She Is The One escrita por elizabeth beans


Capítulo 5
4º Capitulo




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CAP. QUATRO


Outubro de 2007 na casa dos Black


Jacob estava deitado em sua cama com os braços cruzados sobre sua cabeça e olhava o teto de madeira do próprio quarto. Uma coisa o incomodava verdadeiramente e essa coisa era o seu relacionamento com Stacy Wheir.

Nenhum dos caras do bando considerava possível que Jacob sofresse seu imprinting com a garota. Havia até mesmo uma aposta nisso, entre Jared e Embry.

Houve um tempo em que realmente lhe incomodava imaginar que ele estaria sendo afastado de Stacy quando toda a coisa de lobo acontecesse e ele não pudesse lhe contar se ela não fosse à escolhida. Mas agora, Jake não sabia mais o que pensar. Ele não sabia nem ao menos se continuava gostando o suficiente da moça para manter o namoro. Talvez fosse sábio acabar logo com isso.

Fora obviamente apaixonado pela loira desde a pré-adolescência como qualquer garoto daquela cidade e os dois já namoravam há quase três anos agora. Stacy jurava que nunca tinha conhecido outro homem que não fosse ele e sempre deixou claro o seu amor, embora Jake realmente duvidasse de uma coisa ou da outra.

A cada dia que passava ao lado dela era como mais um dia para descobrir que, de fato, não a conhecia e isso o estava atormentando.

Pra falar a verdade, isso estava atormentando mais do que nunca desde o episodio do refeitório onde ela sacaneou a garota Cullen sem ter motivo algum para fazê-lo.

Não é como se Jacob estivesse interessado na pobre garota CDF. Stacy sabia disso e fez mesmo assim. Era infantil e era típico da turminha a que ele pertencia na escola, por isso já devia ter se acostumado, mas os olhos grandes e inocentes de Renesmee Cullen não lhe saiam da cabeça.

Aqueles olhos o julgaram profundamente e Jacob julgava a namorada por ser tão mesquinha.
Talvez até mesmo a atração entre os dois começasse a ser comprometida e ele bem sabia que a base de seu namoro com Stacy estava na capacidade dela de se DAR completamente, como ele poderia definir.

Não sentira nenhuma vontade de roubar a namorada para uma “caminhada noturna” durante toda essa semana e preocupou-se verdadeiramente com isso já que não estava acostumado a negar fogo.

Ouviu uma batida suave em sua porta.

- Entra. – falou sem sair do lugar.

Sua prima Leah passou pela porta vestida em um micro-vestido prateado e sandálias altas. Ela o encarava, entediada, e seus longos cílios se moviam lentamente quando ela piscava.

Leah era a segunda esposa de Sam, o alfa do bando a que Jake se juntaria quando se transformasse. Ela já era casada com Sam e tinha um filho pequeno quando ele teve seu imprinting por sua irmã mais nova que morava fora do país, Emily.

Como regia as Leis da Tradição ele desposou Emily e Leah foi rebaixada a segunda esposa.

Isso fez com que a altiva Leah se sentisse no direito de ter de volta cada ano de diversão que seu casamento precoce lhe roubara e como aos trinta anos ela ainda era uma mulher bela o suficiente para tirar o fôlego, Sam desconhecia a metade de seus chifres.

- Ta toda arrumada! – Jacob se sentou na cama e sorriu de lado para a prima. Ela fora a primeira mulher dele e eram bem dizer, amigos. Nada muito especial, visto que Leah desvirginara metade do bando de Sam.

- Embry ia me levar para um concerto de rock essa noite... – a mulher deu a volta na cama e se encostou a um dos criados mudos, sempre muito sensual. – Mas o idiota acabou escalado para a ronda e eu fiquei a ver navios! – quase fez um bico.

Jacob gargalhou de sua expressão, percebendo que embora sua fome por sua namorada tivesse acabado; Leah ainda lhe despertava a mesma vontade de sempre.

- Estou livre essa noite, Lee! – ele lhe olhou certeiro e abriu os braços em um sinal para que ela se aproximasse.

- Eu sei disso garoto! – a mulher revirou os olhos, prepotente. – Ou pensou que vim aqui atrás dos seus sábios conselhos? – desmereceu.

- Assim você magoa Lee. – ele se fingiu de ofendido, fazendo ele mesmo um bico.

- Jake, Jake... – ela chegou mais perto, alisando-o no peito semi-exposto pelos botões abertos da camisa. - Você foi um dos meus melhores alunos... – suspirou. - Acho que é hora de deixar a professora feliz, não? – disse, por fim.

Leah foi se aproximando mais ainda enquanto deslizava o zíper do vestido, fazendo com que seu lingerie preto e transparente aparecesse, descobrindo os seios pequenos e bem formados.

- Sempre as ordens Lee, sempre as ordens... – ele lhe pegou pela cintura atirando-a de encontro à cama e tomando seu colo com alguns beijos lascivos.

- Pobrezinho... – ela disse como em um gemido felino. - Deve estar realmente necessitado...

A mulher sorria e se aninhava enquanto ele trabalhava seu pescoço com gosto.

- Aquela sua namoradinha de colégio não é mulher suficiente para um lobo... – voltou a dizer com mais propriedade enquanto ele apertava sua carne com força. – Ou QUASE! – provocou se referindo ao fato de que o garoto ainda não mudara.

- Vou te mostrar o QUASE, Lee! – Jake rosnou e lhe imobilizou, arrancando gemidos enquanto a cobria.








Dia das Crianças – Pátio da Escola Católica Saint Castille, 8:00hs


A professora substituta do primário tentava manter seus empolgados alunos numa fila reta para que eles pudessem entrar no ônibus escolar em segurança.

- Precisando de uma ajuda aí, professora? – perguntou um rapaz alto e musculoso que acabara de chegar, trazendo uma de suas aluninhas. A pequena Claire Young.

- Oh, muito obrigada Sr. Ateara! - a professora agradeceu quando a alta figura do rapaz se projetou acima das cabeças de dois garotos que se desentendiam e eles voltaram a ficar quietinhos em seus lugares.

- Eu ainda sou novo demais para ser chamado de Senhor. – o rapaz argumentou passando pela porta do ônibus e ajudando a professora a subir também. – Me chame de Quil, Srtª Cullen. – deu um sorriso para a moça.

- Se vou te chamar pelo nome, também quero que faça o mesmo. Sou Renesmee, ou Nesme! – ela aquiesceu.

- Então, “Nesme”. – pronunciou Quil com certa diversão. – O que teremos de especial nesse passeio?

- Eu agradeço muito que tenha se voluntariado como salva-vidas Quil, mas vai ter que esperar para ver como todas as crianças. – ela arriscou-se em dizer ficando muito vermelha no processo.

- Tia Nesme, Tia Nesme! – a pequena Claire pediu sua atenção. Ela se virou para a garotinha que pulou em seu colo assim que a professora tomou um dos assentos do ônibus para si.

- O que foi meu bem? – a moça perguntou com imensa paciência.

- Você deixou o Quil vir também, você é a melhor professora de tooooodas! – e abriu os braços pra indicar o quão boa considerava a moça.

A Srtª Cullen sorriu para a criança e esta passou ao colo de Quil que a olhava com uma devoção paterna.

- Me diga uma coisa, Nesme. – Quil se virou interessado enquanto Claire pulava para o banco de traz e começava a conversar com as coleguinhas de sala. – Você não é muito jovem para ser professora?

A moça sorriu nervosamente porque já estava acostumada com aquela pergunta. Sentia-se bem em conversar com Quil, assim como se sentia bem com seus tios e os pais dos alunos. Pessoas mais velhas que ela.

- Eu sou substituta, mas eu estou adiantada no colegial e curso matérias de magistério então acabei por fazer uma espécie de contrato de estagio com a diretora Filtz, mas ela está sempre supervisionando e eu ainda preciso me formar para dar aulas, oficialmente. – explicou humildemente.

- Ah, certo! – o rapaz exclamou. – Não pense que perguntei por que acho que você deveria ser afastada. – Correu a explicar, caso a garota pensasse mal de sua pergunta. – Claire gosta muito de você e seria muito ruim se não fosse mais professora dela.

- Acho que, obrigada por isso! – Renesmee sorriu do pânico na voz de Quil ao pensar que a destratara.

Ali estava com certeza a diferença entre as pessoas que já haviam deixado a adolescência e aqueles que tinham a mesma idade dela. Quil tinha tato e era gentil.

A jovem Cullen se distraiu pensando por um momento em Jacob Black que sempre fora gentil com ela, também. Mas logo afastou esse pensamento da cabeça ao perceber que o olhar de pena que Black lhe lançara no corredor do colégio há poucos dias ainda estava claramente gravado em sua memória.



Enquanto isso, na Casa dos Black ...


Leah vestia sua roupa e procurava seus sapatos, que estavam espalhados pelo quarto de Jake enquanto esse ressonava pesado depois de uma noite inteira de muita atividade. Se ela soubesse que a vida de uma “segunda-esposa” era tão divertida, logo de início, teria se poupado um monte de lagrimas quando Sam conheceu Emily.

Antes de sair, não se conteve e deu um beijo na testa daquele garoto-quase-lobo que era sempre tão gentil com ela, mas não se deteve muito ali para que ele não percebesse o pequeno gesto carinhoso, afinal, ela não estava a fim de marcar favoritos nem mesmo de perder o bom nome de mulher fatal que conquistara.

Passou pela porta com um sorriso na cara pensando que um maravilhoso café da manha lhe esperava, já que Emily era uma ótima dona de casa e havia feito milagres contratando os melhores empregados da cidade para trabalharem para eles. “Doce Emily, seja louvada!” – Leah pensava enquanto gargalhava e pisava fundo nos pedais de seu jaguar preto. Alguém tinha de garantir que as coisas acontecessem enquanto ela educava o bando de Sam.

Jacob Black percebeu o beijo na testa mesmo que tenha deixado a mulher sair de seu quarto sem que o notasse já desperto. Pensou em Leah, otimista e doidivanas, mas lembrou-se dos primeiros meses em que ela se trancou em seu quarto e só seu filhinho era capaz de fazer-la comer algo.

Aquela era uma mulher que não precisava de pena mas ela mesma não poderia negar que sofreu e Jake percebeu assim que ouviu a porta de seu quarto bater que devia a Stacy Weir, pelos anos de namoro, ao menos, um termino decente antes de sua transformação. Não seria covarde ao esperar que a garota saísse de sena quando ele encontrasse sua companheira.

Daria um ultimato a ela, o mais breve possível, estava decidido.



Dia das Crianças - Clube dos Fundadores


Quil estava ocupado com todas aquelas crianças na água e ele não podia se descuidar delas. Percebeu quando sua pequena Claire saiu pra junto da professora Cullen que estava em uma espreguiçadeira com o maior maiô que ele já vira uma garota usar.

Não se preocupou, pois sua intuição de Lobo lhe dizia que Nesme era de extrema confiança e via nos olhos da moça a dedicação para com cada criança ali. Sua Claire a adorava e fazia um monte de desenhos para ela e falava dela o dia inteiro. Era sua heroína.

As duas estavam indo em direção aos banheiros e ele era agradecido por haver uma mulher disponível pra esse tipo de coisa.

(...)


Renesmee estava lendo um livro em sua espreguiçadeira e se sentindo incomodada com aquele maiô por mais que tivesse a certeza de que era o mais decente que ela poderia conseguir, já que o comprara na seção para mulheres idosas sem que sua tia Alice visse.

A pequena Claire se aproximou e pediu para que ela fosse ao banheiro com ela, então se levantou e deu a mão para a criança conduzindo-a ao extremo da área da piscina. Não se preocupou com os outros, pois Quil cuidaria bem deles, tinha certeza.

Ao se aproximarem de seu destino, a professora percebeu um cheiro diferente, como de carne estragada e se virou para impedir a pequena de entrar antes dela no corredor de acesso aos banheiros, mas Claire já tinha corrido pra dentro e Renesmee só pode ouvir o grito estridente da aluna.

Mais que depressa a moça entrou atrás da garotinha que continuava gritando desesperada observando o que pareceu ser o cadáver de um homem jogado a um canto e Nesme a tirou de lá sem conferir nada, esbarrando com um Quil assustado logo que saiu do banheiro.

- Chame a segurança do clube. – ela ordenou para ele sem tempo para se envergonhar. A criança estava aninhada em seus braços magros, que a despeito de sua aparência a sustentavam com firmeza.

- O que aconteceu? – o rapaz exigiu e tentou pegar a pequena Claire, mas esta parecia estar em estado de choque e só agarrou ainda mais a professora.

- Vá! Eu posso lidar com ela. – Nesme o olhou autoritária e ele fez o que ela mandou por mais que sua cabeça se virasse para Claire a cada passo que ele dava.

A professora sentou-se em uma cadeira próxima ao pequeno jardim que antecedia a área das piscinas e aninhou a pequena Claire em seus braços a embalando.

- Está tudo bem querida, está tudo bem agora... – disse murmurando em seu ouvido enquanto sentia o choro da criança se expandindo. – Eu quero que você feche os olhos querida, você me entendeu? – perguntou doce.

A criança assentiu tremula.

- Feche os olhos e imagine a historia de Alice que eu contei na semana passada, certo? – Nesme conduzia as duas mãos para as laterais da cabeça da criança. – O grande jardim onde Alice cai quando vai para o mundo maravilhoso...

Claire já havia parado o choro e agora apenas soluçava esporadicamente.

- Você pode ver as borboletas, querida? – a professora perguntou enquanto se esforçava com cada fibra de seu ser para passar a imagem de sua mente para a mente da garotinha no maior teste que seu poder já sofreu.

- Sim! – a voz infantil exclamou com admiração, se esquecendo do horror que vira para contemplar o filme que se passava por traz de seus olhos fechados. – Sim, Tia Nesme... Elas são tão coloridas...

A Cullen podia sentir sua cabeça latejar enquanto mantinha a imagem nítida na mente da criança, mas ela não se deixaria abater até que sentisse que podia liberá-la da ilusão com segurança.


(...)


Quil chamou a segurança e se culpou por ter se mantido distraído o suficiente para não perceber aquele cheiro antes. Fez tudo rápido demais para voltar a estar com sua Claire e confortá-la, fazê-la ficar bem outra vez.
Mas quando atingiu a área das piscinas ele viu sua garotinha no colo da professora e ela parecia sorrir de olhos fechados, enquanto seu rostinho ainda molhado pelas lagrimas, relaxava completamente.

Olhou para a moça que a segurava e tinha uma expressão de dor compenetrada mantendo seus olhos abertos como fendas. A professora parecia segurar com toda a sua força, uma corda escorregadia.

Aproximou-se das duas e deixou sua mão pousar sobre o pequeno ombro de Claire sem querer interromper qualquer coisa que Nesme estivesse fazendo porque parecia estar surtindo um perfeito resultado.

Foi nesse momento que tomou um choque e seus olhos foram toldados como se não pudesse mais enxergar, ao mesmo tempo em que uma linda imagem de um jardim florido e selvagem com borboletas enormes e coloridas apareceu em sua mente como se visse um filme.


(...)


Com um sobressalto Renesmee Cullen saiu de seu transe dolorido e olhou para o homem que certamente fora atingido por seu poder e a olhava espantado com um olhar sem foco.

- Professora... acabou! – a pequena Claire reclamou, mas logo percebeu Quil ao seu lado e se jogou nos braços dele sendo recebida com o mesmo amor.

- Desculpe, Sr. Ateara... Eu... – A professora gaguejou em pânico. Ele vira tudo. Ele agora sabia que ela não era normal.

- Não explique nada Nesme, e, me chame de Quil. – o homem lhe sorriu, e ela o olhou mais espantada, do que ele poderia estar.

- É lindo o que pode fazer e eu agradeço que tenha feito por ela. – indicou Claire que ainda o abraçava e parecia cair em um pré-sono tranqüilo depois de sofrer emoções demais para sua mente infantil.

- Mas, eu posso explicar... – a Cullen acorreu ainda desesperada por ter sido tão imprudente com seu segredo, que não era só seu, mas de toda sua família.

- Não, você não pode! – Quil foi taxativo, mas ainda lhe sorria doce enquanto acarinhava os cabelos de Claire. Entendimento passava pelos olhos do rapaz – Eu também tenho os meus segredos professora, e acredite quando eu lhe disser, que eles são maiores que os seus.

Renesmee o encarou. Viu a verdade em seus olhos.

Ela então se acalmou e mesmo assim olhou para baixo como se ainda esperasse pelas acusações e a caça às bruxas. Nada disso saiu da boca do homem a sua frente. Quil apenas disse “Muito obrigado!” mais uma vez e começou a se afastar com Claire enquanto deixava Nesme completamente atônita por ter sido aceita em toda sua estranheza, pela primeira vez, por alguém que não fosse da sua família.

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Notas finais do capítulo

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Gente, dá uma passadinha na minha micro one-short, "So Imperfect!"

link : http://fanfiction.nyah.com.br/historia/60274/So_Imperfect

Juro que é fofa!!!!!!

Bjooo e Obrigada por me lerem!!!!!!!!!!!!!!!!!

Vcs estão no meu S2, EVER *_*