Entre erros e escolhas escrita por I am Gleek


Capítulo 67
66 - Ordinary Love


Notas iniciais do capítulo

Chegamos a parte em que a história muda!
É a partir daqui que temos dois finais. O link do outro vai estar nas notas finais. ;)



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— A senhorita Fabray já não corre mais risco de vida. – o médico disse, fazendo todos respirarem aliviados.

— Ela está acordada? Podemos vê-la? – Frannie perguntou.

— Ela ainda está sedada. E... Apesar de não correr mais risco de vida, a senhorita Fabray terá sequelas desse acidente.

— Sequelas? – Frannie gaguejou.

— Não podemos saber se terá mais alguma até que ela acorde, mas... Ela não vai mais poder andar. – ele disse e respirou fundo – Sinto muito.

***

Rachel e Frannie estavam sentadas uma do lado da outra, observando uma Quinn inconsciente, machucada e tomando soro na veia havia quase meia hora. Apesar de todo o tempo que ficou na sala de cirurgia, Quinn não precisou de nenhum aparelho para respirar ou monitorar qualquer coisa – o que já deixou todos mais aliviados.

— Como vamos contar pra ela? – Rachel murmurou.

— Eu não sei. Mas vamos deixa-la saber que você não casou antes, ok? Vai... Diminuir o impacto. Eu acho.

— Não esqueça de mencionar o fato de que estou gravida. – a judia suspirou – Ela não precisava passar por isso. Se eu...

— Ela já sabe.

— O que?

— Ela já sabia. Sobre a criança.

Rachel a encarou por alguns minutos antes de gaguejar.

— Eu... Vou lá fora. Preciso... Eu...

— Tudo bem. – Frannie forçou um sorriso – Se ela acordar eu te aviso.

— Obrigada Frannie.

Rachel saiu do quarto e respirou fundo, passando a mão pelo rosto enquanto se perguntava quando sua vida tinha virado aquele inferno.

— Nós só queremos ver ela! Ter certeza que ela tá viva. É pedir muito? – Rachel ouviu alguém reclamar quando se aproximou da sala de esperas.

— Olha só, mini Faberry, eu tentei por quase uma hora. Não vai rolar. – Santana falou.

— Você desistiu fácil.

— Estamos em um hospital. Eu não gosto disso, mas não vou fazer um escândalo. Vamos entrar quando deixarem.

— O que ainda fazem aqui? – Rachel murmurou se aproximando do grupo.

— Viemos ver a Quinn. – Wes respondeu.

— Não vocês. Os outros. – Rachel suspirou, virando para Santana, Dani, Brittany e Puck – Ela ainda está sedada. Eu ligo quando ela acordar.

— Não saio daqui até ver a Quinn. – Santana falou.

— Vocês quem sabem. Mas acho que deveriam descansar.

— Você também, filha. – Hiram falou.

— Não. Eu vou ficar com Frannie.

— E nós vamos ficar aqui. – Brittany falou.

— Tudo bem. Vocês que sabem. – Rachel disse e virou para os outros quatro que a encaravam – Sinto muito que não possam ir vê-la agora. Mas tenho certeza que ela vai ficar feliz em vê-los.

— Quando você ficou tão formal e... Responsável? – Nick reclamou e Rachel riu fraco.

— Não faz muito tempo. – brincou – Vou avisar Frannie que vocês já chegaram. Ela... Liga para o Cooper levar vocês pra casa dela.

— Vamos ficar. – Wes falou.

— Tudo bem, eu odeio dar uma de adulto chato, mas Rachel está certa. Vocês têm que ir. Estão cansados e não vai resolver de nada ficarmos aqui. – Leroy falou – Rachel e Frannie nos avisam assim que ela acordar. Certo, Rach?

— Claro.

— Avise Frannie que os quatro chegaram. Eu os levo para casa. E sem reclamações!

— Queremos ficar! – Harmony reclamou.

— Eu vou. – Liz resmungou.

— Você o que? Liz! Pensei que você quisesse ver a Quinn.

— E eu quero. Olha, nós podemos não namorar mais, mas Quinn é importante pra mim.

— Então? – Nick a encarou.

— Vocês ouviram o que Santana falou. Quando acordar, Quinn vai ficar sabendo que nunca mais vai andar. Isso... Ela tem que estar com a menor quantidade de gente possível. Ela vai saber que estamos aqui por ela. Mas vai precisar aceitar isso primeiro. – a morena suspirou e cruzou os braços – Eu amo Quinn. Como uma amiga. – acrescentou quando viu Hiram franzir a testa – Mas acho que ela não vai querer que estejamos todos aqui.

— Ela tem razão. – Dani suspirou – Assim que Quinn acordar Rachel nos avisa e então a gente volta. Ou... Podemos vir todos amanhã, dependo de como ela reagir.

— Quinn é minha amiga e eu vou ficar. – Santana falou.

Dani respirou fundo e segurou as mãos da noiva.

— San, por favor, vamos pra casa.

— Se você quiser ir, pode ir.

— San...

— Não! Dani... É a Quinn. Ela...

— Eu sei. Meu amor, eu sei. Mas ficar aqui não vai fazer ela andar de novo.

— Peça as chaves a Frannie. Vou deixar eles em casa. – Leroy sussurrou para a filha, que balançou a cabeça positivamente.

— Só vou ao banheiro primeiro. – respondeu saindo de perto do grupo.

No quarto, Frannie encarava a irmã inconsciente, pensando em como contar a mais nova o que havia acontecido, quando Rachel entrou novamente no quarto, com os olhos vermelhos, pouco menos de uma hora depois de ter saído.

— Frannie, os amigos da Quinn de Seattle estão ai. Meu pai quer deixar eles na sua casa.

— Claro. Eu vou lá falar com eles. – a loira disse levantando.

— Tá bem.

Rachel sentou no mesmo lugar que estava antes e Frannie suspirou.

— Como você está?

A judia deu de ombros.

— Só quero que ela acorde logo. Não vou saber como me sentir sobre isso até ver a reação dela. Quero dizer...

— Não isso. – Frannie a interrompeu – O cara com quem você ia casar só é pai do seu filho por que abusou de você. Você acabou de descobrir isso e...

— Não quero pensar nisso agora. – Rachel murmurou – Só... Quinn é mais importante. Do que qualquer coisa.

Frannie agachou em frente a judia e segurou as suas mãos. Automaticamente Rachel a olhou.

— Você sabe que Quinn não é a única da nossa família com quem você pode contar, certo?

Rachel balançou a cabeça positivamente e forçou um sorriso.

— Certo. Eu vou falar com o pessoal, tomar uma agua e comer alguma coisa. Se ela acordar, me chama.

— Tudo bem.

Frannie saiu do quarto e Rachel se encolheu no sofá, encarando Quinn.

Os segundos pareciam horas, enquanto a judia estava atenta a qualquer movimento da loira. Tanto que Rachel se surpreendeu, pulando do sofá em direção a ex, com um simples movimento dos dedos dela.

— Q? Você pode me ouvir? – Rachel perguntou segurando a mão da loira. Mas a resposta não veio.

A judia suspirou, acariciando de leve a mão da Fabray, enquanto observava suas mãos unidas.

— O médico disse que você acordaria em umas três horas. O tempo está acabando, então, se você conseguir me ouvir, aperta minha mão. Por favor. Eu só... Eu preciso saber que não vou te perder, Q.

— Rachel? – a loira murmurou e Rachel a olhou rapidamente.

— Quinn. – sorriu – Você acordou.

Rachel correu para chamar uma enfermeira, enquanto uma Quinn desnorteada olhava as coisas a sua volta.

Quando a judia voltou, com o médico e Frannie em seu encalço, a loira parecia mais perdida do que antes.

— O que houve? – Quinn murmurou quando os três pararam em volta da cama – Onde eu estou?

— Senhorita Fabray, você sofreu um acidente. Está no hospital.

— Acidente?

— Um caminhão atingiu o carro que você dirigia.

— Eu... – Quinn arregalou os olhos e encarou Rachel – Seu casamento. Você... Você casou? Rachel, por favor, m...

— Não, Quinn. – Rachel segurou a mão da loira – Eu não casei e nem voou casar com Finn.

— Rachel, eu...

— Não vamos falar sobre isso agora, Quinn. Vamos falar de você, tá bem? – a judia murmurou e deu um beijo na testa da loira.

— Certo. – Quinn sorriu fraco e apoiou as mãos na cama.

— Senhorita Fabray... – o médico começou a falar, mas foi interrompido pela loira.

— O que é isso?

— O que?

— Minhas pernas. Eu não... Não sinto minhas pernas. – Quinn encarou os três.

Rachel se afastou, saindo da vista da loira enquanto tentava não chorar. Frannie ocupou o lugar da judia, segurando a mão da loira e fazendo carinho na cabeça da mais nova, enquanto o médico apenas respirou fundo.

— Senhorita, nós ainda temos alguns exames para fazer...

— Eu quero saber por que não estou sentindo minhas pernas! – a loira gritou.

Frannie fechou os olhos, tentando impedir as lagrimas e Rachel soluçou.

— Sinto muito. – o médico respirou fundo – Você quebrou uma coluna com o impacto da batida. Isso afetou sua sensibilidade dos membros inferiores.

— Não! – Quinn passou a mão pelo rosto, respirando fundo – Eu... Posso voltar a andar? – gaguejou engolindo em seco.

— É irreversível.

Quinn respirou fundo, encarrando as pernas e soltando a mão de Frannie.

— Quinn, eu...

— Não! – a loira gritou, batendo nas próprias pernas com ambas as mãos, assustando Frannie, que deu um passo para trás, sem saber o que fazer.

No mesmo segundo, Rachel correu até Quinn, segurando as mãos da loira, que chorava tentando se soltar. Aparentemente, ter o tronco enfaixado não impedia a loira de se debater.

— Quinn, para com isso!

— Não! Me larga! Eu preciso sentir! Preciso!

— Quinn! Calma.

Rachel viu, pelo canto do olho, o médico correr para fora da sala, e abraçou a loira.

— Para com isso, Q. Por favor. – pediu entre soluços – Eu sei que é difícil. Eu sei! Mas nós vamos passar por isso juntas, certo? Por favor, se acalma ou vão te sedar de novo. E eu preciso de você acordada.

Quinn abraçou Rachel, se apertando contra a judia, enquanto chorava descontroladamente.

— Eu não posso...

— Eu sei. Mas nós vamos dar um jeito, tá bem? – Rachel murmurou – Agora, para de se mexer. Fica quieta, por que não foi só a coluna que te deixou... Assim, que você quebrou. Você tá muito machucada, Quinn.

Rachel sentiu algo molhado em seu braço e se afastou da Fabray, vendo o braço da loira, onde a agulha como soro deveria estar, sangrar.

— Droga, Quinn. – murmurou fazendo a loira, que ainda chorava, deitar – Fica aqui que eu...

Rachel foi interrompida pelo médico, que voltou com uma enfermeira.

Os dois correram até Quinn, mas Rachel segurou o braço da enfermeira, a fazendo encara-la.

— Não precisa sedar ela, nem nada do tipo. Ela já tá mais calma.

— Senhorita...

— Por favor. Só... Qualquer coisa nós chamamos, mas, por favor, não coloca ela pra dormir de novo.

A mulher olhou para o médico, que acenou positivamente, e suspirou.

— Tudo bem.

Depois de colocarem o soro de volta no braço de Quinn – que apenas chorava – o médico fez alguns exames apenas por garantia – afinal, já estava muito obvio que a loira continuava enxergando perfeitamente, por exemplo – e saiu do quarto pedindo para que Quinn descansasse, e que não excitassem em chama-lo se precisassem.

— Eu vou ligar pra Santana e Nick e avisar que ela já acordou. E pedir pra Santana avisar os outros. – Frannie disse, saindo do quarto – Volto em alguns minutos.

— Avise para não virem. – Rachel pediu.

— Pode deixar. Qualquer coisa, não vou estar muito longe.

— Nick está aqui? – Quinn murmurou quando Frannie saiu.

— Ele, Harmony, Wes e Elizabeth.

Rachel puxou uma cadeira para perto da cama e sentou, segurando a mão de Quinn.

— Eu sinto tanto pelo o que aconteceu, Q.

Quinn olhou para a morena e suspirou.

— Então, você não casou?

— Quinn, o q...?

— Eu sei. – a loira forçou um sorriso – Só quero falar de outro assunto.

— Não. Eu não casei.

— Então, eu sinto muito, ou...?

— Seu amigo policial veio falar comigo.

— Amigo policial?

— Que você pediu pra investigar. Você sabe, sobre o que aconteceu... Naquela noite.

— Oh! – Quinn corou – Olha, eu sinto muito sobre isso.

— Não sinta. Você estava certa.

— O que?

— Olha, Quinn, não acho que seja o momento para falarmos disso.

— Sobre o que eu estava certa?

— Quinn, por favor, aqui não. – suspirou – Não enquanto você não estiver melhor.

— Mas...

— O que importa é que eu não me casei. E não vou casar. Não com Finn.

— Fico feliz em ouvir isso.

— E eu fico feliz em falar. – Rachel deu um sorriso de lado – Sinto muito não ter falado com você antes de tomar uma decisão, mas...

— Tudo bem. Eu entendo. – Quinn apertou a mão da judia e sorriu – Então, consegue entender como eu quebrei a costela, mas meu braço continua intacto?

— Quinn! – Rachel suspirou.

— Já sabe se é menina ou menino? – a loira perguntou após alguns segundos de silencio.

— Ainda não. A gravidez ainda tá no começo.

— Se for menina vamos chamar de Beth, certo?

— Você tem certeza que vai querer se envolver nisso?

— Eu quero você, Rachel. Quero você, e tudo e todos que estiverem no pacote. – brincou.

— É uma criança.

— Que vai ser muito amada. Por você, pelos seus pais, por mim, por Frannie, e se o idiota do Hudson...

— Finn não vai chegar perto dessa criança.

— Parece bom pra mim. Mas e você? Eu... Vou pra uma cadeira de rodas, Rachel. Pelo menos, eu acho que vou. Está disposta a lidar com isso? Eu posso...

— Eu só quero estar com você, Quinn. Andando ou não. – as duas se encararam por alguns segundos, e Rachel olhou para suas mãos unidas –  Então... Estamos bem?

— Não estamos bem. Mas estamos juntas. E nosso relacionamento vai bem.

— Eu amo você.

— Eu também amo você.

Rachel se inclinou e deu um selinho em Quinn, que sorriu.

— Então, além de não poder andar e quase morrer com o pulmão furado, o que mais aconteceu comigo?

— Você não quebrou mais nada, mas pelo que o médico disse, levou alguns pontos na cabeça. Nada muito sério, de acordo com ele. Além desses dois na testa. E as pancadas que vão ficar roxas por um tempo.

As duas ficaram em silêncio por um tempo, até Rachel perceber que Quinn começava a franzir a testa.

— Quinn?

— Hum?

— Você tá bem?

— Minhas costas doem um pouco, mas...

— Vou chamar o médico.

— Rachel, não precisa.

— Precisa sim.

A judia deu um beijo na testa da loira e se afastou, pegando um aparelho ao lado da cama e o apertando.

Pouco depois uma enfermeira entrou na sala.

— O que houve?

— Não é nada...

— Ela está com dor. – Rachel interrompeu a loira, arrancando um sorriso da enfermeira.

— Só um segundo.

A enfermeira saiu da sala e voltou segundos depois, com uma seringa na mão.

— Sabe de uma coisa? Não tá doendo mais! – Quinn disse fazendo Rachel rir.

— Não se preocupe. Isso vai no soro. E pode te dar um pouco de sono.

Quando a mulher saiu da sala, recomendando que Quinn dormisse, a loira respirou fundo e tentou se afastar mais para o lado da cama.

— O que está fazendo? – Rachel perguntou.

— Dando espaço para você deitar comigo.

— Quinn...

— Por favor. – a loira fez um bico, que normalmente arrancaria risada da morena, que apenas revirou os olhos.

— Me deixa te ajudar.

Rachel puxou um pouco a namorada para o canto da cama e sentou ao lado dela, tirando os sapatos.

As duas se aconchegaram uma na outra e Quinn respirou fundo.

— Como sono? – Rachel perguntou.

— Ainda não. Não quer mesmo falar sobre o que Charles te disse?

— Não até você estar melhor.

Quando Frannie voltou para o quarto, encontrou as duas dormindo abraçadas e sorriu.

As coisas não seriam fáceis, e ela sabia disso. Mas, pelo menos, sua irmã tinha um sorriso no rosto naquele momento.

***

Quinn abriu os olhos de vagar, olhando em volta, enquanto tentava se localizar.

— Hey. Como se sente? – Rachel perguntou parando ao lado da cama.

— Não foi só um pesadelo, não é? – a loira resmungou e Rachel suspirou.

— Sinto muito, Q.

Quinn respirou fundo e balançou a cabeça negativamente.

— A gente vai dar um jeito. – a loira murmurou – Eu tenho que ficar deitada o tempo todo, ou...

— Não. Você... Pode sentar se quiser.

— Certo.

— Eu te ajudo.

Quinn acenou positivamente, enquanto Rachel a arrumava sentada na cama.

— Tá bom assim? – Rachel perguntou arrumando o travesseiro nas costas da namorada.

— Tá ótimo. Obrigada.

— Não é nada.

— Cadê a Frannie?

— Foi para casa descansar um pouco. Ela volta quando o horário de visitas estiver acabando, e traz seus amigos.

— E você? Não vai descansar?

— Eu dormi com você por um bom tempo, Q.

— Mesmo assim. Não te faz bem. Nem ao bebê.

— Falamos sobre isso depois que Frannie voltar.

— Tudo bem.

— Licença. – Charles pediu abrindo a porta, e Quinn sorriu.

— Hey, Charles. O que faz aqui?

— Vim ver como está. É meio obvio. – brincou se aproximando da loira – Senhorita Berry, como vai?

— Indo, policial. – Rachel murmurou.

— Hey, Charles, Rachel não quis me contar o que você descobriu, então...

— Quinn, por favor. – Rachel suspirou.

— Eu quero saber o que aconteceu, Rae.

— Mas eu não quero lidar com isso. Não agora.

— Sua namorada tem razão, Quinn. Não é hora para isso.

Charles ficou com as garotas até que Santana e Dani apareceram.

O horário de visitas havia começado, e a hora do policial já havia passado.

O homem foi embora enquanto, aos poucos, o clube do coral começava a aparecer – tirando Kurt que, aparentemente, estava no velório do irmão, e Blaine, que fazia companhia ao namorado. Coisa que ninguém disse a Quinn.

Quando Frannie, Harmony, Nick, Wes e Liz chegaram, faltava menos de meia hora para que todos tivessem que ir embora.

Santana e Dani acabaram conseguindo levar Rachel para casa, apesar das reclamações da morena.

Duas horas e meia depois de Charlie chegar, quando todos foram embora e apenas Quinn e Frannie permaneceram no quarto, a mais velha ajudou Quinn a deitar novamente.

— Como se sente? – Frannie perguntou.

— O problema é o que eu não sinto. – Quinn suspirou – Mas eu estou bem, sabe. Quero dizer, poderia ter sido pior. Eu poderia estar morta.

— Quinn, você...

— Eu sei, Frannie. Mas... Nós podemos dar um jeito. Eu sei que podemos. E, talvez, se eu me esforçar... Como podemos ter certeza que eu não vou voltar a andar?

— Não quero que crie falsas esperanças.

— Eu só vou ir levando um dia de cada vez, Frannie. Depois que Russel me expulsou de casa... – Quinn respirou fundo – Eu sinto como se pudesse passar por qualquer coisa, sabe?

— Qualquer pessoa no seu lugar desabaria.

— Acho que ver Rachel dizendo que precisava de mim... Acabou com meu momento de revolta. Pelo menos por enquanto.

— Esse por enquanto me assusta.

— Eu vou ficar bem, Frannie. Só vou ter que me acostumar a um... Novo estilo de vida, de certa forma.

Frannie deu um sorriso fraco e suspirou.

— Estou começando a providenciar isso.

— O que?

— Você vai ver. – a mais velha piscou – E aí, você comeu alguma coisa?

— Só aquele café da manhã que trouxeram quando você estava aqui.

— Bom, seu almoço deve estar chegando.

Não demorou para que a porta fosse aberta por um funcionário do hospital, mas diferente do que Frannie pensava, não foi o almoço de Quinn que chegou, mas um médico, que tirou o soro do braço da mais nova e garantiu que a loira poderia voltar para casa em algumas horas. Além de recomendar que Frannie trouxesse alguma comida de verdade para a garota, mesmo que a do hospital já estivesse para chegar – nas palavras dele – e Quinn praticamente implorou para Frannie lhe comprar um Big Mc com fritas grande.

— Isso não é comida de verdade! – Frannie riu.

— É sim. – Quinn resmungou.

— Que horas ela vai ter alta?

— Em duas ou três horas no máximo. Só tenho algumas coisas pra te recomendar, e uns papeis para assinar. Logo depois de ver os outros pacientes.

— Vamos fazer o seguinte: você come a comida daqui e, quando saímos, eu te levo no McDonald’s e você pode comer quantos lanches quiser.

— E um milk-shake?

— E batatas, e seja lá o que mais eles vendem.

— Feito.

O médico riu, desejou melhoras a Quinn e saiu do quarto.

— E como, exatamente, eu vou me locomover?

— Acho que vamos precisar de... Uma cadeira de rodas. – Frannie murmurou.

— É. Eu acho que sim. – Quinn suspirou.

Frannie saiu do quarto logo depois e ligou para Rachel, avisando que ela não precisaria voltar para o hospital, e a judia prometeu espera-las na casa das Fabrays.

Fez mais uma ligação antes de voltar para o quarto, e encontrar Quinn entediada.

— Já podemos ir?

— Se acalma, loirinha. Logo você volta pra casa.


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Notas finais do capítulo

https://www.letras.mus.br/u2/ordinary-love/traducao.html

F.A: https://fanfiction.com.br/historia/677191/Entre_erros_e_escolhas_-_Final_Alternativo/

Pergunta: Qual música do CD Confident da Demi Lovato da nome ao próximo capítulo? Dica: Até o momento ela NÃO é hit

Hey gente! Não! Esse não é o ultimo capítulo. Esse final vai até o capítulo 70 mais o epílogo. O outro é só o 66 mais o epílogo. Eles são completamente diferentes um do outro. Espero que vocês leiam e comentem os dois, mesmo se for para criticar.
Quero pedir um favor a vocês: preciso de um leitor que goste de fics G!P disposto a perder alguns minutos pra me fazer um favor :) Se alguém aqui estiver disposto a me ajudar, avise nos comentários ou me mande uma MP. Vou conversar quem se disponibilizar primeiro.
Enfim, o que acharam do capítulo?