O Cristal e o Diamante escrita por AlessaVerona


Capítulo 16
O resgate




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Ezarel corria com Mery em direção deles, a fim de ajudá-los. Nevra se aliviava por ele ser experiente em primeiros socorros. A mãe de Mery reencontrava com o seu filho, correndo para abraçá-lo forte, emocionada.

– Eu fiquei sabendo do ocorrido e vim correndo. – Disse ele muito ofegante, mas espantou-se ao ver Nevra com Saphyre nos braços.

– Chegou na hora certa. Saphyre está intoxicada pela fumaça. – O moreno disse muito aflito.

– Deixe que eu vou cuidar dela aqui mesmo. Deixe-a no chão para eu verificar melhor. – Nevra sentava de joelhos com Saphyre nos braços. Ezarel ajoelhou-se enquanto tirava um vidro com líquido incolor dentro e gaze. Ele despejava um pouco do liquido naquele pano e em seguida cobria o nariz e a boca dela com o mesmo, pressionando-o com a mão, delicadamente.

– Ela precisa inalar isso. – Explicou, deixando Nevra segurar o pano que ficava ainda sobre. Miiko, Kero e Leiftan ficavam em volta, aflitos.

– Ela foi uma heroína. – Disse o Elfo de chifre, um pouco mais calmo.

– Não precisava ter se arriscado assim. – Respondeu Leiftan, muito preocupado. Ele juntou-se ao Ezarel, a fim que ajudar.

– Eu preciso saber como que esse incêndio começou. – Disse Miiko muito inquieta. Tentava pensar nas possibilidades da causa desse incêndio.

Ajaléa chegava para controlar o fogo, deixando a água sair em suas mãos. Aos poucos o fogo era apagado, mas a fumaça rapidamente aumentava.

– Caramba, como que isso aconteceu? – Se questionava, enquanto se esforçava mais para produzir mais água. – É... Ainda bem que sou uma sereia, e tenho água quando eu preciso. – Completou, contando a sua vantagem. Reyd olhava-a de longe, enfurecido pelo incêndio ser controlado.

– Droga! Acabou o meu prazer de ver as pessoas agonizando! – Grunhiu, cerrando os punhos. – Isso que dá ver gente de bem. Só acaba com o prazer do mal! – Reclamava muito. Ele permanecia ali, vigiando o movimento.

Miiko ia até o Mery que ainda abraçava a sua mãe, muito tranquilo e feliz por tudo ter acabado bem.

– Miiko! Muito obrigada. – Agradeceu a mãe de Mery.

– Foi só um susto, Cindy. Ainda bem que está tudo bem. E agradeça a Saphyre, ela foi um verdadeiro anjo. – Miiko dizia, olhando para Saphyre sendo cuidada por Ezarel.

– Esta moça é um anjo mesmo. Meu filho fala muito dela, e quando a vi pela primeira vez é como se eu a conhecesse, de tanto que o Mery fala dela. – Cindy disse, enquanto beijava o topo da testa de seu filho.

– Ela vai ficar bem, Miiko? – Mery se preocupava com a sua amiga.

– Sim, Mery. Os meninos estão cuidando dela. – Miiko sorriu para ele, querendo passar que a situação estava muito bem controlada. – Agora você me responda uma coisa. Você sabe como o incêndio começou? – Miiko ajoelhou-se até a altura de Mery, muito paciente com o garoto.

– Sim. Tinha um moço que acendeu um charuto e deixou cair. E assim começou o incêndio. – Contou. Miiko olhava muito sério para ele.

– Como um charuto faz um estrago desses? E quem era o moço? Era conhecido? Você lembra como ele é? – Questionava, enquanto a sua mãe também queria saber a resposta.

– Como ele era, Filho? – Perguntou, enquanto afagava-o.

– Ele tinha cabelos vermelhos. E parecia ser jovem. – Relatou o menino, para o espanto de Miiko.

– Meu deus. – Disse ela, muito aflita. Kero aparecia logo atrás dela.

– Está tudo bem aqui? – Questionou.

– É ele, amor. – Miiko levantou-se, pegando nos braços de seu namorado.

– Ele quem? – Kero não entendia nada, assustado.

– Foi o Reyd que causou o incêndio, Kero! – Miiko dizia, choacoalhando os ombros dele.

– O Reyd que fez isso? Tem certeza? – Perguntava, enquanto Miiko olhava em volta, a fim de procurar ele.

– Ele está aqui, Kero. Ele está aqui. Ele quer acabar com a gente!- Exclamou, muito furiosa. Cindy e seu filho entreolharam-se, muito assustados. Mery abraçava forte a sua mãe.

– Tenho medo, mãe. – Disse ele, com voz embargada.

– Calma, filho. – Cindy ajoelhou e abraçou-o forte. – Miiko, o Reyd está de volta? – Perguntava. Ela sabia de quem era Reyd, o rapaz que foi o responsável pelo seu último acidente.

– Eu tenho quase a certeza que ele está de volta. – Miiko não gostava de dizer isso, com olhar muito aflito.

– Ele não cansa não? – Disse Kero, perdendo a paciência.

– Ele não vai cansar enquanto não acabar com a gente. A vida dele é ver o sofrimento alheio! – Respondeu Miiko, muito enfurecida.

– Filho, tem certeza que ele tinha cabelos vermelhos? – Questionou Cindy.

– Sim. Ele tinha cabelos vermelhos e um pouco grandes. Ele estava com rabo de cavalo. E ele tem uma franja também. Tinha olhos negros. – Respondeu o garoto, chamando atenção de Miiko e Kero, que se entreolharam. Eles concluíram que era ele.

– Fazer incêndio com um charuto... Claro que foi ele. Ele arquitetou tudo! – Miiko se irritava mais ainda.

– E ele fuma mesmo... – Kero prestou atenção na evidência. – Se ele fez isso tão evidente, é por ele querer dar alerta para todos de que está vigiando a gente. – Completou, concluindo a intenção do vilão.

– Ele é louco, sádico... Eu lembro como se fosse ontem o que ele disse pra gente quando decidiu sair da equipe. É claro que ele quer acabar com a gente. E isso pode custar a vida de alguém de nós ou dos Eldaryanos. – Murmurou, causando pânico a Cindy e seu filho.

– Vamos fazer de tudo pra impedir... Ele vai ter que parar, ou ele vai cair. – Disse Kero, com rosto vermelho de nervoso. Miiko ordenava Cindy ir pra casa. Enquanto isso, Saphyre ainda estava sob aos cuidados de Ezarel e Nevra.

– Vamos levá-la agora. – Disse Ezarel, depois de colocar curativos nos ferimentos de Saphyre. Nevra se levantava com ela em seus braços. Todos iam caminhando para o Castelo.

[...]

Taiga ficava de joelhos e cotovelos no meio da floresta, enquanto Valkyon realizava a sua fantasia por trás da pequena jovem, fazendo-a soltar gemidos mais altos, conforme a força de seus movimentos. Ele inclinou seu tronco para o encontro do ouvido da jovem, a fim de falar algo.

– Você fica sexy nessa posição, sabia? – Sussurrava, enquanto dava leves mordidas ao longo do pescoço de Taiga. – É a única posição que posso ter controle em você... Você fica quietinha e não me arranha. – Deu leves risos. Deixando-a irritada entre o prazer que sentia. A sua ira foi interrompida com as investidas mais fortes de Valkyon que fazia dentro de si. Juntos fizeram o som do ápice. Ficaram em silêncio depois daquilo. Taiga procurava forças para levantar-se, e foi ajudada por Valkyon, que virou para sua frente, para que pudesse encontrar os olhos azuis brilhantes da sua musa.

– Na próxima, eu vou arranhar toda a sua cara! – Disse Taiga, voltando a rebeldia.

– Na próxima, eu vou lambuzar a sua cara. – Disse Valkyon, revidando. Taiga ficava corada com aquela declaração, o que deixava ele soltar um enorme sorriso nos lábios.

– Eu não sou uma de suas meretrizes. – Respondeu, muito irritada.

– Fica calminha, tigresa. Acho que vai gostar do gostinho do meu mel. – Dizia ele, enquanto passava o dedo indicador nos lábios dela, provocando-o mais ainda.

– Isso se tiver próxima vez! - Exclamou, muito irritada. Saia de lá andando.

– Vai ter todo dia, donzela. – Disse ele enquanto aproximava seu corpo ao dela que estava de costas pra ele. Ela sentia o calor e a umidez de seu corpo pelo esforço que havia feito. Ela fechava os olhos e respirava ofegante, ao sentir o vigor daquele homem. – Você sempre cede pra mim, pois no fundo você sabe que eu sou seu homem... – Valkyon sussurrava, enquanto pegava na cintura da pequena de maneira desconcertante. Sentia os lábios dele grudando delicadamente ao longo de suas costas nuas, que fazia contorcer e arrepiar-se.

Valkyon sentia leves gemidos da sua pequena, o que fazia continuar com as investidas mais amigáveis, sem arranhões ou tapas.

[...]

Nevra chegava no quarto de Saphyre com ela nos braços. Miiko, Kero, Leiftan e Ezarel acompanhavam. Ela ainda estava com o pano úmido de líquido desintoxicante.

– Ela pode acordar a qualquer momento. Deve ter ficado por um tempo suficiente inalando fumaça para perder a consciência. – Analisava Ezarel, que sentou de lado na cama. Nevra ajoelhava-se próximo a cabeceira da cama.

– A Mãe de Mery ficou mais... – Disse Miiko.

– Mas ela usou um pano pra tapar o nariz e a boca. É a maneira certa de enfrentar um incêndio. Por isso que ela saiu sã e salva. – Argumentou Leiftan, que se aproximava no outro lado da cama.

– Eu vou fazer a maneira mais eficaz de desintoxicação. Enquanto vocês ficam aí observando ela, vou fazer uma poção da fumaça purificadora.

– Faça isso, Ezarel. Vamos ficar aqui. – Disse Miiko, tirando as botas dos pés de Saphyre. Kero ajudava a sua namorada. Ezarel saiu disparado para sua sala de alquimia para fazer a poção. Saphyre voltava a consciência aos poucos, tossindo muito.

– Ela está acordando. – Disse Nevra, pegando na mão de Saphyre. Ela finalmente abria os olhos, enquanto erguia sua cabeça em decorrência do esforço de cada tossida.

– Vou pegar um copo de água pra ela. – Disse Kero, saindo do quarto.

– Pegue muita água. Ela precisa se desintoxicar bastante. E rápido! – Exclamou Miiko, aproximando-se da Saphyre.

– Você está melhor? – Perguntou Miiko, passando a mão na franja de Saphyre.

– Eu estou toda dolorida. Parece que percorri maratona daqui até Júpiter. – Respondeu, um pouco sem ar.

– Eu vou te abanar. Meninos, abram a janela. Ela precisa respirar. – Miiko largou seu cajado e abanava-a com um travesseiro que havia sobre a cama. Leiftan abria a janela do quarto, enquanto Nevra ajudava Saphyre a se levantar.

– Obrigada. Nossa que diferença do oxigênio para o puro gás carbônico que estava lá dentro. Eu mal percebia que estava respirando tão mal. – Respondeu ela, após isso passou a tossir mais ainda.

– Cheguei. – Disse Ezarel, entrando no quarto. Em seguida, Kero fazia o mesmo.

– Você vai inalar a poção que o Ezarel fez. Ele desintoxica. Em minutos você fica com o pulmão novinho em folha – Disse Miiko, pegando a garrafa da poção, na mão de Ezarel.

– Se abrir a garrafa a fumaça sai? Que legal. – Respondeu Saphyre, ao ver a garrafa com líquido rosado.

– Sim. Eu vou abrir a garrafa e vou segurar pra você. Tem que ficar 5 minutos respirando a fumaça. – Disse ela, muito hospitaleira. Kero trazia o copo de água.

– E tome esta água, vai te fazer bem. – Disse. Nevra pega o copo de água e faz Saphyre bebê-la, com todo o cuidado. Leiftan observava a maneira que Nevra tratava Saphyre, cada vez mais de maneira intima.

– Bom, gente... Eu vou alí e já volto. – Disse o louro, passando muito mal com a cena que via. Saphyre estranhava a maneira que ele se expressava.

– Uau... Leiftan está muito agitado com o ocorrido. – Observou Ezarel, olhando para a saída do quarto.

– Todos estamos preocupados. Reyd é muito perigoso. – Dizia Miiko, enquanto segurava a garrafa aberta, na qual saia a fumaça que Saphyre inalava.

– Espera... O Reyd que causou o incêndio? – Questionou a loura, muito apreensiva.

– Provavelmente. Não temos prova, mas o Mery viu a cena que originou o possível “acidente” – Explicou Kero, fazendo sinal de aspas na última palavra da frase, em tom levemente irônico.

– Gente... Não podemos ficar quietos agora. – Argumentou Saphyre, em tom muito corajoso.

– E não podemos dar bandeira assim. Você foi lá e arriscou sua vida pra salvar a mãe de Mery. Imagina se ficasse mais tempo lá ou se você caísse no fogo? Por sorte o pavimento onde vocês estavam não foi rompido. – Nevra disse em tom um pouco nervoso, porém muito preocupado e ainda não saia do seu estado de tenso pela Saphyre ter se ferido.

– Eu agi sem pensar. Quando vi o Mery desesperado eu saí correndo. E ainda bem que conseguimos salvá-la. – Respondeu, dando a sua versão.

– Você foi uma heroína, Saph. Mas você arriscou a sua vida. Olha o seu estado. Seu braço está com pequenos cortes por ter quebrado o vidro da janela. Você precisa de um tempo pra descansar. Inalou fumaça, fez enorme esforço físico. – Disse Kero, em tom muito autoritário.

– O meu Kero tem razão. Olha a sua cara de cansaço. Você não se deu conta de qual território estava pisando. Mas eu faria a mesma coisa. Eu te entendo. – Disse Miiko, como se fosse a mãe dela. Ezarel analisava as escoriações pelo corpo de Saphyre, que era apenas no braço esquerdo, canto da testa, e um corte na coxa direita.

– Se passar o mesmo gel que você passou no Valkyon, vai cicatrizar bem. Não foi um corte profundo. E realmente, você precisa descansar e muito. – Disse Ezarel, analisando o braço de Saphyre.

– Tudo bem. Eu descansarei. E sendo tratada desse jeito... – Respondeu, rindo levemente, enquanto Nevra sentava ao seu lado na cama, pegando o braço machucado de Saphyre, colocando por cima de seus ombros. Ele passava a mão na cintura de sua amada.

– E eu serei seu enfermeiro. A seu dispor. – Disse ele, dando vários beijos na bochecha dela. Miiko e Kero entreolharam-se, percebendo o clima de tratamento que Nevra tinha.

– Tá vendo? O que mais preciso pra me recuperar? – Continuou Saphyre, dando um largo sorriso em seu semblante.

– Engraçadinha. Só por ser bonitona que ganha tratamento vip! – Zombou Miiko, dando risada e mostrando a língua para a sua amiga.

[...]

Valkyon e Taiga chegavam no castelo, estranhando o fraco movimento. Avistou Zark, Naoki e Leiftan conversando.

– Gente... Mas que clima de velório é esse? – Questionou, de braços cruzados.

– Estava em qual planeta? Tava em Vênus? – Zark respondeu, olhando para Valkyon e Taiga, nervosos e com rostos vermelhos de vergonha.

– N-Não estamos sabendo de nada. – Respondeu Taiga, se colocando a frente de Valkyon.

– Houve um incêndio no centro comercial de Eldarya. – Informou Naoki, suspirando forte.

– Saphyre se feriu ao salvar a Cindy. – Completou Zark. Valkyon e Taiga entreolhavam surpresos.

– Quê? Ela tá bem? – Questionou Taiga, muito preocupada.

– Sim. Está. Inalou muita fumaça e chegou aqui desacordada... Enfim... O que nos chama atenção é a forma que o incêndio começou. Parece que... – Disse Leiftan, mas foi interrompido.

– O Reyd deve estar por aqui, entre nós. – Completou Naoki, cruzando os braços.

– Quê? Mas como assim esse rato de quinta está por aqui? – Grunhiu Valkyon, muito irritado.

– É o Reyd, Valkyon. Ele faria algo desses a qualquer momento. Só que ele demorou demais para se manifestar. – Respondeu Taiga.

– Se manifestou no momento errado e na hora errada. Saphyre se feriu! – Respondeu irritado, cerrando o punho.

– Agora precisamos pegar o Reyd. – Disse Naoki, muito determinado no que queria fazer.

– Até lá custa muito chão. Como iríamos atrair o Reyd? – Questionava Zark, fazendo todos ficarem pensativos.

[...]

Saphyre e Nevra por fim ficavam a sós no quarto. Ele não largava-a desde que havia sentado ao seu lado.

– Finalmente a sós. – Disse ele, virando o rosto de Saphyre para depositar um breve beijo nos lábios dela.

– Após um dia muito agitado. Caramba... Desde que eu cheguei aqui só aconteceu caos. Valkyon e Taiga aparecem pela manhã arranhados e roxos, Ezarel fala pra todo mundo que eu estava tendo caso com o Valkyon e daí acontece um tremenda briga entre os dois e saem pouco feridos, Oracle aparece e me dá um colar de safira, e agora o incêndio. É muita coisa pra uma pessoa só como eu pra poder processar! – Disse ela, relatando o resumo do dia. Ela encostava a cabeça no peito de Nevra, aparentando exaustão.

– Já teve dias piores por aqui. E é assim mesmo, cada dia acontecem várias coisas. Tem hora que eu acho que cada acontecimento aconteceu em um dia. Se acontece 7 coisas grandes parece que passei 7 dias. As horas aqui são intermináveis. – Ele comentou, afagando seus lábios no topo da cabeça dela. – Parece que estou aqui há dias. Em comparação no outro mundo de onde vim, a cada dia era um segundo pra mim... E o que eu queria era poder parar o tempo para nunca casar com aquele homem que eu tanto odeio. Eu me dei muito bem ter vindo aqui. É como se fosse o meu destino traçado, sabe? Como se minha história fosse escrito nas estrelas. - Ela respondeu, com um sorriso radiante que fazia Nevra cada vez mais se apaixonar.

– Eu sinto a mesma coisa, sabia? Parece que o meu destino e o seu foram traçados. Assim que eu vi seus olhos pela primeira vez... Pude sentir um pedaço de mim em você. E agora... Eu me sinto em você. Como se você me completasse... – Disse ele olhando no fundo dos olhos dela, enquanto pegava a perna direita dela para colocar em cima dele, acariciando ela.

– Você é muito lindo, sabia? Não digo de físico... Você tem tudo que uma mulher deveria encontrar em um homem... É estranho eu dizer isso agora, mas... Eu nunca pensei que um homem ideal fosse aquele que doaria sua vida pra ver seu amor viver... Acho que ninguém tem obrigação de se sacrificar para ver o outro bem. Nunca achei o altruísmo algo ideal. Mas conhecendo você... Eu começo a perder a minha perpectiva dos meus pensamentos. Eu passo a entender o que é o amor, de uma maneira estranha e tão instantânea. A minha vida foi tão dura que aprendi a pensar em mim mesma, pois ninguém pensaria na minha vida, os outros poderiam me usar como se fosse um objeto, uma mercadoria qualquer... E poderiam impor seus valores sobre mim se eu não ter meus próprios princípios. Posso entender o lado ganancioso dessas pessoas, porém só vencemos se começarmos a amarmos a si. Eu digo que me amei sozinha nesse tempo todo. Ninguém nunca me amparou naquela situação por onde eu passava. E nem deveriam. Há pessoas que se preocupam com a vida dos outros sem preocupar com a própria. E isto não compensa. Encontro com você aqui e se doou tanto por mim que eu passo a entender como é esta forma de amar as outras pessoas... Como se fossem elas mesmas. – Disse Saphyre, enquanto acariciava o rosto de Nevra, que prestavam atenção na maneira tão doce que ela dizia sobre a vida. Ele sorriu, com poucas lágrimas nos olhos.

– É muito bonito e curioso a sua maneira de pensar... Ainda bem e eu agradeço a você deixar que eu entre em sua vida. Eu também aprendi o que é amar. Fui muito egoísta... E o que mais que puder pensar. Mas não é esta vida que deve levar. – Respondeu, e finalmente dando mais um longo beijo nos lábios de Saphyre.

Valkyon encontrava com Leiftan pelo corredor. A maneira que Leiftan estava chamou a atenção do guerreiro. Ele perseguiu-o até finalmente alcançá-lo

– Ei, Leiftan. Você anda tão... Pertubado, cara. O que tá acontecendo? Pode confiar em mim. Estamos somente nós dois. Aproveita. – Murmurou Valkyon, vendo seu amigo muito aflito.

– É muito complicado... Talvez seja tarde demais... – Leiftan respondeu, olhando para o céu estrelado da janela da sala geral dos guardas.

– Saphyre, né? Você está pensando muito nela... Eu sei disso. – Valkyon dava um tiro certeiro no coração de Leiftan, fazendo-o ficar muito surpreso com a sensibilidade vinda daquele homem tão duro.

– O que eu faço com o que eu sinto? Eu não sei mais o que fazer. Dá vontade de... Sumir!- Desabafou, sentando-se bruscamente no sofá.

– Dê tempo ao tempo... Talvez esta paixonite dela com o Nevra não dure... É muito cedo eles terem alguma coisa. Eu prevejo que isto não dure justamente por isso. Cada um espera que o outro seja algo que pense, e com o tempo eles se conhecem, e vão ver que não é bem assim as coisas. E você também... Aos poucos vai conhecer a Saphyre. – Argumentou, fazendo seu amigo ficar pensativo. A principal questão era: Aquele amor duraria pra sempre?


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