagir.
— Quinn é minha amiga e eu vou ficar. – Santana falou.
Dani respirou fundo e segurou as mãos da noiva.
— San, por favor, vamos pra casa.
— Se você quiser ir, pode ir.
— San...
— Não! Dani... É a Quinn. Ela...
— Eu sei. Meu amor, eu sei. Mas ficar aqui não vai fazer ela andar de novo.
— Peça as chaves a Frannie. Vou deixar eles em casa. – Leroy sussurrou para a filha, que balançou a cabeça positivamente.
— Só vou ao banheiro primeiro. – respondeu saindo de perto do grupo.
No quarto, Frannie encarava a irmã inconsciente, pensando em como contar a mais nova o que havia acontecido, quando Rachel entrou novamente no quarto, com os olhos vermelhos, pouco menos de uma hora depois de ter saído.
— Frannie, os amigos da Quinn de Seattle estão ai. Meu pai quer deixar eles na sua casa.
— Claro. Eu vou lá falar com eles. – a loira disse levantando.
— Tá bem.
Rachel sentou no mesmo lugar que estava antes e Frannie suspirou.
— Como você está?
A judia deu de ombros.
— Só quero que ela acorde logo. Não vou saber como me sentir sobre isso até ver a reação dela. Quero dizer...
— Não isso. – Frannie a interrompeu – O cara com quem você ia casar só é pai do seu filho por que abusou de você. Você acabou de descobrir isso e...
— Não quero pensar nisso agora. – Rachel murmurou – Só... Quinn é mais importante. Do que qualquer coisa.
Frannie agachou em frente a judia e segurou as suas mãos. Automaticamente Rachel a olhou.
— Você sabe que Quinn não é a única da nossa família com quem você pode contar, certo?
Rachel balançou a cabeça positivamente e forçou um sorriso.
— Certo. Eu vou falar com o pessoal, tomar uma agua e comer alguma coisa. Se ela acordar, me chama.
— Tudo bem.
Frannie saiu do quarto e Rachel se encolheu no sofá, encarando Quinn.
Os segundos pareciam horas, enquanto a judia estava atenta a qualquer movimento da loira. Tanto que Rachel se surpreendeu, pulando do sofá em direção a ex, com um simples movimento dos dedos dela.
— Q? Você pode me ouvir? – Rachel perguntou segurando a mão da loira. Mas a resposta não veio.
A judia suspirou, acariciando de leve a mão da Fabray, enquanto observava suas mãos unidas.
— O médico disse que você acordaria em umas três horas. O tempo está acabando, então, se você conseguir me ouvir, aperta minha mão. Por favor. Eu só... Eu preciso saber que não vou te perder, Q.
— Rachel? – a loira murmurou e Rachel a olhou rapidamente.
— Quinn. – sorriu – Você acordou.
Rachel correu para chamar uma enfermeira, enquanto uma Quinn desnorteada olhava as coisas a sua volta.
Quando a judia voltou, com o médico e Frannie em seu encalço, a loira parecia mais perdida do que antes.
— O que houve? – Quinn murmurou quando os três pararam em volta da cama – Onde eu estou?
— Senhorita Fabray, você sofreu um acidente. Está no hospital.
— Acidente?
— Um caminhão atingiu o carro que você dirigia.
— Eu... – Quinn arregalou os olhos e encarou Rachel – Seu casamento. Você... Você casou? Rachel, por favor, m...
— Não, Quinn. – Rachel segurou a mão da loira – Eu não casei e nem voou casar com Finn.
— Rachel, eu...
— Não vamos falar sobre isso agora, Quinn. Vamos falar de você, tá bem? – a judia murmurou e deu um beijo na testa da loira.
— Certo. – Quinn sorriu fraco e apoiou as mãos na cama.
— Senhorita Fabray... – o médico começou a falar, mas foi interrompido pela loira.
— O que é isso?
— O que?
— Minhas pernas. Eu não... Não sinto minhas pernas. – Quinn encarou os três.
Rachel se afastou, saindo da vista da loira enquanto tentava não chorar. Frannie ocupou o lugar da judia, segurando a mão da loira e fazendo carinho na cabeça da mais nova, enquanto o médico apenas respirou fundo.
— Senhorita, nós ainda temos alguns exames para fazer...
— Eu quero saber por que não estou sentindo minhas pernas! – a loira gritou.
Frannie fechou os olhos, tentando impedir as lagrimas e Rachel soluçou.
— Sinto muito. – o médico respirou fundo – Você quebrou uma coluna com o impacto da batida. Isso afetou sua sensibilidade dos membros inferiores.
— Não! – Quinn passou a mão pelo rosto, respirando fundo – Eu... Posso voltar a andar? – gaguejou engolindo em seco.
— É irreversível.
Quinn respirou fundo, encarrando as pernas e soltando a mão de Frannie.
— Quinn, eu...
— Não! – a loira gritou, batendo nas próprias pernas com ambas as mãos, assustando Frannie, que deu um passo para trás, sem saber o que fazer.
No mesmo segundo, Rachel correu até Quinn, segurando as mãos da loira, que chorava tentando se soltar. Aparentemente, ter o tronco enfaixado não impedia a loira de se debater.
— Quinn, para com isso!
— Não! Me larga! Eu preciso sentir! Preciso!
— Quinn! Calma.
Rachel viu, pelo canto do olho, o médico correr para fora da sala, e abraçou a loira.
— Para com isso, Q. Por favor. – pediu entre soluços – Eu sei que é difícil. Eu sei! Mas nós vamos passar por isso juntas, certo? Por favor, se acalma ou vão te sedar de novo. E eu preciso de você acordada.
Quinn abraçou Rachel, se apertando contra a judia, enquanto chorava descontroladamente.
— Eu não posso...
— Eu sei. Mas nós vamos dar um jeito, tá bem? – Rachel murmurou – Agora, para de se mexer. Fica quieta, por que não foi só a coluna que te deixou... Assim, que você quebrou. Você tá muito machucada, Quinn.
Rachel sentiu algo molhado em seu braço e se afastou da Fabray, vendo o braço da loira, onde a agulha como soro deveria estar, sangrar.
— Droga, Quinn. – murmurou fazendo a loira, que ainda chorava, deitar – Fica aqui que eu...
Rachel foi interrompida pelo médico, que voltou com uma enfermeira.
Os dois correram até Quinn, mas Rachel segurou o braço da enfermeira, a fazendo encara-la.
— Não precisa sedar ela, nem nada do tipo. Ela já tá mais calma.
— Senhorita...
— Por favor. Só... Qualquer coisa nós chamamos, mas, por favor, não coloca ela pra dormir de novo.
A mulher olhou para o médico, que acenou positivamente, e suspirou.
— Tudo bem.
Depois de colocarem o soro de volta no braço de Quinn – que apenas chorava – o médico fez alguns exames apenas por garantia – afinal, já estava muito obvio que a loira continuava enxergando perfeitamente, por exemplo – e saiu do quarto pedindo para que Quinn descansasse, e que não excitassem em chama-lo se precisassem.
— Eu vou ligar pra Santana e Nick e avisar que ela já acordou. E pedir pra Santana avisar os outros. – Frannie disse, saindo do quarto – Volto em alguns minutos.
— Avise para não virem. – Rachel pediu.
— Pode deixar. Qualquer coisa, não vou estar muito longe.
— Nick está aqui? – Quinn murmurou quando Frannie saiu.
— Ele, Harmony, Wes e Elizabeth.
Rachel puxou uma cadeira para perto da cama e sentou, segurando a mão de Quinn.
— Eu sinto tanto pelo o que aconteceu, Q.
Quinn olhou para a morena e suspirou.
— Então, você não casou?
— Quinn, o q...?
— Eu sei. – a loira forçou um sorriso – Só quero falar de outro assunto.
— Não. Eu não casei.
— Então, eu sinto muito, ou...?
— Seu amigo policial veio falar comigo.
— Amigo policial?
— Que você pediu pra investigar. Você sabe, sobre o que aconteceu... Naquela noite.
— Oh! – Quinn corou – Olha, eu sinto muito sobre isso.
— Não sinta. Você estava certa.
— O que?
— Olha, Quinn, não acho que seja o momento para falarmos disso.
— Sobre o que eu estava certa?
— Quinn, por favor, aqui não. – suspirou – Não enquanto você não estiver melhor.
— Mas...
— O que importa é que eu não me casei. E não vou casar. Não com Finn.
— Fico feliz em ouvir isso.
— E eu fico feliz em falar. – Rachel deu um sorriso de lado – Sinto muito não ter falado com você antes de tomar uma decisão, mas...
— Tudo bem. Eu entendo. – Quinn apertou a mão da judia e sorriu – Então, consegue entender como eu quebrei a costela, mas meu braço continua intacto?
— Quinn! – Rachel suspirou.
— Já sabe se é menina ou menino? – a loira perguntou após alguns segundos de silencio.
— Ainda não. A gravidez ainda tá no começo.
— Se for menina vamos chamar de Beth, certo?
— Você tem certeza que vai querer se envolver nisso?
— Eu quero você, Rachel. Quero você, e tudo e todos que estiverem no pacote. – brincou.
— É uma criança.
— Que vai ser muito amada. Por você, pelos seus pais, por mim, por Frannie, e se o idiota do Hudson...
— Finn não vai chegar perto dessa criança.
— Parece bom pra mim. Mas e você? Eu... Vou pra uma cadeira de rodas, Rachel. Pelo menos, eu acho que vou. Está disposta a lidar com isso? Eu posso...
— Eu só quero estar com você, Quinn. Andando ou não. – as duas se encararam por alguns segundos, e Rachel olhou para suas mãos unidas – Então... Estamos bem?
— Não estamos bem. Mas estamos juntas. E nosso relacionamento vai bem.
— Eu amo você.
— Eu também amo você.
Rachel se inclinou e deu um selinho em Quinn, que sorriu.
— Então, além de não poder andar e quase morrer com o pulmão furado, o que mais aconteceu comigo?
— Você não quebrou mais nada, mas pelo que o médico disse, levou alguns pontos na cabeça. Nada muito sério, de acordo com ele. Além desses dois na testa. E as pancadas que vão ficar roxas por um tempo.
As duas ficaram em silêncio por um tempo, até Rachel perceber que Quinn começava a franzir a testa.
— Quinn?
— Hum?
— Você tá bem?
— Minhas costas doem um pouco, mas...
— Vou chamar o médico.
— Rachel, não precisa.
— Precisa sim.
A judia deu um beijo na testa da loira e se afastou, pegando um aparelho ao lado da cama e o apertando.
Pouco depois uma enfermeira entrou na sala.
— O que houve?
— Não é nada...
— Ela está com dor. – Rachel interrompeu a loira, arrancando um sorriso da enfermeira.
— Só um segundo.
A enfermeira saiu da sala e voltou segundos depois, com uma seringa na mão.
— Sabe de uma coisa? Não tá doendo mais! – Quinn disse fazendo Rachel rir.
— Não se preocupe. Isso vai no soro. E pode te dar um pouco de sono.
Quando a mulher saiu da sala, recomendando que Quinn dormisse, a loira respirou fundo e tentou se afastar mais para o lado da cama.
— O que está fazendo? – Rachel perguntou.
— Dando espaço para você deitar comigo.
— Quinn...
— Por favor. – a loira fez um bico, que normalmente arrancaria risada da morena, que apenas revirou os olhos.
— Me deixa te ajudar.
Rachel puxou um pouco a namorada para o canto da cama e sentou ao lado dela, tirando os sapatos.
As duas se aconchegaram uma na outra e Quinn respirou fundo.
— Como sono? – Rachel perguntou.
— Ainda não. Não quer mesmo falar sobre o que Charles te disse?
— Não até você estar melhor.
Quando Frannie voltou para o quarto, encontrou as duas dormindo abraçadas e sorriu.
As coisas não seriam fáceis, e ela sabia disso. Mas, pelo menos, sua irmã tinha um sorriso no rosto naquele momento.
***
Quinn abriu os olhos de vagar, olhando em volta, enquanto tentava se localizar.
— Hey. Como se sente? – Rachel perguntou parando ao lado da cama.
— Não foi só um pesadelo, não é? – a loira resmungou e Rachel suspirou.
— Sinto muito, Q.
Quinn respirou fundo e balançou a cabeça negativamente.
— A gente vai dar um jeito. – a loira murmurou – Eu tenho que ficar deitada o tempo todo, ou...
— Não. Você... Pode sentar se quiser.
— Certo.
— Eu te ajudo.
Quinn acenou positivamente, enquanto Rachel a arrumava sentada na cama.
— Tá bom assim? – Rachel perguntou arrumando o travesseiro nas costas da namorada.
— Tá ótimo. Obrigada.
— Não é nada.
— Cadê a Frannie?
— Foi para casa descansar um pouco. Ela volta quando o horário de visitas estiver acabando, e traz seus amigos.
— E você? Não vai descansar?
— Eu dormi com você por um bom tempo, Q.
— Mesmo assim. Não te faz bem. Nem ao bebê.
— Falamos sobre isso depois que Frannie voltar.
— Tudo bem.
— Licença. – Charles pediu abrindo a porta, e Quinn sorriu.
— Hey, Charles. O que faz aqui?
— Vim ver como está. É meio obvio. – brincou se aproximando da loira – Senhorita Berry, como vai?
— Indo, policial. – Rachel murmurou.
— Hey, Charles, Rachel não quis me contar o que você descobriu, então...
— Quinn, por favor. – Rachel suspirou.
— Eu quero saber o que aconteceu, Rae.
— Mas eu não quero lidar com isso. Não agora.
— Sua namorada tem razão, Quinn. Não é hora para isso.
Charles ficou com as garotas até que Santana e Dani apareceram.
O horário de visitas havia começado, e a hora do policial já havia passado.
O homem foi embora enquanto, aos poucos, o clube do coral começava a aparecer – tirando Kurt que, aparentemente, estava no velório do irmão, e Blaine, que fazia companhia ao namorado. Coisa que ninguém disse a Quinn.
Quando Frannie, Harmony, Nick, Wes e Liz chegaram, faltava menos de meia hora para que todos tivessem que ir embora.
Santana e Dani acabaram conseguindo levar Rachel para casa, apesar das reclamações da morena.
Duas horas e meia depois de Charlie chegar, quando todos foram embora e apenas Quinn e Frannie permaneceram no quarto, a mais velha ajudou Quinn a deitar novamente.
— Como se sente? – Frannie perguntou.
— O problema é o que eu não sinto. – Quinn suspirou – Mas eu estou bem, sabe. Quero dizer, poderia ter sido pior. Eu poderia estar morta.
— Quinn, você...
— Eu sei, Frannie. Mas... Nós podemos dar um jeito. Eu sei que podemos. E, talvez, se eu me esforçar... Como podemos ter certeza que eu não vou voltar a andar?
— Não quero que crie falsas esperanças.
— Eu só vou ir levando um dia de cada vez, Frannie. Depois que Russel me expulsou de casa... – Quinn respirou fundo – Eu sinto como se pudesse passar por qualquer coisa, sabe?
— Qualquer pessoa no seu lugar desabaria.
— Acho que ver Rachel dizendo que precisava de mim... Acabou com meu momento de revolta. Pelo menos por enquanto.
— Esse por enquanto me assusta.
— Eu vou ficar bem, Frannie. Só vou ter que me acostumar a um... Novo estilo de vida, de certa forma.
Frannie deu um sorriso fraco e suspirou.
— Estou começando a providenciar isso.
— O que?
— Você vai ver. – a mais velha piscou – E aí, você comeu alguma coisa?
— Só aquele café da manhã que trouxeram quando você estava aqui.
— Bom, seu almoço deve estar chegando.
Não demorou para que a porta fosse aberta por um funcionário do hospital, mas diferente do que Frannie pensava, não foi o almoço de Quinn que chegou, mas um médico, que tirou o soro do braço da mais nova e garantiu que a loira poderia voltar para casa em algumas horas. Além de recomendar que Frannie trouxesse alguma comida de verdade para a garota, mesmo que a do hospital já estivesse para chegar – nas palavras dele – e Quinn praticamente implorou para Frannie lhe comprar um Big Mc com fritas grande.
— Isso não é comida de verdade! – Frannie riu.
— É sim. – Quinn resmungou.
— Que horas ela vai ter alta?
— Em duas ou três horas no máximo. Só tenho algumas coisas pra te recomendar, e uns papeis para assinar. Logo depois de ver os outros pacientes.
— Vamos fazer o seguinte: você come a comida daqui e, quando saímos, eu te levo no McDonald’s e você pode comer quantos lanches quiser.
— E um milk-shake?
— E batatas, e seja lá o que mais eles vendem.
— Feito.
O médico riu, desejou melhoras a Quinn e saiu do quarto.
— E como, exatamente, eu vou me locomover?
— Acho que vamos precisar de... Uma cadeira de rodas. – Frannie murmurou.
— É. Eu acho que sim. – Quinn suspirou.
Frannie saiu do quarto logo depois e ligou para Rachel, avisando que ela não precisaria voltar para o hospital, e a judia prometeu espera-las na casa das Fabrays.
Fez mais uma ligação antes de voltar para o quarto, e encontrar Quinn entediada.
— Já podemos ir?
— Se acalma, loirinha. Logo você volta pra casa.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
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F.A: https://fanfiction.com.br/historia/677191/Entre_erros_e_escolhas_-_Final_Alternativo/
Pergunta: Qual música do CD Confident da Demi Lovato da nome ao próximo capítulo? Dica: Até o momento ela NÃO é hit
Hey gente! Não! Esse não é o ultimo capítulo. Esse final vai até o capítulo 70 mais o epílogo. O outro é só o 66 mais o epílogo. Eles são completamente diferentes um do outro. Espero que vocês leiam e comentem os dois, mesmo se for para criticar.
Quero pedir um favor a vocês: preciso de um leitor que goste de fics G!P disposto a perder alguns minutos pra me fazer um favor :) Se alguém aqui estiver disposto a me ajudar, avise nos comentários ou me mande uma MP. Vou conversar quem se disponibilizar primeiro.
Enfim, o que acharam do capítulo?