Entre erros e escolhas escrita por I am Gleek


Capítulo 2
1 - Inconsolable


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Como prometi, capítulo novo :)



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Esquerda, direita, esquerda. Esquerda, direita, esquerda, chute. Esquerda, direita, esquerda. Esquerda, direita, esquerda, chute.

Quinn seguia aquela sequencia há quase duas horas.

Estava pingando de suor. A roupa estava colada ao corpo e seus músculos doíam.

Ela não iria parar.

Esquerda, direita, esquerda. Esquerda, direita, esquerda, chute.

— Se eu não soubesse que aquela mala na sala é sua, teria chamado a policia. – a voz de Frannie soou pela academia.

— Com a raiva que eu estou, se estivessem aqui, eu batia neles. – a mais nova disse entre dentes, sem parar de acertar o saco de areia.

— O que aconteceu? – não houve resposta – Quinn? – nada – Lucy Quinn Fabray! – Frannie gritou e Quinn suspirou acertando um ultimo chute.

Quinn se afastou, tirando as luvas em silencio enquanto era observada pela irmã.

— Não se preocupe. Só vim para descarregar um pouco. Já estou de saída.

— Não me faça te segurar. Você esta fedendo e grudando. Seria nojento.

Quinn riu, abraçou a irmã e correu escada acima.

— Lucy! Eu te pego!

Quando Frannie alcançou Quinn, a loira já puxava sua mala para fora.

— Eles te expulsaram, não foi? – perguntou e viu Quinn parar e seu corpo ficar rígido – Por quê?

— Eu... – a loira suspirou – Eu contei para eles.

— Sobre? – perguntou mesmo que já soubesse do que se tratava.

— Russel enlouqueceu. Disse que não poderia ser verdade. Ele... Me disse pra esquecer isso, ou sair. – Quinn ignorou a pergunta.

— E Judy?

— Só ficou lá, sentada, sem falar nada. Eu subi, pus tudo o que consegui na mala, e sai sem nem olhar para eles.

Frannie puxou a irmã e Quinn se permitiu chorar, se sentindo protegida pelo abraço da mais velha.

Alguns minutos depois, o choro de Quinn diminui e Frannie suspirou.

— Serio, você tá fedendo. – reclamou fazendo Quinn rir – Veja como sou uma boa pessoa: você sobe e aproveita a minha banheira para relaxar, enquanto eu preparo besteiras para comermos assistindo um filme e, amanha, falamos sobre isso. O que você acha?

— Você tem uma banheira?

— Vai pro banho. – Frannie riu, empurrando a irmã em direção as escadas para o andar de cima.

— Não Fran, para. Eu não quero atrapalhar.

— Você é minha irmã e precisa de ajuda Q. É minha prioridade.

— Mas...

— Você não tem outro lugar pra ir.

— Tudo bem. Mas só fico pela banheira.

— Some da minha frente!

Quinn subiu rindo e Frannie suspirou, indo para a cozinha.

Aquela promoção havia aparecido em boa hora.

***

— Por que eu não vinha passar um tempo com você mesmo?

— Por que você é chata e uma péssima irmã. Agora, cala a boca.

— E eu que sou chata.

Frannie jogou uma pipoca na irmã, que a pegou no ar com a boca.

— Você é boa nisso. – Frannie riu e Quinn se jogou no sofá suspirando – Quer conversar? – Frannie pausou o DVD.

— Por um minuto eu achei que eles entenderiam. Ou ate que já soubessem! Eu vi o papai e a mamãe ali de novo Fran. Ele sorriu pra mim enquanto eu falava, e depois começou a rir. O desgraçado riu antes de me mandar sair! E a mamãe... Ela só... Ficou calada. – Quinn começou a chorar e Frannie sentou, observando a irmã em silencio – Ela não falou nada. Nem mesmo me olhou. Quando eu subi... Eu posso jurar que ouvi ela dizendo que já estava na hora. Ela queria que ele me expulsasse! – Quinn soluçou e Frannie sentou no mesmo sofá que a irmã, apoiando a cabeça da mais nova no seu colo – Mais eu sai de lá sem dar a eles o gosto de me ver chorar.

— Q... O que você acha de Lima?

— O que?

***

— Hey Quinn... Oh droga! – Frannie parou na porta da sala com os olhos arregalados ao ver a irmã cair do sofá e uma garota morena sentar, arrumando a blusa.

— Fran... – Quinn gaguejou, levantando – Essa... Essa é Liz... Hum... Ela... Eu...

— Quinn, relaxa. – Frannie suspirou e foi em direção à cozinha – Pelo menos vocês ainda estavam vestidas. – Frannie riu, desviando de uma almofada – Alias, prazer Liz! Mas preciso que você vá embora. Tenho que ser a irmã mais velha responsável e dar uma bronca nessa ai.

— Frannie!

— Eu realmente preciso falar com você Quinn. – Frannie disse, seria, e Quinn arqueou a sobrancelha – Fui conversar com a mamãe.

— Liz... – Quinn murmurou – Acho melhor você ir.

— Tudo bem. – a garota abraçou Quinn e lhe deu um selinho – Qualquer coisa é só ligar.

— Pode deixar.

— Te amo. – Quinn sorriu e beijou a morena.

— Eu ainda estou aqui. – Frannie disse e Quinn se afastou da namorada rindo.

— Eu também te amo.

— E eu estou solteira, droga! – Frannie sorriu – Parem de melação.

— Você é muito chata. – Quinn reclamou.

— Eu vou deixar vocês conversarem. Frannie, foi um prazer te conhecer. – Liz sorriu apertando a mão da mais velha – Quinn sempre falou muito de você.

— Não posso dizer o mesmo.

Liz deu um selinho em Quinn e saiu sem falar mais nada.

— Isso foi desnecessário. – Quinn revirou os olhos.

— Cala a boca! Você percebeu o que estavam fazendo? No meu sofá? – perguntou dando ênfase no “meu”.

— Só estávamos nos beijando.

— Eu percebi. – ironizou.

— Fala serio Franciele! – a mais nova revirou os olhos – Não to querendo ter a minha prim... Esquece.

— Ta me dizendo que você nunca... – Frannie arqueou a sobrancelha e Quinn corou – Graças a Deus! Meu sofá ta limpo! – Frannie levantou as mãos e, segundos depois, sentiu uma almofada lhe acertar o rosto – Hey!

— Podemos falar da sua conversa com Judy, por favor?

— Certo. – Frannie concordou sentando ao lado da irmã.

— Que merda você foi fazer lá? – Quinn gritou.

— Quer me deixar surda? Mais que droga! – suspirou – Eles têm sua guarda, Q. Se resolverem ir atrás de você, podemos ter problemas.

— O que ela disse?

— Ela queria te ver.

Quinn encarou a irmã mais velha por alguns minutos e, depois, começou a rir.

— Sério, o que ela disse?

— Ela queria te ver Quinn. Não estou brincando.

— E ela acha que tem esse direito? – Quinn gritou e abaixou a cabeça – Ela me abandonou também. – sussurrou e, por um segundo, Frannie se perguntou se a irmã era bipolar – Eu vou poder ir? – murmurou.

— Se Russel assinar o documento me dando sua guarda provisória, você embarca comigo, se não, você passa os próximos seis messes aqui e depois vai me encontrar.

— A beleza da maioridade. – brincou, ainda de cabeça baixa.

— Esquece eles Q. Não vale a pena.

— São meus pais, droga! Eles deveriam me amar independente do que eu sou!

— Russel é um... – Frannie foi interrompida pela campainha – Vou ver quem é.

Frannie levantou e Quinn deitou no sofá suspirando.

Ela sabia como o pai era. Sabia que Judy não reagiria a seja lá o que Russel fizesse. Mas, em cinco minutos de coragem, ela os chamou para conversar e contou aos pais. Não aguentava mais ficar se escondendo atrás de namorados que, no fim das contas, só queriam andar com ela como se fosse um troféu e/ou leva-la para a cama, então, se assumiu para os pais.

Ela esperava por gritos, castigos, e até algumas coisas quebradas, mas não esperava ser expulsa. Não estava pronta para isso.

Quinn conhecia Russel e Judy, mas em nenhum momento aquilo fez com que doesse menos.

— Eu sei que ela ai Franciele! – a voz de Russel soou alta e Quinn pulou de sofá, ficando em pé – Eu vou falar com ela!

Tudo o que a loira não esperava era ver, segundos depois, era o pai lhe jogando três sacos aos seus pés, e lhe acertando um tapa no rosto.

— Você fez sua escolha, lide com as consequências. Tenho vergonha de ser seu pai.

O homem lhe deu as costas e saiu, parando na frente de Frannie que os encarava sem saber o que fazer.

— Faça bom proveito da guarda dela. – disse jogando a folha que a filha mais velha havia deixado para que assinasse.

Assim que a porta bateu, Quinn se jogou no sofá, chorando.


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Notas finais do capítulo

http://letras.mus.br/backstreet-boys/1038257/traducao.html
(sim, pode ser que algumas letras acabem não fazendo sentido pra vocês até o capítulo seguinte ou o outro, mas minha mente meio maléfica achou ligação, então... kkk)
A gente se vê sábado :D



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